Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Economista da era Reagan desfralda bandeiras vermelhas - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Surpreendente análise de Paul Craig Roberts, ex-secretário do Tesouro na administração Reagan. Quando todos dizem que há um movimento de saída da recessão ele afirma que não e acrescenta que “os economistas da América continuam fingindo que estão lidando com uma recessão normal do pós-guerra que requer meramente uma expansão de moeda e do crédito a fim de restaurar o crescimento econômico.

O surpreendente é um economista que foi do governo que se tornou o marco inicial da hegemonia neoliberal recorrer a Karl Marx e Lênin para vaticinar o drama estrutural da economia americana neste momento da história. E vai numa escalada, aliás já começa do topo da crítica e nela se mantém durante quase todo o artigo ao citar uma frase de Marx logo de cara: "O capital é trabalho morto, o qual, como um vampiro, vive apenas para sugar o trabalho vivo, e quanto mais sobreviver, mais trabalho sugará".

Ele transfere este mecanismo para a leitura atual do capitalismo americano. E ao transferi-lo faz uma análise de natureza revolucionária pois no limite nada resta a não ser uma outra realidade. O capitalismo americano foi pujante pois associou produção do trabalho com o consumo das famílias. Quanto mais esta produção foi ganhando em produtividade mais consumo se esperaria e maior crescimento econômico das famílias.

Mas não foi isso o que ocorreu. Nesta primeira década do século XXI a renda das famílias só caiu, especialmente houve a queda do salário líquido e ocorreu uma pauperização generalizada da classe média que viu seu patrimônio ser corroído pelas crises, especialmente a atual. E a contradição se encontraria dentro do próprio capitalismo, especialmente o capitalismo financeiro.

O mecanismo do troca a troca de papéis em Wall Street num ciclo vicioso que só aumenta a remuneração dos acionistas, camuflou a produtividade da economia americana marcada por uma forte relocalização do emprego para fora do país. Isso dos produtos consumidos no mercado americano. Tudo em busca de uma mão-de-obra mais barata, sem direitos trabalhistas e sociais. A rigor é o mesmo mecanismo que espíritos da crítica de conveniência apenas enxergam na maldade do “comunismo” Chinês.

Resultado houve uma quebra da equação que sustentava a economia: produção remunerada pela renda de quem produz. Agora quem produz não tem renda e o desemprego americano já atinge mais um quinto da força de trabalho existente e a parte empregada se encontra enterrada em hipotecas e dívidas. Endividar mais uma vez as famílias só aprofunda o fosso.

Neste estado de coisa o dinheiro aplicado pelo Governo para salvar as corporações financeiras só fez criar uma nova bolha. Isso tem corroído a credibilidade do dólar como moeda de reserva. Por isso o movimento da semana que passou com a alta do ouro e o anúncio de que Árabes e os BRICS estão a lançar tábuas de salvamento ao mar em face da corrosão do dólar. A saída para o governo seria aumentar os juros para contrair empréstimo, mas aí leva de roldão o que resta do valor do patrimônio dos americanos.

Resultado ao governo só restaria emitir papel moeda. Teriam uma hiperinflação que associada ao desemprego levaria o povo a uma miséria que nem Marx e Lênin ousaram prever segundo Paul Craig.

A se considerar o viés de Paul Craig com migrações e deslocamento de empregos americanos para o exterior, mesmo assim o quadro da recessão atual pelo que ele pinta é algo muito pior do que se imagina no cotidiano. Estaríamos diante de uma das grandes contradições de ruptura do capitalismo. Como esta ruptura sempre ocorreu para uma nova escala evolutiva do sistema não nos resta muitas opções pois como o próprio nome é fruto do papel moeda, temos diante de nós uma crise em que se dissociou o trabalho da formação de capital. E isso não existe no mundo material real.

Projeto "Água pra que te quero"!- Nívia Uchôa




FÁCIL É NEGAR A EXISTÊNCIA DE DEUS: DIFÍCIL É EXPERIENCIAR A CONSCIÊNCIA CÓSMICA DE DEUS


Acreditamos que crescendo e acumulando conhecimentos no limite a natureza humana saltará e transcenderá para uma nova e inédita cosmovisão. Essa visão é inadequada. A razão está para o tempo assim como a não-razão (crescimento simétrico) está para a eternidade (não-tempo). A eternidade é uma supressão total do tempo e não o seu crescimento. Em outras palavras, a eternidade é uma "morte" do tempo. O verdadeiro caminho não é subir, mas descer (controlar sua energia) no poder da razão e do desejo.
A fronteira entre a razão e a não-razão é um "zero existencial". Se o crescimento racional é o lado positivo, então o crescimento simétrico é o lado negativo. E vice-versa. Se estamos valorizando a razão, como fazer para transcender? Certamente que não é negando racionalmente a força da razão, mas transformando o seu impulso e dando um novo (simétrico) sentido ao seu poder. Ou seja, não é negando a razão usando a razão, mas fazendo com que essa força retorne a sua origem no ponto "zero"de equilíbrio. A força da razão sempre está apontando para um único sentido de compreensão. Mesmo que ela esteja falando de mundos invizíveis sagrados. A razão é uma forma de energia independente da "cor" que atribuímos a ela. Ela pode ser de natureza-cor filosófica, religiosa, econômica, sociológica, astrológica, psicológica, etc. Somente transcendemos a razão através de uma força simétrica que suprime o poder de recepção dos sentidos e o poder de processamento da mente objetiva. É o "negar a si mesmo" de Jesus Cristo.

