Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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domingo, 18 de abril de 2010

Correio Musical

Vicente Paiva - por Norma Hauer

MAMÃE EU QUERO

Ele nasceu em São Paulo no dia 18 de abril de 1908. E parece que naquela época pegou a chupeta e cantou:
Quem não chora, não mama
Segura meu bem a chupeta.
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta"...

Quem não conhece o mais famoso e antigo cordão carnavalesco do Rio? Pois seu estribilho foi composto por VICENTE PAIVA.
E quem foi Vicente Paiva?

Foi pianista, trabalhou no Cassino da Urca entre 1934 e 1945, deixando-o nesse ano para passar a compor para o teatro de revista, com Walter Pinto à frente, até 1962.
Nesses períodos não deixou de compor também para o carnaval, sendo co-autor de um dos maiores sucessos do antigo "tríduo de Momo":

"Mamãe eu quero,
Mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar.
Dá a chupeta,
Dá a chupeta.
Dá a chupeta
P'ro bebê não chorar".

É, parece que ele gostava mesmo da chupeta.

Quando Carmen Miranda, após sua primeira temporada nos Estados Unidos, esteve aqui no Rio, Vicente Paiva compôs para ela gravar os sambas:"Voltei p'ro Morro"; "Ela diz que Tem;" e "Disseram que Voltei Americanizada", este em parceria com Luiz Peixoto. Isso porque o povo não a recebeu bem dizendo-a "americanizada".

Heleninha Costa gravou outro grande samba de Vicente Paiva:" Exaltação à Bahia".

Duas grandes composições abrilhantaram, como poucas, a voz de Dalva de Oliveira:"Ave Maria" e "Olhos Verdes". Nestas músicas, Dalva mostrou toda a grandeza de sua voz.

Conhecido além fronteiras, foi convidado, em 1961, a tomar parte no Festival de Berlim.
Regressando ao Brasil, faleceu em 1964, aqui no Rio,aos 56 anos..

Norma

Frazão por Norma Hauer


NÓS QUEREMOS UMA VALSA
No dia 17 de abril de 1977, faleceu, aqui no Rio, ERASTÓTENES FRAZÃO, ou simplesmente FRAZÃO.

E quem foi Frazão? Foi, principalmente, um compositor, mas antes teve uma passagem, como radialista, pelo famoso Programa Casé e atuou.também, em outras emissoras.

Mas seu "forte" foram suas composições.

Obteve inúmeros sucessos, como as que fez com Roberto Martins:"Cordão dos Puxa-Sacos" e "Marcha dos Gafanhotos", ou com Benedito Lacerda "Lero-Lero",

Mas seu parceiro mais constante foi Antônio Nássara, com que compôs a marchinha
"Acredite quem Quiser", gravação de Dircinha Batista

"Acredite quem quiser.
Não existe invenção mais bela.
O homem fala, fala, da mulher
Mas não pode passar sem ela..."

Ou "A Mulher que Mais Amou";"Coração Ingrato"; "Dono de Meu afeto", "A.M.E.I."; ""Florisbela" ...

Ou uma valsa composta para o carnaval de 1941:

"NÓS QUEREMOS UMA VALSA”

Antigamente uma valsa de roda
Era de fato requinte da moda...
Já não se dança uma valsa hoje em dia
Com o mesmo gosto ou com tanta alegria
Mas se a valsa morrer
Que saudade que a gente vai ter.

Nós queremos uma valsa
Uma valsa para dançar .
Uma valsa que fale de amores
Como aquela dos Patinadores.
“Vem meu amor,
Vem meu Amor”
Num passinho de valsa
Que vem e que vai.
Mamãe quer dançar com papai.

Uma valsa e um grande sucesso do carnaval de 1941, que só poderia ser gravada por aquele que seria considerado o "Rei da Valsa": CARLOS GALHARDO.

Norma

Por Manuel Bandeira




Enquanto a chuva cai


A chuva cai. O ar fica mole . . .
Indistinto . . . ambarino . . . gris . . .
E no monótono matiz
Da névoa enovelada bole
A folhagem como o bailar.


Torvelinhai, torrentes do ar!


