Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

TANKA por Takuboku Ishikawa

Peguei o espelho
e esgotei todas as caretas
quando cansei de chorar...
.
Todas no mesmo rumo.
E de lado, meu coração
só... observa

POEMAS DA VISÃO - Por Emerson Monteiro

As oceânicas vastidões destes olhares escorrem suaves por sobre rochas adormecidas de mundos siderais em longos vôos, histórias abissais e plumas de nuvens brancas, mistérios quiçá intransponíveis na vida de todos os lugares. Belas frações de um tempo depositado no bloco de tantas agonias e incontáveis eras, cores que se revestem de cobre, na sombra granítica dos Andes altaneiros, sinal de um vigor que fala no Poder sem limites. Exatos traços de solitários pousos. Despenhadeiros. Fronteiras. Luzes. Muralhas. E, lá adiante, a Luz esplendorosa, nas asas incomuns de pássaros avermelhados em volteios constantes no espelho das águas no rumo do Sol. Figuras que falam, desenhos que silenciam, nas formas retorcidas da Terra na superfície. Em meio aos fiapos de nuvens tênues, os reflexos de uma cidade recolhida, jeito manso de ruínas, dentro de entranhas e montes. Povos e campanhas de instantes reais. Pequenos seres, criativas visões imaginárias, fiéis e laboriosas, no passo ritmado da pulsação dos corações. Terraços, vestes, tons festivos e rugas, alma de raça sobranceira. Gravação doce de luz na fotografia e nos disparos certeiros do artista, contornos resistentes de espécies a passear no jardim da transcendência – flagrante das bênçãos definitivas.

Além, bem perto, na lente, os desenhos magnânimos da civilização no traçado das ruas de cidade iluminada, pastar indiferente de exóticos animais e as pedras do reino antigo, que apenas repousa de glorioso fausto, passado distante de sorrisos infantis.

São os recortes humanos que permanecem através desse fluir de calendário, lendas e rituais, soma total de chão, homens e marcas, na busca da Infinitude. Olho que se alonga, pois, nos rios horizontais da vista. Lagos. Mares. Pedras. Muralhas. Vastidões. A Lua sempre bela. Tempo depositado nos vôos linheiros da câmera e dos pousos solitários, no instante ausente e presente dos poemas da visão. Figuras que dizem o que a alma silencia. Fiapos de nuvens. Cordilheiras. Frio intenso. Povos e campanhas. Terraços. Vestes coloridas. A doce gravação dos sentimentos no plasma fotográfico, milagre da invenção, e alternâncias, caminhos e solo dadivoso, transformações que acontecem no colo materno da santa Natureza.

Offícios

No interior deste Brasilzão de meu Deus existem profissões as mais esdrúxulas. Interpretador de sonho e indicador de pule, por exemplo. Já imaginaram atividade mais complexa? O sujeito especializou-se, como Freud, em encontrar num bicho disperso como um sonho, sinais premonitórios do resultado jogo do bicho, do dia seguinte. Sonhou com uma briga em que caiam pelo chão muitas promissórias? O adivinhador grita de lá : jogue na borboleta ! Se brigaram os homens estavam “Brabos” e promissória a gente não chama de letra? Então? Brabo-letra ! E o marcador de cacimba, meu amigo? Nem o pessoal da Petrobrás, com sua equipe do pré-sal, se atrevem em determinar o local certo de cavar o poço. Pois bem, o matuto vem de lá com um cambito verdinho na mão, segura nas duas extremidades e anda para lá e para cá, de repente a extremidade solta começa a dar pulo. Pronto! É aqui, pode cavar que é batata, tem água bem pertinho! Agora vá você tentar fazer, sem a ciência , para vê se dá certo? É capaz de se chegar ao Japão sem a água minar. Outra atividade especializadíssima: feitor de chocalho. É coisa para ser exercida por luthier, meu amigo! Existe toda uma técnica de tamanho da saia do chocalho, de extensão do badalo. Se neguinho se meter a fazer, sem conhecimento, a boiada termina literalmente no brejo. E mais, cada chocalho , como um instrumento musical, tem uma tonalidade que faz com que o vaqueiro identifique o boi à distância, só pelo toque do badalo. Poderia falar de um sem número de outras atividades interioranas que inclusive hoje estão em franco processo de extinção: seleiro, funileiro, amolador de tesoura, soldador de panela, mestre de cachimbo, raizeiro, fabricante de pião, mestre de casa de farinha, cacheador de rapadura, doceiro de pirulito , quebra-queixo, passa-raiva e cavaco chinês, mestre de espingarda soca-soca, consertador de talabardão de cangalha.Todas estas profissões tiveram lá seu apogeu e vão sendo pouco a pouco engolidas no mastigar das horas do relojão da praça da matriz.
Cada um destes ofícios dá um tratado e inclusive sobrepassam o parco conhecimento de um escrevinhadorzinho de fim de semana. Vou me deter em dois meios de vida que me parecem muito interessantes, para um sábado que tem cara de rede na varanda e água de coco na quartinha. Curiosamente as duas histórias vêm de um dos lugares mais mágicos deste Cariri Encantado : São José de Lavras, docemente apelidado de São José de Mãe Velha. De suas águas beberam artistas gigantescos : Nonato Luiz, Bruno Pedrosa, Batista de Lima , Moreira Campos. Pois é, apresento a vocês João Luiz, sua profissão me pareceu estranhíssima : esgotador de peito de mulher parida . Que diabo de meio de vida é este? Sei que vocês estão perplexos como eu fiquei. Pois bem, o homem é contratado freqüentemente para uma atividade ímpar. Mulheres de resguardo, que por alguma causa não estão amamentando, ficam com as mamas cheias de leite, com dor, podendo causar inflamações locais e abscessos. O João é especialista em esvaziar estas mamas repletas, aliviando, assim, as mães do terrível incômodo. Ele mama no lugar do bebê. E faz isso profissionalmente, com todo respeito que se exige de um profissional de uma área tão melindrosa. Não seguisse à risca sua conduta , se quisesse se passar por um Abdelmassih , já estaria enterrado há muito tempo que São José não é São Paulo não, meus amigos.
Bem, a outra profissão é a de consolador de moribundo. Geralmente é feita por uma beata, que em visita à pessoa gravemente enferma, busca confortá-la, lembrando que irá para um lugar melhor, que encontrará o Criador e viverá brevemente entre os anjos. Uma espécie de pré-unção dos enfermos. Geralmente a idéia não é bem aceita, por mais carola que o paciente seja, a maioria das vezes prefere esse mundo aqui de sofrimento à paz celestial sempre plena de interrogações e mistérios.
Aqui em Crato, nos anos 60, uma consoladora foi levar conforto a um velhinho que estava nas últimas . Os últimos anos da vida dele tinham sido amargos por conta de uma chaga. A esposa o havia trocado por um comerciante chamado Deusimar. No meio das palavras de conforto, a beata introduziu uma frase perigosa:
--- Este mundo aqui é só uma passagem, o senhor agora vai para o céu, para a felicidade eterna. Lembre-se de Deus e Maria !
O velho, nos últimos suspiros, sussurrou :
--- O quê ? Deusimar foi minha desgraça, Deusimar foi minha desgraça...
Talvez por isso mesmo, seu Félix Cândido, uma das figuras mais irreverentes e gozadoras de São José de Lavras, quando estava às últimas, ouvindo o conforto da consoladora: “Tenha fé em Deus, o mundo é sofrimento, lá é muito melhor, seu Félix” , respondeu com aquela voz meio fanhosa conhecida de todos:
--- Muito bom seu conselhim, viu? Muito bom, mas quem vai morrer aqui é Felim, viu ? Felim !

J. Flávio Vieira

Majas e Outras Vênus

O Nascimento de Vênus - Sandro Botticelli

Quase em tamanho natural, a Vênus de Botticelli surge numa concha carregada pelas ondas do mar, impulsionada pelo vento, exibindo graciosamente seu corpo perfeito.O nu feminino havia sido proscrito da arte durante um milênio como símbolo da luxúria.Foi necessário esperar até o Renascimento para se redescobrir a beleza do corpo feminino.


Já “La Venere de Urbino” (1538) apresenta uma história curiosa: Giorgione foi o primeiro artista veneziano a mostrar uma “Vênus adormecida” em plena natureza. Como faleceu em 1510 antes de terminar o quadro, coube a Tiziano, seu colega de ateliê, concluí-lo.