A sociedade seria dentro desse contexto uma floresta constituída, portanto, de diversas árvores de características diferentes. O que está acontecendo atualmente é que essa floresta tem pontos ou focos de matas aparentemente bem tratadas externamente, mas que numa análise mais cuidadosa veremos que estão totalmente corroídas em suas raízes. Essa problemática tende aumentar se medidas corretas não forem tomadas para frear a força expansionista da razão. Creio que esse problema somente poderia ser resolvido com uma aproximação da cultura e do saber tradicional oriental. É preciso que uma nova e transformadora maneira de agir (num sentido e contexto bem amplo) no mundo e na vida moderna se faça com mais intensidade e amplitude para que de fato retornemos ao ponto de equilíbrio ("zero existencial") e de harmonia. Caso isso não aconteça certamente a vida nas sociedades modernas tenderá a degradar-se. E isso acontecerá mesmo que haja uma expansão econômica. Isto porque a expansão econômica é um resultado e, portanto, um reflexo também do crescimento da razão. Não creio que mudando a qualidade da razão esse problema vai ser resolvido. Não creio que a mudança de um modo racional instrumental para um modo racional razoável (ou outra designação) vai de fato resolver essa questão existencial humana (é uma aproximação, mas não é uma solução). O cerne da questão está entre a razão e a não-razão ( e também entre o desejo e o não-desejo). E não entre uma forma e outra de razão (ou de desejo).

O verdadeiro caminho da consciência é um caminho de "reconnaissance". Ou seja, um processo de reconhecimento do limite da razão e do desejo humano. E aqui "reconhecimento" significa o ato de re-nascer (re-naissance) com uma nova visão. Pois, na língua francesa conhecimento é "connaissance": "con" (com) + "naissance" (nascer). Nesse sentido, o renascimento do homem significa um esforço permanente de reconhecimento de seu próprio limite de compreensão em si mesmo. No limite desse esforço de reconhecimento a gratidão é o passo decisivo para o homem reencontrar a sua natureza divina. A devoção é uma conseqüência dessa gratidão desmedida.

Estamos há dois mil anos de distância da visão dessa grande descoberta e reconhecimento. Acho que não levamos muito a sério essa descoberta que o nosso mestre Jesus Cristo fez e nos apontou – nos desviamos do Caminho! Usamos a sua imagem e palavras, mas não agimos como ele de fato gostaria que fizéssemos: o seu Caminho ou Método. Ele nos salvou da ignorância eterna porque descobriu magistralmente esses dois caminhos: o da razão e o da não-razão. Se de fato queremos seguir Jesus Cristo (ou outro método transcendental) temos que aprender também a "negar a nossa própria razão e o nosso próprio desejo". A natureza somente reage com uma ação adequada. Sem ação não se tem transformação. Não tenho dúvidas quanto a isso. Eu sei que isso é para muitos uma missão quase impossível. É impossível para aqueles que não sabem o poder, de autotransformação, da fé que têm dentro de si mesmos. E também porque não sabem quanto é belo e maravilhoso o nascimento existencial no encontro do verdadeiro Amor de Deus. Se soubessem...Hummm!!!!!!!

“All you need is love” (Lennon/MaCartney) – Porque Amor é Deus!

Pois, todo nascimento é um encontro. Na natureza humana temos o encontro do homem com a mulher. O desejo do homem de encontrar o Amor na mulher desejada. O homem se dá nesse encontro e a mulher retribui também se dando num êxtase gostoso. O desejo cresce até o seu limite máximo no orgasmo. Um querendo transcender no encontro com o outro. A beleza do encontro dá a direção do Amor. Os corpos se entrelaçam procurando uma nova combinação e união. Os sentidos são ativados. E os sentimentos reflorescem. Só movimento e ternura. E exaltação. O homem se torna quase um deus e a mulher quase uma deusa. E de repente a ejaculação e o orgasmo. Nesse momento, um fenômeno dá sentido aquele frenesi de gestos incalculados. Enquanto os corpos se abraçam gemendo de êxtase num outro plano, minúsculos seres (espermatozóides) são lançados numa corrida louca em busca de um encontro também. O espermatozóide é a semente da “árvore” que busca o lugar específico para "morrer" e nascer de novo.

Olhando a partir desse universo minúsculo dos espermatozóides podemos entender o universo humano. A vida humana é semelhante à corrida louca dos espermatozóides querendo encontrar um outro corpúsculo ou célula no interior do ovário. E no encontro acontece uma "morte" e um nascimento: a semente "morre" para nascer a árvore. Todos querem encontrar o lugar (ovário) do Amor Divino. E nesse encontro nascerem numa nova dimensão de vida existencial. Mas, nem todos alcançarão ao mesmo tempo essa façanha de renascer em vida. Muitos padecerão cansados ou perdidos no meio do caminho. Somente aquele que for mais hábil (em si mesmo), mais sensível e mais persistente durante a corrida conseguirá esse objetivo transcendental. É a lei cósmica do nascimento. O que está em cima está em baixo. O que está fora está dentro também. E cada ejaculada humana é uma nova corrida em direção a um segundo nascimento. A cada êxtase humano uma nova vida pode estar sendo gerada. E assim também ocorre com o plano Divino. Pois, a cada exaltação-contemplação de Deus uma segunda vida pode estar sendo gerada na dimensão ontológica Divina. E isso somente ocorre quando há um encontro entre naturezas do "espermatozóide-humano" com o "óvulo Divino". E o êxtase é o sinal de que houve um encontro verdadeiro e profundo, ou seja, uma Alteridade. É o sinal do Amor Divino. E é inconfundível. Ele é belo. É sublime. E majestoso. O que seria da vida sem o êxtase do Gozo Divino? Seria fria e árida. Não teria sentido. O êxtase é a marca do Amor tanto humano quanto Divino. E no plano Divino ele é extremamente belo. Creio que a palavra ‘belo” ainda é pouco para expressar o conteúdo desse Amor maior (incomparável!).

