Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Mosaico - por Socorro Moreira

Imagem simbólica do meu coração

Sou embaçada de muitas saudades
Iluminada de tantas verdades
Angustiada de tantos conflitos
Serenada de tudo ,
em que acredito.

Tanto investimento amoroso ...

Perdidos, irrecuperáveis...

Tantos sonhos apagados

Esquecidos

Num sono interminável !

Mas de repente ,

mais uma luz se acende ,

e eu me vejo ainda viva,

querendo encher tua ausência

de um mosaico colorido.

De tardezinha ... - por Socorro Moreira


Tardezinha ...

Um dia entristecido, finda !

Da minha janela

espreito

alguma coisa no céu ...

Um sinal, uma luz,

uma cor .

Entro nesse pedaço de vida,

em pensamento,

e um poema não dito,

uma declaração de amor sem mira,

ficam emoldurados ,

na fotografia.

Da minha janela ... - por Socorro Moreira


Quintais urbanos
Casas antigas,
gravando vidas.
Nem procuro saudades...
Elas estão cristalizadas,
até nos telhados.
Daqui a pouco , anoitece ...
E eu nem ganhei o dia !


Socorro Moreira

Professor Glauco a caminho do Doutorado...


Fomos recebidos , sábado passado, regiamente , pelo prof. Glauco, na sua aconchegante toca. É que o mestre está de malas prontas para fazer doutorado no Rio de Janeiro , e ofereceu um almoço de despedida para os amigos mais íntimos.
Tudo perfeito ! A feijoada, os papos, a música ... E pra completar o bom gosto do anfitrião, provamos uns dos seus charutinhos cubanos, molhados no licor de cassis... Delícia !
Vai deixar saudades, o amigo ! No coração de Aline, Nájela, e de todos nós .
Sucesso, meu querido ! Não esqueça que o Crato precisa provar do seu crescimento profissional , e os amigos esperam o seu abraço de volta !
Socorro Moreira

Música com chá de hoasca.



Em 1961, o fotógrafo lambe-lambe Cícero Alexandre Lopes registrou a construção da obra religiosa de José Gabriel da Costa, o Centro Espírita Beneficente União do Vegetal(UDV), erguido na região amazônica. O convívio desses dois personagens é mote para a narrativa de – Relicário – Imagens do Sertão (Editora Pedra Nova Edições), do escritor e jornalista Edson Lodi, lançado no
Restaurante Mangai (Setor de Clubes Sul), Brasília DF.
Uma das curiosidades do livro é a citação a cantores, como Marines, Jackson do Pandeiro Jacinto Silva, que são relacionados ao cotidiano dos personagens abordados no livro. Na obra,esses importantes nomes da música nacional ocupam lugar de destaque graças à forte presença de suas músicas no cotidiano da UDV em suas origens. Relicário mescla tópicos ao abordar a discografia utilizada no contexto cultural e religioso da União do Vegetal durante os anos de 1966 a 1971.
A pesquisa levou dois anos e seis meses. O escritor colheu depoimentos em Rondônia, Manaus e nos locais mais antigos, onde surgiu a UDV e entrevistou, dentre outros, compositores como o pernambucano Onildo Almeida, autor do clássico Feira de
Caruaru. Atualmente, a instituição religiosa agrega cerca de 15.000 associados, com sede em Brasília e unidades por todo o Brasil.
Aos 59 anos, Edson Lodi, seguidor da doutrina espírita desde os 25, decidiu pesquisar sobre a história da instituição para acelerar pedido de concessão de título de Patrimônio Imaterial da Cultura Brasileira para o uso do chá de hoasca. O processo tramita no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) há quase dois anos.
“ Ao descrever a vida e a obra de um dos primeiros fotógrafos do território de Rondônia e registrar o acervo musical utilizado nos rituais religiosos do centro espírita, o livro cumpre também o papel de inventário cultural, um dos requisitos exigidos pelo IPHAN”, pontua o autor.”Esse foi um dos fatores que me motivaram a pesquisar escrever a obra. O outro é não deixar perder de vista os primórdios da religião dentro de um contexto religioso“, emenda.
Mineiro de Juiz de Fora, pós-graduado em ciência política, Lodi mora em Brasília há 43 anos e já publicou Estrela da minha vida (Editora Entrefolhas) e Travessia, poemas (Editora Thesaurus).

