Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Tango - Patrimônio Cultural da Humanidade


Unesco declara tango Patrimônio Cultural da Humanidade

Marcia Carmo

De Buenos Aires para a BBC Brasil

A Unesco declarou o tango Patrimônio Cultural " Imaterial " da Humanidade durante reunião nesta quarta -feira do Comitê Intergovernamental do organismo, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.

A informação foi confirmada à agência Telam ( agência oficial argentina ) pelo secretário de Cultura da cidade de Buenos Aires, Hernán Lombardi, que acompanhou , em Abu Dhabi, a decisão do Comitê da Unesco.

"Essa é uma homenagem a todos os que sustentaram o tango durante muito tempo. Uma homenagem àqueles que mantiveram a tradição, transmitindo a poesia e a dança de geração a geração", disse Lombardi.

O diretor de Promoção Cultural de Montevidéu, Eduardo León Duter, disse estar " emocionado ' com a decisão.

" Esse anúncio é fruto de um trabalho intenso e é um compromisso de ambos governos para proteger o tango e realizar projetos em comum ", disse Duter, em Abu Dhabi.

Buenos Aires e Montevidéu

A candidatura do tango ( música e baile ) para ser Patrimônio Cultural da Humanidade, foi apresentada, conjuntamente, em novembro de 2008, pelos governos das cidades de Buenos Aires, na Argentina, e Montevidéu, no Uruguai.

Em junho passado, de acordo com a imprensa argentina, numa avaliação da candidatura, a Unesco já sinalizava que o tango poderia receber o título como " uma das principais manifestações da identidade dos habitantes do Rio da Prata ". O Rio da Prata banha as duas cidades.

O tango é defendido, há décadas como bem cultural nas capitais da Argentina e do Uruguai. No passado , habitantes das duas cidades costumavam discutir onde, de fato, esta arte tinha nascido, se em Buenos Aires ou em Montevidéu.

Antes da decisão da Unesco, o governo da cidade de Buenos Aires informou que, se o tango fosse reconhecido, deveriam ser criados uma orquestra oficial do tango do Rio da Prata e um centro de documentação desta arte, entre outras iniciativas para preservá-lo.

Prostíbulos

Segundo historiadores argentinos, "o dois por quatro " ( outra forma de chamar o tango ) nasceu nos prostíbulos durante a imigração européia, no início do século XX.

Desde então, o tango é identificado como cultura das cidades do Rio da Prata. As letras do tango, afirmam os especialistas, sugerem melancolia porque demonstram a solidão dos que saíram de países europeus para uma terra desconhecida.

Nos últimos anos,a musicalidade do tango foi renovada com o nascimento de grupos jovens que adotaram outros instrumentos.E foram abertas dezenas de " milongas ( lugar para dançar esta música na capital argentina ).

Recentemente, no Campeonato Mundial de Tango realizado em Buenos Aires, um casal de japoneses que aprendeu a dança no Japão, venceu a disputa na categoria " dança de salão". No entendimento das autoridades argentinas, foi a confirmação de que o tango já atravessou " há muito tempo" as fronteiras de Buenos Aires e Montevidéu.

Além do tango, outras 76 apresentações culturais do mundo inteiro também disputaram o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

Fonte

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/09/090930_tangopatrimonio_mc.shtml


Recado de Marcelo Mourão para Heládio


Oi, Heládio!

Claro que nos conhecemos sim. Quando terminei a Residencia de Cardiologia fui trabalhar com Raimundo, primo de minha Mãe aí.


Morei 10 meses no Crato até outubro de 75 quando resovi vir ao encontro da minha noiva gaúcha que ainda estudava e fazia planos de cursar um mestrado. Noivado a distância não ia dar certo, resolvi vir para cá para ver como era e acabei ficando. Já se foram 34 anos, mas tenho bem vivo as lembranças do tempo vivido no Crato.


Um abraço.