A vida moderna vem projetando para fora essa corrida louca dos pequeninos espermatozóides. Estamos todos no meio de uma corrida sem sabermos a direção exata do ovário Divino. Somente alguns seres "humanos-espermatozóides" sabem, porque aprenderam a direção correta. A grande maioria ignora completamente. E o que vai acontecer? Muitos caminharão para o lado errado e em conseqüência disso se chocarão entre si ou serão atropelados pela multidão desorientada e descrente do Caminho Verdadeiro. Os sinais disso podem ser percebidos no espaço cotidiano da vida agitada, acelerada e desorientada: guerras, doenças, misérias, violências, sofrimentos, corrupção, destruição, confusão, competição sem sentido, etc. Há dois mil anos o mestre Jesus Cristo tentou alertar às gerações futuras o que iria ocorrer sem o Amor Divino. Vejamos o que ele disse (em relação a sua volta - que simboliza a volta do Amor Divino):
“Ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; ... se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fome e terremotos em vários lugares;... levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”. Mateus 24:6-13.
A vida humana precisa desse encontro Divino para permanecer viva e criativa. E o que vemos atualmente? Os esforços humanos são tais que a profecia de Jesus novamente se confirmará. Pois, sem o Amor de Deus não acontece o segundo nascimento. E sendo assim nada frutifica nesse chão racional da vida moderna. A vida deveria ser encarada com mais sutileza e propriedade, mas o ser humano não consegue perceber a vida que vai além de suas conquistas puramente materiais. Todo o nosso esforço é feito sem o Norte ou sentido correto do Amor Divino. E assim nos chocamos uns contra os outros. Daí o caos, a morte, a dor, o sofrimento, a solidão, o niilismo, a incerteza, o medo, a desorientação, a confusão, o conflito, a rejeição e a escuridão da visão. Se todos os homens e mulheres se esforçassem em seguir o caminho do Amor Divino compreenderiam em si mesmos a lei do nascimento: Amor somente Amor Constrói porque é a Lei de Deus para todos durante a eternidade do Ser Livre e Feliz.
Aquieta-te, pois a paz é a referência do caminho interior. A fé é a bússola, o desprendimento é o passo certo e a devoção a Deus é a tua resposta ao grande chamado Dele. Não esmoreça, nunca! O caminho é estreito, mas existe.
"Ele me advertiu que entre os adultos, muito poucos me entenderiam, porque para eles era mais fácil acreditar no terrível do que no maravilhoso. Para evitar problemas ele me recomendou que dissesse que tudo era uma fantasia, uma história para crianças. Eu vou obedecer-lhe ISTO É UMA HISTÓRIA" - Enrique Barrios (Ami: O menino das estrelas).
Um dos mistérios mais fantásticos que descobri durante esse processo de crise de identidade foi a sutil relação entre energia e consciência (humana e cósmica de Deus).

"Para se amar as coisas da Terra precisamos conhecê-la. E para conhecer as coisas do céu precisamos Amá-la" - Pascal.

São Lindas !


Sophia e Bianca.
-O sorriso de Sophia me tira do sério !

Achados e perdidos - por Fábio Brüggemann- Colaboração de Luiza



Não sei se ainda existe um departamento de achados e perdidos. Eu imaginava um lugar comprido com estantes devidamente catalogadas, cheias de objetos com teias de aranhas aguardando seus donos. Já perdi tanta coisa nessa vida, que talvez não coubesse num único departamento. Perdi livros, canetas, isqueiros, brinquedos. Um deles, perdi ainda na infância, e depois o encontrei no sótão da casa do meu avô, que, por coincidência, era a casa onde nasci, e onde morei até a juventude. Era um macaco que pedalava sobre uma corda. Para brincar, era preciso de duas pessoas. Enquanto um levantava a corda, para que ele descesse por ela, o outro tinha que baixá-la, e vice-versa.

O poeta Mario Quintana escreveu, num de seus epigramas, que as coisas perdidas – e inclua-se os indefectíveis guarda-chuvas, os botões que se desprenderam, as dentaduras postiças (objetos que ele chama de heteróclitos e tristes) – vão parar nos anéis de Saturno, e que ficam lá eternamente girando.

Perdi muitos amigos, perdi muitos amores. Mas também encontrei outros tantos, amores e amigos. Uns circulam por aí, não sei em que cidade, em qual país. Outros, a “indesejada das gentes já levou”. Onde andam o Zé, o Almirante, o Romualdo, a Rose, a Carol, a Suzane, a Deneuza? Em que planeta ou plano se escondem o Jonibaldo, a Sandra, a Gerusa? Em que cidadezinha se meteu a Inês, em que lugar foi parar a Maria, que me deu o primeiro beijo?

Em que biblioteca foi parar o livro de fotografias com reproduções manuscritas de poemas de poetas franceses, que, pra falar a verdade, nem era meu, mas do Fernando Karl. Onde está o primeiro filme que fizemos, feito em super-8, e se chamava Tema para chuva? Nele, a Jonira chora na frente do pipoqueiro, o Ricardo fura uma bola com uma faca, e o Marcão cheira a flor que nasce de um sapato velho. Na cena mais importante, a Carol dança com um vestido de cigana e um guarda-chuva colorido sob uma chuva falsa, feita de mangueira. Carol, onde andas? Naqueles dias perdidos, eu tenho certeza de que fui feliz, e aquela felicidade foi parar nos anéis de Saturno, junto com todos os outros achados há muito já perdidos.


Mestres - por Socorro Moreira


Eles se alternavam,

numa doce e sábia cumplicidade:

Portiguês, Matemática,

Civilidade ...

Víamos, escutávamos,

aprendíamos !



O tempo passou.

Tento resgatar os sinais ,

os seus avisos...

Abro a página do meu livro

Leitura silenciosa

Escuto a voz das entrelinhas

Suas vozes vão sumindo...

Agora sou eu,

e o livro !

Deus é coisa da sua cabeça!