Lembrando Carnavais ... - por Socorro Moreira


Na primeira infância eu tinha ouvidos para as marchas de Carnaval, sentia o cheiro de lança, e via das esquinas , o corso passando. Não tive fantasias feitas pela minha mãe. Tenho a impressão de que Carnaval na minha casa tinha o signo do diabo. Era festa profana !
Aos 7 anos , morava em Recife com a minha família. Meu pai , longe dos clientes da terra, ficou sem dinheiro. Entramos sem querer , no corso do centro de Recife. Naquele dia , voltávamos da praia, na carroceria da camioneta do meu pai. A música em voga era " me dá um dinheiro aí"... E eu calei na voz, a melodia. Não era próprio pedir ... !
Antes do primeiro casamento, consegui com muito intento, brincar um Carnaval , no Crato Tênis Clube. Estava lá meu namoradinho com outras meninas: ciganas, odaliscas !
Depois de casada, soltei a franga. Já não tinha a proibição da minha mãe. Pulei grávida, pulei, desbarrigada, fiz lindas fantasias, e algumas vezes, arrasei!!!
Em 1984, eu morava em Macaé (Rio de Janeiro). Na sexta-feira botei umas fantasias na mala, e corri pra rodoviária com destino ao Crato. Comprei passagem para Salvador, desci em Feira de Santana, peguei um ônibus para Brejo Santo, e um taxi para o Crato. Cheguei na noite da segunda-feira de Carnaval. Ainda teria dois dias de folia ! E dancei, e dancei !!! Tudo mágico, tudo lindo, tudo novo !
Não sei onde foi parar minha saia de cigana, com tantos véus coloridos , e um bustiê dourado.
Não sei aonde foram parar meus sonhos, meu carinho, escorregando , na boca, nos abraços.
Em 1990, dancei em cima de trio elétrico, em Salvador. Vi de perto esse povo famoso. Vi de longe os foliões , a massa baiana... Desisti de entrar na multidão. Senti medo da confusão.
Em 1992, desfilei no Carnaval de rua. Estava em Friburgo. Um Carnaval acanhado, levando em consideração as escolas de Samba do Rio...Mas a bateria da escola fez zoada dentro de mim. Pura emoção !
Depois desse tempo ainda busquei a alegria do Carnaval, nas ruas, nos clubes, mas ela se perdera, no tempo. Agora sem saudades, lembro todos os carnavais da minha vida, quando tinha pernas e pique... Quando chorava, na quarta-feira de cinzas !

Cartas de Amor - por Socorro Moreira

"O que nos separa é o amor que nos une".
Envelopes rasgados
Papel manchado de batom
Censura, rasura, uma aqui, outra ali...
Uma explicação, uma declaração, uma jura...
Tristeza, e saudade, nas entrelinhas.
Contagem regressiva do tempo...
Faltam apenas dois dezembros...
Quem sabe, se Deus permitir!
Cartas guardadas, perfumadas,
devolvidas ou queimadas, findam em nada!
Cartas de amor...
Surpresa,
suspense, letra tremida,
um poema de J.G. de Araújo, enfim!
Cartas de amor...
Soltas no mundo
Nas mãos do carteiro, buscam o seu destino...
Escondida na bolsa, escondida no tempo,
pensamento doce de um amor ausente!


A culpa é do meu coração - Socorro Moreira


Existem pessoas que acendem as nossas luzes

Outras ...

Conseguem apagá-las !

Existem pessoas que completam a nossa poesia

Outras...

Que a transformam em pó de rimas

Não consigo explicar

a entrada de algumas pessoas no meu coração

Sinto-me culpada por amá-las

Elas não quiseram ficar ...

Não sentiram-se vivas

Não foram felizes...

E a culpa é do meu coração !

Waldemar Henrique por Norma Hauer


Waldemar Henrique, nascido em 15 de fevereiro de 1905 em Belém do Pará, não ficou muito conhecido, como compositor, no resto do Brasil, mas uma canção de sua autoria, gravada por Vicente Celestino, foi bastante cantada. Trata-se de "MINHA TERRA"

Este país, tão grande e amado,
É meu país idolatrado .
Terra de amor e sedução,
Toda verde, toda nossa de carinho e coração .
O sol que nasce atrás da serra,
À tarde em festa rumoreja
Cantando a paz de minha terra,
Na toada sertaneja.

Este sol, este luar...
Este rio de cachoeiras,
Esta terra este mar,
Este mundo de palmeiras...
Tudo isto é teu, oh meu Brasil
Deus foi quem te deu.
Ele por certo é brasileiro,
Brasileiro como eu.

Vê-se por essa canção, que Waldemar Henrique "cantou" o Brasil bem antes de Ari Barroso. E Ari reclamou de Alcir Pires Vermelho quando este compôs, com David Nasser, o "Canta Brasil", como se só ele poderia "cantar" o Brasil.

Waldemar Henrique compôs a maioria de suas canções, com temas do folclore. A maioria foi gravada por Gastão Formenti e Jorge Fernandes.
Alguns sucessos: "Foi Boto, Sinhá";" Uirapuru"; ""Boi Bumbá"; "Cobra-Grande";"Essa Nêga Fulô"...

Waldemar Henrique faleceu em 29 de março de 1995, aos 90 anos de idade.

