Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O Ipê reflorido ! - Colaboração de Edmar Cordeiro Lima



Um Ipê Amarelo foi cortado e seu tronco foi transformado em um poste. Após o poste ser fincado na rua, foram instalados os fios da rede elétrica.
Eis que a árvore se rebela contra a maldade humana e resolve não morrer. Mas a reação foi pacífica, bela e cheia de amor. Rebrotou e encheu-se de flores. Assim é a natureza...vencedora !

Porto Velho - Rondônia - Brasil

Amar em vão

Amar em vão

Como é´possível tanto amor, tanto carinho
Ser dedicado a alguém completamente
E ver no fim que se amou sózinho
E que esse alguém ficou indiferênte.
.
Após anos e anos de meditação
Compreendi que bem melhor seria
Arrancar do peito o coração
Do que dedicá-lo a quem não merecia
.
Depois de tudo enfim desmoronado
Por uma noite apenas deste amor
Descobri que alguém teria dado
Vários anos da vida sem temor.
.
Esta doce lembrança me conforta
E um grande consolo me foi dado
A tua vida já não mais me importa.
.
Por muito amar ninguém é condenado
Mas sem amar não vale haver vivido
Seria bem melhor então não ter nascido.

ICEFÊ...5/4/1966



Homenagem póstuma a minha mãe

Sobejos - Domingos Barroso




Não importa o tamanho da montanha
que lhe caia sobre a cabeça

nem a gigantesca mordida do hipopótamo
arrancando-lhe as nádegas:

a vida maltrata bem
mas nem sempre sortilégios.

Embriague-se do cotidiano:
teclado, mouse, cafeteira,
ventilador, escova de dente.
domingos barroso

Sinais

Sensação estranha
de quem começa a viver agora

sem sacrifícios
sem loucura aparente.

Até a mente perigosa
parece adolescente trêmula.

Sei que não é presente do além
nem trombetas de um novo ano.

Apenas sinto o vazio amplo
sentado na cama sem fumar

mas olhando a fumaça
esfregar-se no basculante.

Eu me despeço a cada dia.
E você entende pouco disso, de
se despedir.
Daí que, talvez por isso, eu
tenha menos pressa.
Eu não peço pra que nada ou
ninguém volte pra mim.
Você acha isso bobo,
sem referência.
Daí que, por não saber se
cada olhar não será o último,
só vejo o filme até aparecer
o the end.

Um clarão nas lembranças ... Final de 1960 ! - por Socorro Moreira


Estudei o primeiro semestre daquele ano, no Colégio Sagrada Família , em Recife. No meio do ano, meus pais resolveram voltar para o Crato, e me rematricularam no Instituto São Vicente Férrer. Eu era veterana, mas cheguei como novata. Existiam na sala outras caras, outra professora, outros ares. Foi um momento de adaptação, e eu senti medo de perder o ano escolar , inclusive ! Mas lá estavam : Joaquim, Magali, Denise, Franceury...
Francíria e Walda eram rostos novos que em breve se tornaram amigos. Custei a equiparar-me à aprendizagem da turma, mas consegui . No final do ano, depois das provas finais, saiu o resultado:
O primeiro lugar - Walda Arraes;
O segundo foi de Magali;
O terceiro - Francíria, e eu fui a quarta colocada. Tínhamos concluído o terceiro ano do curso primário com a professora Lúcia Madeira.
Impossível esquecer os laços de cetim que enfeitavam a capa das nossas provas feitas em papel almaço.; os decalcos de gatinhos e cestinhos de rosas !
As meninas que estudaram comigo pensam que a vida toda fui a primeira da classe. Como vêem , isso nem sempre ocorreu.
Mas era um peso , uma responsabilidade grande demais, não perder o posto de primeiro lugar. Isso atrapalhou meus folguedos de menina, minha alegria na adolescência, minha disposição festiva. Sem dúvidas fui talvez , a mais apagadinha da turma. Com meus óculos de míope, cansados de queimar pestanas , saía e brincava pouco, e me perdia nos livros.
Ainda a pouco lembrando essa turma , exultei de alegria ao perceber que continuamos perto , na sua maioria. A convivência se estendeu durante o Ginásio, no Colégio Dom Bosco, onde passamos juntos por mais 7 anos.
Lá nos agrupamos à Stela, Graça Aragão, Vera Palitó, Regina Vilar, Rosineide Esmeraldo, Ione, Márcia, etc. Desse grupo, aqui no Cariricaturas já se reune uma boa parte, e isso me deixa feliz !
O conhecimento se unificou , aprendemos o tempo todo uns com os outros , e trilhamos o caminho da sabedoria , sabendo que é infinito, lento e difícil.
Parece que aquela turma tinha um destino comum: viver uma amizade fraterna - a verdadeira, a que nunca termina !
Fico pensando também no prodígio que é a nossa memória , quando guarda números, imagens, e sobretudo sentimentos !
Abraço com ternura os meus colegas de tantos anos, que ainda hoje estão na minha vida da forma mais inusitada e linda : parceiros de contos de vida !
socorro moreira
P.S. Guardo na memória a caligrafia de todos os meus colegas. A letra de Francíria me causava inveja ( linda !) ; Ninguém desenhava como Walda ( eu ficava bestinha ...) ; Ismênia Maia tinha uma letra linda e miudinha... A medida que vou lembrando as letras, vou lembrando o rosto de menina que todas tínhamos !