Eu tive um professor de filosofia que adorava dizer a frase "Deus é como chifre, só existe na cabeça de quem acredita". Isso chegou até a irritar algumas pessoas, principalmente as mais carolas. O que eu não sabia é que o cara tinha um quê de razão com sua frase, pelo menos é o que mostra a neuroteologia, a ciência que estuda a base neural da espiritualidade e emoção religiosa. Sabe aquela pessoa que diz acreditar em Deus por ter "sentido" a presença dele? Pois bem! Esse "sentir" pode ter uma explicação biológica, ou seja, científica. O que a neuroteologia quer mostrar é que a experiência religiosa ou espiritual é, na verdade, uma combinação de padrões de atividade cerebral, assim como a emoção, a memória ou a linguagem. Duvida? Então veja as fotos abaixo e leia a explicação dos cientistas sobre "as fotos da presença de Deus".

Foto 1 - Comparação tomográfica entre um cérebro normal (esquerda) e o cérebro de um budista em meditação, vê-se claramente que houve uma diminiução de atividade no lobo parietal superior.

O que isso significa? As imagens do lobo parietal superior acusaram uma queda na atividade dessa região, que chegou a ficar bloqueada no momento mais intenso, isto é, no momento em que o religioso (budistas e freiras franciscanas) experimenta a sensação de iluminação religiosa. O lobo parietal superior é área do cérebro que proporciona ao homem o senso de orientação no espaço e no tempo. Isso levou os pesquisadores a concluírem que, privados de impulsos elétricos, os neurônios do lobo parietal desligariam os mecanismos das funções visuais e motoras do organismo. Isso levou Newberg a dizer: “O sentimento de unicidade - que os religiosos dizem sentir quando oram, rezam ou meditam - parece paralisar os receptores sensórios da região parietal”. Exatamente por isso, o cérebro não consegue traçar fronteiras e por isso percebe o “eu” como um ente expandido, ilimitado e unido a todas as coisas. E é essa sensação que faz as pessoas dizerem que "sentiram" a presença de Deus em suas vidas.

Além desta região, outras partes do cérebro podem estar relacionadas a experiências espirituais. Veja quais são elas:

Lobo parietal (amarelo) :
Diminuição de neuro-sinapses levando a sensação de união com o universo

Lobo frontal (azul) : Concentração ampliada (meditação) bloqueia outros impulsos neurais.

Lobo temporal (verde) : Ativa intensa emoção , como prazer e medo.

Lobo occipital (vermelho) : Processa imagens que facilitam práticas espirituais (velas, cruzes, etc.)

No final das contas, Deus é mesmo como disse meu querido professor Sérgio, citado no início do post, ou seja, coisa da sua cabeça. Taí a ciência pra comprovar. Mesmo assim eu tenho certeza que os religiosos mais fervorosos continuarão dizendo que Deus é um velhinho de barba, com cajado na mão, tábuas dos dez mandamentos ao lado, roupas compridas e pai de um homem chamado Jesus. E continuarão a dizer que Ele virá no "fim do mundo" para julgar vivos e mortos e levar os seus seguidores para um lugar chamado céu, enquanto os outros iráo ser jogados num lago de enxofre e fogo por toda a eternidade. Então tá certo. Depois vão querer que eu acredite em Saci também, né?

Professor - Pensamentos diversos

O sucesso é um professor perverso. Ele seduz as pessoas inteligentes e as faz pensar que jamais vão cair.

Bill Gates

"O professor disserta sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme,
Cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudí-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O rofessor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo."

Carlos Drummond de Andrade

O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas

Jean Piaget

Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro.

D. Pedro II

"Reflexão:

O professor de história faz uma pergunta em sala:

Professor: João, quantas são as raças que existem no mundo?
João: Ahhh, um monte professor...
Professor: Errado, existe apenas uma raça, a raça humana.

Moral: Todos somos iguais independentes de nossas ações, atitudes, gostos, cor e sexo."

Anônimo

"Se te contentas com os frutos ainda verdes,
toma-os, leva-os, quantos quiseres.
Se o que desejas, no entanto, são os mais saborosos,
maduros, bonitos e suculentos,
deverás ter paciência.
Senta-te sem ansiedades.
Acalma-te, ama, perdoa, renuncia, medita e guarda silêncio.
Aguarda.
Os frutos vão amadurecer."

Professor Hermógenes

A canção do sabiá continua nas árvores...
Ele canta indiferente a que haja ouvidos sensíveis à sua beleza.
Se fosse esperar quem o escute, estaria até agora sem cantar.

Professor Hermógenes

PRONOMINAIS

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.

Oswald de Andrade

No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:
-Quantos rins nós temos?
-Quatro! - Responde o aluno.
-Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
-Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala. - ordena o professor a seu auxiliar.
-E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala.
O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o 'Barão de Itararé'.

Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:-
O senhor me perguntou quantos rins 'nós temos'. 'Nós' temos quatro: dois meus e dois seus. 'Nós' é uma expressão usada para o plural.
Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento!

Lorena

Professor – O INSUBSTITUÍVEL

Mesmo que a máquina venha substituir o professor no amanhã, esta não será capaz de germinar idéias e sugestões.

Erasmo Shallkytton

Um professor é a personificada consciência do aluno; confirma-o nas suas dúvidas; explica-lhes o motivo de sua insatisfação e lhe estimula a vontade de melhorar.

Thomas Mann

É porque o Céu está tão distante que nossa alma sofre com saudade do Infinito.
Mas é por estar tão alto e afastado que pode caber na exiguidade de olhos acostumados a contemplá-lo.