Abismos - por Ana Cecília S.Bastos


Algo descama e desce, inevitável e incontrolável como uma menstruação.

Tenho imagens e palavras, poemas que se insinuam, enquanto o tempo escasseia.

Quero escrever, mas estou sem sentidos.

Minha emoção em desterro me abisma na ausência da cidade da Bahia.

Ladeiras, abismos, sinuosidades:
água terra, isso me alaga e me define, a Bahia,
em todos os seus tempos de ser e de não ser.

A dor se extingue, lenta, inexoravelmente, deixando-me tão deserta quanto antes.


por Ana Cecília
Foto de Mário Vítor

por João Nicodemos



sou um homem
de letras
letras e palavra.

Saudade de outros carnavais - por Rosa Guerrera




Tenho por hábito dormir com uma radinho ligado junto a minha cabeceira. Hoje despertei escutando lindas marchinhas de antigos carnavais. E preguiçosamente fui deixando me levar a saudosa folia de outrora .Enrolei meus sonhos em serpentinas multicores espalhando pelos salões da minha vida milhares de confetes , pedacinhos coloridos de lembranças . Cheguei até a sentir no ar o cheiro gostoso do lança perfume que quando levado na nossa pele dava aquela sensação gostosa de um odor que ficava por horas também na nossa roupa .Nunca vestí fantasias durante os carnavais que brinquei., no entanto fui Colombina para muitos Arlequins e Pierrôs .Nem lembro quantos amores vivi naqueles carnavais de ontem. Lembro apenas que na quarta feira de cinzas , ficava sempre em cada canto por onde eu tinha passado ,uma saudade em forma de um abraço , um beijo , até de um olhar que se fixou no meu coração. E lá dentro num cantinho da alma , a esperança de um reencontro num próximo carnaval.
Impossível negar que hoje eu não sinta saudades daqueles reinados de Momo...
Se eu pudesse, juro que resgataria no tempo aqueles antigos carnavais
Brincaria de novo nos blocos de ‘ Felinto , Pedro Salgado , Guilherme ,Fenelón, Bola de Ouro ,Toreiro, e tantos outros que marcaram para todo um sempre o carnaval de Pernambuco.
E na euforia desse embalo-saudade , nessa paisagem que já não existe mais , eu olharia de frente para minha Recife e revendo o corso na Rua da Concórdia, os Palhaços que alegravam os subúrbios, os mascarados que desfilavam pelas ruas alegrando a garotada , eu ia cantar bem alto : “Voltei Recife ! Foi a saudade que me trouxe pelo braço /quero ver novamente Vassouras na rua brincando / tomar umas e outras/ e cair no passo.”


rosa guerrera

Milton Amaral - por Norma Hauer



Foi a 8 de fevereiro de 1898 que nasceu, aqui no Rio de Janeiro, o compositor MILTON AMARAL.

Há músicos que marcam muito sua passagem por nosso cancioneiro, com poucos sucessos. Foi o caso de Milton Amaral.

A música que mais o marcou foi "Folhas ao Vento", gravação original de Gastão Formenti (1933) e regravação de Vicente Celestino(1938).

Mas Milton Amaral compôs, "Tatuí"(1929), gravado por Arthur Castro; "Desilusão"(1931); "A Madrugada vem Rompendo"(1935) e "Tu és a Única"(1938). Todas gravadas por Gastão Formenti que foi quem mais gravou Milton Amaral.
Milton Amaral não tinha parceiros, compunha letras e músicas.

Uma curiosidade: Milton Amaral gostava de dizer que nascera em 29 de fevereiro e assim era citado por radialistas como Raul Maramaldo, que tinha um programa na Rádio Rio de Janeiro, de nome "Saudade-Teu Nome é Música".

Conheci Milton Amaral, apresentada por CARLOS GALHARDO, durante a missa de sétimo dia pelo falecimento do compositor Mário Rossi.
Aproveitei e disse-lhe:"interessante, o senhor nasceu em 29 de fevereiro".
Ele confirmou e disse-me que havia nascido em 1898.
"Ué"-eu falei-"1898 não foi bissexto".
Sem graça, ele falou que tinha um primo nascido nessa data e, como também era de fevereiro, gostava de dizer que nascera no dia 29.

MILTON AMARAL faleceu em 22 de agosto de 1989, aos 91 anos.

José Maria de Abreu por Norma Hauer



Foi a 7 de fevereiro de 1911 que, na cidade de Jacareí, nasceu o pianista e compositor JOSÉ MARIA DE ABREU, co-autor, com Francisco Matoso, de uma das músicas que mais marcou o repertório de Francisco Alves:"Boa Noite, Amor".
José Maria de Abreu fez uma sólida parceria com Francisco Matoso, que,porém,. morreu muito moço(30 anos) foi daí que ele passou a ser parceiro mais constante de Jair Amorim.
Seus pais eram músicos;assim ele aprendeu violão com seu pai e piano com sua mãe.
Compôs, ainda com 11 anos, o hino de seu grupo escolar, em cuja orquestra executava o trompete.