Marcelo Mourão

L´état c´est Moi


Genealogia é coisa de gente importante e abastada. O cabra melhora de vida, toma ares de emergente e, de pronto, vai escarafunchar as origens. No fundo, quer mostrar que se trata de um PO, puro de origem, que sua boa condição atual não foi um simples acaso, um mero golpe de sorte. “Meu bisavô foi herói na Guerra do Paraguai !” “ Meu tataravô herdou todas as terras onde hoje se situa a cidade de Matozinho!” Como, entre nós, mais cedo ou mais tarde , todas as linhagens chegam invariavelmente na Taba ou na Senzala, há que se usar inúmeros artifícios no intuito de manter a pureza e nobreza dos ascendentes. Como índio e escravo não possuíam documentos, vão sendo apagados das árvores genealógicas, citados apenas pelo primeiro nome e, no geral, se lhes dão profissões tidas como mais nobiliárquicas: proprietário rural, empresário,comerciante etc. Desde a Colônia, os trabalhos manuais sempre foram tidos como coisa de gentinha, os artesãos, assim, tornam-se fantasmas nestas árvores, frutos que se vão encobrindo por trás das ramagens dos anos. A pobreza pode até ser divulgada e enaltecida desde que o pé rapado, no transcorrer da existência, tenha dado a volta por cima e se tornado um herói, um político poderoso , um artista, uma pessoa famosa. A coisa é tão séria que os espiritualistas buscam, também, construir sua Árvore Genealógica da pré-vida, num trabalho quase que arqueológico, montam o que cada um foi em outras encarnações. Poucas vezes reencarnamos como escravos, como mendigos, como bandidos, o mais freqüente é ter sido filho de um Faraó, ter vivido como nobre da Corte de Luiz XV, ter-se investido no corpo de algum General do exército napoleônico. Talvez, no fundo, todos lutem por dar algum sentido a suas vidas, procurando lastros, lançando âncoras na tentativa de fundear nossos navios existenciais que singram a deriva em meio ao tsunami da morte de todos os dias.
Cerdônio Benuar chegou a Matozinho aí pela década de 1920. Tornou-se um próspero comerciante na cidade e, no inventário, legara aos descendentes além de inúmeras propriedades , mais de vinte imóveis na Vila. Os filhos e netos tocaram os negócios do velho com muita maestria e foram ampliando sobremaneira o patrimônio da família. Quebraram a inflexível regra de “Pai rico-filho nobre-neto pobre”. O sobrenome Benuar Cerdônio legou também aos seus descendentes, no entanto, desde tempos imemoriais a família era conhecida como “Canela Preta”. Talvez a mudança tenha advindo da estranheza do “Benuar”. Consta que os filhos primogênitos do patriarca ainda andaram puxando peixeira por conta da denominação. Nos anos 40, no entanto, Caledônio, um dos filhos mais novos, enveredou pela política e assumiu , de vez, o sobrenome. Depois de muitas e muitas eleições, a família terminou assimilando definitivamente o “Canela Preta”. Junto à assimilação, no entanto, vinha anexa toda uma mitologia gloriosa e épica sobre o nome familiar.
Segundo eles, o primeiro Benuar teria vindo fugido da França. Célion era filho de Luiz XVI e de Maria Antonieta e, na hora do pega-pra-capar, em plena Revolução, uma mucama chamada Louise Fragonard, havia fugido com a criança, no intuito de livrá-la da guilhotina. Em pleno inverno, fugindo a pé, haviam, por fim , chegado a uma pequena cidade do Sul da França chamada de Tarbes. Chegaram enlameados e sujos . Louise contou uma história fantasiosa que havia fugido de um marido louco e violento que queria matar a ela e ao filho. Ali ficaram conhecidos como os “Pied Noir”, ou , na tradução, os pés pretos. O “Pied Noir” terminou virando na corruptela de “Benuar” . Fugiram depois para a cidade de Viseu, em Portugal, uma vez que estavam sendo perseguidos pelos revolucionários e seus asseclas. Célion casou ainda em Portugal e gerou uma única filha : Leopoldina Benuar. Ela seria a avó de Felipe Benuar que veio morar no Brasil e que teve entre sua descendência Cerdônio Benuar aquele que veio bater em Matozinho. A família explicava que por conta do francês “Pied Noir” , pé preto, é que veio o Benuar, que em Matozinho, para facilitar as coisas, virou : ”Canela Preta”. Os “Canelas Pretas” geralmente terminavam a narração da história declarando : se voltar a Monarquia na França, nós vamos reivindicar nossos direitos, pois somos co-sanguíneos de Luiz XVI: “O Estado é nóis mermo aqui!”.
Esta era a versão épica apresentada pela família . Existia, no entanto, uma outra menos heróica e mais plausível e que circulava, à sorrelfa, de boca em boca. Quem a narrara, pela primeira vez, havia sido o velho Sinfrônio Arnaud, já beirando o próprio centenário. O homem guardara a versão oficiosa quase como segredo de estado, pois sempre se fizera grande amigo dos “Canelas Pretas”. Só contara porque, segundo os amigos, já nos noventa, andava “tresvariando” . Cerdônio, segundo o velho Arnaud, era filho, na realidade, de uma prostituta antiga de Matozinho chamada Judite. Ela ali fundara um dos primeiros rendez-vous da cidade conhecido por todos por “Caçuá”. O nome Benuar, na realidade, seria uma corruptela de “Caçuá” e não sobrenome porque , rodada como era Judite, seria impossível saber quem era o pai sem fazer exame de DNA em todos os homens casados e solteiros da redondeza. Embora existissem suspeitas sérias em cima do Padre Umbelino Candeia. Bom, e o sobrenome famoso “Canela Preta” veio por conta da atividade primeira de Cerdônio, nada higiênica: “Esgotador de Fossa”. O homem , trabalhador como era, vivia com as canelas pretas , calabreadas de excremento.
Bem, amigos, aí vão as duas versões. Escolham a que melhor lhes apetecer. A genealogia de Celedrônio não é diferente de tantas outras fabricadas por aí. De qualquer maneira, se um dia forem a Matozinho, aconselho que esqueçam a versão do velho Sinfrônio Arnaud. Ninguém tem pé-de-ouvido prá fuxico, nem barriga prá amolar lambedeira de doze polegadas.