Professor Hermógenes

Poema de um Amor Divinizante

Somos um, embora dois.
Assim como a flor e o perfume são, em essência, eles mesmos, a mesma coisa.
Numa única essência cristalina nos fundimos e me sinto sem forma, indefinidamente vivendo o Abstrato que traz em si o Substrato...do Imperecível, do Imortal, do Eterno, do Absoluto.
A divindade desse Amor que nos une também é sem forma, tal como Deus.
Assim, me sinto vivendo em Deus, sendo Deus, amando Deus.
Deus em mim é Deus em você !
Somos Deuses !!!
Eu O encontrei em você!
Que delícia !
Eu encontrei você!

Professor Hermógenes

A vida do homem não é um mero passar pela vida. Ela é significativa quando, o homem, vencendo os desafios de seu mundo físico ou social, permite-se conviver com seus semelhantes.

Professor Edgardo da Silva

PROFESSOR E OS ALUNOS

O professor e os alunos são como o ar que respiramos, sem eles não haverá desdobramento da sabedoria.

Erasmo Shallkytton

PROFESSOR – A DÁDIVA DOS HOMENS

O que o professor faz é tão divino que não carece de inteligência, e sim o dom de aperfeiçoar os seus alunos.

Erasmo Shallkytton

Armando Marçal - por Norma Hauer



Foi a 14 de outubro de 1903 que nasceu, aqui no Rio de Janeiro, o compositor ARMANDO MARÇAL.
Dentre tudo que Marçal compôs, um samba , lançado em 1933, é conhecido e executado ainda hoje:'AGORA É CINZA".

Marçal era de família pobre, teve pouco estudo e, ainda muito jovem, teve de trabalhar no ofício de lustrador de móveis, que continuou exercendo por muitos anos,mesmo após ficar conhecido como compositor.

Antes de gravar alguma música de sua autoria, participou do disco de "Na Pavuna", com Almirante , samba esse considerado o lançador dos instrumentos de percussão em gravações.

Interessante a história de "Agora é Cinza". O samba recebeu o nome de "Tu Partiste", sendo cantado em rodas de samba. Mas Alcebíades Barcelos, co-autor do samba, alterou o nome para "Agora é Cinza". Foi grande sucesso, na voz de Mário Reis.

Embora fossem dois sambistas, quem mais gravou composições da dupla foi Carlos Galhardo, conhecido como "Rei da Valsa". Dentre outros sambas, Galhardo gravou "Dou-te um Adeus";"Sorrir";"Ando na Orgia";"Deixaste Saudades";"Numa Noite Serena";"Você me Deixou", "Vem Mulata" e mais alguns. Vamos a uma parte da letra de

NOITE SERENA

Foi numa noite serena,
numa roda de samba,
quando uma linda jovem vim a conhecer
Ao acabar a festa, saímos juntinhos...
Pelo caminhos, a jurar ...
Felicidade, eternamente p'ro nosso amor.
Hoje estou pasmado por completo,
Só em saber que nosso amor já terminou"...

E duas valsas que eles compuseram foram gravadas por Gilberto Alves:"Silêncio" e "Prece à Lua".

Armando Marçal faleceu com apenas 44 anos, mas deixou "raizes": Seu filho Nilton,
que ficou conhecido como Mestre Marçal (já falecido) e seu neto Armando, que
continua a tradição da família.

Armando Marçal estava nos estúdios da gravadora Victor, quando teve um enfarte , sendo imediatamente atendido, mas já nada se podia fazer. Faleceu ali mesmo, no dia 20 de junho de 1947.


Norma Hauer

10 dicas dos mestres para escrever melhor -por Alessandro Martins



1.Corte as partes chatas: desenvolva a sensibilidade para descobrir quais partes de seu próprio texto você pularia. Provavelmente o leitor também faria o mesmo. Se é uma parte essencial, então está mal escrita. Logo: se estiver mal escrita, reescreva; se não for essencial, corte.

2.Corte as palavras desnecessárias: não afirme nunca que uma coisa é interessante ao seu leitor. Se for interessante de fato, o seu leitor é inteligente o suficiente para perceber isso. O mesmo vale para outros adjetivos, advérbios e afins. Um substantivo bem colocado vale muito mais que tais categorias gramaticais. (Agora leia com as palavras cortadas e perceba como faz sentido).

3.Escreva com paixão: se você não estiver interessado no que você escreve, quem estará?

4.Desenhe com palavras: não afirme que uma coisa é interessante ou importante. Dê os dados necessários para que o leitor descubra isso sozinho. Não diga que o luar é bonito: explique como ele atravessa a vidraça, abraça a madeira dos móveis e projeta uma luz levemente azul, sem calor, na parede branca como se fosse a tela de um filme prestes a começar.

5.Escreva simples: as artes japonesas são boas nisso. Hai-kais são curtos e conseguem desenhar cenas inteiras. Samurais resolviam lutas complexas com poucos golpes de espada. Diga o necessário, diga rápido, diga tudo.

6.Escreva porque você gosta: se você não gosta, de nada adiantará. Se você fizer isso sem esperar nada em troca, em algum momento talvez alguém ofereça algo. Se não oferecerem, ao menos você está fazendo algo de que gosta.

7.Saiba quando aceitar a rejeição e quando rejeitar a aceitação: quando você publica escritos seus está sujeito aos elogios e às críticas desmedidas. Saiba lidar com as duas situações.

8.Escreva, escreva, escreva: se você escreve em seu blog uma vez por mês, as chances de que seu estilo melhore são menores do que se você escrever todos os dias. Isso nem sempre é verdade, mas quantidade conduz à qualidade.

9.Escreva sobre o que você sabe e sobre o que você quer saber: a primeira parte dessa afirmativa diz respeito à especialização. Se você é uma autoridade em um assunto, seu texto vai fluir melhor e transmitir domínio. A segunda parte diz respeito ao desejo dessa autoridade. No meu Um Investidor Iniciante na Bolsa de Valores, já no nome do blog eu assumo essa falta de domínio, mas também o desejo de aprender mais sobre o assunto. Escrever sobre dúvidas costuma levar a mais conhecimento, mais autoridade e, conseqüentemente, a um melhor texto.