Cantai, ó bátega chorosa,
As velhas árias funerais.
Minh'alma sofre e sonha e goza
À cantilena dos beirais.


Meu coração está sedento
De tão ardido pelo pranto.
Dai um brando acompanhamento
À canção do meu desencanto.


Volúpia dos abandonados . . .
Dos sós . . . — ouvir a água escorrer,
Lavando o tédio dos telhados
Que se sentem envelhecer . . .


Ó caro ruído embalador,
Terno como a canção das amas!
Canta as baladas que mais amas,
Para embalar a minha dor!


A chuva cai. A chuva aumenta.
Cai, benfazeja, a bom cair!
Contenta as árvores! Contenta
As sementes que vão abrir!


Eu te bendigo, água que inundas!
Ó água amiga das raízes,
Que na mudez das terras fundas
Às vezes são tão infelizes!


E eu te amo! Quer quando fustigas
Ao sopro mau dos vendavais
As grandes árvores antigas,
Quer quando mansamente cais.


É que na tua voz selvagem,
Voz de cortante, álgida mágoa,
Aprendi na cidade a ouvir
Como um eco que vem na aragem
A estrugir, rugir e mugir,
O lamento das quedas-d'água!

Lygia Facundes Teles



(...) "Com a ponta da língua pude sentir a semente apontando
sob a polpa. Varei-a. O sumo ácido inundou-me a boca. Cuspi
a semente: assim queria escrever, indo ao âmago do âmago
até atingir a semente resguardada lá no fundo como um feto".

(Verde lagarto amarelo)

Quarta filha do casal Durval de Azevedo Fagundes e Maria do Rosário Silva Jardim de Moura, nasce na capital paulista, em 19 de abril de 1923, Lygia de Azevedo Fagundes, na rua Barão de Tatuí. Seu pai, advogado, exerceu os cargos de delegado e promotor público em diversas cidades do interior paulista (Sertãozinho, Apiaí, Descalvado, Areias e Itatinga), razão porque a escritora passa seus primeiros anos da infância mudando-se constantemente. Acostuma-se a ouvir histórias contadas pelas pajens e por outras crianças. Em pouco tempo, começa a criar seus próprios contos e, em 1931, já alfabetizada, escreve nas últimas páginas de seus cadernos escolares as histórias que irá contar nas rodas domésticas. Como ocorreu com todos nós, as primeiras narrativas que ouviu falavam de temas aterrorizantes, com mulas-sem-cabeça, lobisomens e tempestades.


Porão e sobrado é o primeiro livro de contos publicado pela autora, em 138, com a edição paga por seu pai. Assina apenas como Lygia Fagundes.

Inicia o curso de Direito em 1941, freqüentando as rodas literárias que se reuniam em restaurantes, cafés e livrarias próximas à faculdade. Ali conhece Mário e Oswald de Andrade, Paulo Emílio Sales Gomes, entre outros, e integra a Academia de Letras da Faculdade e colabora com os jornais Arcádia e A Balança. Para se sustentar, trabalha como assistente do Departamento Agrícola do Estado de São Paulo. Nesse ano conclui o curso de Educação Física.

Praia viva, sua segunda coletânea de contos, é editada em 1944 pela Martins, de São Paulo. O ano de 1945 marca o ano de falecimento de seu pai. Atenta aos acontecimentos políticos, Lygia participa, com colegas da Faculdade, de uma passeata contra o Estado Novo.

Terminado o curso de Direito, em 1946, só três anos depois a escritora publica, pela editora Mérito, seu terceiro livro de contos, O cacto vermelho. O volume recebe o Prêmio Afonso Arinos, da Academia Brasileira de Letras.

Casa-se com o jurista Goffredo da Silva Telles Jr., seu professor na Faculdade de Direito que, na ocasião,1950, era deputado federal. Muda-se, em virtude desse fato, para o Rio de Janeiro, onde funcionava a Câmara Federal.