J. Flávio Vieira
.

A todos os amigos do Cariricaturas


O Natal primordialmente é a comemoração
do nascimento do Menino Jesus,
que faz renascer no coração de cada um de nós:
A inocência, para sabermos ser transparentes.
O carinho, para cativarmos novos amigos.
A confiança mútua, para consolidarmos
os pactos de construção da vida.
A gratidão, para valorizarmos
a vida em plenitude.

Que a estrada se abra à sua frente.
Que o vento sopre levemente à suas costas.
Que a chuva caia de mansinho sobre seus campos.
E até que nos encontremos de novo,
que Deus lhe guarde nas palmas de suas mãos.
Que estejamos juntos de novo no ano que vem.
Que a chegada do novo ano,
traga muita luz, paz, saúde,
dinheiro e muito amor.
Que o brilho do sol e das estrelas,
ilumine todos os seus dias do novo ano.

Um grande abraço,
Claude

Bacalhoada de Natal - Compondo a sua ceia ...


INGREDIENTES
BACALHOADA


2 colheres de sopa de alho espremido

1 quilo de bacalhau em lascas dessalgado

Azeitonas-pretas a gosto para decorar

4 batatas médias em rodelas finas

3 cebolas médias em rodelas

2 pimentões verdes em tiras

Azeite a gosto

PREPARO
BACALHOADA Passar o alho no bacalhau e deixar descansar por 20 minutos.
Em uma fôrma, alternar camadas de bacalhau, alho, cebola, pimentão, batata, azeite e mais alho.
Finalizar com mais azeite e levar ao forno por 40 minutos, coberto com papel-alumínio.
Retirar o papel e deixar dourar.
Servir com azeitonas pretas.

Carlos Zara com Eva Vilma, em "Mulheres de Areia"



ANTÔNIO Carlos Zarattini, mais conhecido como Carlos Zara, (Campinas, 14 de fevereiro de 1930 - São Paulo, 11 de dezembro de 2002) foi um ator e diretor brasileiro.

Chegou a estudar piano por oito anos, formou-se em engenharia na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, mas foi nos palcos que achou seu caminho, tanto que enquanto estudava engenharia ele fez parte do Grupo de Teatro da Poli. Teatro não estreou com a peça "Cama para Três".

Nos palcos Depois da estreia, Zara foi parar nos estúdios da TV Record, em 1956. Em 1959 participou do teleteatro da TV Tupi. Um ano depois, a convite da Record, aceitou o desafio de encenar e dirigir clássicos da literatura no Rio Grande Teatro Record. Em 1963 foi chamado para fazer parte do elenco da TV Excelsior. E que nesta emissora, em 1967, fez um de seus papéis mais marcantes: o Capitão Rodrigo, personagem da adaptação para a TV do romance O Tempo eo Vento, de Erico Verissimo.

Atuou em mais de 30 novelas e minisséries, 26 peças teatrais e quatro filmes, entre eles Pra Frente, Brasil (1981) e Lamarca (1994). Atuou na Rede Globo em Pai Herói, Baila Comigo, Elas por Elas, Direito de Amar, Sassaricando, Lua Cheia de Amor, Anos Rebeldes, Pátria Minha e Cara e Coroa, entre outras. Talvez seu trabalho mais marcante na emissora carioca tenha Sido o seu primeiro, em Pai Herói, de Janete Clair, onde Viveu o mau-caráter César Reis, que tiranizava uma esposa Carina (Elizabeth Savalla) e que era o principal antagonista de André (Tony Ramos). Seu último trabalho na TV foi ao lado de sua mulher e também atriz Eva Wilma - com quem foi casado por 23 anos - no seriado Mulher (1998/99). Os dois se conheceram nos bastidores da TV Tupi, na década de 1970.
wikipédia

Tortura - Domingos Barroso

Basta um potó entrar nos olhos
para que os sonhos se turvem.

Ciscos o vento leva.
Mas mijada de potó
é carnificina.