Solidão Futebol Clube - Por Emerson Monteiro

Na mesa do coração da gente, vêm servidos diversos quitutes de todo sabor, medida certa das idades que fervilham secas, inexperientes, nos poros suarentos da juventude que dispara rumo ao desconhecido...
Primeiro, nas portas iniciais da infância, doce inocência se apresenta aos demais, deixando entrever multidões famélicas, sequiosos projetos de rostos vivos, umedecidos de esperança, na forma de flores multicoloridas, pessoas, outros possíveis eus, em elaboração febril. Então, jardins festivos lhes perfumam as bocas de gostosas possibilidades. Frutos resinosos escorrem aurora nos lábios abertos aos quatro ventos, apresentando, pouco a pouco, travo de pomos amargos, motivo de náuseas temperadas de beijos amenos, ao desencontro do futuro incerto.
Depois, algumas aventuras vivenciadas no aberto das manhãs radiosas, ao calor das 9h, quando véus caem leves; suaves sinais de vibração intensa que sacodem blocos metálicos de fibras íntimas, demonstrando movimentos de cordas profundas, contrariando por dentro leis requentadas de sobrevivência provável a qualquer custo, nas paixões originais. Amores desfeitos viram fantasmas, surpresas ingratas, vagas monumentais que cobrem dias, praias de passos rasos na areia quente, sonhos atroz despertados, preocupações ainda por resistir, embates de traços lindos, exóticos espelhos ovalados.
Meio-dia, porém, quando as experiências azuis nutrem arquivos de tanta memória dos poucos resultados concretos acumulados; e o estágio determina melhores estudos. Quer-se compreender sistemas externos de trabalhar sentimentos no peito dos amores independentes, fora de convencionais esquemas familiares. A sociedade, contudo, reclama tipos de procedimento que, quase sempre, tirados raros respeitáveis parceiros ajustados, reflete o senso comum de irresponsáveis amantes. Histórias milenares inundam as páginas dos folhetins, exemplos avessos que bem poderiam e não se perfezem, na realidade aberta das inundações friorentas das cheias.
Às 3h da tarde, passada a modorra, quem aprendeu, aprendeu... Houve chances disso. Alguns ainda persistem nas ranhuras errantes; coçam peles enrugadas, indiscretas, e refazem lances imaginários, admitindo, no entanto, falhas graves nas estratégias postas em campo. Alimentam nutridas vitórias, cautelosos daqueles que os ouvem, pois ninguém conta vantagem de assunto desfeito no cotidiano amoroso de lugares próximos.
Nesse tempo, carga frustrada machucando o lombo dos animais sensíveis; pensativos momentos bons viram saudade, o que poucos guardam de coisas ruins .
Fim de tarde, época contrita das bocas abertas, na velha fornalha de eras acesas, sopradas de leques agitados, asas mudas em brisas finas, no pescoço brilhante que escorre suor encantado de damas, mostra transcendental e suas rendas de saias e bicos esmaecidos, entrevistos na dobra de lençóis revirados. Afã de conquistar tresmalhadas noites perdidas, casais transferem aos rios do tempo o ardor da pele desnuda, em plumas vermelhas, nos fragores poentes e doidas lições pesarosas.
Quantas vezes restam a sós esses namorados fogosos, na descompressão de ritmos impacientes. Viram trastes inúteis que realçam nuvens brancas de horas escuras, almas penadas, vadios corações, em meio a suspiros soltos. Logo chegam convivas animados e outro banquete começa no berço das mesas em volta.

Amanhã é dia de programa Cariri Encantado

Amanhã, sexta-feira, é dia de programa Cariri Encantado. O entrevistado será o gerente do Centro Cultural BNB Cariri, Lenin Falcão, que falará do seu trabalho à frente deste importante equipamento cultural da região.

No repertório musical, rolarão as seguintes canções:
- Rola Coco (José Luiz Penna/Tiago Araripe), com Papa Poluição;
- Só no Crato (Célia Dias e Xico Sá), com Célia Dias;
- O tempo quer correr (Calazans Callou e Geovania Freitas), com Calazans Callou;
- Crato Querido, com a Família Linard;
- Canto Cariri (Alemberg Quindins), com João Carlos;
- Nega do Brejo (Samuel de Abreu e Joilson Kariri), com Cláudia Valle;
- No Apogeu do Sol (Abidoral Jamacaru e Xico Chaves), com Abidoral Jamacaru.

Na parte literária, serão veiculadas a poesia "Outras visões", de Antonio Sávio, e a crônica "Houve um Natal", de Emerson Monteiro.

O Programa Cariri acontece todas as sextas-feiras das 14 às 15 horas na Rádio Educadora do Cariri AM 1.020. Transmissão pela internet no endereço cratinho. blogspot.com. Apoio do Centro Cultural BNB Cariri. Apresentação de Luiz Carlos Salatiel e Carlos Rafael Dias.

Se ligue!

PAPAI NOEL USAVA SAIAS - Por Edilma Rocha


Como eram boas as lembranças de criança a espera do Papai Noel ! Ao chegar dezembro, finalizadas as aulas escolares, o encanto natalino tocava fundo os coraçãozinhos infantis. A imagem do Bom Velhinho, barrigudo, barba branca e vestindo vermelho, com certeza chegaria no amanhecer do dia 25 repleto de presentes. Para merecer tamanha alegria, precisávamos passar de ano, ser um bom filho, bom irmão e pedir com fé a presença do Velhinho. Oh! Oh! Oh!
E com certeza o presente estaria do lado da cama ou em baixo da rede. Era difícil pegar no sono. E ficávamos até tarde da noite conversando sobre o pedido do presente. E ao amanhecer o dia, lá estavam eles para a nossa alegria. Carrinhos, bonecas, bolas e até pequenos instrumentos musicais. Tinha de tudo na bagagem do Velhinho de botas. As renas ficavam na imaginação e certamente chegavam dos céus. E como numa mágica, sem nenhum barulho, e estariam em todos os lugares naquela noite especial.
O tempo foi passando, as crianças crescendo e com elas as suspeitas sobre o Papai Noel.
_ Será verdade de que não existe ?
Não é possível... E toda aquela preparação para recebe-lo ?
A árvore de plástico com inúmeras bolinhas coloridas, a ponteira especial, a neve de algodão, Soldadinhos de chumbo e até algumas pequeninas luzinhas... não poderia ser verdade que Papai Noel não existisse... Mas alguém na escola garantia que tudo era imaginação de criança e que os adultos escondiam esta verdade. A certeza mesmo era o aniversário do Menino Deus que já estava na Lapinha ao lado da árvore. Mas as cousas foram mudando com o passar dos anos...
Os pedidos iam ficando cada vez mais audaciosos e nem sempre chegavam ao certo. Mas as desculpas eram de que o Papai Noel as vezes substituía os presentes por serem muitos os pedidos. E acreditávamos plenamente.
Certa vez vi o primeiro urso de pelúcia numa vitrine da pequena cidade e fui logo escrevendo a cartinha pedindo o presente de Natal. Seria uma tarefa difícil pois só tinha um só na loja, mas iria esperar mais uma vez. A esperteza dos meus irmãos descobriu que o meu presente estava escondido no fundo do guarda-roupas e que não era um urso de pelúcia e sim um Bambi de pelúcia. Caí no choro com o desencanto do meu bom Velhinho do Natal. Era tudo mentira. O meu Papai Noel usava saias. Era minha mãezinha. Já cansada do trabalho para o sustento da família e sempre com tantas encomendas de final de ano, reservava o seu último momento do dia 24 para fazer valer o espírito do Natal em nossos coraçãozinhos infantis.
Aquele com certeza foi o mais importante Natal da minha vida. Descobrir que a minha mãezinha foi sempre o meu Papai Noel. Que soube guardar tão bem este segredo, alimentando a nossa imaginação de criança feliz.
Ficamos mais espertos e descobrimos que o nosso Papai Noel usava saias. E mais espertos ainda por entender que era preciso dar um duro danado para poder ter colocado todos aqueles presentes nos anos que se passaram. Que éramos privilegiados em termos sempre uma linda árvore de Natal. E sempre em dezembro, naquela noite entre amigos e familiares num jantar especial, vestíamos a nossa melhor roupa para celebrar o aniversário de Jesus e receber o nosso lindo e especial Papai Noel de saias mais uma vez.
.
Edilma Rocha