Mais de um quarto de século depois, TIZIANO retoma o tema, porém ambientando a Vênus numa cama, com os olhos abertos, consciente do seu encanto. Com isso, libera o nu da figura mítica – cria a mulher real. Está exposta na Galleria degli Uffizi em Florença

Apesar da presença das criadas e de móveis no ambiente como as arcas, o plano preto atrás da jovem ressalta o corpo da "Vênus de Urbino". Seu corpo revela o ideal da beleza e gostos eróticos do Renascimento pleno: formas arredondadas e corpulentas, ombros largos, seios pequenos.

Mais de três séculos depois, "A Vênus de Urbino" seria inspiração para "Olympia", do impressionista francês Manet.
"Olympia" foi pintada em 1863, mas só apresentada ao público dois anos depois, causando reações contrárias mais fortes do que "Almoço na relva" (“Le déjeuner sur l’herbe”, obra que mereceu uma “apropriação” – ou releitura – de Picasso). Era um retrato de uma jovem prostituta nua - sua modelo favorita, Victorine Meurent - com um gato negro aos seus pés no lugar do cachorro de Tiziano.

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La Maja Desnuda” de GOYA (1746-1828) foi a primeira figura feminina (não mitológica) da História da pintura a mostrar os pêlos pubianos. Tudo leva a crer que ”La Maja desnuda” foi encomendada por Manuel Godoy (ministro de Carlos IV) para seu gabinete, dividindo as atenções com a “Venus del espejo” (ele seria o terceiro proprietário desta obra).Supõe-se que era recoberta por outro quadro – “La Maja vestida”, também pintada por Goya na mesma posição, formando um jogo freqüente na época. Ambas fazem sucesso no Museu do Prado.
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Aponta-se a possibilidade de que a Duquesa de Alba, Doña Cayetana (com quem Goya estava unido na ocasião), tenha servido de modelo para as duas Majas.
Alguns acreditam que a “vestida” parece mais “desnuda” do que a própria, por apresentar uma técnica com pinceladas mais pastosas e livres, em contraste com a perfeição acadêmica da outra.

“La Venus del Espejo”, único nu atribuído a VELÁSQUEZ (1599-1660)

"La venus del Espejo” não possuía paisagens ou criadas no quarto, como nos quadros italianos e flamengos da época, que dispersavam a visão principal. O tafetá preto exalta ainda mais o corpo desnudo. A existência do cupido alado a transformaria numa Vênus mitológica. Desconfia-se, porém, que seu autor quisesse representá-la como uma mulher real, já que não a pintou de ruiva (cor dos cabelos dos mitos) e utilizou um corpo esbelto, admirado na Espanha, mas execrado nos demais países. Acredita-se que a mulher que pousou para esta Vênus fosse uma das amantes do Rei Felipe IV, conhecido pelas suas peripécias amorosas, tão incentivadas naquele período. Além de viúvo, apenas o próprio monarca poderia ter encomendado tal obra erótica, pois os nus eram condenados socialmente.


28 de agosto - dia de Santo Agostinho


Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho de Hipona foi um importante bispo cristão e teólogo. Nasceu na região norte da África em 354 e morreu em 430. Era filho de mãe que seguia o cristianismo porém seu pai era pagão. Logo, em sua formação, teve importante influência do maniqueísmo (sistema religioso que une elementos cristãos e pagãos).

Santo Agostinho ensinou retórica nas cidades italianas de Roma e Milão. Nesta última cidade teve contato com o neoplatonismo cristão. Viveu num monastério por um tempo. Em 395, passou a ser bispo, atuando em Hipona (cidade do norte do continente africano). Escreveu diversos sermões importantes. Em “A Cidade de Deus”, Santo Agostinho combate às heresias e a paganismo. Na obra “Confissões” fez uma descrição de sua vida antes da conversão ao cristianismo.

Santo Agostinho analisava a vida levando em consideração a psicologia e o conhecimento da natureza. Porém, o conhecimento e as idéias eram de origem divina. Para o bispo, nada era mais importante do que a fé em Jesus e em Deus. A Bíblia, por exemplo, deveria ser analisada, levando-se em conta os conhecimentos naturais de cada época. Defendia também a predestinação, conceito teológico que afirma que a vida de todas as pessoas é traçada anteriormente por Deus.
As obras de Santo Agostinho influenciaram muito o pensamento teológico da Igreja Católica na Idade Média. Morreu em 28 de agosto (dia suposto) de 420, durante um ataque dos vândalos (povo bárbaro germânico) ao norte da África. Santo Agostinho é considerado o santo protetor dos teólogos, impressores e cervejeiros. Seu dia é 28 de agosto, dia de sua suposta morte.
Algumas obras de Santo Agostinho:- Da Doutrina Cristã (397-426)- Confissões (397-398)- A Cidade de Deus (413-426)- Da Trindade (400-416)- Retratações - De Magistro - Conhecendo a si mesmo
Frases e Pensamentos de Santo Agostinho:
- "Se dois amigos pedirem para você julgar uma disputa, não aceite, pois você irá perder um amigo. Porém, se dois estranhos pedirem a mesma coisa, aceite, pois você irá ganhar um amigo."

- "Milagres não são contrários à natureza, mas apenas contrários ao que entendemos sobre a natureza."

- "Certamente estamos na mesma categoria das bestas; toda ação da vida animal diz respeito a buscar o prazer e evitar a dor."

- "Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é nos evangelhos que você crê, mas em você."

- "Ter fé é acreditar nas coisas que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita."

- "A pessoa que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar."

- "A confissão das más ações é o passo inicial para a prática de boas ações."

- "A verdadeira medida do amor é não ter medida."

- "Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio."

"AS PREZEPADAS DOS ZIZINHOS DE MONSENHOR" - Cap.II






...ou, como perdi a Bandeira do Brasil por causa de uma Baliza.
Meus amigos contemporâneos de la Belle Epoque do Cratim de Açucar principalmente no tocante a vida de estudantes secundaristas. Lembram a hora do recreio na Praça da Sé onde nos reuníamos por uns 15 minutos bem aproveitados pra botar os "papos em dia e ouvir as últimas fofocas"? E, claro! Dar uma paquerada, pois as estudantes dos colégios vizinhos sabendo que os meninos do Diocesano marcavam presença ali, afluiam em massa. Mas bom mesmo eram os ensaios para o 7 de setembro, A festa da Penha, a queima de fogos ao meio dia com a Banda de Mestre Azul tocando uns dobrados e nós sentados naquele batente maravilhoso da Igreja. Falando em 7 de Setembro vocês recordam da FARDA DE GALA do nosso amado Diocesano?
Vou avivar suas memórias. Calça de brim azul com duas listas paralelas pretas. Túnica branca com botões dourados e manga revirada no final com debrum em cordão azul. No ombro, galões em azul com dourado, camisa branca com gravata preta, luvas brancas impecáveis e um quepe tradicional branco, azul e preto e o escudo do Colégio. Na véspera do desfile eu não dormia direito! Ficava revirando na cama e olhando de vez em quando para a cadeira com aquele belo conjunto (objeto de desejo das meninas em nos ver dentro dela, assim me confidenciaram algumas amigas dessa época). A calça da farda de tão engomada ficava dura sem dobra em cima da cadeira. Sério! Pra vesti-la pela manhã subia na cadeira e pulava dentro literalemnte com a ajuda de minha mãe que a segurava. Tudo pra não ter uma dobrinha siquer! Quando concluido esse ritual ficava duro que só uma vassoura, não dobrava o braço , não me sentava e mal respirava até a hora do desfile!
Mas vamos a "história" de hoje. Eu era frequentador assíduo da casa de D. Telma Saraiva pela grande amizade que mantinha com o Ricardo. Mas nessas andanças fui despertando uma "paixonite" por Edilma que não me dava a menor bola. Tentei várias artimanhas mas ela firme. Fazia de conta que não via nada! Muitos colegas descobriram essa "queda" e ficavam dando corda. Me lembro que namorei com Franceury Teles que morava quase em frente e pensava: agora ela vai ficar enciumada. Nada. Nariz arrebitado, carinha de não tô nem aí...e não estava mesmo. Bom, chegou o dia do desfile. Monsenhor me chamou e disse: "zizinho", esse ano voce vai ser o Porta Bandeira, preste bem atenção! Conduzir o pavilhão da Pátria é uma honra pra qualquer cidadão. Olha a responsabilidade, está me ouvindo? Eu respondi - tô sim Monsenhor!
Escolha entre os seus colegas os guarda bandeira e comecem a ensaiar. Um soldado do Tiro de Guerra vem ai pra dar as instruções". Chamei Luiz Carlos, Barrinho, Orlando e José Sévio. Treinamos todos os dias. Enfim chegara o dia 7 de Setembro. Depois daquele ritual citado anteriormente mamãe me fez engulir uma "vitamina de banana" e uma tapioca com queijo servido na boca! Lógico! Eu não podia dobrar o braço pra não amassar a túnica gente! Quando estávamos formados na frente do Colégio para a Cerimônia do Hino Nacional, Luis Carlos me diz: Nilo Sérgio, adivinha quem é a baliza do Estadual? E tá com um shortizinho que você precisa ver! Eu disse quem é? Edilma Saraiva! E a turma caiu numa risadinha cúmplice e eu cá comigo pensei: caramba! Como é que eu vou fazer pra ve-la? Tive sorte que fomos o segundo Colégio a desfilar e o Estadual o último. Assim que encerramos nossa passagem pelo palanque das autoridades e veio a ordem pra debandar, enrrolei a bandeira e saí em disparada para a Praça da Sé. Esqueci que Monsenhor determinara que após o desfile as alas principais de instrumentos e outros adereços tinham que apresentar-se no Colégio e principalmente se ganhassemos o prêmio de melhor apresentação.
Pois bem, cheguei esbaforido em frente a Matriz...ainda a tempo de ver passar garbosa e cheia de graça, ELA, a Baliza do Estadual! Não me lembro se aquele sorriso foi pra mim, mas entendi que era, na dúvida! Mas acontece que deixei a bandeira do Brasil enrrolada em cima do banco da praça. Quando Edilma passou...ainda fiquei olhando-a de longe...quando me virei pra pegar a bandeira, gelei! Não estava mais em cima do banco. Pronto...e agora? Monsenhor vai me matar! Vou ser expulso! Eita, se meu pai souber me mata. Era tanta morte que eu nem cabia nos caixões! Como é que eu vou chegar no Colégio? Andei pra todo lado perguntando e nada, suava em bica. Tudo por causa de uma baliza! Pensei então, vou tomar emprestado a Bandeira do Santa Teresa, até a nossa aparecer. Confiava no cartaz com as freiras, Irmã Siebra e Irmã Maria de Fátima. Mas aí uma alma santa me chama e diz: "Olha é voce que está procurando uma Bandeira do Brasil? Eu vi um soldado do Tiro de Guerra passar com uma bandeira e desceu rumo a Siqueira Campos. Não sei se é a sua! Outra carreira até o TG! Por sorte o Sargento Rufino (que seria anos depois meu instrutor) me entregou a bandeira mas sem antes me passar um rela! Sai feliz da vida rumo ao Diocesano, bandeira na mão, baliza na cabeça! Enfim, tudo terminou bem e ainda fomos Campeão naquele ano!