Não há o que fazer
senão espremer os cílios

beliscar o braço

morder os ovinhos murchos

e chorar,

pedir por favor lágrimas
inundem as faces
façam poças no chão do quarto
lavem as paredes.

Vi um velho sentado
em uma cadeira de rodas
pensei com é triste viver distante.

Voltando ao potó,
ontem quase morri
com os olhos vermelhos
da urina do insetinho.

Ainda vejo coisas.
Minha visão não está boa.


domingos barroso

Carlos Gardel - " Mi Buenos Aires Querido "

Túmulo de Carlos Gardel no "Cementerio de La Chacarita" - Buenos Aires - Argentina




Carlos Gardel
Nasceu em 11 de dezembro de 1887 / 1890 ? em Toulouse - França ? Taquarembo - Uruguai ?
Faleceu em 24 de junho de 1935, em Medelin - Colombia em desastre de avião.




Carlos Gardel !



Carlos Gardel
Composição: Herivelto Martins/David Nasser

.
Tango, bandoneon, uma guitarra que geme
Num ritmo de amor desesperado
Um cabaret que fecha suas portas
Uma rua de amor e de pecado

Um guarda que vigia numa esquina
Um casal que anda a procura de um hotel
Um resto de melodia
Um assobio uma saudade imortal
Carlos Gardel

Carlos Gardel
Buenos Aires cantava no teu canto
Buenos Aires chorava no teu pranto
E vibrava em tua voz
Carlos Gardel

O teu canto era a batuta de um maestro
Que fazia pulsar os corações
Na amargura das tuas melodias

Carlos Gardel
Se cantavas a tragédia das perdidas
Compreendendo suas ouvidas
Perdoavas seu papel

Por isso enquanto houver um tango triste
Um otário, um cabaret, uma guitarra
Tu viverás também
Carlos Gardel

Carlos Gardel
Buenos Aires cantava no teu canto
Buenos Aires chorava no teu pranto
E vibrava em tua voz
Carlos Gardel

O teu canto era a batuta de um maestro
Que fazia pulsar os corações
Na amargura das tuas melodias

Por isso enquanto houver um tango triste
Um otário, um cabaret, uma guitarra
Tu viverás também
Carlos Gardel

Para Corujinha Baiana - do seu amigo secreto

Carlos Gardel - Amanhã, 11 de Dezembro é o dia do Tango !

Noel Rosa - compositor brasileiro




Noel Rosa
(Compositor brasileiro)
11/10/1910, Rio de Janeiro (RJ)
4/5/1937, Rio de Janeiro (RJ)


"Seu garçom faça o favor de me trazer depressa / Uma boa média que não seja requentada / Um pão bem quente com manteiga à beça / Um guardanapo e um copo d'água bem gelada / Feche a porta da direita com muito cuidado / Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol / Vá perguntar ao seu freguês do lado / Qual foi o resultado do futebol."

Esse é um trecho da composição "Conversa de Botequim", de Noel Rosa e Vadico, que retrata, de forma saborosa, a vida boêmia do Rio de Janeiro.
Noel Rosa nasceu no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, que se tornou célebre através de suas músicas. Sua mãe teve um parto difícil e o médico precisou usar fórceps, o que teria causado seu problema no queixo, pouco proeminente.

Noel cresceu franzino e doentio. Apesar disso, desde a adolescência interessou-se pela vida boêmia, freqüentando rodas de samba. Aprendeu a tocar bandolim com sua mãe, adotando depois o violão, que aprendeu a tocar com o pai, como seu instrumento.

Em 1927, Noel fundou, com os compositores Almirante e Braguinha, o Bando dos Tangarás. Nesse ano, criou suas primeiras composições, "Minha Viola" e "Festa no Céu".

Entrou para a Faculdade Nacional de Medicina em 1930, que abandonou dois anos depois.

Em 1931, a composição "Com que Roupa?" tornou-se um grande sucesso no Carnaval.

Durante a década de 1930, Noel Rosa tornou-se um compositor extremamente criativo e protagonizou uma carreira vertiginosa, com mais de uma centena de composições, entre sambas e marchinhas. Trabalhou com dezenas de parceiros. Foi nessa década que compôs os sucessos "Feitiço da Vila", "Filosofia", "Fita Amarela", "Gago Apaixonado", "O x do Problema", "Palpite Infeliz" e "Pra que Mentir".

Noel Rosa vendeu suas músicas para outros cantores, tornando-se conhecido no rádio, pelas vozes de cantores como Araci de Almeida, Mário Reis e Francisco Alves.

Além de serem crônicas da vida carioca, as letras bem elaboradas de Noel Rosa tematizaram o amor. Em 1934 o poeta apaixonou-se por Ceci, que conheceu numa festa junina. No fim desse ano, no entanto, acabou casando-se com Lindaura.