Boas Novas - Domingos Barroso




A minha alma não tem olhos
mas vê no quintal vizinho

pássaros brincando de espadachim
com gravetos entre os bicos.

O preço da liberdade é a felicidade? O prêmio da liberdade é a Felicidade ! - Por Socorro Moreira


Diva não teve grandes amores na adolescência. O primeiro namorado (relação confusa), uns flertes passageiros, e um moço com quem se correspondeu por alguns meses... O grande amor não tinha rosto, nem falas, nem versos. Era apenas um sonho velado, sem nexo.
Aos 17 anos, já cursando uma faculdade pensou: e se eu ficar no caritó? A idéia representava um pavor. Estava à beira dos 18 anos (tempo em que soaria o primeiro tiro da macaca...), e ainda não tinha um namorado firme, nem solto. Foi quando do nada, surgiu Geraldo. Moço da capital, cursando Biologia, no interior. Era professor quebra-galho daquelas disciplinas para as quais não existiam graduados. A paixão não aconteceu, mas ele conseguia passar em todos os testes para bom marido: caráter, honestidade, sem vícios (salvo , umas biritas ...), e o mais importante, que não era mulherengo , e parecia gostar da Diva.
Depois de três meses de namoro, no sofá da sala, Diva foi pedida em casamento; quatro meses depois a união foi celebrada. Desde os primeiros dias o tédio entrou na vida do casal, sendo quebrado apenas pelo choro dos filhos que chegavam, a cada nove meses. Aos 21 anos jogava-se numa rede, a balançar três meninos pequenos, e pensava, enquanto cantava uma música de Roberto Carlos... “e assim vou passar o resto dos meus dias, esperando que a morte nos livre desse compromisso?"
Ganhava uns trocados como professora, e com eles pagava aluguel e alimentação. Geraldo tinha lá também uns ganhos, que investia na prestação do carro, de um terreno, e sabe -se lá mais o que. A felicidade fora esquecida... Uma entidade impossível de habitar naquela vida. Às vezes ela dava às caras dizendo que existia que queria explodir naquela casa , mas cadê espaço? Os poemas eram escritos e escondidos debaixo do colchão. Era atestado de culpa sonhar com outra vida. Pensamentos vigiados. Flagrados por olhares ensimesmados... Assustavam-na, e escorregavam, nem sei pra onde... Subiam ou desciam. Céu e inferno eqüidistantes daquela plataforma do limbo.
Passou a planejar sua liberdade de sonhar, pensar, encontrar! Impossível, quase... Uma senhora casada tinha vínculos inquebrantáveis perante Deus e perante os homens. Entre trancos e barrancos, depois de loucos conflitos, o casamento teve um fim consensual: a separação!O peso parecia descomunal (perdera o “Paraíso”, agora podia comer maças.). Chegou com a solidão. Necessária para o fomento de novos planos e sonhos. Muitos vingaram; outros se perderam, mas a vontade de amar persistiu! De coração minado, chegou ao tempo da quietude. De coração refeito, encara a tal felicidade, como uma sombra que brincava de esconde-esconde, enfim revelada, colhida em si mesma!
Já não esconde pensamentos como se criminosos fossem, nem permite que por eles seja asfixiada. Está sempre para o amor presente, que pode ser eterno.

Deus escreve certo por linhas tortas? Dizem que sim, e nisso Diva aposta !
socorro moreira

Pouso no real - Por Edilma Rocha


Céu azul
de Brigadeiro
Nuvens estratificadas
anunciam chuvarada
Num mergulho
atravesso o sonho real
vivido num instante
entre pássaros e fumaças
voando sem medo de errar
E pensando seriamente
em retornar...

A busca terminou
entre erros e acertos
Longarinas estendidas
flapes puxados
esperando o estol
O solo precipita
um pouso realizar
Vento forte
de través
Uma águia ou albatroz
na final executar



por Edilma

Centro Cultural BNB Cariri – Programação Diária


Dia 17/12, quinta-feira

- PROGRAMA DE RÁDIO

14h Compositores do Brasil, com Zé Nilton Figueiredo.

Programa de Rádio semanal que traz um especial com um compositor ou uma temática de música popular brasileira. O programa faz parte de uma parceria entre o Banco do Nordeste e a Rádio Educadora do Cariri, que inclui um programação diária diversificada de segunda a sexta-feira de 14 às 15 horas. 60min.

Rádio Educadora do Cariri AM 1020.