Com seu retorno à capital paulista, em 1952, começa a escrever seu primeiro romance, Ciranda de pedra. Na fazenda Santo Antônio, em Araras - SP, de propriedade da avó de seu marido, para onde viaja constantemente, escreve várias partes desse romance. Essa fazenda ficou famosa na década de 20, pois lá reuniam-se os escritores e artistas que participaram do movimento modernista, tais como Mário e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Mafaldi e Heitor Villa-Lobos.
Seu livro de contos Antes do baile, publicado pela Bloch, do Rio de Janeiro, em 1970, recebe o Grande Prêmio Internacional Feminino para Estrangeiros, na França.

Em 1982 é eleita para a cadeira 28 da Academia Paulista de Letras e, em 1985, por 32 votos a 7, é eleita, em 24 de outubro, para ocupar a cadeira 16 da Academia Brasileira de Letras, fundada por Gregório de Mattos, na vaga deixada por Pedro Calmon. Sua posse só ocorre em 12 de maio de 1987. Ainda em 1985 é agraciada com a medalha da Ordem do Rio Branco.

wikipédia

Manuel Bandeira





"...o sol tão claro lá fora,
o sol tão claro, Esmeralda,
e em minhalma — anoitecendo."

Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife no dia 19 de abril de 1886, na Rua da Ventura, atual Joaquim Nabuco, filho de Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Em 1890 a família se transfere para o Rio de Janeiro e a seguir para Santos - SP e, novamente, para o Rio de Janeiro. Passa dois verões em Petrópolis.

Em 1892 a família volta para Pernambuco. Manuel Bandeira freqüenta o colégio das irmãs Barros Barreto, na Rua da Soledade, e, como semi-interno, o de Virgínio Marques Carneiro Leão, na Rua da Matriz.

A família mais uma vez se muda do Recife para o Rio de Janeiro, em 1896, onde reside na Travessa Piauí, na Rua Senador Furtado e depois em Laranjeiras. Bandeira cursa o Externato do Ginásio Nacional (atual Colégio Pedro II). Tem como professores Silva Ramos, Carlos França, José Veríssimo e João Ribeiro. Entre seus colegas estão Sousa da Silveira e Antenor Nascentes.

Em 1903 a família se muda para São Paulo onde Bandeira se matricula na Escola Politécnica, pretendendo tornar-se arquiteto. Estuda também, à noite, desenho e pintura com o arquiteto Domenico Rossi no Liceu de Artes e Ofícios. Começa ainda a trabalhar nos escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana, da qual seu pai era funcionário.

No final do ano de 1904, o autor fica sabendo que está tuberculoso, abandona suas atividades e volta para o Rio de Janeiro. Em busca de melhores climas para sua saúde, passa temporadas em diversas cidades: Campanha, Teresópolis, Maranguape, Uruquê, Quixeramobim.

"... - O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.

- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?

- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino."


Inicia então, em 1922, a se corresponder com Mário de Andrade. Bandeira não participa da Semana de Arte Moderna, realizada em fevereiro em são Paulo, no Teatro Municipal. Na ocasião, porém, Ronald de Carvalho lê o poema "Os Sapos", de "Carnaval". Meses depois Bandeira vai a São Paulo e conhece Paulo Prado, Couto de Barros, Tácito de Almeida, Menotti del Picchia, Luís Aranha, Rubens Borba de Morais, Yan de Almeida Prado. No Rio de Janeiro, passa a conviver com Jaime Ovalle, Rodrigo Melo Franco de Andrade, Prudente de Morais, neto, Dante Milano. Colabora em Klaxon. Ainda nesse ano morre seu irmão, Antônio Ribeiro de Souza Bandeira.

Em 1924 publica, às suas expensas, Poesias, que reúne A Cinza das Horas, Carnaval e um novo livro, O Ritmo Dissoluto. Colabora no "Mês Modernista", série de trabalhos de modernistas publicado pelo jornal A Noite, em 1925. Escreve crítica musical para a revista A Idéia Ilustrada. Escreve também sobre música para Ariel, de São Paulo.

1930 marca a publicação de Libertinagem, em edição como sempre custeada pelo autor. Muda-se, em 1933, da Rua do Curvelo para a Rua Morais e Vale, na Lapa. É nomeado, no ano de 1935, pelo Ministro Gustavo Capanema, inspetor de ensino secundário.