Doente de tuberculose, Noel Rosa passou uma temporada em Belo Horizonte, em busca de tratamento, voltando depois ao Rio de Janeiro. Continuou levando a vida nos bares, bebendo e fumando.

Apresentava-se em programas de rádio e fazia recitais e apresentações públicas. Em 1935, ainda viu duas composições suas estrearem no cinema, no filme "Alô, Alô Carnaval".

Noel tinha apenas 26 anos quando faleceu em sua casa, no bairro de Vila Isabel.

net saber

10 de dezembro - Dia do Palhaço


Palhaço
*
Ontem, viu-se-lhe em casa a esposa morta
E a filhinha mais nova, tão doente !
Hoje o empresário vai bater-lhe à porta,
Que a platéia o reclama, impaciente.
*
Ao palco em breve surge ... pouco importa
O seu pesar àquela estranha gente ...
E aos sons das ovações que os ares corta,
Trejeita,canta e ri, nervosamente.
*
Aos aplausos da turba, ele trabalha
Para encontrar no manto em que se embuça
A cruciante angústia que o retalha.
*
No entanto a dor cruel mais se lhe aguça
E enquanto o lábio trêmulo gargalha,
Dentro do peito o coração soluça.
*
Padre Antônio Thomaz ( Lourenço )
*
Nasceu em Aracaú, CE, aos 14 de setembro de 1868. Exímio sonetista, foi eleito " Príncipe dos Poetas Cearenses" , em eleição realizada pela revista " Ceará Ilustrada". Faleceu em Fortaleza, aos 16 de julho de 1941, sendo sepultado no dia seguinte na Igreja Matriz da cidade Santana de Aracaú, CE, terra dos seus familiares.
*
Fonte:
Imagem
Google Imagens

Para José do Vale - do amigo secreto

Era um menino ...
Tinha juba ,
romã na pele ,
dentes de coelho ,
e agilidade nas pernas
Chegava afogueado
depois do recreio...
Quanta energia deixava
no campinho,
onde driblava a bola ? !

Cadê a bola,
que para mim é Terra?

Era um menino,
que virou garoto
Parecia rir a toa...
Mas era extremamente sério
Nunca encarei seu olhar
Nem nos olhamos,
nem nos olhamos...
Pena de pássaro voando!

Era um menino viajante
Agora , um homem...
Poeta!
Feliz natal, Zé do Vale !
Abraço do amigo secreto,
Eu

Eu vou passar ... - por Rosa Guerrera

Eu vou passar na sua vida
Como por tantas outras já passei!
.
Vou passar como o rio que corre
Como o sol que brilha
Como um céu estrelado
Numa noite quente de verão ...
.
Vou passar como os pingos da chuva
Como o pássaro que voa
Em Direção ao infinito
Como as nuvens dispersas que
Velejam um abóbada Celeste ...
.
Vou passar ... mas não vou poder sair!
Porque, onde quer que você vá
Haverá um rio a correr
Um brilhar um sol
Um Céu um piscar estrelas
E um pássaro a voar
Em Direção ao infinito ...
.
E em todas essas coisas
Você me sentirá presa
Pertinho de você ...
Bem dentro do seu coração!
.
Mesmo que ...
Eu já tenha passado na sua vida ...

rosa guerrera

Poema sem "T"er - Socorro Moreira


Perdi o olhar que piscava estrelas
A boca que mordia a lua
O coração ardendo de luz!

Miro a noite, miro a vida
Vivo a sorte, conto os dias
No meu hoje você vai voltar.

Soneto das Definições - Carlos Pena Filho

Não falarei de coisas, mas de inventos
e de pacientes buscas no esquisito.
Em breve, chegarei à cor do grito,
à música das cores e do vento.
Multiplicar-me-ei em mil cinzentos
(desta maneira, lúcido, me evito)
e a estes pés cansados de granito
saberei transformar em cataventos.

Daí, o meu desprezo a jogos claros
e nunca comparados ou medidos
como estes meus, ilógicos, mas raros.

Daí também, a enorme divergência
entre os dias e os jogos, divertidos
e feitos de beleza e improcedência.

Poema extraído do livro A Vertigem Lúcida

Microprojetos Contemplados



Ceará tem 186 projetos contemplados no Edital de Microprojetos Mais Cultura
— registrado em: noticias
O Ministério da Cultura, a Secretaria de Estado de Cultura do Estado do Ceará e Banco do Nordeste divulgam a lista oficial de contemplados no Edital Microprojetos Mais Cultura que destina mais de R$ 2 milhões para as cidades do semiárido cearense. Cada iniciativa contemplada beneficiará jovens de 17 a 29 anos nas áreas de artes visuais, cênicas, audiovisual, música e literatura, recebendo de um a 30 salários mínimos (R$ 13.950,00 – teto) por meio do edital.