- ARTE RETIRANTE

15h A Bossa Nova, A Bossa Nossa, com Abidoral Jamacaru (Crato - CE)

Dias 16, qua, 17, qui, 18, sex, 15h

Propõe-se fazer uma reflexão sobre um dos movimentos musicais mais importantes da música brasileira: A Bossa Nova, no momento em que se comemora seu cinqüentenário ficou marcada definitivamente os rumos da música brasileira de qualidade e continua exercendo profunda influencia nas tendências mais modernas na MPB. Inscrições: a partir do dia 05 de dezembro na Associação Comunitária Guarani. Vagas: 50. Carga horária: 12horas/aula.

Local: Campos Sales - Associação Comunitária Guarani, Rua da Felicidade, 216, Guarani

- CURSO DE APRECIAÇÃO DE ARTE

15h História e Estética do Vídeoclipe, com Nílbio Thé (Fortaleza - CE)

Dias 16, qua, 17, qui, 18, sex e 19 sáb.

A Proposta desse curso é exatamente esmiuçar um pouco as possibilidades dessa linguagem que nasceu como "Jogada de Markting" de grandes gravadoras para divulgar seu elenco de músicos e alavancar as vendas de discos, mas que pode, hoje em dia, se prestar perfeitamente ao papel de expressão de idéias arrojadas e esteticamente ousadas deixando-a mais acessível ao público e mudando a maneira como é enxergado. 180min.


- IMAGEM EM MOVIMENTO: Cinema

18h30 Baile Perfumado

Baile perfumado promove uma mistura curiosa de gêneros ao incorporar ficção ao retrato documental. No filme de Paulo Caldas e Lírio Ferreira, revivemos a saga do libanês Benjamin Abrahão, mascate responsável pelas únicas imagens de Virgulino Ferreira, o Lampião, quando este vivia em plena campanha no sertão nordestino, enfocando o aburguesamento do cangaço e a modernização do Sertão. Direção: Lírio Ferreira e Paulo Caldas, PE, 1998. Classificação: 14 anos. 93min.

Local: SESC Crato - Rua André Cartaxo, 443, Centro. Fone: 88 3523 4444


Fonte: Centro Cultural BNB Cariri (Rua São Pedro, 337, Juazeiro do Norte)

Tragado

Amei a Poesia
desvairado
desde o comecinho
quando o caldo
ainda era fino
insosso
só água.

Não troquei a alma por moedas
nem por honradez.

Muitas vezes
trancafiado no quarto
dentro do guarda-roupa
subi ao cadafalso
armei a corda

mas sempre uma bala perdida
esbagaçava meus miolos.

Morto era mais forte
meu abraço de urso
minha mordida
meus uivos.

Agora sem muletas
sem envergadura de asas
reina o milagroso silêncio:

a ferida aberta
o mertiolate que não arde mais
a compressa de gaze
que continua a arrancar a pele.

Amei a Poesia
iluminado
os olhos de fogo
a boca cheia de sapinhos
enquanto o mundo zombava
dos meus ovinhos murchos
das minhas lágrimas transparentes

muitas vezes
mergulhado no odre de vinho
perdia o fio da meada
deixava o balão atravessar a montanha

mas sempre uma bala perdida
estourava meus pulmões

e sem oxigênio
sufocado com o próprio vômito

pensava nos mitos
que viraram cinzas
outros criaram raízes.

Agora sem máscaras
as faces apáticas

o que sei é que as janelas
nunca se fecham

confundem-se as nuvens
dentro do lar

na varanda
no banheiro

...

Sífiso

Entrou em casa , à noite, como se trouxesse no corpo as feridas de uma batalha. Os dias todos pareciam uma xerox de um só . Trabalho repetitivo de tabelião de cartório, imerso no cofre da fina burocracia: escrituras, registros civis e de óbitos, reconhecimento de firmas. Olhava para aquele mundão de livros velhos e sobrenadava-lhe a certeza: ali , no cartório, estava depositada a vida perdida de várias gerações. Prazeres que não foram desfrutados, viagens que deixaram de ser feitas, felicidade enfim que acabou encarcerada em páginas esmaecidas, aguardando a sanha feroz dos inventários.O estranho é que, com o passar do tempo, aquela inutilidade armazenada nas prateleiras empoeiradas começou a inundar um pouco a sua própria existência, como se seu mundo, de alguma maneira, fosse sendo também aprisionado entre carimbos e certidões. O patrão, rígido, já tinha aquela cara esquisita de formato partilha. Até mesmo o descanso do domingo adquirira uma feição cartorial: ou Faustão ou Sílvio Santos. Sentia-se, como tantos dos seus clientes, um pouco órfão, ausente e interdito. Pois foi com aquela cara de arquivo morto que entrou em casa, por volta das 20 horas. Dirigiu-se para a mesa da sala em busca do jantar, já olhando , com o rabo do olho, a rede que o esperava atravessada na varanda. Estranhamente não viu pratos , nem talhares. Súbito, a mulher saiu do quarto e, sorridente, andou em sua direção. Estava maquiada, cabelo esticado às custas de uma escovinha de última hora e vestia um longo , preto, ainda com o cheiro da loja. Pensou, rapidamente, que ela devia estar voltando de alguma festinha da escola do filho. Com a barriga protestando, pediu-lhe que servisse o jantar. A esposa franziu o cenho , não deu palavra e retornou cabisbaixa, apagando os próprios passos . Ele recostou-se na rede e ficou imaginando o que poderia ter ocorrido: alguma fofoca de vizinha, um telefonema anônimo, alguma festa em casas de amigos ou na toca daquela jararaca da sua sogra, que havia esquecido ? Antes que chegasse a alguma conclusão, ouviu uns soluços secos que ressoavam a partir das paredes do quarto. Correu para lá e deu com a esposa aos prantos, sentada na cama, com a maquiagem já toda borrada. Que diabos estava acontecendo ? Achegou-se e perguntou, carinhosamente do que se tratava:
--- O que aconteceu ,Terezinha?Você está doente? Está sentindo alguma dor ?Levantaram algum falso contra mim ? Quer que eu lhe ajude a tirar esta roupa de festa ?
Terezinha , muda, apenas chorava convulsivamente e aumentava o tom do pranto, em uma oitava, a cada nova pergunta do marido. Em pouco , a patroa parecia um soprano interpretando uma ópera desconhecida. Ele achou mais sensato parar e voltar à rede da varanda onde tentou , sem êxito, descobrir o enigma. Adormeceu em meio ao cansaço e a fome e sonhou com uma terra em formato de almofada, assolada por uma tempestade de carimbos. Despertou cedinho e retornou para a tarefa de Sífiso. Não adiantava mexer com aquela sensitiva, ressonando ainda com o vestido da véspera na cama. Ao retornar, à noite, encontrou-a ainda trombuda e só , então, descobriu o erro fatal: esquecera seu aniversário de vinte anos de casado. A esposa o aguardara, ontem, para um jantar a luz de velas e algum presentinho que relembrasse a data. Passara batido. Tentou desculpar-se , sabendo de antemão que para tal crime não haveria perdão, não tinha sursis, era inafiançável : estaria condenado ad eternum .
Tentou minar aquele coração pétreo com afagos, com uma posição diferente na cama, com um almoço arrumado de última hora e um perfume francês. Mas tudo parecia exatamente o que era : uma tentativa vã de corrigir um erro imperdoável. Usou então o argumento derradeiro , deslocou-se até uma floricultura e encomendou um bouquê de rosas vermelhas , aquelas que trazem o cor flamejante da paixão . Junto anexou um cartãozinho dourado , com dois pombinhos ,aos beijos em um dos cantos, e sapecou a cantada em letra bonita, com seu linguajar de tabelião:
“ Para Terezinha,
Meu maior bem móvel.
Amo-te
O referido é verdade.
Dou Fé ."
Osvaldo