Grandes comemorações marcam os cinqüenta anos do poeta, em 1936, entre as quais a publicação de Homenagem a Manuel Bandeira, livro com poemas, estudos críticos e comentários, de autoria dos principais escritores brasileiros. Publica Estrela da Manhã (com papel presenteado por Luís Camilo de Oliveira Neto e contribuição de subscritores) e Crônicas da Província do Brasil.

Recebe o prêmio da Sociedade Filipe de Oliveira por conjunto de obra, em 1937, e publica Poesias Escolhidas e Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Romântica.

No ano seguinte é nomeado professor de literatura do Colégio Pedro II e membro do Conselho Consultivo do Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Publica Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Parnasiana e Guia de Ouro Preto.

Em 1940 é eleito para a Academia Brasileira de Letras, na vaga de Luís Guimarães Filho. Toma posse em 30 de novembro, sendo saudado por Ribeiro Couto. Publica Poesias Completas, com a inclusão da Lira dos Cinqüent'Anos (também esta edição foi custeada pelo autor). Publica ainda Noções de História das Literaturas e, em separata da Revista do Brasil, A Autoria das Cartas Chilenas.

Nomeado professor de literatura hispano-americana da Faculdade Nacional de Filosofia, em 1943, deixa o Colégio Pedro II. Muda-se, em 1944, para o Edifício São Miguel, na Avenida Beira-Mar, apartamento 409. Publica Obras Poéticas de Gonçalves Dias, edição crítica e comentada. No ano seguinte publica Poemas Traduzidos, com ilustrações de Guignard.

Recebe o prêmio de poesia do IBEC por conjunto de obra, em 1946. Publica Apresentação da Poesia Brasileira e Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos.

Em 1948 são reeditados três de seus livros: Poesias Completas, com acréscimo de Belo Belo; Poesias Escolhidas e Poemas Traduzidos. Publica Mafuá do Malungo (impresso em Barcelona por João Cabral de Melo Neto) e organiza uma edição crítica das Rimas de João Albano. No ano seguinte publica Literatura Hispano-Americana e traduz O Auto Sacramental do Divino Narciso de Sóror Juana Inés de la Cruz.

A pedido de amigos, apenas para compor a chapa, candidata-se a deputado pelo Partido Socialista Brasileiro, em 1950, sabendo que não tem quaisquer chances de eleger-se. No ano seguinte publica Opus 10 e a biografia de Gonçalves Dias. É operado de cálculos no ureter. Muda-se, em 1953, para o apartamento 806 do mesmo edifício da Avenida Beira-Mar.

No ano de 1954 publica Itinerário de Pasárgada e De Poetas e de Poesia. Faz conferência no Teatro Municipal do Rio de Janeiro sobre Mário de Andrade. Publica 50 Poemas Escolhidos pelo Autor, em 1955. Traduz Maria Stuart, de Schiler, encenado no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em junho, inicia colaboração como cronista no Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, e na Folha da Manhã, de São Paulo. Faz conferência sobre Francisco Mignone no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Traduz Macbeth, de Shakespeare, e La Machine Infernale, de Jean Cocteau, em 1956. É aposentado compulsoriamente, por motivos da idade, como professor de literatura hispano-americana da Faculdade Nacional de Filosofia.

Comemora 80 anos, em 1966, recebendo muitas homenagens. A Editora José Olympio realiza em sua sede uma festa de que participam mais de mil pessoas e lança os volumes Estrela da Vida Inteira (poesias completas e traduções de poesia) e Andorinha Andorinha (seleção de textos em prosa, organizada por Carlos Drummond de Andrade). Compra uma casa em Teresópolis, a única de sua propriedade ao longo de toda sua vida.

Com problemas de saúde, Manuel Bandeira deixa seu apartamento da Avenida Beira-Mar e se transfere para o apartamento da Rua Aires Saldanha, em Copacabana, de Maria de Lourdes Heitor de Souza, sua companheira dos últimos anos.

No dia 13 de outubro de 1968, às 12 horas e 50 minutos, morre o poeta Manuel Bandeira, no Hospital Samaritano, em Botafogo, sendo sepultado no Mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista.