10. Seja único: ouse experimentar novos estilos. Seguindo o que já deu certo, você corre o risco de repetir fórmulas.

Se você quer mesmo saber quem foram os escritores que deram todas essas dicas recomendo veementemente com grande ênfase e entusiasmo a visita ao artigo The Art of Writing: 10 Tips from the Masters.

Pestalozzi - por Vera Lúcia Camara Zacharias


João Pestalozzi nasceu em Zurique, Suíça, em 1746 e faleceu em 1827.
Exerceu grande influência no pensamento educacional e foi um grande adepto da educação pública.
Democratizou a educação, proclamando ser o direito absoluto de toda criança ter plenamente desenvolvidos os poderes dados por Deus. Seu entusiasmo obrigou governantes a se interessarem pela educação das crianças das classes desfavorecidas. Podemos dizer que ele psicologizou a educação, pois quando ainda não havia a estruturação de uma ciência psicológica e embora seus conhecimentos da natureza da mente humana fossem vagos, viu claramente que uma teoria e prática corretas de educação deviam ser baseada em tal tipo de conhecimentos.
Em 1782, em seu primeiro livro: Leonardo e Gertrudes, expressa suas idéias educacionais, mas, a obra não foi considerada como um tratado educativo pelas figuras importantes da época.
Pestalozzi decide ser mestre-escola, e vai então, em sua escola, procurar aplicar suas idéias educacionais. Para ele a escola deveria aproximar-se de uma casa bem organizada, pois o lar era a melhor instituição de educação, base para a formação moral, política e religiosa.
Em sua escola, mestres e alunos ( meninos e adolescentes ) permaneciam juntos o dia todo, dormindo em quartos comuns.

Organização da escola:

- as turmas eram formadas com os menores de oito anos, com os alunos entre oito e onze anos e outra turma com idades de onze a dezoito anos.
- as atividades escolares duravam das 8:00 as 17:00 horas e eram desenvolvidas de modo flexível; os alunos rezavam, tomavam banho, faziam o desjejum, faziam as primeiras lições, havendo um curto intervalo entre elas.
- duas tardes por semana eram livres, e os alunos realizavam excursões.
- os problemas disciplinares eram discutidos à noite; ele condenava a coerção, as recompensas e punições.

Situação educacional vigente enquanto Pestalozzi introduzia suas reformas educacionais:

A igreja controlava praticamente todas as escolas e não havia preocupações com a melhoria da qualidade; as classes privilegiadas desprezavam o povo, os professores não possuíam habilitação, existiam pouquíssimos prédios escolares e a ênfase educacional era dada à memória. A revolução suíça ocorrida em 1799 havia liberado a classe desfavorecida e, segundo Pestalozzi, somente a educação poderia contribuir para que o povo conservasse os direitos conquistados, isto é, a educação poderia mudar a terrível condição de vida do povo.

Princípios Educacionais e Contribuições de Pestalozzi

- o desenvolvimento é orgânico, sendo que a criança se desenvolve por leis definidas; a gradação deve ser respeitada; o método deve seguir a natureza; a impressão sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos; a mente é ativa; o professor é comparado ao jardineiro que providência as condições propícias para o crescimento das plantas.
- crença na educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social.
- fundamentação da educação no desenvolvimento orgânico mais que na transmissão de idéias memorizáveis.
- a educação começa com a percepção de objetos concretos e conseqüentemente com a realização de ações concretas e a experimentação de respostas emocionais reais.
- o desenvolvimento é uma aquisição gradativa, cada forma de instrução deve progredir de modo lento e gradativo.
- conceituação de disciplina baseada na boa vontade recíproca e na cooperação entre aluno e professor.
- introdução de novos recursos metodológicos.
- deu impulso à formação de professores e ao estudo da educação como uma ciência.

Pestallozzi e sua equipe elaboram materiais pedagógicos, voltados a linguagem, Matemática, ciências, geografia, história e música. E assim, ele afirma:(Apud: SEE-RJ) – http://www.riojaneiro.rj.gov.br/rio.html)


"A Educação se constrói numa tensão permanente entre os desejos do

homem natural individual e o desenvolvimento da natureza humana

universal. A educação produzirá a universalidade a partir das

particularidades e da mesma forma a particularidade a partir da

universalidade".

*Vera Lúcia Camara Zacharias é mestre em Educação, Pedagoga, consultora educacional, assessora diversas instituições, profere palestras e cursos, criou e é diretora do CRE.

Mestre Vitalino - por Fernando Rebouças





Artesão, Vitalino Pereira dos Santos, conhecido como Mestre Vitalino, nasceu em 1909, no distrito de Ribeira dos Campos, Caruaru, estado do Pernambuco. Era uma pessoa atenciosa, amável, analfabeto e devoto de Padre Cícero.

Seu pai, lavrador, lidava com a roça, e sua mãe era louçeira , produzia panelas, recipientes e pratos. Desde a infância, Vitalino pegava os restos de barro do trabalho de sua mãe para modelar bichos lúdicos, como bodes, vacas e cavalos, uma forma de produzir os seus próprios brinquedos.

Na época já existia uma feira na cidade, onde seus pais e irmãos vendiam as louças produzidas pela mãe, Vitalino passou a mandar junto com as louças os seus bonequinhos de barro para serem vendidos. Com o passar dos anos, além de modelar os bichinhos de sua infância, passou a modelar os personagens de sua região.

Do barro passou a expressar através de formas o homem do agreste, os acontecimentos da região e costumes. Em 1947, aos 38 anos, permanecia na roça, sob influência do amigo Augusto Rodrigues, artista plástico, foi morar em Alto do Moura, próximo de Caruaru, com sua mulher e filhos.