Depois das flores o clima melhorou um pouco, as coisas foram voltando para o devido lugar. . Qualquer briguinha , no entanto, qualquer arrufo e lá ressuscita o terrível pecado de omissão :
--- Você não lembra, não ? Até nosso aniversário de casamento você esqueceu ...
Aprendeu, tardiamente, que o coração feminino tem arquivos impecáveis e de facílimo acesso. O detalhismo está profundamente entranhado naquelas almas :Terezinha perdoou , mas não esqueceu. Osvaldo comprou agenda eletrônica, marca as datas importantes no calendário sobre seu bureau, usa até a Internet, temendo uma recorrência fatal no mesmo crime hediondo. Contratou até algumas testemunhas que possam falar a seu favor em casos mais melindrosos. Percebe, porém, que como na vida, nos livros de tombo do sentimento não é possível passar procuração e nem substabelecer.

J. Flávio Vieira

SER HUMANO

Bernardo Melgaço da Silva

Pra que vives?
Pra que choras?
Lágrimas e lágrimas
Dor e violência
Crítica e impaciência
Pra que vives?
Pra que choras?
Teu peito dói, mas já não sente ou finges que não sente
Acostumastes a prender e conviver com a dor
Aprendestes muita coisa
Mas muita coisa não aprendestes
Aprendestes a andar, falar, correr, escrever, ensinar e aprender racional
Mas não aprendestes o que deve aprender de principal, de fundamental:
Quem sois?
És apenas células, órgãos, carnes, ossos, uma mente e uma emoção?
Aprendestes a racionalizar, reduzir e por isso reduz a si mesmo
Tu não és apenas isso
És muito mais
Não és apenas professor, aluno, aprendiz, místico, religioso, ufólogo ou ateu
És uma natureza física "conhecida" e uma natureza metafísica desconhecida como eu
Acorda meu irmão (ã)!
Já é hora de semear o grão
De molhar o chão e comer o pão
É hora de traduzir a ciência
É hora de abrir a consciência
E de mudar a velha percepção
De olhar o mundo da natureza com outros sentidos que jamais havias imaginado de suas existências
Chega de sofrimento e luta!
Estais cansado(a), eu sei disso!
Comi também desse pão
Derramei também minhas lágrimas nesse chão
Eu e você somos semelhantes: a diferença é física mas não metafísica
Fui ao limiar da loucura para aprender que tu és meu irmão(ã)
Derramei rios de lágrimas em conflito para perceber aquilo que não conseguia ver
Lutei contra mim mesmo a cada segundo durante horas, semanas, meses e anos
Para agora escrever estes versos de coração
A realidade é muito maior e mais ampla que nossa percepção possa alcançar
Vamos acorde! Eu posso lhe dar a mão
Posso lhe carregar nos meus ombros
E juntos caminharmos em solidão
Para que tu possas escutar o silêncio e aquilo que era impossível de perceber
Para ver o que era impossível de ver
Para que tu possas ir além dos seus limites físicos
Deixe que com humildade e compaixão lhe estender a minha boa mão
Escuta meu irmão: os teus próprios sentidos te enganam
Não te deixam enxergar a realidade da vida
Só percebes coisas e seres coisificados
O outro chora a teu lado
E vive te pedindo a mão
E tu apenas o recebes com um não
É humanamente compreensível que tu mostres tua indignação
Que lutas contra os inimigos da tua própria imaginação
Deixe as armas da crítica de lado
Abra teu coração
E comece aprender que existem verdades e princípios
Se acumulas negras verdades
Os princípios se esvaziam
Se enches de toda razão
Perdes a sutil intuição
Se enches de muito poder
Perdes a força de vontade
Se segues meu conselho
Verás com teus próprios sentidos ocultos que és também filho(a)-senhor (a) da verdade
E que o Amor é o refrão oculto criador desses versos
Amor, Amor, Amor...Rei Senhor Criador de todo Universo
Bernardo Melgaço da Silva - 1988

EM VERDADE EM VERDADE EU VOS DIGO...

Assim como consigo distinguir a voz de João e Joana, de Fernando e Fernanda, de Renato e Renata, de Mário e Maria, consigo também distinguir a voz do homem e a voz de Deus. Assim como o sol ilumina e aquece o meu corpo físico, assim também o sol da verdade de Deus ilumina a minha consciência e me enche de sabedoria.

Bem-Aventurado é aquele que podendo pecar não peca, podendo negociar a fé não negocia, podendo julgar o cisco no olho do outro não julga, podendo condenar a fraqueza alheia não condena, e ao invés disso se esforça continuamente em orar e vigiar a si mesmo. Pois, somente acendendo a luz é que se pode ver a mobília no quarto escuro. E é orando que se age na intenção de acender a luz; e é vigiando (meditando) que se distinguem os objetos iluminados.