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Roberto Carlos




Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 19 de abril de 1941), conhecido simplesmente por Roberto Carlos ou ainda Rei Roberto Carlos, é um cantor e compositor brasileiro, sendo um dos principais representantes da Jovem Guarda e o cantor brasileiro que mais vendeu discos, mais de 120 milhões de cópias no mundo inteiro. É freqüentemente referenciado no Brasil como "rei", notório ainda por seus grandiosos shows de final de ano e sua aversão pela cor marrom.




Santo Expedito é um santo da Igreja Católica Apostólica Romana. Popularmente considerado o Santo das causas justas e urgentes.

Foi comandante-chefe da XII Legião Romana, cognominada "Fulminante" - nome dado em memória de uma façanha que se tornou célebre - e aquartelada no distrito de Melitene, na Capadócia, sede de uma das províncias romanas da Armênia, no final do século III. Hoje uma pequena localidade chamada Melatia. A legião era formanda em sua maioria por soldados cristãos, sendo sua função primordial defender as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos. Santo Expedito destacou-se no comando dessa legião por suas virtudes de cristão e de chefe ligado a sua religião, a seu dever, à ordem e à disciplina.

Antes de sua conversão ao Cristianismo, tinha uma vida devassa e, quando prestes a converter-se, apareceu-lhe um espírito do mal, na forma de um corvo, grasnando "cras" - que em latim significa "amanhã" - mas esse grande santo pisoteou o corvo, bradando "hodie", que significa "hoje", confirmando sua urgente conversão.
[editar] Mudança de Vida

Convertido, assim como toda a sua tropa, foi vítima da ira do imperador Diocleciano. A importância de seu posto fazia dele um alvo especial do ódio do imperador. Foi flagelado até sangrar e depois decapitado com espada, em 19 de abril de 303 d.c.
[editar] Devoção

A devoção à memória de Santo Expedito começou em sua pátria, tomando proporção maior e atingindo o Oriente, depois o Ocidente, especialmente a Alemanha. Seu nome espalhou-se pela Itália, Espanha, França e Bélgica. Em 1894, teve um altar dedicado a ele na Capela das Religiosas Mínimas com sua estátua.

Crê-se que Santo Expedito ajuda pessoas com problemas urgentes e de difícil solução. O Santo é também protetor dos militares, estudantes, jovens e viajantes.
[editar] Imagem

As imagens de Santo Expedito apresentam-no com traje de legionário, vestido de túnica curta e de manto jogado militarmente atrás das espáduas com postura marcial. Em uma mão sustenta uma palma e na outra uma cruz que ostenta em letras visíveis a palavra "Hodie", em referência ao episódio do espírito do mal, que surge para adiar sua conversão. Calca com o pé vitorioso um corvo que se consome lançando seu grito habitual "Cras".
[editar] A fé a Santo Expedito no Brasil

No Brasil, os pagamentos de promessa a Santo Expedito estão profusamente associados ao mando de impressão e distribuição de milheiros, panfletos ou santinhos. A esta prática, associa-se a difusão da fé como argumento válido, além do custeio da impressão como uma forma de prova de despojamento material.

Wikimedia

Pensamento para o Dia 18/04/2010



“O trabalho feito sem interesse ou desejo pelo seu lucro, puramente a partir do amor ou de um sentido de dever, é Yoga. Tal trabalho destrói sua natureza animal e o transformará em um Ser Divino. Sirva a outros visualizando-os como Almas Divinas. Isso ajudará seu progresso e o salvará de cair do estágio espiritual que você alcançou. O serviço é muito mais salutar que votos e adoração. O serviço desintegra o egoísmo latente em você e alarga seu coração. Ele faz seu coração desabrochar.”
Sathya Sai Baba

Pomenta"s: Pedrinho em plena campanha política !- Foto de Heládio Teles Duarte



Nem o Major Hermann, escapou do assédio eleitoral!‏

Txai- Milton Nascimento e Lô Borges



Txai é fortaleza que não cai.
Mesmo se um dia a gente sai,
fica no peito essa dor.

Txai, este pedaço em meu ser.
Tua presença vai bater
e vamos ser um só.

Lá onde tudo é e apareceu
como a beleza que o sol te deu
é tarde longe também sou eu.