Jura secreta 14 - Por : Atur Gomes

Socorro,
Agradecendo o seu acarinho e felicitações pelo meu aniversário, lhe dedico este poema

Jura secreta 14

eu te desejo flores lírios brancos
margaridas girassóis
rosas vermelhas
e tudo quanto pétala
asas estrelas borboletas
alecrim bem-me-quer e alfazema

eu te desejo emblema
deste poema desvairado
com teu cheiro teu perfume
teu sabor teu suor tua doçura

e na mais santa loucura
declarar-te amor até os ossos
eu te desejo e posso :

palavrArte até a morte
enquanto a vida nos procura


Artur Gomes
Nação Goytacá – Presidente
http://goytacity.blogspot.com

Parabéns, Socorro.

Estou chegando um pouquinho atrasado. Meus parabéns, amiga. Que Deus na Sua Infinita Bondade te conceda muita Paz, Saúde e Felicidade.

Um abraço.

Parabéns , Socorro !!! - Por : Ângela Maria

Desde ontem estava eu a matutar como poderia homenagear a grande amiga Socorro. Queria surpreendê-la de um jeito bem especial. Pensei em ir visitá-la, levando flores e um abraço caloroso, desses de quebrar os ossos. Cheguei a imaginar-me escrevendo um poema...
A visita foi frustrada, as flores estão em compasso de espera e o poema, bem, o poema eu encontrei na Internet, prontinho.

Ora, ora, Hora, Hora! Hoje é o dia:
Comemora! Não existe adversário,
E juntando o abecedário,
Tá escrito no calendário:
Hoje é seu aniversário!
Mais um tempo, um ano,
Momento de novo plano,
Momento revolucionário!
Tudo é seu, é prioritário.
Nas palavras do dicionário,
Dentro do seu vocabulário,
Tenha um olhar visionário:
Sonhe! Ao que é embrionário
Se pode virar extraordinário!
As dúvidas no questionário
Da vida são para ti calvário?
Faça delas mais um ideário,
Instrumento de força diário
Para vencer, sem horário.
Tudo é seu, sê temerário.
Você merece muito e vário,
Pois hoje é seu ANIVERSÁRIO!

Sacerdotisa

Minha Sacerdotisa,
tu dizes que em minhas veias corre poesia.
Ora, é no teu coração que toda Poesia do Mundo
abriga-se e atinge teus súditos de maneira doce e verdadeira.

Abraço-te a alma
com profundo carinho.

Feliz Dia,
Luz!

A Cartilha de Informática de Dona Almina - Por : Anita D Cambuim

A Dona Almina Arraes

Tem oitenta e quatro anos

E domina a informática.

Adquiriu tal prática

Que resolveu ensinar.

Ela mora no Ceará

De onde pode acessar

O Brasil e o mundo inteiro!

Escreveu uma Cartilha

Pra quem tem mais de sessenta

E que já não se contenta

De ficar por fora do que

o mundo agora tem de

novo em tecnologia.

A iniciativa promete

Movimentar aqueles que

Nunca se imaginaram

Na rede da Internet.

Este Cordel foi publicado no Recanto das Letras no site da autora.

27/08/2009 - Aniversário de Socorro Moreira


Feliz Aniversário, Socorro! por Ana Cecília




Quero também participar dessa festa virtual tão linda que você inspira, Socorro, e te desejar tudo de bom. De presente, um poema que lembra você, que é uma pessoa cheia de vitalidade e poesia:

AGENDA

Decididamente não me interessam as vãs soluções,
nem as posições corretas
- essas respostas que a gente busca na opinião informada.
antes de conferir o próprio desejo;
nem os dados que o banco ou a polícia já guardam por ofício,
nem como envelhecemos igual
- por força não da idade, mas do hábito.

De todas as perguntas,
só quero reter a centelha.

Desejo saber a que horas do dia encontro no céu este azul de agora.
Desejo saber a que horas da vida há este sorriso nos olhos dos filhos.
Desejo saber quanto dura
a paixão pela vida.

A foto é de meu filho, Mário Vítor, e me remete a essa ciranda que fazemos todos nós por aqui, quando nos damos as mãos neste fio carinhosamente estendido por você e Claude.

Tradição Oral - Bisaflor conta histórias - Por Stela Siebra Brito

Hoje, 27 de setembro, Bisaflor conta uma história em homenagem a Socorro Moreira. Remexeu na sua memória procurando um conto que traduzisse o espírito de Socorro. E achou bem adequado contar

O SILENCIO NO LUGAR EM QUE A MÚSICA NASCE

Conta-se que existe uma tribo de artesãos, que vive na costa leste da África, e é conhecida em todo o continente por suas belas esculturas, bem como pelo modo incomum que as cria.
Quando o sol nasce sobre o Oceano Índico, as pessoas se juntam em pequenos grupos numa praia dourada que tem a forma de uma lua crescente. Cada pessoa pega um grande pedaço de madeira escura nativa. Enquanto as ondas deslizam sobre a areia brilhante, que reflete o céu em chamas, as pessoas ficam muito quietas e colocam suas mãos sobre a madeira. Elas balançam suas cabeças de um lado para o outro. Diz-se que estão ouvindo a canção que está presa na madeira.
Uma pessoa pega uma ferramenta de entalhe; depois uma outra pessoa faz o mesmo. Uma terceira senta-se de cócoras e começa a se balançar lentamente para frente e para trás. Diz-se que, nesse ponto, o murmúrio da canção foi ouvido. As pessoas, então, começam a esculpir, retirando tudo o que interfere na liberação da canção. Algumas pessoas se sentam e ouvem, apoiando o trabalho do todo. Alguns cinzelam, outros organizam e eliminam tudo o que parece causar estática. As lascas voam à medida que todos são guiados pela clareza cada vez maior da canção.
Conta-se também que essas pessoas não pensam em si mesmas como escultores, mas como libertadores da canção que espera na madeira.