Em verdade em verdade, eu vos digo que a paz de Deus é a chave do tesouro da felicidade e da justiça eterna. E esse tesouro enterrado em nosso solo da percepção precisa ser descoberto. A fé de Deus é a pá com a qual devemos lançar mão e trabalhar para retirar o tesouro enterrado. Bem-Aventurados os que podendo ter o tesouro do valor-dinheiro não buscam esse tesouro para si porque sabem que a sua riqueza é ilusória e transitória. E sabem também que o tesouro dos tesouros somente pode ser aberto com a chave da paz de Deus. Além disso, sabem mais ainda que com o tesouro Divino se obtém o valor que nenhum dinheiro paga. Esse valor que vos falo é a glória do Amor de Deus.

Bem-Aventurados são aqueles que ao ouvirem a mensagem de Jesus (e de todos os mestres espirituais de verdade) conseguem perceber imediatamente a gloriosa voz suave do Cristo. E que depois colocam em prática os seus ensinamentos do caminho do Reino de Deus: ORAI E VIGIAI (a si mesmo). Pois, assim como o tesouro foi criado para ser descoberto, da mesma forma a sua riqueza espiritual foi glorificada para ser compartilhada entre todos.

Bem-Aventurados são aqueles que orando e meditando não duvidam das mensagens profundas que brotam de suas próprias consciências. Pois, se o tesouro foi aberto é natural que o seu brilho se projete para fora do baú iluminando a tudo e a todos. E é inevitável o seu brilho e sua clareza de verdade. Somente aqueles que estão cegos pelo poder do dinheiro e pelo poder da fama não reconhecerão o brilho que reluz do tesouro aberto.

Em verdade em verdade, eu vos digo que a verdade é Deus-Pai em sua manifestação gloriosa e poderosa no Reino Humano. Bem-Aventurados os que forem batizados pelo Espírito Santo. De suas próprias bocas eles ouvirão o seu próprio Criador falar diretamente. De suas bocas o Verbo de Deus se fará carne. E nesse momento o homem se confundirá com Deus. Bem-Aventurados são aqueles que não conseguirem mais distinguir entre a modéstia do seu verbo humano e a grandeza do Verbo de Deus.

Bem-Aventurados são os Filhos de Deus que não querem nada ganhar para si, mas querem tudo ganhar de Deus em si mesmos. Esses reconheceram, em si mesmos, o Pai eterno e decidiram retornar para o seu convívio amigo, fraterno e amoroso.

Em verdade em verdade, eu vos digo que Cristo nunca morre, mas sempre nasce nas consciências daqueles que sacrificam (transmutam) os seus próprios egos.

Cristo vive. Cristo sempre volta. Aleluia, aleluia, ELE voltou em paz e amor no homem e na mulher de fé!

Não deixe para amanhã o que pode ser encontrado e (auto)conhecido, revelado, amado, querido, glorificado, sentido no aqui e agora em ti mesmo: Deus!

Bernardo Melgaço da Silva

Pensamento para o Dia 17/12/2009


“Um provérbio honrado pelo tempo diz: ‘A felicidade real e duradoura não pode ser conseguida através dos prazeres físicos’ (‘Na Sukhaath Labhyathe Sukham’). A felicidade duradoura pode surgir apenas pela disciplina da mente e fé no Senhor que não é diminuída pela boa ou má sorte. O homem deve usar o poder do discernimento dado a ele para combater as forças do mal dentro de si e fomentar os elementos Divinos em si através de seu próprio esforço, ouvindo a voz de sua consciência. O homem deve usar a liberdade de discernir entre o certo e o errado, o bem e o mal.”
Sathya Sai Baba

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“A educação deve cultivar a humildade e a disciplina, mas atualmente ela está produzindo uma colheita de orgulho e inveja. “Vidya” quer dizer “Vid” (Luz) e “Ya” (aquele que dá). Portanto, a educação deve verter luz e iluminar a escuridão na mente e no intelecto. Ela não representa o mero conhecimento livresco. Ela deve esclarecer o parentesco do homem com o homem e sua relação íntima com a natureza. Ela deve harmonizar as experiências anteriores de alguém com suas experiências atuais e guiá-lo a experiências benéficas no futuro. Ela deve validar o conhecimento obtido dos livros através das experiências e, no processo, fazer o homem crescer até que ele se torne Divino.”
Sathya Sai Baba

O pensamento de Érico Veríssimo

Gota de orvalho
na coroa dum lírio:
Jóia do tempo.

Com cartas brancas,
senhor cônsul solta
Pombos de papel.

O amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe . São o verso e o reverso da mesma moeda de paixão. O oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença...

Ninguém é o que parece, nem Deus.

Precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.