Txai, a tua seta viajou,
chamou o tempo e parou
dentro de todos nós.

Já vai ia levando o meu amor
para molhar teus olhos
e fazer tudo bem,
te desejar como o vento,
porque a tarde cai.

Txai é quando sou o teu igual,
dou o que tenho de melhor
e guardo teu sinal.

Lá onde a saudade vem contar
tantas lembranças numa só,
todas metadesm, todos inteiros,
todos se chamam txai.

Txai, tudo se chama nuvem,
tudo se chama rio,
tudo que vai nascer.

Txai, onde achei coragem
de ser metade todo teu,
outra metade eu
porque a tarde cai
e dona lua vai chegar
com sua noite longa,
ser para sempre txai.
Responder Responder com bate-papo
Feito! Sua mensagem foi env

No Metrô do Cariri - Por Carlos Eduardo Esmeraldo


Em 1977, em Reunião do Rotary Clube do Crato, um grupo de rotarianos defendia a retirada da Estação Ferroviária do centro da cidade, para instalá-la no Muriti. Esse grupo alegava que a ferrovia fechava sete ruas do centro da cidade. Opus-me a essa idéia porque em todas as grandes cidades brasileiras, as estações ferroviárias situavam-se no centro e os trilhos poderiam servir futuramente à implantação de um metrô de superfície ligando o Crato ao Juazeiro do Norte. No dia seguinte, um colega engenheiro da Coelce ouvia no noticiário do radialista Antônio Vicelmo, um resumo do que fora discutido na reunião do Rotary Clube do Crato do dia anterior. Então ele espalhou entre os demais colegas de trabalho que eu havia apresentado um projeto para instalação de um metrô no Crato. Por isso, fui vítima de muitas chacotas dos demais colegas da Coelce de Fortaleza.
Hoje faço esse registro. Eu andei no metrô do Cariri! Uma realidade que estaria ainda distante, ou possivelmente inviável se aquela idéia dos rotarianos cratenses tivesse sido posta em prática.
Espero que aquele meu colega da Coelce, a quem convidarei para ler este texto, tome conhecimento da realidade em que se tornou aquele meu palpite.
E que retorne o trem de passageiros de Fortaleza ao Crato.
Estação do São José, onde eu e Magali descemos procedentes do Crato!
(Aqui os trens em sentidos opostos se encontram na metade do percurso)

Fotos: Magali
Por Carlos Eduardo Esmeraldo.

vento e areia

Estes versos
para você
que acredita
nas fisionomias
das nuvens
e no místico caminho
das formiguinhas.

Você que é simples
portanto sábia
sorri feito criança
e logo mergulha
nos mistérios naturais
da alma.

Você acostumada
com sua sabedoria
talvez não entenda
por que as coisas boas
da terra e dos céus
caem aos seus pés
antes pousam
sobre sua cabeça.

Você é muito linda
sem um pingo de vaidade
alcança estrelas
ainda recém-nascidas
abre janelas invisíveis
e nada diz e por nada confessa
os seus mágicos atributos.

Você é rara.
Uma preciosidade.
Uma tábua de madeira antiga.
Um pedaço de escrita reveladora.

Ao seu redor as flechas cruzam
mas ao longe nunca lhe tocam.
Acima do seu corpo brilha uma luz.
Debaixo das suas sandálias a terra canta.

Você é uma mulher encantada.
Não se aprisiona pelas unhas.
Tampouco pelos cabelos.

Ao acordar e ao dormir
seus sentimentos apurados
seus sonhos resguardados
abençoam-lhe o dia
e lhe benzem a noite.

Você é inacreditável.
Altíssima.

Não se deixa sofrer pelas mágoas
dos vizinhos da miséria
tampouco pelas ofensas
dos soberbos.

Contemplo suas mãos estendidas.
Abertas.

Um naco de rapadura.
Uma fruta.
Um conselho
e um puxão de orelha.

Bela. Humilde.
Sensata. Esotérica.

O seu sorriso vejo agora
em cada verso.

Não se engane:
você é palpável.

Afago-lhe o rosto.
Outro sorriso.