Para este edital, o Ceará enviou recorde no número de inscritos, 571 projetos de 131 municípios do Estado. A região com maior numero de projeto foi a Região Metropolitana, que enviou 122 propostas, seguida da Região do Cariri, com 115 propostas. Os municípios que não enviaram projetos à Secult tiveram os recursos redistribuídos para projetos da mesma região.

A comissão de seleção foi formada por representantes da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Luciana Dantas e Isabel Luísa Guedes), Ministério da Cultura (Lênin Carlos Rodrigues e César Antônio Martín), Fundação das Artes - Funarte (Jorge Clésio da Silva) e sociedade civil (Mirna Carla Oliveira Sousa). De acordo com a comissão, a seleção foi baseada de acordo com critérios como adequação orçamentária, conteúdo cultural e distribuição por municípios.
Confira aqui o resultado

http://www.secult.ce.gov.br/categoria1/programa-de-apoio-a-microprojetos-culturais-no/Resultado%20-%20edital%20Microprojetos%20Ceara.pdf
Rui Vieira
Marketing de Rede
(88) 88211433 / 35114798

Pelo amor de Manoel - Rejane Gonçalves



Pedro já chegara à eternidade velho. Incomodava-se, talvez por isto, ter que ficar quase sempre sozinho, ele e as mil e tantas chaves tilintando no bolso de seu camisolão, desassossegadas, por terem, elas e Pedro que se desdobrar entre aquele mundo de casa, o cuidado com as almas moradoras e ainda a prestimosa recepção às almas recém libertas do corpo. Não era fácil entender os sumiços, as saídas noturnas do Senhor e muito menos as desculpas, os motivos escusos de que se valia para abandoná-lo ali. Só. Imerso na estúpida brancura desse mar de nuvens.
Hoje, mais do que nunca, lhe parecera pouco convincente, poderia dizer até inacreditável o teor da explicação recebida, tanto que por não ser capaz de ultrajar o respeito encaliçado em sua mente de servo, fez que sim com a cabeça, quando Ele contara com voz mansa, igual se quisesse acalmar uma criança inconsolável, que àquela noite teria de mais uma vez se ausentar.
Moveria seu Espírito feito asas de uma imensa águia sobre a face de todas as águas. Era preciso, dissera, para satisfazer ao amor de uma criatura, na qual, num tempo muito mais distante do que seja qualquer tempo atrás, havia plantado um desejo, uma semente da criação de uma mulher, a mesma que Ele, com a barba por fazer e toda sua competência de Criador, não conseguira terminar. Da primeira vez por causa de uma estúpida preguiça. Da segunda, por tédio, fastio, sei lá. Da terceira vez por não suportar que os olhos, escolhidos para ela, fitassem o Eterno com a intimidade de um irmão gêmeo. Não achava justo olhar para dentro de uma velhice mais velha que a Dele. Era ameaçador. E que portanto ele, Pedro, entendesse. Precisava ir. Estar presente na hora exata de colher o poema na palma da mão.
Zangado, Pedro abriu o pesado portão de ferro, aquele que sempre fora reservado ao Senhor. Viu a túnica branca esvoejante se transmutar em alvas penugens de um pássaro descomunal. Seus olhos já acostumados à repetição desta cena, nela não mais se fixavam. Seu coração – mesmo que ordenasse cala-te, o que vês é puro artifício, magia primária apenas – nunca conseguiu se acostumar. Jamais obedeceria a ordem de Pedro e de novo bateu desgovernado ante a grandiosidade do espetáculo. Cada vez mais descontente Pedro desejou que o poema não ficasse pronto, e se ficasse que o poeta, zeloso de sua criação, conseguisse escondê-la do Criador.
Com o alvorecer, ele ouviria bochichos, veladas notícias das águas da Terra. Aquela foi a noite em que todas serenaram. Adejando sobre elas, o leve tremular das asas de Deus assemelhava-se a um pano translúcido que sobreposto à face das águas, controlasse suas ondulações, regendo o ritmo, suavizando o movimento. Era uma Bandeira hasteada, entregando-se e resistindo ao vento.


(texto escrito após a leitura do poema “Teresa” de Manuel Bandeira)
por Rejane Gonçalves

Tempo de contar histórias - por Ana Cecília S.Bastos




Eram dois gatinhos.
Um entrou pela porta do sol e virou ouro,
Outro saiu pela lua todo prata.

Eram dois gatinhos,
Que se vestiram para uma festa
E nunca sujaram as suas luvinhas.