Em 1928 mudou-se para São Paulo e teve sua primeira composição gravada por Francisco Alves:"Recordando". Ali regeu a Orquestra Boa Vista e compôs o Hino da Revolução Paulista, de 1932, de nome "Vencer ou Morrer".

Veio para o Rio de Janeiro em 1933 e aqui venceu um concurso realizado pelo jornal "A Noite", com um samba de nome "Promessa", gravado por Gastão Formenti.
Entre os anos de 1933 e 1938 foi pianista da Rádio Mayrink Veiga, anos em que compôs "Velho Amor", com Francisco Matoso, gravado por Silvinha Melo; "Fui Feliz", gravado por Orlando Silva;"Morena Sereia", também gravado por Orlando Silva, com as Irmãs Pagãs;"Na Bahia", parceria com Noël Rosa, gravada por Bibi Ferreira, que fez parte do filme ""Cidade Mulher"; "Coração, Porque Soluças?", gravação de Gastão Formentei; "Horas Iguais", também parceria com Francisco Matoso, gravação de Orlando Silva .

Carlos Galhardo gravou de José Maria de Abreu, as valsas "Mais Uma Valsa, Mais Uma Saudade", (co-autoria de Lamartine Babo);"Junto de Ti, Estou no Céu(com Oswaldo Santiago ) e "Dois Corações em Tempo de Valsa", co-autor:Francisco Matoso.

Fazendo parceria com Jair Amorim e sendo pianista da Rádio Clube do Brasil,compôs para Orlando Silva,"Brigamos, Outra Vez".

Um samba seu que fez grande sucesso em 1938, com o Bando da Lua, foi regravado em 1982 por Gal Costa:"Pegando Fogo".

José Maria de Abreu faleceu em 11 de maio de 1966, com apenas 55 anos.
Norma

O TEMPO É DE CARNAVAL - Por Stela Siebra Brito














NO OUTRO MUNDO
Janice Japiassu

Entrei na folia azul
com minha alma vermelha
nasceu um céu violeta
pendurado numa estrela
saí tocando pandeiro
com outra alma amarela
girando girava o mundo
no brilho quente do frevo
tropecei em um palhaço
saí com alma rasgada
a noite deu-se outra alma
um Pierrô verde-quente
do Bloco “Lavando a Alma “.






NÃO DIGA ADEUS AINDA
Se um grande amor alguém
Conhece um dia
E sofre a dor ferina
Da separação
No coração não tem mais alegria
O carnaval termina
É só desilusão.

O carnaval é luz, é cor, magia,
Evolução, folia,
Brilho, inspiração
Se longe o amor acena em despedida
No adeus da partida
Tudo é solidão.

Trago no peito sete flechas nuas
São saudades tuas
A me acompanhar
Um lindo anel que trago de lembrança
Doce aliança
A nos separar.

Ó flor da minha vida
Ó luz do meu olhar
É festa na avenida
É noite de luar
Não diga adeus ainda
O bloco vai passar.
( ARLEQUIM - letra: Ronaldo Brito e Francisco Assis Lima música: Antonio José Madureira )

O Poeta da vila - Noel Rosa



Noel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1910 — Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937) foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil. Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira
Noel nasceu de um parto difícil em que o uso do fórceps pelo médico causou-lhe um afundamento da mandíbula que o marcou por toda a vida. Criado no bairro carioca de Vila Isabel, filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio São Bento de 1923 a 1928.

Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música - e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.

Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, "Minha Viola" e "Toada do Céu", ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de "Com que roupa?", um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma seqüência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em "Positivismo", o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como "Feitiço da Vila" e "Palpite Infeliz". Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.


Estátua de Noel Rosa, localizada na entrada de Vila Isabel.Noel teve ao mesmo tempo algumas namoradas. Casou-se em 1934 com Lindaura, mas era apaixonado mesmo por Ceci, a dama do cabaré. Passou os anos seguintes travando um batalha contra a tuberculose. A boemia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava para o samba, a bebida e o cigarro. Mudou-se para Belo Horizonte,[nota 1] trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na boêmia. De volta ao Rio, jurou estar curado. Faleceu em sua casa no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos, em conseqüência da doença que o perseguia desde sempre.
Dentre os livros a respeito do artista, duas obras são de grande importância para se estudar Noel Rosa: "No Tempo de Noel Rosa", escrita pelo amigo Almirante, e a essencial "Noel Rosa: Uma Biografia" de João Máximo e Carlos Didier.
wikipédia