Não choverá nem fará sol.
Assim a manhã sem tempo formal.

Uma manhã que lhe pertence
muito mais que ao poeta
ou aos pássaros.

Uma manhã que é o seu silêncio.
O seu silêncio.

haste de bambu

Meu estado de plenitude
dura enquanto o corpo
não sente.

Se percebe,
pronto:
é o fim da graça.

Ânsia de vômito.
Dores de cabeça.

Mesmo sóbrio
(sobretudo sóbrio)
os sentidos renegam
o milagre.

Fica na língua
aquela vontade
aquela nódoa

uma tosse
que não passa
nem sai dos pulmões.

Por isso nunca
penso além dos sonhos
ou digo que conheço a felicidade.

Os sonhos, couro de sapo.
A felicidade, o sal lançado sobre.

Meu estado de plenitude
existe enquanto o corpo
dorme.

A alma desperta é a única presença.
Mas basta que sua forma se reflita,
pronto: é o fim da graça.

Faltam 12 dias, Show MUSI(CA)MINHOS de Pachelly Jamacaru

Contagem regressiva, será dia: 30 Abril no Centro Cultural BNB
em Juazeiro do Norte,às 19.15h.
Participaçãoes Especiais: Abidoral Jamacaru, Luis Carlos Salatiel, João do Crato, Dihelson Mendonça, Nivando Ulisses, acompanhados por: Aminadaber, Danilo, Isaias do(Trio Cariri) e o Mestre Jairo Starqey
Convidamos a todos, marquem presenças!

BONITO PRA CHOVER




Olhei pro céu e me deu uma saudade danada do meu pai.

É que estava bonito pra chover...

Eh, sertão!

(Stela Siebra Brito)

LEMBRANÇAS DO DIA DA PRIMEIRA COMUNHÃO

A postagem que Socorro fez com a foto da primeira comunhão de Magali me fez lembrar da minha primeira comunhão: eu tinha oito anos e morávamos no Alto da Independência (não sei se tem esse nome ainda, era no caminho para o Brejo, que acho que nem existe mais...)
Bom, fomos a pé para o Seminário Sagrada Família (onde hoje é o Hospital Manuel de Abreu), eu toda vestida com aquele vestido branco comprido, véu, grinalda e terço na mão. Não me lembro da cerimônia, só da caminhada até lá: tudo tão simples, tão natural, que hoje vejo como poético e, portanto, belo.
Outro detalhe que lembro é do dia que fui com minhas irmãs Maricelli e Rosa tirar a foto: lá vou eu mais uma vez paramentada com o vestido da 1ª comunhão descendo a ladeira da Independência... quando íamos chegando na calçada da casa de Dr. Adegundes, ele acelerou o jeep na garagem e eu me assustei de uma forma tão desproposital que voltei correndo ladeira a cima. Bem, tivemos que voltar outro dia para a foto.
Mas o fato é que essa história de eu ter me assustado e gritado caiu no gosto da mangação da família, até hoje. E eu também ri, e ainda rio lembrando a cena, mas sempre quis entender meus estabanados sustos. É que teve outros... hilários mesmo, nem vou contar agora...
(Stela Siebra Brito)

O Canto do Vim - Vim - Por Marcos Barreto de Melo

Da copa do umbuzeiro
Ouço o canto do vim-vim
Que vem cortando o silêncio
Que mora dentro de mim
E logo pego a pensar
Com minha amada a chegar

Quando o vim-vim está cantando
Algo está pra acontecer
Saudoso do meu amor
Vejo o dia escurecer
Vou dormir ainda sonhando
Ter meu bem ao amanhecer

Como pode um passarinho
Tão pequeno e encantador
Mexer com a minha dor
Fazer de novo eu chorar
E acordado sonhar
Com a volta do meu amor

Marcos Barreto de Melo

Pra beijar-te - por Sempresol (Masé Albuquerque)



esse poema é de amor

Pra beijar-te..


Onde coloquei você que de mim sumiu
meus caminhos já não cruzam os teus.
Dantes, tão próximo minha visão te viu
agora misturado a tantos desapareceu.