Mamãezinha, mamãezinha,
Eram dois gatinhos,
Amaciando o caminho.

por Ana Cecília
Desenho de Ígor Souza.

Dorothy Lamour






Nascida na Louisiana, em 10 de dezembro de 1914 ,Lamour possuía o sonho de ser Cantora. Foi Miss Nova Orleans no ano de 1931. Chegou a trabalhar como ascensorista até que veio se Tornar um vocalista na banda de Herbie Kay, Seu primeiro marido (1935). Logo se separa, dando vazão ao sonho de conquistar Hollywood: aos 22 anos consegue seu primeiro papel num filme - uma "ponta" em The Stars Can't Be Wrong, De 1936.

Ainda neste mesmo ano participa de outra película - justamente o papel que veio a construir sua imagem - como uma "moça da selva", num filme ao estilo de Tarzan, Célebre personagem de Edgar Rice Burroughs, Como um selvagem ulah, vestida em trajes mínimos e sensuais. Este alavancou papel-lhe a carreira, tornando-a por muitos anos uma das actrizes mais cobiçadas, sex-symbol do cinema norte-americano.

Dorothy Lamour, em cena de "The Hurricane"A partir de 36 passa seu nome figurar como um dentres divas das telas. A figura sensual, minimamente vestida para os Padrões da época, despertaram a fantasia dos adolescentes de todo o mundo.

Mas não apenas nas selvas Atuou Lamour: sete realizou Comédias globe-trotters com uma dupla Bing Crosby e Bob Hope, Entre os anos de 1940 e 1962.

Sua extensa filmografia aprensenta mais de sessenta filmes no cinema e, na fase final da carreira, com uma idade, Inúmeras aparições na Televisão. Atuou até 1987, Ano de seu último trabalho no cinema.

Morreu aos 81 anos, de ataque cardíaco.

wikipédia

Cássia Eller - Um mito !



Cássia Rejane Eller (Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1962 — Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2001) foi uma cantora e violonista do rock brasileiro dos anos noventa.

Caracterizada pela voz grave e o ecletismo musical, interpretou canções de grandes compositores do rock brasileiro, como Cazuza e Renato Russo, além de artistas da MPB como Caetano Veloso e Chico Buarque, passando pelo pop de Nando Reis e o incomum de Arrigo Barnabé e Wally Salomão, até sambas de Riachão e rocks clássicos de Jimi Hendrix, Mutantes, Beatles e Nirvana.

Sua versatilidade artística era ainda mais abrangente: cantou ópera, tocou surdo em um grupo de samba. Contudo, apenas em 1989 sua carreira decolou. Cássia, ajudada por um tio seu, gravou uma fita demo com a música "Por enquanto" da autoria de Renato Russo. Este mesmo tio levou a fita à PolyGram, resultando na contratação de Cássia pela gravadora e sua primeira participação em disco foi em 1990, no LP de Wagner Tiso intitulado "Baobab".

Cássia Eller sempre teve uma presença de palco bastante intensa, assumia a preferência por álbuns gravados ao vivo e ela era convidada constantemente para participações especiais e interpretações sob encomendada, singulares, personalizadas.

Outra característica importante é o fato de ela ter assumido uma postura de intérprete declarada, tendo composto apenas três canções das que gravou: "Lullaby" (parceria com Márcio Faraco) em seu primeiro disco chamado Cássia Eller (1990 - LP / vendagem: 60.000 cópias, devida ao sucesso da faixa "Por Enquanto" de Renato Russo), "Eles" (dela com Luiz Pinheiro e Tavinho Fialho) e "O Marginal" (autoria dela com Hermelino Neder, Luiz Pinheiro e Zé Marcos) no segundo disco intitulado O Marginal (1992). Era homossexual e morava com a parceira Maria Eugênia Vieira Martins, com a qual criava o filho Francisco (chamado carinhosamente de Chicão).



Cássia Eller teve grandes problemas com álcool e outras drogas. Faleceu em 29 de dezembro de 2001 por parada cardiorrespiratória, possivelmente decorrente de estresse. A hipótese de overdose como causa da morte, apontada inicialmente, foi descartada pelos laudos periciais do Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro. Foi apontada então morte por erro médico, mas o inquérito foi arquivado pelo Ministério Público.


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Coqueteis Natalinos - Faça a sua escolha !