Bacalhau Gratinado


Bacalhau Gratinado com Aipo e Requeijão
Para 4 pessoas

Ingredientes do bacalhau:
500g de Bacalhau da Noruega dessalgado e desfiado
1 cenoura média em cubos cozida na água de cozimento do bacalhau
½ xícara de queijo parmezão ralado
2 dentes de alho socado
½ cebola picada
1 talo de aipo fatiado / 1 ovo cozido picado
2 colheres (sopa) de salsa picada
6 azeitonas verdes / 6 azeitonas pretas
6 rodelas de pimentão vermelho
1 colher (sopa) bem cheias de farinha de trigo
100ml de água de cozimento do bacalhau
100ml de vinho branco

Modo de preparar:
Faça um roux branco com a manteiga derretida e a farinha de trigo.
Acrescente o vinho branco e a água do bacalhau. Deixar no fogo por 15 minutos.
Coar, acrescentar o creme de leite e reservar. Refogue o bacalhau desfiado com o alho, cebola, aipo, ovo picado, queijo ralado, cenoura em cubos e a salsa picada.
Misture com o molho branco. Untar uma assadeira média com azeite e encher com o preparado.
Gratinar com o queijo ralado durante 10 minutos.
Retirar do forno, decorar com as rodelas de pimentão e as azeitonas e servir.

Receitas do mundo do bacalhau


Existem 1001 maneiras de se preparar o bacalhau.
É um alimento completo, saudável, que proporciona refeições únicas e inesquecíveis.

Alguns pratos de bacalhau levam os nomes de seus criadores, como o Bacalhau à Gomes de Sá, o Bacalhau à Zé do Pipo e o Bacalhau à João do Buraco. Vamos agora saber quem foram esses ilustres cozinheiros que se perpetuaram na arte do preparo do bacalhau:

Gomes de Sá- José Luiz Gomes de Sá Júnior foi cozinheiro no Restaurante Lisbonense, onde criou a receita do bacalhau em pequenas lascas deixadas no leite quente por mais de uma hora, levadas ao forno em azeite finíssimo, acompanhadas de alho, cebola e, na hora de servir, azeitonas pretas, salsa e ovos cozidos. Faleceu em 1926.

Zé do Pipo- Foi um dos proprietários de uma famoso restaurante do Porto, onde criou essa receita diferente de bacalhau: postas do peixe que, depois de cobertas com maionese, são levadas ao forno para gratinar.

João do Buraco- Foi o apelido de João Pereira, que criou a receita do bacalhau em lascas com cebola, salsa, amêijoas, camarões, molho branco, duas gemas de ovo, pirê de batata e claras em neve.

Bacalhau - um alimento milenar





O início do Bacalhau com os Espanhóis e os Vikings
Bacalhau para os povos de língua portuguesa; Stockfish para os anglo-saxônicos; Torsk para os dinamarqueses; Baccalà para os italianos; Bacalao para os espanhóis; Morue, Cabillaud para os franceses; Codfish para os ingleses.

(O nome bacalhau, de acordo com o Dicionário Universal da Língua Portuguesa, tem origem no latim baccalaureu. )

Mundialmente apreciado, a história do bacalhau é milenar. Existem registros de existirem fábricas para processamento do Bacalhau na Islândia e na Noruega no Século IX. Os Vikings são considerados os pioneiros na descoberta do cod gadus morhua, espécie que era farta nos mares que navegavam. Como não tinham sal, apenas secavam o peixe ao ar livre, até que perdesse quase a quinta parte de seu peso e endurecesse como uma tábua de madeira, para ser consumido aos pedaços nas longas viagens que faziam pelos oceanos.

Mas deve-se aos bascos, povo que habitava as duas vertentes dos Pirineus Ocidentais, do lado da Espanha e da França, o comércio do bacalhau. Os bascos conheciam o sal e existem registros de que já no ano 1000, realizavam o comércio do bacalhau curado, salgado e seco. Foi na costa da Espanha, portanto, que o bacalhau começou a ser salgado e depois seco nas rochas, ao ar livre, para que o peixe fosse melhor conservado.




As Guerras do Bacalhau

O bacalhau foi uma revolução na alimentação, porque na época os alimentos estragavam pela precária conservação e tinham sua comercialização limitada ( a geladeira surgiu no século XX). O método de salgar e secar o alimento, além de garantir a sua perfeita conservação mantinha todos os nutrientes e apurava o paladar. A carne do bacalhau ainda facilitava a sua conservação salgada e seca, devido ao baixíssimo teor de gordura e à alta concentração de proteínas.

Um produto de tamanho valor sempre despertou o interesse comercial dos países com frotas pesqueiras. Em 1510, Portugal e Inglaterra firmaram um acordo contra a França. Em 1532, o controle da pesca do bacalhau na Islândia deflagrou um conflito entre ingleses e alemães conhecido como as "Guerras do Bacalhau". Em 1585, outro grande conflito envolveu ingleses e espanhóis.