Olho a rua vejo esquina para me trazer
a sombra, um vestígio de quem só amei.
Nos acasos da vida espero acontecer
O exato momento de gritar: “Te achei”!

Devo ter te escondido atrás de um muro
Deves ter passado num instante perdido
E quem sabe, sem saber, contigo cruzei...

Mas se quero ver-te é porque procuro
Bem no fundo d’alma meu amor antigo
Pra beijar-te a boca como já beijei.

O balé das folhas II - por Sempresol




Ziguezagueando, caindo ou flutuando
No espaço seguem as folhas pairadas,
Como um balé em uma valsa tocando
Simplesmente bailando e alardeadas.

E eu de fora observando!

O vento verte o cheiro das folhas aladas
Que tingem de verde meu campo visual,
Desprendem-se dos galhos desvirginadas
No passo, compasso nesse lento ritual.

E eu por dentro retrucando!

O baile das bolas de bilhar é acaso
No toque que acordes principia.
O balé das folhas que extravaso
É um novo sentido que arrepia!

Embevecida arte dessas quimeras
Qual puder me dar se moram nelas
O elixir do bailado das folhas belas?

O balé das folhas - por Sempresol





Parece miragem
Como numa sedução.
O vento sopra
As folhas bailam,
Mimosa harmonia
Perfeita exaltação.

Observar a comunhão
Das folhas
Que ao vento malham,
É como entrar no ritmo
De uma sublime canção.

Compasso de suspensão
Dos sentidos que alam.

Oh intensa interação!
Ouvir
Meu soprano
De dentro,
E bailar
Com as folhas
Ao vento.

No tempo da Inocência - Foto de Magali

Naqueles tempos o dia mais feliz das nossas vidas era o dia da nossa primeira comunhão. Entrávamos conscientemente, no mundo cristão. Como era complicada , a confissão ! Nunca sabíamos o que contar ao padre, e éramos obrigadas a contar pecados. Sempre veniais... Claro ! Morríamos de medo do fogo do inferno, e de sonhar com o cão.Na medida que nos aproximamos do "pecado", nos afastamos de Deus.Os sentimentos de culpa vão se dissolvendo, a gente vive pra ser feliz, e encontra sempre um empecilho no meio.
Os caminhos estão desobstruídos... Se a morte é um recomeço não tenho pressa de ser feliz , mas tenho pressa de amar intensamente com a calma que a eternidade exige.

por Socorro Moreira

Foto de Magali

Interessante !
Vejo tantos rostinhos conhecidos . Parece um dia de festa ...
Vou arriscar : 15 anos de Fátima , irmã de Magali ?
Vamos identificar essas pessoas ?
-Verônica, Ivone, Cristina, Ana maria Dantas, Magali, Grijalva,

Eunilda, Francíria, Fátima...Quem completa a lista ?
(E)terno abraço
- Claude Bloc -
.

Tuas palavras,
nos prendem num laço
num toque, num espaço
tão manso, tão raro
tão livre e tão caro
São sonhos, de fato.

Tuas palavras
desprezam as regras,
os acentos e os traços
nos crivam de júbilo
de segredos sensatos
de sonhos, de fato.

E quando a noite nos chega
as tuas palavras
nos mostram
uma nova passagem
o fim e o começo
a luz e o tropeço
o gosto do amor:
um coração que bate
a toque de caixa.

E no final do dia
o sol nos liberta
do calor, do mormaço
e te encontro por fim
num (e)terno abraço...

São tantas as horas
São tantas as cores
São tantas palavras
(esc)revendo meus sonhos
e aos poucos, e aos poucos
a doce agonia
das horas tardias
vai se despedaçando
escorrendo da mão!
Claude Bloc
Chove aqui, sol ali
- Claude Bloc -
O sol domina o silêncio
e se esconde no ciclo do dia...
.
A vida adormece no dourado da tarde

e o sol paciente fecha suas cortinas
e se solta e se cala
nas varandas da serra

com tintas vibrantes penteia o ocaso
e beija a noite sob um manto em brasa

e as cores se apagam no véu das pastagens
e a dor adormece no silêncio das horas
cantando cantigas
de amor, de ninar.


Fotos e texto: Claude Bloc