Stela Siebra Brito

Milharais -Zila Mamede - Um presente de Stela Siebra




Nos milharais plantados (minha infância),
recém-nascidas chuvas pelos rios
que rebentavam adubando várzeas
onde meus pés-meninos se afundavam
no cheiro fofo do paul novinho.
Terra multipartida, covas conchas,
das mãos de meu avô descendo o grão.
Pela manhã íamos ver as roças
à superfície fruto devolvendo
-folhinhas enroladas,verde calmo
se desfiando ao sol, em sol, de sol.
Quando escorriam outros aguaceiros
os dedinhos do milho iam subindo
em vertical, depois abrindo os braços
e já mais tarde o milharal surgia
os pendões leques leves abanando
o triunfal aceno da chegada.
E vinha logo a quebra das espigas,
eu chorava de pena, elas dobravam-se
por sobre o caule, tesas deslizando
no chão, nos aventais apanhadores,
sua palha entreaberta - riso triste
de quem, nascido, vê-se morto infante,
pois sendo espigas tenras, de repente
logo viravam massa, logo, pão.
Eu as tomava com temor doçura,
trançava seus cabelos, embalava-as:
eram espigas não, eram bonecas
que me aqueciam, eu as maternava
lavando-as, penteando-as, libertando-as
de gumes de moinhos e de fomes
dos animais domésticos, ancinhos
fogueiras de São João. Pelos terreiros
procuro em vão os milharais vermelhos
de vermelhas papoulas adornando
as vaidosas tranças das espigas -
bonecas brancas, minha meninice,
meu avô, habitando agora um campo
onde ele, em vez do milho, é uma semente,
meu avô minha avó, os milharais,
não tendo mais infância, tenho-a mais.

BONSAI E OS PENSAMENTOS DE CONFÚCIO



BONSAI - HARMONIA entre a Natureza,o Homem e o Universo

“O bom proceder consiste em sermos em tudo sinceros e conformarmos a alma com a vontade universal, isto é, fazer aos outros aquilo que desejamos que nos façam.”

"O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros."

"A maior glória não é ficar de pé, mas levantar-se cada vez que se cai."

"Só os grandes sábios e os grandes ignorantes são imutáveis."

“Não são as ervas daninhas que matam a boa semente, mas sim a negligência do camponês.”

“Para onde quer que tu vás, vai todo, leva junto teu coração”

" Transportai um punhado de terra todos os dias, e fareis uma montanha."

"Não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros."

"Escolha um trabalho que tu ames, e não terás que trabalhar um único dia em tua vida.“

“Não te suponhas tão grande a ponto de pensar e ver os outros menores do que tu.”

“Aquele que mais estima o ouro do que a virtude há de perder a ambos.”

"Muito sabe quem conhece a própria ignorância”.

“Todas as coisas possuem beleza, mas nem todos a vêem.”

“Deves ter a cabeça sempre fria, o coração sempre quente e a mão sempre larga.”


“Deixa o caráter ser formado pela poesia, fixado pelas leis
do bom comportamento, e aperfeiçoado pela música.”

"Nunca faças aposta. Se sabes que vais ganhar és um patife, e se não sabes és um tolo."

“Até que o sol brilhe, acendamos uma vela na escuridão”.

Onde há justiça não há pobreza.”

“Pagai o bem com o bem e o mal com a justiça."

“Algum dinheiro evita preocupações; muito, as atrai”.

"Conte-me, e eu vou esquecer. Mostre-me, e eu vou lembrar. Envolva-me, e eu vou entender”

“Quando nasceste, ao teu redor todos riam, só tu choravas. Faze por viver de tal modo que, à hora de tua morte, todos chorem, só tu rias”.

“Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinhos.

Outras há que gargalham de alegria por saber que os espinhos têm
rosas”.

“A ignorância é a noite da mente, mas uma noite sem lua nem estrelas”.


“Exige muito de ti e espera pouco dos outros.”

Pensamentos de CONFÚCIO
(551- 479 A.C.)
Nome verdadeiro: KUNG FUTSÉ,
o primeiro e o maior Mestre da Antiguidade
Filósofo e teórico político cujas idéias e
pensamentos exerceram profunda influência
sobre a civilização de toda a Ásia Oriental.

O dia da Socorro Moreira - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Fiz duas postagens (abaixo) sem antes ler o Blog. Após terminar a tarefa que executava, o abri. E nele o dia da Socorro Moreira. O aniversário da Socorro.

Pensar sobre aniversários é fácil. O difícil é não se repetir ao dizer algo sobre eles. Não neste caso. A Socorro Moreira realmente plantou um ímã na cidade do Crato. Um imã que inteligentemente soube dar efeito à distância. Pronto ela mesma se confunde com a cidade e a cidade com ela.

Abro as imagens e o Nilo sempre por lá, Joaquim Pinheiro mesmo quando não está, lá se encontra. O Armando, Carlos, a Claude, Edilma, considerem que a Socorro além de tudo é um pouco de todos eles.

Nestes tempos de autorias, nesta vaidade banal do eu fiz, nada como uma Socorro Moreira que é ao mesmo tempo todos nós e todos somos ela. Igualmente somos Claude, Joaquim, Nilo, Hugo Linard, João Marni, Edilma, Bisaflor, Corujinha e vou seguindo para não repetir a lista que sabemos longa, inclusive Eu e o Salatiel que nesta parte do planeta nos encontramos.

Lupicínio Rodrigues e a dor-de-cotovelo ( 35 anos de morte do compositor)






"Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, RS, em 19 de setembro de 1914. Foi o inventor do termo "dor-de-cotovelo". Este termo, ao contrário do que se propagou como inveja - se refere à prática, comum nos bares, do homem ou mulher que se senta no balcão, crava os cotovelos no mesmo, pede um Whisky duplo, faz bolinhas com o fundo do copo e chora o amor que perdeu.
Lupe, como era chamado desde pequeno, tinha três grandes paixões em sua vida: a música, o bar e as mulheres. A música poderia ter convivido com tranqüilidade com as outras duas, mas as mulheres em sua vida jamais entenderam ou conviveram com sua paixão pela boemia.

Constantemente abandonado, Lupicínio buscava em sua própria vida a inspiração para suas canções, onde a traição e o amor andavam abraçados, afogando as mágoas na mesa de um bar - onde, finalmente, conseguia unir suas paixões: amor, música e boemia. Com versos profundos, conseguia tocar todos os corações que paravam para ouvi-lo, dando, a cada um, a sua própria história.

Ninguém soube, como ele, cantar a dor e a desilusão de forma tão genial, sem cair em clichês e lugares comuns. Todas as pessoas que um dia choraram um amor, ergueram sem dúvida um brinde a Lupicínio. Faleceu em Porto Alegre, RS, em 27 de agosto de 1974. "


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Artur Gomes - Nação Goyatacá


poética fulinaímica

mais que sal
que sol
que sangue
que todos os s
os f e as palavras todas
bebo esta mulher
com todo líquido
que houver na língua
como esta mulher
com todo músculo
que houver no corpo
amo esta mulher
com todo sexo
que se fizer
ao vento
com toda lua
que se tiver em vênus
com todo marte
que não houver netuno
com todo fumo
que não for erva santa
com toda arte
que da semente
germina
flor ou planta

arturgomes
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Jura Secreta 71
por enquanto vou te amar em segredo
como se o sagrado fosse
o maior dos pecados originais
e minha língua fosse
só furor dos canibais
e essa Lua mansa fosse faca
a afiar os versos que inda não fiz
ou as brigas de amor que nunca quis

mesmo quando outra direção
aponta em baixo do nariz
e o projeto é mais concreto
que a argamassa do abstrato
por enquanto vou te amar assim
admirando teu ratrato
enquanto penso minha idade
e o que trago da cidade
embaixo as solas dos sapatos

Artur Gomes

Juras secreta 18

te beijo vestida de nua
somente a lua te espelha
nesta lagoa vermelha
porto alegre caís do porto
barcos navios no teu corpo
peixes brincam no teu cio
nus teus seios minhas mãos
e as rendas íntimas que vestias
sobre os teus pêlos ficção
todos os laços dos tecidos
e aquela cor do teu vestido
a pura pele agora é roupa
e o baton da tua boca
e o sabor da tua língua
tudo antes só promessa
agora hóstia entre os meus dentes
para espanto dos decentes
te levo ao ato consagrado
se te despir for só pecado
é só pecar que me interessa

Artur Gomes
http://poeticasfulinaimicas.blogspot.com/


* Artur é meu amigo no Orkut. Tenho acompanhado seu trabalho há mais de 3 anos. Sou sua fã !

Hoje está aniversariando comigo. Parabéns, poeta !