Por isso, ao longo dos séculos, várias legislações e tratados internacionais foram assinados para regular os direitos de pesca e comercialização do tão cobiçado pescado. Atualmente, com a espécie ameaçada de extinção em vários países, como o Canadá, tratados internacionais de controle da pesca estão sendo revistos, com o objetivo de assegurar a reprodução e a preservação do "Príncipe dos Mares".


A industrialização na Noruega
Foi o mercador holandês Yapes Ypess que fundou a primeira indústria de transformação na Noruega e é considerado o pioneiro na industrialização do peixe.

A partir daí, a crescente demanda na Europa, América e África foi aumentando o número de barcos pesqueiros e de pequenas e médias indústrias pela costa norueguesa, transformando a Noruega no principal pólo mundial de pesca e exportação do bacalhau.

"Se o bacalhau nos abandonar, a que nos agarraremos? O que levaremos a Bergen para trocar por ouro?"
Peter Daas, Trumpet of Nordland, Noruega, 1735


Portugal e o "fiel amigo"
Devemos aos portugueses o reconhecimento por terem sido os primeiros a introduzir, na alimentação, este peixe precioso, universalmente conhecido e apreciado".
(Auguste Escoffier, chef-de-cuisine francês, 1903).

Os portugueses descobriram o bacalhau no século XV, na época das grandes navegações. Precisavam de produtos que não fossem perecíveis, que suportassem as longas viagens, que levavam às vezes mais de 3 meses de travessia pelo Atlântico.

Fizeram tentativas com vários peixes da costa portuguesa, mas foram encontrar o peixe ideal perto do Pólo Norte. Foram os portugueses os primeiros a ir pescar o bacalhau na Terra Nova ( Canadá ), que foi descoberta em 1497. Existem registros de que em 1508 o bacalhau correspondia a 10% do pescado comercializado em Portugal.

Já em 1596, no reinado de D. Manuel, se mandava cobrar o dízimo da pescaria da Terra Nova nos portos de Entre Douro e Minho. Também pescavam o bacalhau na costa da África.

O bacalhau foi imediatamente incorporado aos hábitos alimentares e é até hoje uma de suas principais tradições. Os portugueses se tornaram os maiores consumidores de bacalhau do mundo, chamado por eles carinhosamente de "fiel amigo". Este termo carinhoso dá bem uma idéia do papel do bacalhau na alimentação dos portugueses.

“Os meus romances, no fundo, são franceses, como eu sou, em quase tudo, um francês – excepto num certo fundo sincero de tristeza lírica que é uma característica portuguesa, num gosto depravado pelo fadinho, e no justo amor do bacalhau de cebolada!”
Eça de Queiroz ( carta a Oliveira Martins )


A Pesca do Bacalhau em Portugal

O bacalhau chegava a Portugal de várias formas. Até o meio do século XX, os próprios portugueses aventuravam-se pelos perigosos mares da Terra Nova, no Canadá, para a pesca do bacalhau.

"Nos finais do séc. XIX, as embarcações portuguesas enviadas à pesca do Bacalhau eram de madeira e à vela, sendo praticada a pesca à linha. Tratava-se de uma prática muito trabalhosa, apenas rentável em regiões onde abundava o peixe. Este tipo de pesca era praticado a partir dos dóri: pequenas embarcações de fundo chato e tabuado rincado, introduzidas em Portugal nos finais do século passado."( Extraído de Apontamentos Etnográficos de Aveiros - Universidade de Aveiros - http://www.dlc.ua.pt/etnografia).

O artigo de Teresa Reis, sobre a Pesca do Bacalhau, retrata um pouco desta aventura:
"Na pesca do bacalhau, tudo era duplamente complicado. Maus tratos, má comida, má dormida...Trabalhavam vinte horas, com quatro horas de descanso e isto, durante seis meses. A fragilidade das embarcações ameaçava a vida dos tripulantes" dizia Mário Neto, um pescador que viveu estes episódios e pode falar deles com conhecimento de causa.
Quando chegava à Terra Nova ou Groenlândia, o navio ancorava e largava os botes. Os pescadores saíam do navio às quatro da manhã e só regressavam à mesma hora do dia seguinte, com ou sem peixe e uma mínima refeição: chá num termo, pão e peixe frito. No navio, o bacalhau era preparado até às duas ou três da manhã. Às cinco ou seis horas retomava-se a mesma faina. Isto, dias e dias a fio, rodeados apenas de mar e céu. ... Vidas duras...!"

Nos dias atuais, Portugal importa praticamente todo o bacalhau salgado e seco que consome. Também importa muito bacalhau "verde", que é salgado e curado nas próprias indústrias portuguesas, como a Riberalves, localizada em Torres Vedras.