"Ninguém deve culpar-se pelo que sente, não somos responsáveis pelo que nosso corpo deseja, mas sim, pelo que fizemos com ele."
A amizade é um amor que nunca morre.
A amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,
alguns descobrem, mas poucos reconhecem.
A amizade quando é sincera o esquecimento é impossível
A confiança, tal como a arte, não deriva de termos resposta para tudo, mas,
de estarmos abertos a todas as perguntas.
A dor alimenta a coragem. Você não pode ser corajoso se só aconteceram
coisas maravilhosas com você.
A esperança é um empréstimo pedido à felicidade.
A felicidade não é um prêmio, e sim uma conseqüência,
a solidão não é um castigo, e sim um resultado.
A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que
percorremos para encontrá-la.
A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga.
A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delicia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.
A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos.
A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar.
A maior fraqueza de uma pessoa é trocar aquilo que ela mais deseja na vida, por aquilo que ele deseja no momento.
A persistência é o caminho do êxito.
A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros.
A SOLIDÃO É UMA GOTA NO OCEANO QUE SÓ OLHA PARA SI MESMA... UMA GOTA QUE NÃO SABE QUE É OCEANO...
Amigos são a outra parte do oceano que a gota procura...
A tua única obrigação durante toda a tua existência
é seres verdadeiro para contigo próprio.
A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais poderá apagar.
A verdadeira amizade é aquela que não pede nada em troca, a não ser a própria amiga.
A verdadeira generosidade é fazer alguma coisa de bom por alguém
que nunca vai descobrir.
A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si.
Algumas pessoas acham-se cultas porque comparam sua ignorância com as dos outros.
Amigo de verdade é aquele que transforma um pequeno momento em um grande instante.
Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer.
Amigo é aquele que conhece todos os seus segredos e mesmo assim gosta de você!
Amigo é aquele que nos faz sentir melhor e sobre tudo nos faz sentir amados...
Amigo é aquele que, a cada vez, nos faz entrever
a meta e que percorre conosco um trecho do caminho
Amigos são como flores cada um tem o seu encanto por isso cultive-os.
Amizade é como música: duas cordas afinadas no mesmo tom, vibram juntas...
Amizade, palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais... Deve ser guardada e conservada no coração!!!
As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem.
Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas,
dando-lhes sempre algum significado.
Diante de um obstáculo não cruzes os braços, pois o maior
homem do mundo morreu de braços abertos.
Elogie os amigos em público, critique em particular.
Errar é humano, perdoar é divino.
Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor meio de ser infeliz.
Faça amizade com a bondade das pessoas, nunca com seus bens!
Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.

Érico Veríssimo

Quintana homenageou Érico Veríssimo

Para Érico Veríssimo
de Mario Quintana

O dia abriu seu pára-sol bordado
De nuvens e de verde ramaria.
E estava até um fumo, que subia,
Mi-nu-ci-o-sa-men-te desenhado.

Depois surgiu, no céu azul arqueado,
A Lua – a Lua! – em pleno meio-dia.
Na rua, um menininho que seguia
Parou, ficou a olhá-la admirado…

Pus meus sapatos na janela alta,
Sobre o rebordo… Céu é que lhes falta
Pra suportarem a existência rude!

E eles sonham, imóveis, deslumbrados,
Que são dois velhos barcos, encalhados
Sobre a margem tranqüila de um açude…

"O GUARDADOR DE ÁGUAS" - Manoel de Barros

Seis ou Treze Coisas que Aprendi Sozinho

1
Gravata de urubu não tem cor.
Fincando na sombra um prego ermo, ele nasce.
Luar em cima de casa exorta cachorro.
Em perna de mosca salobra as águas se cristalizam.
Besouros não ocupam asas para andar sobre fezes.
Poeta é um ente que lambe as palavras e depois se alucina.
No osso da fala dos loucos têm lírios.

3
Tem 4 teorias de árvore que eu conheço.
Primeira: que arbusto de monturo agüenta mais formiga.
Segunda: que uma planta de borra produz frutos ardentes.
Terceira: nas plantas que vingam por rachaduras lavra um poder mais lúbrico de antros.
Quarta: que há nas árvores avulsas uma assimilação maior de horizontes.

7
Uma chuva é íntima
Se o homem a vê de uma parede umedecida de moscas;
Se aparecem besouros nas folhagens;
Se as lagartixas se fixam nos espelhos;
Se as cigarras se perdem de amor pelas árvores;
E o escuro se umedeça em nosso corpo.

9
Em passar sua vagínula sobre as pobres coisas do chão, a
lesma deixa risquinhos líquidos...
A lesma influi muito em meu desejo de gosmar sobre as
palavras
Neste coito com letras!
Na áspera secura de uma pedra a lesma esfrega-se
Na avidez de deserto que é a vida de uma pedra a lesma
escorre. . .
Ela fode a pedra.
Ela precisa desse deserto para viver.

11
Que a palavra parede não seja símbolo
de obstáculos à liberdade
nem de desejos reprimidos
nem de proibições na infância,
etc. (essas coisas que acham os
reveladores de arcanos mentais)
Não.
Parede que me seduz é de tijolo, adobe
preposto ao abdomen de uma casa.
Eu tenho um gosto rasteiro de
ir por reentrâncias
baixar em rachaduras de paredes
por frinchas, por gretas - com lascívia de hera.
Sobre o tijolo ser um lábio cego.
Tal um verme que iluminasse.

12
Seu França não presta pra nada -
Só pra tocar violão.
De beber água no chapéu as formigas já sabem quem ele é.
Não presta pra nada.
Mesmo que dizer:
- Povo que gosta de resto de sopa é mosca.
Disse que precisa de não ser ninguém toda vida.
De ser o nada desenvolvido.
E disse que o artista tem origem nesse ato suicida.

13
Lugar em que há decadência.
Em que as casas começam a morrer e são habitadas por
morcegos.
Em que os capins lhes entram, aos homens, casas portas
a dentro.
Em que os capins lhes subam pernas acima, seres a
dentro.
Luares encontrarão só pedras mendigos cachorros.
Terrenos sitiados pelo abandono, apropriados à indigência.
Onde os homens terão a força da indigência.
E as ruínas darão frutos

Hoje ele faria 63 anos ...( um amigo invisível)

Chora cavaquinho - Dunga , interpretado por Orlando Silva

Torta Salgada de Natal - compondo a sua ceia ...


Ingredientes:

04 pães de forma sem casca;

02 latas de creme de leite;

500 gr de maionese;

01 kg de frango desfiado;

01 pacote de creme de cebola;

400 gr de geléia de morango;

01 pé de alface;

01 pote de cereja;

150 gr de nozes;

Fios de ovos para decorar.

Modo de preparo:

Refogue o frango desfiado com tempero a gosto. Misture a maionese, o creme de cebola e o creme de leite com soro, batendo tuno no liquidificador até formar uma pasta. Arrume o pão de forma sobre uma bandeja e vá intercalando com o recheio com a geléia de morango. Para decorar, use alface picada, fios de ovos, nozes e cereja.
mundo do sabor

Salada de Natal - compondo a sua ceia ...