Para Nívia Uchoa, Pachelly Jamacaru, Dihelson Mendonça, Wilson Bernardo e Claude - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Um trecho do conto sobre a viagem de João de Barros do Crato a São Paulo:


O que se revelará quando se fotografa e tudo que se impregnou nas partículas fotossenssíveis ainda se guarda no interior escuro da máquina? É sempre uma expectativa para o fotógrafo que a realiza. O enquadramento foi correto, o foco ficou preciso, a velocidade do diafragma estava adequada, a iluminação incidia do modo como se queria sobre o ser fotografado? Ao enquadrar-se no centro ou na periferia, um corpo em face dos outros na cena, a composição se revela, como numa pintura do renascimento. A nitidez do foco define com precisão o conceito do que se deseja capturar. A velocidade em razão das luzes, mas essencialmente em motivo dos objetos em movimento na cena, revela o instante como nenhuma outra função da fotografia, pois não revela a pose, revela o átimo de algo em mutação. Agora veja aonde se estabelece todo o drama da fotografia. Todo ele nasce da iluminação sobre a cena e os atores dela. Suas sombras, suas iluminuras, suas partes explosivas de luzes, formam o drama das relações dos objetos na cena e de seu eterno destino na crosta terrestre, em dependência da luz solar. É o que revela a fotografia.

Allan Bastos e a Fotografia



Foto belíssima, Allan !
Aproveito para te parabenizar pelo dia de hoje.
Viemos ao mundo na mesma data.
Vamos comemorar a vida ?
Compartilho contigo , a festa !

DEMOREI MAIS CHEGUEI - FELIZ ANIVERSÁRIO

O dia já amanheceu e eu dormi demais embalada nos sonhos dos amigos para acordar bem cedinho nossa amiga Socorro Moreira. Claude vai me matar pois conta comigo para preparar o bôlo, doces, balões e reunir todos os corações em um só lugar. Estou correndo ! Esperem por mim ! Tô chegando. É que minha bagagem de amor é tão grande pra carregar que estou suando no caminho da saudade para minha amiga encontrar. Pela madrugada adentro todos estavam a postos, Claude foi a primeira da fila, Dihelson já teve o prazer de entregar a primeira fatia do bôlo, Nilo já derramou seu amor pela Colibri, o Cariricaturas inteiro chegou antes de mim. Mas meu amor por esta menina da rua da Vala não é menor que o de vocês. O meu presente não será flores,cartões, doces e balões pois já foram entregues. Será o mais belo amanhecer do azul da Capada sôbre as matas do Araripe.
Prá você querida amiga o que tenho de maior no meu coração...
Deus para conduzir seu caminho...
Luz para guiar os seus passos...
Fôrça para enfrentar os obstáculos...
E alegria para sorrir outra vez....

AMIGA, MENINA, POETA, MÃE

Minha dôce amiga
Os sonhos embalam
Realidades vividas
Embriagadas, lúcidas
Irrigadas de lembranças
Revividas na infância
Amadas e perdidas

Mulher, menina
Ombro amigo
Risos e dores
Envolvem a tua
Ilusão perdida
Reencontrada nas
Águas dos amôres

Maravilhosa poetisa
Ondulando o sol da manhã
Revigoras o ego
Enchendo de luz
Irrradiando o prazer
Real dos sonhos
Acordados no viver

Mãe de candura
Ostentado coração
Relíqueas guardadas
Enmulduradas na visão
Impossível se calar
Repetindo a emoção
Aniversariar...


beijos... Edilma

Convite para quem mora no Crato

Amanhã as 19:30h, na REFSA, a APAE-Crato conta com a sua presença. Haverá apresentações Artísticas-culturais, além da feira de artesanato.
E não esqueçam a festa da Padroeira . Ontem estive por lá , senti a energia da fé.
-Que Deus me fortaleça !

João de Barros do Crato a São Paulo mais um pequeno trecho - por José do Vale Pinheiro Feitosa

João de Barros considera que a viagem perdeu riqueza depois da cidade de Milagres, à margem da BR 116 na Bahia. Até ali era nordeste e depois não era mais. Quando perguntado como fora este trecho ele contou com seu português da Batateira. Um detalhe é que durante todas esta viagem entre Crato e São Paulo, sempre havia uma voz misteriosa fazendo uma síntese política das questões. Como se adivinhasse o pensamento de João. Ele tentatva achar o autor, mas nunca o encontrou. Eis a narrativa:

- De Milagres inté os can-mim revortado das Minas Gerais nóis fumo subino uma serra atrás da outra. Nóis estava lá embaixo e quano dava cuiva, ói a ruma de carro subino beim degavazim, um atrás do outro, inté parecia a listra de gente dos rumêro do Juazeiro inu inté o arto do horto do Padi Cico. Era cuma nóis ia, se desapegano do mundo natá, astravéis de tantas terras qui parecia ter vontade de levar nóis a se esquecer. E nóis era deste tamam-in. Nóis num era quase nada. Nóis era pingo d´água no mar. Nóis uma coisa pequena, mas era uma coisa, cuma iágua num ri, nóis ia no mei da ruma. E cuma ia, tomém vortava carro no sentido contraru. E nelis tomém vin-a gente de lá prá cá. Mais ia do que vortava, mas vortava um bucado. Nóis de cara empanbada, da testa coberta de puêra, da guela preguenta, da boca com travo de jiló, dos dente desbotado, dos lábios rachado. Nóis, estas bucha qui enchi os can-i-ão das guerra, cuma se tuvera uma ventania, ia seno arrastado, ora em velocidade e ora quase parano, mas o vento levava. E lá prá metade da premêra banda da noite, nóis estava, despois duma ruma de catabi, intrano na cidade de Jequié. Um bocado de bodega vendeno cumida, uma ruma de posto de gasolina e muita oficina para consertar os carros destas boca de pilão das estradas. Enchi o bucho e quano tava palitano os dente, ouvi aquela voz misteriosa que dizia umas coisas bunita, eu entendia os sentido, mais não as palavras uma pela outra: “ Que num se ingani os qui pur aqui vão. Uma voiz mais possante qui do Conselheiro os convoca. Uma voiz qui num se faz ouvir, e apenas cola n´alma cuma um visgo novo. E a voiz diz prá nóis ir beim pru mei dos ricos e lá implantar milhares de morro da Favela. A voiz diz prá nóis montar centenas de Canudos no Ri e no Sonpaulo”. Eu corri em vorta do oinbus cum a mais maió velocidade qui pudia, e mais uma vez, num incrontrei neim siná do dono da voiz.

Pensamento para o Dia 27/08/2009


“O amor espiritual precisa ser diferenciado do amor ou do apego relacionado ao corpo, à mente ou ao intelecto. Este último está relacionado ao mundo e é fonte de sofrimento. O verdadeiro amor é puro, abnegado, livre de ego e pleno de bem-aventurança. Apegos mundanos não são de modo algum amor verdadeiro. Eles são passageiros, enquanto o amor eterno, puro, surge do coração. Como uma pessoa pode ser incapaz de reconhecer esse amor todo-penetrante? Isso acontece porque o coração humano se tornou estéril e poluído. O coração está cheio de todos os tipos de desejos e não há espaço nele para o amor puro e imaculado entrar. Somente quando os apegos mundanos forem expulsos do coração, haverá espaço para o amor verdadeiro permanecer e crescer.”
Sathya Sai Baba

Mestre Confúcio - Filósofo Chinês







Confúcio, também conhecido como , K'ung Ch'iu, K'ung Chung-ni ou Confucius nasceu em meados do século VI (551 a.c.), em Tsou, uma pequena cidade no estado de Lu, hoje Shantung. Segundo algumas fontes antigas, teria nascido em 552 a. C. (ou seja, no vigésimo primeiro ano do duque Hsiang . Esse estado é denominado de "terra santa" pelos chineses. Confúcio estava longe de se originar de uma família abastada, embora seja dito que ele tinha ascendência aristocrática. Seu pai, Shu-Liang He, antes magistrado e guerreiro de certa fama, tinha setenta anos quando se casou com a mãe de Confúcio, uma jovem de quinze anos chamada Yen Cheng Tsai, que diziam ser descendente de Po Chi'in, o filho mais velho do Duque de Chou, cujo sobrenome era Chi.