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O começo do bacalhau no Brasil O hábito de comer bacalhau veio para o Brasil com os portugueses, já na época do descobrimento. Mas foi com a vinda da corte portuguesa, no início do século XIX, que este hábito alimentar começou a se difundir. Data dessa época a primeira exportação oficial de bacalhau da Noruega para o Brasil, que aconteceu em 1843.

Na edição do Jornal do Brasil de 1891 está registrado que os intelectuais da época, liderados por Machado de Assis, reuniam-se todos os domingos em restaurantes do centro do Rio de Janeiro para comer um autêntico "Bacalhau do Porto" e discutir os problemas brasileiros. Mais de um século depois, ainda são muito comuns nos restaurantes especializados estes "almoços executivos", onde a conversa sobre negócios é feita saboreando um bom bacalhau.



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A tradição popular do bacalhau. Durante muitos anos o bacalhau foi um alimento barato, sempre presente nas mesas das camadas populares. Era comum nas casas brasileiras o bacalhau servido às sextas-feiras, dias santos e festas familiares.

Após a 2ª Guerra Mundial, com a escassez de alimentos em toda a Europa, o preço do bacalhau aumentou, restringindo o consumo popular. Ao longo dos anos foi mudando o perfil do consumidor do bacalhau, e o consumo popular do peixe se concentrou, principalmente, nas principais festas cristãs: a Páscoa e o Natal.

Atualmente, o bacalhau está totalmente incorporado à cultura culinária brasileira. Todos os bons restaurantes oferecem em sua carta o nobre pescado, e o bolinho de bacalhau é preferência nacional nos bares e botequins. Como em Portugal, também desperta paixões e inspira famosos escritores.

"Gosto de bacalhau seco, compacto. Sempre esqueço que é um peixe que singrou outrora os mares até cair nas malhas e na ganância dos pescadores. Presente raro dos deuses, o bacalhau, para mim, nasceu simplesmente salgado, sempre em postas e, neste estado, graças ao engenho humano, é levado à mesa e entregue à sanha de nossa gula."
Nélida Piñon, Brasil, 1996

A tradição religiosa do Bacalhau na Páscoa e no Natal

A Igreja Católica, na época da Idade Média, mantinha um rigoroso calendário onde os cristãos deveriam obedecer os dias de jejum, excluindo de sua dieta alimentar as carnes consideradas "quentes". O bacalhau era uma comida "fria" e seu consumo era incentivado pelos comerciantes nos dias de jejum. Com isso, passou a ter forte identificação com a religiosidade e a cultura do povo português.

Conforme relatam os autores do livro "O Bacalhau na Vida e na Cultura dos Portugueses":
"O número de dias de jejum e abstinência a que se sujeitavam anualmente os portugueses era considerável, não se limitando ao período da Quaresma, a época do ano em que o bacalhau era "rei" à mesa. Segundo Carlos Veloso, durante mais de um terço do ano não se podia comer carne. Assim era na "Quarta-Feira de Cinzas e todas as Sextas e Sábados da Quaresma, nas Quartas, Sextas e Sábados das Têmperas, (n)as vésperas do Pentecostes, da Assunção, de Todos-os-Santos e do dia de Natal e ainda nos dias de simples abstinência, ou seja, todas as Sextas-Feiras do ano não coincidentes com dias enumerados para as solenidades, os restantes dias da Quaresma, a Circuncisão, a Imaculada Conceição, a Bem-Aventurada Virgem Maria e os Santos Apóstolos Pedro e Paulo."

O rigoroso calendário de jejum foi aos poucos sendo desfeito, mas a tradição do bacalhau se mantém forte nos países de língua portuguesa até os dias de hoje, principalmente no Natal e na Páscoa, as datas mais expressivas da religião católica, onde se comemoram o Nascimento e a Ressurreição de Cristo.

Galinhada Mineira






Ingredientes


1 frango de bom tamanho

3 xícaras de arroz

1 cebola picada1 cebola em rodelas

8 dentes de alho amassados

Cheiro verde picado

2 tomates picados miudinho

Sal a gosto

Pimenta a gosto

1 limão

Óleo para fritura

Açafrão


Modo de Preparo


Corte o frango em pedaços pequenos, pode usar frango a passarinho que já vem cortado assim
Tempere com sal, 4 dentes de alho, pimenta o limão, e a cebola picadinha
Deixe marinar por 1 hora
Coloque o óleo para aquecer e frite os pedaços de frango, em poucas quantidades, até ficarem bem dourado
Enquanto isto, refogue o arroz normalmente, e coloque menos água do que o normal para cozimento
Assim que a água secar, desligue
Depois que todos os pedaços de frango foram fritos, escorra bem o óleo da panela
Jogue 3 copos de água nesta panela mais uma pitada de açafrão .
Leve para ferver
Quando levantar fervura, adicione o arroz, e os pedaços de frango
Ajeite bem os ingredientes na panela, tampe e deixe cozinhar
Quando estiver quase pronta, coloque sobre ela as cebolas em rodelas e o tomate picado junto com o cheiro verde
Abafe, e desligue, deixando descansar uns 10 minutos antes de servir
Esta galinhada não fica oleosa nem gruda o arroz no fundo da panela

Projeto àgua pra que te quero ! - Nívia Uchôa

O Livro do Cariricaturas !