Ingredientes


2 peitos de frango

2 latas de milho verde

2 latas de ervilhas

50 g de azeitonas verdes

4 tomates picados sem semente

2 cenouras raladas

50 g de uvas passas sem sementes

2 maçãs verdes picadas

250 g de maionese

Salsa e cebolinha a gostoSal

3 colheres de azeite

2 cubos de caldo de galinha


Modo de Preparo


Refogue o frango e desfie refogue o frango com os cubinhos e sal . Pique os tomates sem semente, corte a maçã com casca em cubinhos, rale a cenoura crua e pique a salsa e cebolinha e reserve .
Pique também as azeitonas .Juntar tudo em uma vazilha grande adicionando todos os ingredientes e a maionese no final bom apetite

Waldemar de Abreu - Dunga - por Norma Hauer


Foi a 16 de dezembro de 1907 que ele nasceu, aqui no Rio de Janeiro, mas ficou conhecido como DUNGA, apelido que recebeu ainda criança, de sua professora por ser um aluno atencioso.

Depois de trabalhar no comércio e outros empregos, começou a dedicar-se à composição em 1932, compondo, para um bloco carnavalesco, o samba “Nossa Bandeira”.
Mas foi em 1934 que teve sua primeira gravação: um samba de nome “ "Amar, Para Que?” na voz de um cantor e ator de nome Silva Pinto . Não foi sucesso, mas abriu-lhe as portas para o mundo musical.
Foi em 1935 que obteve seu primeiro sucesso, na voz de Orlando Silva, que gravou o samba “Chora, Cavaquinho”.
“Chora cavaquinho, chora,
Chora violão também...”
No ano seguinte, outra vez Orlando e outro sucesso: o samba “Foi Você”.; no outro ano, novamente Orlando e novamente sucesso”Eu Sinto Uma Vontade de Chorar.”
Carlos Galhardo gravou de Dunga um fox-canção: “Segredos”, e alguns sambas.
Os anos foram transcorrendo e Dunga continuou gravando com vários cantores, como Sílvio Caldas, Roberto Paiva, Jamelão, Aracy de Almeida, e inúmeros outros.

Sucessos quando lançadas, muitas de suas composições ficaram lá para trás, mas tem uma, feita em parceria com Jair Amorim, que é sucesso constante.

A primeira gravação foi na voz de Dircinha Batista, mas “estourou” quando Cauby Peixoto a lançou sendo constantemente regravada. Cauby tem de cantá-la em todos seus “shows” .
Seu nome “Conceição”
“Conceição, eu me lembro muito bem...”

Dunga, durante mais de 50 anos pertenceu à Escola de Samba de Vila Isabel. e faleceu, aqui no Rio, no dia 5 de outubro de 1991 aos 83 anos.

norma hauer

Dia de São Lázaro




São Lázaro teve a sorte de ser o protagonista de um dos milagres mais impressionantes de Jesus Cristo, já que foi ressuscitado pelo Senhor depois de quatro dias de haver falecido.

Segundo as Sagradas Escrituras, Lázaro adoeceu gravemente e duas de suas irmãs Marta e Maria enviaram com urgência um mensageiro ao lugar onde se encontrava Jesus com a seguinte mensagem: "Aquele a quem Você ama, está doente". Muito belo modo de dizer com poucas palavras muitas coisas. Se o amar, estamos seguros de que virá, e se vier, livrará-se da morte.

O santo falece e recém ao quarto dia chegou o Senhor. As duas irmãs saem ao encontro de Jesus em meio de lágrimas e soluços lhe dizendo: "Oh, Senhor se tivesse estado aqui! Se tivesse ouvido como te chamava Lázaro! Só uma palavra tinha em seus lábios: 'Jesus'. Não tinha outra palavra em sua boca. Chamava-te em sua agonia. Desejava tanto ver-te! Oh Senhor: se tivesse estado aqui não haveria morrido nosso irmão".

Jesus responde: - "Eu sou a ressurreição e a Vida. Os que acreditam em Mim, não morrerão para sempre". Jesus, ao vê-las chorar se comoveu e também chorou. Nosso Redentor verdadeiro Deus e verdadeiro homem, sentiu também a dor diante da morte de um ser querido. Os judeus que estavam ali em grande número, exclamaram: "Olhem quanto o amava!". Jesus disse: Lázaro, eu te mando, saia! E Lázaro se levantou. depois de quatro dias morto, foi ressuscitado milagrosamente e visto pela multidão que contemplou o fato.

EM ALGUM LUGAR


Não sei de onde vim, quem fui...
nem para onde vou !
Não sei o que fiz ,
porque estou aqui ...
ou o que farei depois!

Sei que vesti outras vestes,
galguei outros morros,
visitei várias planícies,
nadei em mares desconhecidos,
repousei em brancas ondas
e montei em vários corcéis ...

Quantas vezes passei por aqui , também não sei !

Sei apenas que um dia voltarei !
E outras vestes usarei ,
outro rosto terei,
e outras poesias farei .

E mais uma vez de mãos dadas
percorreremos essa mesma estrada
trazendo no coração uma lembrança quase apagada
de que em algum lugar do passado
começamos a escrever a nossa história !

VOCÊ É CHIQUE?


SER CHIQUE
É UMA QUESTÃO DE ATITUDE...


Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como atualmente. A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão a venda. Elegância é uma delas. Assim, para ser chique é preciso muito mais que uns guarda-roupas recheados de grifes importadas. Muito mais que um belo carro Alemão. O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta.

Chique mesmo é quem fala baixo. Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes. Mas que, sem querer, atrai todos os olhares, porque tem brilho próprio. Chique mesmo é quem é discreto, não faz perguntas inoportunas, nem procura saber o que não é da sua conta. Chique mesmo é parar na faixa de pedestre e abominar a mania de jogar lixo na rua. Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e as pessoas que estão no elevador. É lembrar do aniversário dos amigos. Chique mesmo é não se exceder nunca. Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir. Chique mesmo é olhar no olho do seu interlocutor. É "desligar o radar" quando estiverem sentados a mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção à sua companhia.

Chique mesmo é honrar a sua palavra. É ser grato a quem lhe ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.

Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, mas ficar feliz ao ser prestigiado. Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre do quanto que a vida é breve e de que vamos todos para o mesmo lugar. Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se cruzar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não lhe faça bem. Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!

(Texto do livro "A quem interessar possa", de Gilka Aria)