Coquetel Natalino

1 lata de leite condensado
1 lata de vinho do porto
1/4 xícara de chá de conhaque
5 nozes picadas
10 pedras de gelo

Bata tudo no liquidificador, acrescentando o gelo por último até obter uma mistura homogênea.
Receita: Mundo de Sabores

Coquetel de Pêssego

1 lata de pêssegos em calda
1/2 lata de leite condensado
1 garrafa de cidra

Bata todos os ingredientes, previamente gelados, no liquidificador.
Siva em seguida.
Receita: Tudo Gostoso

Champanhe com Polpa de Abacaxi

1 litro de champagne
1/4 unidade de abacaxi
1/2 xícara de chá de vinho banco seco

Descasque o abacaxi e corte-o em pedaços. Em seguida, coloque os pedaços de abacaxi e o vinho branco no liquidificador. Bata por alguns instantes até obter um líquido homogêneo. Retire do liquidificador e passe o líquido por uma peneira. Coloque o líquido peneirado num recipiente e leve ao congelador. Deixe esfriar por, no mínimo, 1 h. Coloque a garrafa de champanhe para gelar. Retire o preparado do freezer. Coloque o preparado de abacaxi até a altura de 1/3 das taças. Complete os copos com champanhe. Sirva a seguir.
Receita: Receitaculo

Drink Sem Álcool

Ingredientes:
1 colher rasa de açúcar
100 ml de suco de laranja
10 ml de suco de limão
1/3 de uma maçã picada em cubos
150 ml de suco de uva
100 ml de suco de maçã
100 gr de gelo

É só misturar e beber!!
Receita: Capital Gourmet

Foto: Marie Clarie

A poesia de Geraldo Urano



estamos no mesmo barco
estamos na mesma lama
você é o meu dono
mas você também tem dono
a mulher estava embaixo
hoje está lá em cima
ontem foram os romanos
hoje são os americanos
maria nagô maria nagô
me dá um beijo
que eu te dou um flor
oh minas gerais
oh minas gerais
eu te conheço
não te esqueço
jamais

BISAFLOR CONTA HISTÓRIAS - por Stela Siebra

Bisaflor estava viajando de férias, por isso ficou alguns dias sem contar histórias no Cariricaturas. Hoje ela nos traz a leitura de um livro escrito pelo cearense de Saboeiro, Almir Mota:

A PEDRA ENCANTADA

Era assim todos os dias, lá no sítio Cabeça do Boi, onde moravam meus avós e minhas tias. Bem cedinho as três tias desciam para o rio Conceição, se banhavam e voltavam com potes cheios de água da cacimba.
Aquele rio era quase seco o ano inteiro, tanto que dava para caminhar dentro dele. Tinha poucos poços, mas se chovia no inverno o seu enchia-se de água barrenta, vinha veloz trazendo tudo pelo caminho.
Uma tarde fui com as tias Gecília e Anastácia para o rio, descemos e quando chegamos, só tinha um poço e do lado avistei uma grande pedra, comprida com ponta para cima, quase em pé, aqui bem no meio do leito do rio.
Vendo minha admiração, tia Anastácia foi logo dizendo: - Esta pedra é encantada - e continuou - Quem conseguir ler o que tem escrito nela fica rico.
- Mas tia, não tem nada escrito aí!
- É invisível, dizem que depois de lido aparecerão tesouros e mais tesouros.
- Para mim ela parece uma pedra comum.
- Não! - disse tia Gecília - ela pertence a um reino encantado, aqui deve ser a porta de entrada.
- E o tesouroW - perguntei.
- O tesouro é para quem descobrir o encantamento - disse tia Gecília.
Depois de alguns dias, eu mesmo nunca consegui ler o que tem na pedra. Quando buscava água na cacimba, olhava-a e ficava ali por algum tempo, depois voltava para casa.
Outro dia na contação de "causos", vovó Canela contou uma tal de história da princesa do "Reino da Pedra Fina", mas da pedra lá do rio, nada. Mas quando eu perguntei, ela falou que muitos cavaleiros de outras terras, sabendo do tesouro, apareceram para decifrar o segredo. Tudo em vão, voltavam de mãos vazias.
As pessoas das redondezas já estão acostumadas. Sempre que passam no caminho e atravessam o rio, indo para o outro lado, indo para as festas de sanfona ou viola ou mesmo vindo da cidade de Saboeiro, param, olham a pedra, às vezes até se demoram, mas nunca consguem ler o encantamento. Sem sucesso, seguem viagem
Engraçado, os pássaros, por sua vez, nunca pousam naquela pedra, não se sabe o porquê, e ela sempre está limpa, muito limpa. Os pescadores é que falam, que quando de madrugada, pescando "coró" nas locas do riacho, bem mais na frente do sítio do meu avô, veem um clarão para estas bandas.
Ninguém viu de perto, mas dizem que é a Pedra do Reino Encantado, brilhando como uma luz na escuridão da noite.
- São eles do outro lado abrindo a porta, visitando a gente pra conhecer o nosso mundo, - diz tia Anastácia - deixando tesouros encantados em forma de pedras.