Reunião dos escritores : 5.03.2010
Local : Residência de Roberto Jamacaru

Horário: 20 h
Teremos a presença do casal José do Vale Feitosa e esposa .
Fiquem atentos !

Um livro escrito por muitas mãos: uma coletânea com nossos escritores e artistas.

Detalhes :

. Release com fotografia de cada escritor ( 01 página)
• 4 textos por escritor (máximo de 7 páginas - fonte : garamond - altura : 12) - Temática livre ( crônicas, contos e poemas).
• Os textos serão escolhidos pelos próprios escritores;
• um contingente de 200,00 por escritor
• O pagamento poderá ser feito em 4 x 50,00 ( fev-mar-abr-maio)
. O livro será dedicado aos mestres de todos os tempos, representados por Dr. José Newton Alves de Sousa.
- A capa será a foto de Pachelly- essa que já caracteriza o Cariricaturas.
- O título é: "Cariricaturas em prosas e versos"
- Edição: Emerson Monteiro ( Editora de Sonhos - Crato-Ce)
- Dedicatória ( Assis Lima )
- Prefácio/ Apresentação ( José do Vale e Zé Flávio)

-Já estão confirmadas as seguintes adesões:

01. Claude Bloc *
02. Magali Figueirêdo *
03. Carlos Esmeraldo *
04. Maria Amélia de Castro *
05. Ana Cecília Bastos *
06. Assis Lima *
07. Corujinha Baiana *
08. Stela Siebra de Brito *
09. Wilton Dedê *
10. João Marni *
11. Rejane Gonçalves *
12. Rosa Guerrera *
13. Heladio Teles Duarte * /Socorro Moreira
14. Edilma Rocha *
15. Emerson Monteiro *
16. José Flávio Vieira *
17. João Nicodemos *
18. José do Vale Feitosa *
19. Liduina Vilar *
20. Carlos Rafael *
21. Armando Rafael *
22. Bernardo Melgaço *
2 3. Domingos Barroso *
24.. Roberto Jamacaru *
25.Dimas de Castro *
26.Joaquim Pinheiro *
27.Edmar Lima Cordeiro*
28.Olival Honor *
29.José Nilton Mariano*
30.Marcos Barreto *
31.Isabela Pinheiro *
32.José Newton Alves de Sousa *
33 -Jorge de carvalho Alves de Sousa *
34.Vera Barbosa . *
35. Rogério Silva *
36.Dihelson Mendonça *

Email : sauska_8@hotmail.com ou cbbloc@uol.com.br
Outras informações :
Tiragem : 1.000 exemplares
Distribuição entre autores : 20 para cada = 700 unidades
Saldo : será transformados em ingressos para cobrir as despesas da festa de lançamento : coquetel, convites, divulgação, banda,decoração, etc
300 x 20,00 = 6.000,00
Preço do livro por unidade : 20,00
A edição foi orçada em 6.400,00 ( já considerados todos os descontos possíveis).
Número de páginas : 260 ( aproximadamente).
O valor da contribuição por escritor ( 200,00) será depositado numa cta do Editor (Emerson Monteiro) a ser informada por e-mail. Em contrapartida será enviado respectivo recibo.
Atentar para as datas limite de pagamento : 05.05.2010

OBS: A maioria dos autores já fizeram depósitos de contribuição. Aguardem recibos !

Claude e Socorro Moreira

Carnaval na madrugada - Socorro Moreira

Estou na madrugada
Vi o desfile da Beija-Flor
Vas asas de Brasília
Colhi flores no serrado
Vivi a primitividade
e o povoamento em mim
de todos os afetos
presente e passado
Meu futuro é uma multidão
descansando no coração da paz !

Chuva

O poema é igual a um filho pequeno
precisa sempre ser olhado
de madrugada.

E ao me debruçar vigilante
sobre os engasgos e refluxos
do tenro ser

também releio cada poema
escrito no dia anterior
atento se ainda respira.

Como há filhos pequenos
que causam medo
por tanto silêncio
enquanto dormem

há poemas que turvam as palavras
ou destrincham a ideia
com maestria
e crueldade.

Sou um pai atencioso:
embalo o recém-nascido,
com a outra mão reescrevo versos.

Sei que qualquer noite
foge da minha alma o poema
logo cresce a criança

então talvez seja a hora
de também partir.
Ou dormir agora.