Dos onze filhos, Confúcio era o mais novo. Seu pai morreu quando ele tinha três anos de idade, o que o obrigou a trabalhar desde muito jovem para ajudar no sustento da família. Aos quinze anos, resolveu dedicar suas energias em busca do aprendizado. Em vários estágios de sua vida empregou suas habilidades como pastor, vaqueiro, funcionário e guarda-livros. Aos dezenove anos se casou com uma jovem chamada Chi-Kuan. Apesar de se divorciar alguns anos depois, Confúcio teve um filho, K'ung Li, que nasceu um ano após sua morte

Confúcio viajou por diversos destes reinos, esteve em íntimo contato com o povo e pregou a necessidade de uma mudança total do sistema de governo por outro que se destinasse a assegurar o bem-estar dos súditos, pondo em prática processos tão simples como a diminuição de contribuições e o abrandamento das penalidades. Embora tentasse ocupar um alto cargo administrativo que lhe permitisse desenvolver as suas ideias na prática, nunca o conseguiu, pois tais ideias eram consideradas muito perigosas pelos governantes. Aquilo que ele não pôde fazer pessoalmente acabaram fazendo-o alguns dos seus discípulos, que, graças à boa preparação por ele ministrada, se guindaram, dia após dia, aos cargos mais elevados. Já idoso, retirou-se para a sua terra natal, onde morreu com 72 anos.

Confúcio é biograficamente, segundo o historiador chinês Sima Qian (século II a.C.), uma representação típica do herói chinês. Ele era alto, forte, enxergava longe, tinha uma barriga cheia de Chi, usava longa barba, símbolo de sabedoria, mas se vestia bem e era simples. Era também de um comportamento exemplar, demonstrando sua doutrina nos seus atos. Pescava com anzol, dando opção aos peixes, e caçava com um arco pequeno, para que os animais pudessem fugir. Comia sem falar, era direto, franco, acreditava ser um representante do céu.

Sua ideia de organização da sociedade buscava também recuperar os valores antigos, perdidos pelos homens de sua época. No entanto, em sua busca pelo Tao, ele usava de uma abordagem diferente da noção de desprendimento proposta pelos taoístas. Sua ideia estava embasada num critério mais realístico, onde a prática do comportamento ritual daria uma possibilidade real aos praticantes de sua doutrina de viverem em harmonia.

Apesar das ideias de conformismo que possam ser atribuídas a esse pensamento, elas são errôneas. Confúcio não pregava a aceitação plena de um papel definido para os elementos da sociedade, mas sim que cada um cumprisse com seu dever de forma correta. Já o condicionamento dos hábitos serviria para temperar os espíritos e evitar os excessos. Logo, sua doutrina pregava a criação de uma sociedade capaz, culturalmente instruída e disposta ao bem estar comum. Sua escola foi sistematizada nos seguintes princípios:

Ren, humanidade ( altruísmo);
Li, ou cortesia ritual;
Zhi, conhecimento ou sabedoria moral;
Xin, integridade;
Zhing, fidelidade;
Yi, justiça, retidão, honradez.

Confúcio não procurou uma distinção aprofundada sobre a natureza humana, mas parece ter acreditado sempre no valor da educação para condicioná-la. Sua bibliografia consta de três livros básicos, sendo que os dois últimos são atribuídos aos seus discípulos:

Lun yu (Diálogos, Analectos), no qual se encontra a síntese de sua doutrina.
Dà Xué (大学) (Grande Ensinamento) e
Zhong Yong (Jung Yung), ou a “Doutrina do Meio”.
Após sua morte, Confúcio recebeu o título de "Lorde Propagador da Cultura Sábio Supremo e Grande Realizador" (大成至聖文宣王), nome que se encontra registrado em seu túmulo.

” Entre todos os bens,
o sublime é o mais elevado,
o sucesso é a convergência de todo o belo,
o favorável é a concordância de tudo o que é correto,
e a perseverança é o fundamento de todas as ações. “

Segundo Raio

Amarelo Dourado

O Segundo Raio corresponde ao aspecto Filho da Santíssima Trindade e irradia os atributos da sabedoria interior, da compreensão e da iluminação. É a energia crística que rege o processo iniciático do homem e a ciência da união com o Todo.

É por sua influência que reconhecemos que toda sabedoria de que necessitamos está na Divina Presença que habita nosso coração e aprendemos a escutar com adoração e humildade a Sua voz. Vêm daí, então, a verdadeira compreensão dos semelhantes e a Consciência Crística que ama incondicionalmente.

As pessoas regidas por este Raio esforçam-se em aprofundar seus conhecimentos sobre a natureza humana e o Universo. Muitas vezes, atuam como professores e instrutores. Buscam a verdade e a Luz, possuem discernimento, são compreensivos, amorosos, tolerantes e procuram escutar os outros. Seres pouco evoluídos, porém, manifestam essa influência na forma de apegos, curiosidade excessiva, loquacidade e temor.

Virtudes: Iluminação, sabedoria Divina e Discernimento
Palavra Chave: Imã Cósmico
Chacra: Coronário (topo da cabeça)
Som: Cântico Gregoriano
Perfume: Enxofre
Dia da Semana: segunda feira
Regência: Mercúrio
Símbolos: Cadoceu de Hermes
Chohan: Mestre Confúcio
Templo: Templo do Foco de Luz no Royal Teton, em Wyoming, nos EUA.
Música Chave: Estrela Vespertina, de Wagner.
Arcanjos: Jofiel e Cristina que sustentam as virtudes da iluminação e da perseverança de seu templo etérico sobre Lanchow, na China. Música chave: Serenata, de Schulbert.
ELOHINS: Cassiopéia e Minerva, que elevam a Chama Dourada do coração à consciência do homem, trazendo-lhe o discernimento. Seu templo etérico situa-se na parte ocidental da Alemanha. Música-chave: Alegretto da Terceira Sinfonia de Brahms.

Mestre Confúcio

Chohan do Segundo Raio Dourado

Mestre Kuthumi foi diretor deste Raio até o ano de 1956, quando então juntamente com o também Ascencionado Mestre Jesus Sananda, foi elevado à categoria de Instrutor do Mundo.
Mestre Kuthumi foi Pitágoras (500 AC.). Ele fundou uma escola em Crofona no sul da Itália, onde fez diversas descobertas em diversos campos da matemática, astronomia e música. Ele determinou que o mundo era redondo, que os planetas produziam a música das Esferas, que o verdadeiro ser do Homem é imortal e deve reencarnar várias vezes até conseguir a ascensão. Nos tempos bíblicos, ele foi Gaspar, um dos três sábios (Reis magos).
Poderia ter ascendido antes, mas adiou sua ascensão, assim como o fez o Mestre El Morya, afim de fazer surgir a Teosofia.

Mais tarde Mestre Kuthumi encarnou como São Francisco de Assis (por volta de 1200 DC). Tinha grande amor pelos animais, ajudou milhares deles a alcançar o ponto em que não precisassem mais reencarnar. Mestre Kuthumi era um homem muito paciente e gentil. Poderia passar horas ou um dia inteiro observando uma flor desabrochar plenamente. Em uma encarnação posterior Kuthumi construiu o Tajmahal na Índia, 1640 DC, uma das construções mais belas de todo o mundo. Em sua última encarnação, Ele e o Mestre El Morya foram instrumentados para que a Teosofia surgisse. Mestre Kuthumi manteve uma encarnação na Índia durante 300 anos e ascencionou em um vale das Montanhas Himalaia por volta de 1889.

A missão do Mestre Kuthumi e de seu sucessor Amado Mestre Lanto e do atual Chohan do segundo Raio, Mestre Confúcio, é melhorar o conhecimento dos países e das raças, dedicando-lhes muita atenção. Só quando a mente externa da humanidade, o coração compreensivo falar realizar-se-á a verdadeira Fraternidade Universal. O Raio Dourado representa a segunda pessoa da Santíssima Trindade, também chamado FILHO e a sua atuação constitui para o ser humano, uma das etapas mais espinhosas no processo de desenvolvimento, porque embora a Sabedoria aparente ser paz e serenidade (visto que não é provada pela força e sim pela paciência interior), exige a difícil virtude de saber escutar e esperar.
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Programa Cariri Encantado desta sexta-feira, 28, será com Lifanco

O programa Cariri Encantado de amanhã, sexta-feira, 28, abordará a música de Lifanco. E, como de praxe, o artista enfocado estará presente para ilustrar a música com depoimentos e considerações.

Lifanco é, reconhecidamente, um dos maiores músicos do Cariri. Virtuoso violonista, tem discos lançados, a exemplo de “Alpendres do Brasil” (2003), onde desponta o seu trabalho de cantor, compositor e arranjador , e “Lifanco e o Reisado Nação Cariri” (2007), voltado para seu trabalho de pesquisa da música de raiz e da cultura popular caririense.

Lifanco é um dos mais requisitados músicos de estúdio e de palco da região, merecendo destaque como arranjador e/ou músico dos discos de Abidoral e Pachelly Jamacaru, Luiz Carlos Salatiel, Lívia França, Jonteilor, Zé Nilton e Lenynha.