Logo ficou famoso através da Feira de Caruaru e em todas Alto do Moura, onde tudo era comercializado em barracas, na sua barraca oferecia os seus bonecos feitos de barro, esculpidos para expressar de maneira cada vez mais perfeita os costumes de sua região, seus trabalhos demonstravam forte originalidade.

O seu trabalho influenciou outros artesãos a realizarem o mesmo tipo de trabalho, e muitas vezes, o próprio Mestre Vitalino ensinava as técnicas. Vitalino ensinava a escolher o barro, a socar, peneirar, secar , a queimar no fogo à lenha e a como modelar .

Mestre Vitalino faleceu em 1963, deixou como herança diversos discípulos, entre eles os seus filhos Severino e Amaro.

Fontes
http://www.terrabrasileira.net/folclore/regioes/2artes/nd-vital.html
http://www.ceramicanorio.com/artepopular/caruaru/caruaru.htm

Ao Mestre com Carinho

Essa foto de Emerson Monteiro é uma poesia ...Vamos nos inspirar ?



Observe a foto , e aventure-se a entrar em seu domínio, em sua essência...
Para movimentar o Cariricaturas e colher muitas pérolas, temos em mente que a interatividade entre amigos que colaboram e/ou passeiam pelo nosso Cariricaturas é algo que certamente torna o contato e o convívio neste espaço muito mais prazeroso. Essa interatividade pode acontecer de várias formas. Usamos as trovas bem nos primeiros dias do Cariricaturas, mas agora veio-nos uma nova idéia para provocar e desafiar os demais.

Hoje o desafio é o seguinte: será postada uma foto e você, colaborador e/ou amigo é convidado a escrever nos comentários a sua impressão ou o sentimento que lhe causa esta foto.

Acreditamos que seja esta uma forma de interagirmos como num bom papo, numa boa prosa. Não deixe de participar. Sua presença é ouro.

(Uma simples frase, uma trovinha, um mini-texto estas são formas de colaborar)

Vamos lá ! "mão na massa"!

Mortal ,Imortal ? -por Socorro Moreira



Imortal,
antes e depois da vida
Imortal é Deus, criança
fantasma, louco...
Um pouco imortal, somos ...
quase o tempo todo!

.
Mortal é o presente
sempre tão corrente
Mortal é o passado
sempre acontecido!
Imortal é o futuro
eterno prometido!

Quando fui imortal ,
nem me percebi
Quando amanheci,
morri todo dia...

E agora,
que faço com os amores,
que se imortalizam?
Mortais são os sonhos
que em mim, terminam!

Duvido, que alguém não goste - por Socorro Moreira


Hoje, fazendo uma geral na gladeira, descobri que tinha mais repolho do que qualquer outra coisa.
No aproveitamento, fiz :

Suflê de Repolho


Ingredientes


300 g. de repolho

1 copo de leite

2 ovos

1 colher de sopa de farinha de trigo

1 colher de sopa de manteiga

1 colher de chá de cebola ralada

1 dente de alho socado pequeno


Método : Liquidificar todos os ingredientes.O repolho deverá estar ferventado.Gratinar com bastante queijo ralado.

CHARUTO DE REPOLHO


O charuto tradicionalmente é feito com folhas de uva, mas devido a dificuldade para algumas pessoas encontrarem as tais folhas a receita veio sofrendo mutações ao longo do tempo, em algumas são empregadas folhas de couve que na minha opinião não ficam tão saborosas quanto o repolho. Agora, se você tem facilidade para encontrar as folhas de uva, basta substituir por repolho.
Ingredientes

- 1 repolho grande

- 700gr de carne moída magra

- 2 xícaras (chá) de arroz cru

- salsinha e cebolinha picadinha a gosto

- sal e pimenta-do-reino (pode usar pimenta síria) a gosto

- 1 cebola picadinha

- 2 dentes de alho amassados

- 2 cubos de caldo de carne

- aproximadamente 1 1/2l de água


Modo de Preparo: Ferventar as folhas de repolho ( inteiras). Temperar a carne moída com sal, pimenta,cebola, alho, e acescentar o arroz cru. Dividir em porções , rechear as folhas de repolho , prendendo-as com palitos. Levar a cozinhar em água fervente temperada com cubos de caldo de carne. Depois de cosidos , engrossar o caldo com 1 lata de molho de tomate , e servir .


Carta a Renato Aragão - Colaboração de Ismênia Maia




APESAR DE TER SIDO REDIGIDA EM MAIO AINDA VALE PARA O MOMENTO ATUAL

Carta aberta, de Eliane Sinhasique, para Renato Aragão, o Didi.

Quinta, 23 de maio de 2009.
Querido Didi,

Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu Nome para colar nas correspondências)...

Achei que as cartas não deveriam sem endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.
Não foi por 'algum' motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última Carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da minha família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não Mata ninguém. Muito pelo contrário, faz bem! Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária.

Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento, em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família.

Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais.

O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não têm a educação como prioridade. Pois a educação tira a subserviência e esse fato, por si só não interessa aos políticos no poder. Por isso, o dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda? Você pode ajudar a mudar isso! Não acha?

Você diz em sua Carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua Carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é 'o cara'. Ele tem a chave do Cofre e a vontade política para aplicar os recursos. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. Mas, infelizmente, não é o que acontece...

No último parágrafo da sua Carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da 'minha' doação, que a 'minha' doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.

Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho. Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família.

Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, mande uma Carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os ministros e professores das escolas públicas. Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas possa desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.

Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari.

P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.

PS2* Aos otários que doaram para o criança esperança. Fiquem sabendo, as organizações Globo entregam todo o dinheiro arrecadado à UNICEF e recebem um recibo do valor para dedução do seu imposto de renda. Para vocês a Rede Globo anuncia: essa doação não poderá ser deduzida do seu imposto de renda, porque é ela quem o faz.

PS3* E O DINHEIRO DA CPMF QUE PAGAMOS DURANTE 11(ONZE) ANOS?

MELHOROU ALGUMA COISA NA EDUCAÇÃO E NA SAÚDE DURANTE ESSES ANOS?

O Ar que se Sentia um Prisioneiro -


Procurando um texto para um material de trabalho, deparei-me com este: "O Ar que se Sentia um Prisioneiro". Já o havia aplicado numa avaliação quando trabalhava com turmas de 6ª/7ª séries, mas a leveza do texto, a finura da linguagem e a lição que se encerra apresentada de forma tão simples, o modo como trata os conceitos da vida, tudo me fez considerar que certos momentos são o tempo exato para pormos os olhos em determinados temas.

Hoje, por exemplo, gostei de ler este texto. Vou oferecê-lo a Victor, meu neto, meu oxigênio.

========================================


Oxigênio era um ar muito feliz, vivia andando rápido e satisfeito com a própria liberdade; mas depois de sonhar com meteoritos no céu, pensou: - Estou com inveja dos meteoritos, pois vivem andando no infinito universo. Eu me sinto preso à Terra, que é pequena demais para mim; sinto-me numa prisão.

.Logo, o ar tentava sair da Terra para viajar pelo universo. Tentou diversas vezes, mas não conseguia. Subia, subia e não conseguia superar a gravidade. Frustrado e deprimido por não ter conseguido, sentia-se um pássaro engaiolado, passando a vagar sem rumo, confuso, parecendo um ser sem alma. Às vezes, ficava muitos dias, deitado na areia, lamentando e chorando.

.

Numa das raras vezes que se movimentou, encontrou o Tempo. - Tempo, você me deixa ficar no teu colo? - perguntou baixinho.


- Eu deixo, mas por um tempo. Acorda! senão a felicidade não vai te pegar. - No instante em que se deitou no colo, logo, se levantou, por causa daquele sermão. E continuou triste, sentindo-se um prisioneiro.

E no mesmo dia em que tinha encontrado o Tempo, encontrou um moinho que falou: - Que pena você estar tão triste e lerdo. Eu queria tanto que você passasse correndo perto de mim. Antes, quando você passava perto de mim, arrancava meu sorriso e me refrescava com seu corpo. Quando você está rápido, movimenta-me; fico girando, rindo à toa. Por que você está assim?

- Desculpa-me! Estou triste! É que me sinto preso à Terra e não consigo dela. Acho minha liberdade tão pequena.

- Nobre ar, você precisa andar rápido e desejar ser feliz para pegar o destino próspero. Não ande na contramão do destino. Ouça... eu estou preso aqui na terra, no chão; nem posso mexer as pernas, mesmo assim sou feliz. A terra, que me prende, deixa-me em pé. Sinto água... sinto animais que vivem no solo tocaram-me e me fazem companhia. Liberdade é ser feliz.

- Obrigado pelas palavras. Vou andar mais rápido. Tchau!

Apesar de continuar abatido, passou a andar bem rápido, e acabou entrando em um pequeno furo de um caixote que tinha uma gaiola que prendia uma ave que, ofegante, gemia: - Quero ar, quero ar.

Oxigênio, comovido com o sofrimento da ave, dava um pouco de si a ela e lhe fazia companhia. Depois de alguns dias, o caixote foi aberto, e a ave já podia se alimentar de outros ares, e logo depois, passou a cantar alto sorrindo. O ar interrompeu o canto perguntando-lhe: - Por que você canta feliz como a vida fosse só felicidade? Você está presa, confinada a uma pequena gaiola.

- Canto para alimentar minha alma. Apesar de eu estar presa, inspiro gente a não prender animais. Olha... quando parte de você se prendia a mim, libertava Gás Carbônico.

Oxigênio percebeu que tinha uma enorme liberdade, era útil e indispensável, pois sempre que cedia parte de si ao se prender a outros animais, dava liberdade ao Gás Carbônico. E virou o melhor amigo da Ave, a qual se sentia voando quando ele ficava rápido rodeando a gaiola.


Ruilendis

Abismos - Por : Ana Cecília S.Bastos


Espio o reluzente dorso das palavras,

sua inabalável superfície.

Caminho, alpinista,

por sobre canyos.


Há uma trava na ponta dos dedos onde se enconram todas as
palavras,
até dissolver-se em esquecimento
.
Ana Cecília

Como se não bastasse - Por Claude Bloc

Todas eram páginas,
páginas de um tempo
e eu espiava tudo de longe
junto à terra germinando.

Pela casa
recolhi memórias
segredos
créditos de saudade.
Amores expiados
na lâmina do tempo.

Hoje já não sou mais triste
nem sou mais essa paisagem
que vejo pela janela .
Sou apenas o contorno da serra,
o canto dos pássaros
a voz que delira...

Pelo tempo fui esquecendo
a espiral do medo
o resgate da vida
o desafio
os sonhos.
E como se não bastasse
se todo sonho vingasse
se nele alguém tocasse
Tudo voltaria
A ter vida
A ser - de novo - poesia.


Texto - Por Claude Bloc

Pensamento para o Dia 14/10/2009


“O corpo e a mente são intimamente interligados e vitais para a evolução do homem. Um homem integral é aquele que possui uma mente pura e um corpo saudável. O corpo deve, certamente, ser nutrido e protegido, mas nenhum apego deve ser desenvolvido em relação a ele. O Atma, no interior do corpo, é o fundamental. Enquanto o corpo está destinado a perecer algum dia, o Atma é eterno. Um corpo saudável e uma mente pura, unidos, fornecem a verdadeira beleza (Lavanya). A verdadeira beleza é aquela do caráter, e não a do corpo. É essa verdadeira beleza que dá à pessoa uma expressão de juventude e bem-aventurança eternas.”
Sathya Sai Baba