O programa Cariri Encantado vai ao ar todas as sextas-feiras, das 14 às 15 horas, pela Rádio Educadora do Cariri 1020 e com apoio do Centro Cultural BNB Cariri. A apresentação é de Luiz Carlos Salatiel e Carlos Rafael Dias.

Hegel - Filósofo alemão




Georg Wilhelm Friedrich Hegel (Estugarda, 27 de agosto de 1770 — Berlim, 14 de novembro de 1831) foi um filósofo alemão. Recebeu sua formação no Tübinger Stift (seminário da Igreja Protestante em Württemberg).

Era fascinado pelas obras de Spinoza, Kant e Rousseau, assim como pela Revolução Francesa. Muitos consideram que Hegel representa o ápice do idealismo alemão do século XIX, que teve impacto profundo no materialismo histórico de Karl Marx.

Hegel estudou no seminário de Tubinga com o poeta Friedrich Hölderlin e o filósofo Schelling. Os três estiveram atentos ao desenvolvimento da Revolução Francesa e colaboraram em uma crítica das filosofias idealistas de Immanuel Kant e de seu seguidor, Fichte.

Depois de ter se tornado tutor em Berna e em Frankfurt, Hegel começou a lecionar na Universidade de Jena, onde permaneceu de 1801 a 1806. Após a vitória de Napoleão, Hegel abandonou Jena e se tornou reitor da escola de latim em Nuremberg. Em 1816 ocupou uma cátedra na Universidade de Heidelberg. Sucedeu Fichte como professor de filosofia na Universidade de Berlim em 1818, posto que ocupou até sua morte.

A primeira e a mais importante das obras maiores de Hegel é sua Fenomenologia do Espírito. Em vida, Hegel ainda viu publicada a Enciclopédia das Ciências Filosóficas, a Ciência da Lógica, e os (Elementos da) Filosofia do Direito. Várias outras obras sobre filosofia da história, religião, estética e história da filosofia foram compiladas a partir de anotações feitas por seus estudantes, tendo sido publicadas postumamente.

Filósofo da totalidade, do saber absoluto, do fim da história, da dedução de toda a realidade a partir do conceito, da identidade que não concebe espaço para o contigente, para a diferença; filósofo do estado prussiano, que hipostasiou o Estado - todas essas são algumas das recepções da filosofia de Hegel na contemporaneidade. Difícil dizer até que ponto essas qualificações são justas para com a filosofia hegeliana.

Ademais, as obras de Hegel possuem a fama de serem difíceis, devido à amplitude dos temas que pretendem abarcar. Diz a anedota (possivelmente verdadeira) que, quando saiu a tradução francesa da Fenomenologia do Espírito, muitos estudiosos alemães foram tentar estudar a Fenomenologia pela tradução francesa, para "ver se entendiam melhor" o árido texto hegeliano.(A) O fato é que sua filosofia é realmente difícil, embora isso não se deva necessariamente a uma confusão na escrita. Afinal, Hegel era crítico das filosofias claras e distintas, uma vez que, para ele, o negativo era constitutivo da ontologia. Neste sentido, a clareza não seria adequada para conceituar o objeto. Inclusive, Hegel critica também a concepção do conceito como representação (no sentido de tornar presente novamente ou "presentificar" uma ausência).

Introduziu um sistema para compreender a história da filosofia e do mundo mesmo, chamado geralmente dialética: uma progressão na qual cada movimento sucessivo surge como solução das contradições inerentes ao movimento anterior. Por exemplo, a Revolução Francesa constitui, para Hegel, a introdução da verdadeira liberdade nas sociedades ocidentais pela primeira vez na história escrita. No entanto, precisamente por sua novidade absoluta, é também absolutamente radical: por um lado, o aumento abrupto da violência que fez falta para realizar a revolução, não pode deixar de ser o que é, e, por outro lado, já consumiu seu oponente. A revolução, por conseguinte, já não pode voltar-se para nada além de seu resultado: a liberdade conquistada com tantas penúrias é consumida por um brutal Reinado do Terror. A história, não obstante, progride aprendendo com seus erros: somente depois desta experiência, e precisamente por causa dela, pode-se postular a existência de um Estado constitucional de cidadãos livres, que consagra tanto o poder organizador benévolo (supostamente) do governo racional e os ideais revolucionários da liberdade e da igualdade.

Segundo Umberto Padovani e Luis Castagnola, em "A história da Filosofia": "A Lógica tradicional afirma que o ser é idêntico a si mesmo e exclui o seu oposto (principio da identidade e de contradição); ao passo que a lógica hegeliana sustenta que a realidade é essencialmente mudança, devir, passagem de um elemento ao seu oposto."

De todo modo, a dialética é uma das muitas partes do sistema hegeliano que foi objeto de má compreensão ao longo do tempo. Possivelmente, uma das razões para isto é que, para Hegel, é preciso abandonar a idéia de que a contradição produz um objeto vazio de conteúdo. Ou seja, Hegel dá dignidade ontológica à contradição, bem como para o negativo. Por outro lado, Hegel não queria com isso dizer que absurdos como, por exemplo, pensar que um quadrado redondo fosse possível. Talvez um melhor exemplo da dignidade ontológica da contradição é pensarmos nos conceitos aristotélicos de potência e ato (um ser que é ao mesmo tempo potência e ato) ou então na concepção dos objetos como unos e múltiplos ao mesmo tempo.

Nas explicações contemporâneas do hegelianismo - para os estudantes universitários, por exemplo - a dialética de Hegel geralmente aparece fragmentada, por comodismo, em três momentos chamados: tese (em nosso exemplo, a revolução), antítese (o terror subsequente) e a síntese (o estado constitucional de cidadãos livres). No entanto, Hegel não empregou pessoalmente essa classificação absolutamente; ela foi criada anteriormente por Fichte em sua explicação mais ou menos análoga à relação entre o indivíduo e o mundo. Os estudiosos sérios de Hegel não reconhecem, em geral, a validade desta classificação, ainda que possivelmente tenha algum valor pedagógico.

Hegel utilizou-se deste sistema para explicar toda a história da filosofia, da ciência, da arte, da política e da religião, mas muitos críticos modernos assinalam que Hegel geralmente parece analisar superficialmente as realidades da história a fim de encaixá-las em seu modelo dialético. Karl Popper, crítico de Hegel em A Sociedade Aberta e Seus Inimigos, opina que o sistema de Hegel constitui uma justificação velada do governo de Frederico Guilherme III e da idéia de que o objetivo ulterior da história é chegar a um Estado semelhante à Prússia dos anos 1830. Esta visão de Hegel como apologista do poder estatal e precursor do totalitarismo do século XX foi criticada minuciosamente por Herbert Marcuse em Razão e Revolução: Hegel e o surgimento da teoria social. Segundo Marcuse, Hegel não fez apologia a nenhum Estado ou forma de autoridade, simplesmente porque existia: para Hegel, o Estado tem que ser sempre racional. Já Arthur Schopenhauer desprezou Hegel por seu historicismo e taxou a obra de Hegel de pseudo-filosofia.

Como se vê, a obra hegeliana é fonte de inúmeras controvérsias, mas, sem dúvida, a filosofia, na maior parte dos casos, não deixa de se referir a Hegel - mesmo quando é anti-hegeliana. Por outro lado, várias vertentes filosóficas inserem-se no legado hegeliano - embora em geral não se auto-intitulem hegelianas - a exemplo do Pragmatismo, da Escola de Frankfurt e do Marxismo.

Após a morte de Hegel, seus seguidores dividiram-se em dois campos principais e contrários. Os hegelianos de direita, discípulos diretos do filósofo na Universidade de Berlim, defenderam a ortodoxia evangélica e o conservadorismo político do período posterior à restauração napoleônica.

Os hegelianos de esquerda, chamados jovens Hegelianos, interpretaram Hegel em um sentido revolucionário, o que os levou a se aterem ao ateísmo na religião e ao socialismo na política. Entre os hegelianos de esquerda encontra-se Bruno Bauer, Ludwig Feuerbach, David Friedrich Strauss, Max Stirner e, o mais famoso, Karl Marx. Os múltiplos cismas nesta facção levaram, finalmente, ao individualismo egoísta de Stirner e à versão marxiana do comunismo.

No século XX a filosofia de Hegel experimentou um grande renascimento: tal fato deveu-se em parte por ter sido descoberto e reavaliado como progenitor filosófico do marxismo por marxistas de orientação filosófica, em parte devido a um ressurgimento da perspectiva histórica que Hegel colocou em tudo, e em parte ao crescente reconhecimento da importância de seu método dialético. Algumas figuras que relacionam-se com este renascimento são Georg Lukács, Herbert Marcuse, Theodor Adorno, Ernst Bloch, Alexandre Kojève e Gotthard Günther. O renascimento de Hegel também colocou em relevo a importância de suas primeiras obras, ou seja, as publicadas antes da Fenomenologia do Espírito.

Mas não só os teóricos da escola de Frankfurt viram um renascimento da filosofia hegeliana, como também muitos filosófos na França, em geral após o curso hoje famoso de Kojève. Dentre estes, podemos citar Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Lacan, Hippolyte entre outros.

Do mesmo modo, os teóricos pragmatistas como Robert Brandon, aproveitaram os aspectos comunitaristas da filosofia hegeliana. Na verdade, esta apropriação de Hegel pelos pragmatistas começou com os primeiros filósofos pragmatistas.

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Madre Teresa de Calcutá - " A paz começa com um sorriso "


Religiosa indiana de origem albanesa (1910-1997). É chamada de a "santa dos desamparados". Filha de um próspero comerciante albanês, nasce em Skopje, hoje capital da Macedônia. Batizada como Agnes Gonxha Bojaxhiu, aos 18 anos opta pela vida religiosa e vai para a Índia. Por 16 anos leciona em um colégio religioso para moças ricas em Entally. Dizendo seguir um chamado de Deus, muda-se para Calcutá e passa a dar assistência a pobres e doentes. Em 1949 funda a Ordem das Missionárias da Caridade, hoje com missões em 111 países, entre eles o Brasil. Sob sua orienação, a ordem constrói uma colônia para leprosos perto de Asanol, na Índia, que recebe o nome de Shantinagar(Cidade da Paz). Em 1979 recebe o Prêmio Nobel da Paz em reconhecimento a seu trabalho. Recebeu críticas por não se importar com a origem do dinheiro que arrecadava para financiar sua cruzada, como as doações que recebeu de Jean-Claude Duvalier, ex-ditador do Haiti. Mesmo doente, trabalha incessante até morrer de ataque cardíaco, em Calcutá, aos 87 anos.
Copyright (c) Almanaque Abril 1998, Editora Abril S.A.

MENSAGEM DE MADRE TERESA

Em 1979, ao receber o Prêmio Nobel da Paz, ela diz que sua obra é "uma gota de salvamento num mar de sofrimento". Sua mensagem é clara: "Juntos proclamamos com alegria a difusão da paz o amor à humanidade, e percebemos que os pobres são também nossos irmãos". Seu programa permanente foi este; "O fruto do silêncio é a oração, o fruto da oração é a fé; o fruto da fé é o amor; o fruto do amor é o serviço; o fruto do serviço é a paz." "Não há tristeza maior do que a falta de amor". "[...]existe riqueza de sobra para todos. É preciso reparti-la bem, sem egoísmo, [...]".

Fonte: Revista "Cidade Nova(Outubro/97).
Para conhecer mais clique no da TVCULTURA sobre Madre Teresa


O Poema da Paz

0 dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? 0 medo
0 erro maior? Abandonar-se
A raiz de todos os males? 0 egoísmo
A distração mais bela? 0 trabalho
A pior derrota? 0 desalento
Os melhores professores? As crianças
A primeira necessidade? Comunicar-se
0 que mais faz feliz? Ser útil aos demais
0 mistério maior? A morte
0 pior defeito? 0 mau humor
A coisa mais perigosa? A mentira
0 sentimento pior? 0 rancor
0 presente mais belo? 0 perdão,
0 mais imprescindível? 0 lar
A estrada mais rápida? 0 caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
0 resguardo mais eficaz? 0 sorriso
0 melhor remédio? 0 otimismo
A maior satisfação? 0 dever cumprido
A força mais potente do mundo? A fé
As pessoas mais necessárias? Os pais
A coisa mais bela de todas? 0 amor

Madre Teresa de Calcutá


Projeto "Água pra que te quero!"- Nívia Uchôa


Aos meus amigos , mensagem na madrugada ...- Socorro Moreira

Acabo de chegar de uma breve comemoração, e encontro essa festa surpresa. Meus amigos – presente e alegria de vida! Sou um tanto arisca, quando se trata de festas em minha homenagem. Comemoro a vida, em cada minuto de todos os dias. Mas hoje fui surpreendida pela minha alegria. Dei de cara com os balões do Armando, a mesa composta por Claude, a declaração de carinho do Carlos e da Fran, o testemunho do amigo Nilo, a delicadeza do Dihelson...
Eu sei da importância que todos têm pra mim, e não preciso checar a reciprocidade. O sentimento que a gente recebe é o sentimento que a gente sente, no retorno da energia.
Havia combinado com o filho mais velho, que passaríamos esse dia em Várzea Alegre, mas depois dessa emoção, mudei de planos. Vou passá-lo com a mulher que me pôs no mundo para que eu tivesse a felicidade dos encontros.
Não se preocupem os que não conseguem postar uma mensagem... Estou recebendo recados telepáticos de vários lados. Sintam-se todos abraçados, no meu agradecimento.
Em traje de cabra cega, parto esse bolo. .. A primeira fatia será dada no escuro. Não existe mais nem menos, no meu coração... Existem vocês!

-Um dia de paz e luz para todos nós !

Deixa que hoje eu faço o Bolo ! - Parabéns, Socorro Moreira, nossa poetisa!


Hoje sou em quem faz o bolo:

Parabéns pra você
Nesta data querida
Muitas felicidades,
Muitos anos de vida!

Feliz Aniversário, Socorro Moreira !!!

Muitas felicidades, e muitos anos de vida plena de paz, saúde e amor!

Dihelson Mendonça

Feliz Aniversário!


Silente o vento escuta
Os sonhos lentos da Serra
Cumeeiras repartidas
Olhos vidrados na terra
Risos perdidos nos lábios
Restos de sombra na mata e
O sol dormindo no Vale

Sorri matreira a menina
Olhando a noite que chega
Correndo pelas calçadas
Ouvindo a tarde fagueira
Rindo das cores da aurora
Rimando os ecos na tarde
Onde o poema se achega

Sonha a menina acordada
O príncipe desencantou
Correu longe pelo espaço
Onde a saudade a levou
Rodopiou a menina
Ritmos de valsas dançou
Onde a vida a carregou


Sonha, menina, sonha
Ocupa todo o espaço
Coleciona mil amores
Olha pra vida e com graça
Reúne os teus amigos
Recolhe deles o abraço
O amor que a vida traça...
.
Abraços,
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Claude
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MARIA DO SOCORRO , MONICA E SANTA DE TODOS AS NOSSAS SAUDADES E AMORES.





Dia 27 de agosto... 41 minutos... Já esperei o suficiente para estar presente a esta comemoração. A fatia do bolo, Maria do Socorro, não precisa ser a primeira! Nem mereço a honra e quer saber? Prefiro ver todos saboreando esse bolo e este dia. Ao final vou devorar meu pedaço bebendo em taça de cristal a alegria de todos em volta da mesa. Uma enorme Távola Redonda. Em vez das espadas que cada cavaleiro depunha a sua frente, nós cavaleiros do Cariri depositamos nossos corações.
Maria de todo o Socorro. Vai anda ligeiro Colibri e vê se não me olha de esguelha com meio sorriso a Monalissa. Sorriso que para decifrá-lo foi necessário refazer meu caminho de volta e chegar a ti quase que por encanto. Então me foi revelado o segredo do sorriso e do olhar. Se como dizes, eras periférica a todos os acontecimentos, grupos, festas e fatos por imposição de regras rígidas, nunca estiveste tão dentro de corações e mentes. Tu observavas (e continua) a roda da vida a girar em torno de todos, com argúcia captavas as histórias pelos quatro cantos dessa cidade amada. Por isso conheces como ninguém as nossas paralelas, baús e águas furtadas. Essa tua estranha leveza, os mistérios de teus silêncios e reclusões poucos apreenderam os significados. Mas para todos fora dessa Távola, resta o prazer de beber de tua inigualável perspicácia e desenvolvida inteligência e a bondade desse teu coração mater. Tua casa é a continuidade do teu coração que abriga, acolhe festivamente e se derrama em carícias plenas. Mesmo que não admitas, a santidade pode ser apenas todo o bem que tua existência nos faz. Um dia é pouco para tanta luz! Parabéns por ser Maria do Socorro Perpétuo.

Tributo a Socorro Moreira

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O que dizer quando o que se quer dizer é indizível.
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Resta somente expressar o carinho e uma vontade grande de dizer
O grande amor que sentimos por você
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PARABÉNS, SOCORRO
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Cujo nome já é uma missão.
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Rafael e Fran
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