Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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terça-feira, 25 de maio de 2010

Miles Davis



Miles Dewey Davis Jr (Alton, 26 de Maio de 1926 — Santa Monica, 28 de Setembro de 1991) foi um trompetista, compositor e bandleader de jazz norte-americano.

Considerado um dos mais influentes músicos do século XX, Davis esteve na vanguarda de quase todos os desenvolvimentos do jazz desde a Segunda Guerra Mundial até a década de 1990. Ele participou de várias gravações do bebop e das primeiras gravações do cool jazz. Foi parte do desenvolvimento do jazz modal, e também do jazz fusion que originou-se do trabalho dele com outros músicos no final da década de 1960 e no começo da década de 1970.

Miles Davis pertenceu a uma classe tradicional de trompetistas de jazz, que começou com Buddy Bolden e desenvolveu-se com Joe "King" Oliver, Louis Armstrong, Roy Eldridge e Dizzy Gillespie. Ao contrário desses músicos ele nunca foi considerado com um alto nível de habilidade técnica. Seu grande êxito como músico, entretanto, foi ir mais além do que ser influente e distinto em seu instrumento, e moldar estilos inteiros e maneiras de fazer música através dos seus trabalhos. Muitos dos mais importantes músicos de jazz fizeram seu nome na segunda metade do século XX nos grupos de Miles Davis, incluindo: Joe Zawinul, Chick Corea e Herbie Hancock, os saxofonistas John Coltrane, Wayne Shorter, George Coleman e Kenny Garrett, o baterista Tony Williams e o guitarrista John McLaughlin.

Como trompetista Davis tinha um som puro e claro, mas também uma incomum liberdade de articulação e altura. Ele ficou conhecido por ter um registro baixo e minimalista de tocar, mas também era capaz de conseguir alta complexidade e técnica com seu trompete.

Em 13 de Março de 2006, Davis foi postumamente incluído no Rock and Roll Hall of Fame. Ele foi também incluído no St. Louis Walk of Fame, Big Band and Jazz Hall of Fame, e no Down Beat's Jazz Hall of Fame.
wikipédia

John Wayne



John Wayne, nome artístico de Marion Robert Morrison, (Winterset, 26 de maio de 1907 — Los Angeles, 11 de junho de 1979) foi um premiado ator dos Estados Unidos da América.
John Wayne marcou várias gerações de cinéfilos com seu tipo de atuar. O estilo machão, o bom cowboy do Velho Oeste foi seu personagem mais representativo. Dizia sobre si mesmo que nunca se considerou um bom ator, "sempre representei eu mesmo".

Desde o início da carreira no cinema Wayne consolidou a imagem do "cowboy" invencível. Como astro de cinema brilhou em vários sucessos não só faroestes tais como "Dama por uma noite" (br), "Vendaval de paixões" (br), "Depois do vendaval" (br), "Rio Vermelho", "O homem que matou o facínora", "Rio Bravo", "Onde começa o Inferno (br)", "Hatari", "Álamo", "Os filhos de Katie Elder" (br), "Gigantes em luta" (br), "El Dorado", "Jamais foram vencidos (BR)", "Rio Lobo", "Os cowboys (BR)", "Os chacais do Oeste (BR)" e "Justiceiro implacável (BR)", entre muitos outros. Ganhou um Oscar em 1969 com o filme "Bravura indômita (BR)", de Henry Hathaway.

Filho de um farmacêutico, seu verdadeiro nome era Marion Michael Morrison. Ele detestava seu nome e ao entrar para o cinema o mudou para John Wayne, que tinha mais a ver com um rapaz de 1,92 m de altura e campeão de futebol, pela University of Southern California.

Surgiu com destaque no cinema em 1930 em "A grande jornada (BR)", faroeste dirigido por Raoul Walsh. Permaneceu vários anos estrelando filmes "B" até que se consagraria no papel de Ringo Kid no clássico de 1939 de John Ford chamado Stagecoach ou "Nos tempos das Diligências". A carreira de Wayne foi assim agraciada com esse divisor de águas inestimável que o lançou ao estrelato. Esse filme se tornou a obra que definirá todas as principais características do cinema de faroeste clássico norte-americano. A parceria entre Wayne e Ford continuou e realizaram juntos ainda uma série de grandes sucessos e filmes inesquecíveis (foram 22 no total), como "Rio Grande" (1950), "Depois do Vendaval" (1952), "Rastros de Ódio" (1956), "O Homem Que Matou o Facínora" (1962), "Sangue de Herói", "Legião Invencível" e "Rio Grande" - trilogia sobre a Cavalaria -; "O céu mandou alguém", "Asas de Águia", "Marcha de Heróis", entre outros.

Outro diretor renomado com quem trabalhou foi Howard Hawks, um dos maiores realizadores do período clássico hollywoodiano, com o qual fez vários dos maiores sucessos não apenas de suas carreiras, mas sim de todo o gênero do faroeste. Como bons exemplos temos: "Rio Vermelho" (1948), "El Dorado" (1967) e, o principal, e um dos mais irretocáveis exemplares do gênero, "Onde Começa o Inferno" (1959).

Além de John Ford e Howard Hawks, outros grandes diretores da época igualmente dirigiram Wayne. É o caso de Henry Hathaway, com o qual fez, entre outros, o filme que lhe concedeu o prêmio Oscar na categoria de melhor ator, "Bravura Indômita" (1969); Otto Preminger, que o dirigiu no ótimo drama de guerra "A Primeira Vitória" (1965); Don Siegel, com o qual fez seu último trabalho, "O Último Pistoleiro" (1976); Michael Curtiz, em "Os Comancheiros" (1961); e John Huston, com o qual trabalhou junto em "O Bárbaro e a Gueixa" (1958).

Além dos diretores já mencionados podemos citar: William Wellman, Mark Rydell e John Farrow. Havendo, também, trabalhado ao lado de vários astros de sua época: Henry Fonda, Katharine Hepburn, James Stewart, Maureen O'Hara, Sophia Loren, Elsa Martinelli, Kirk Douglas, William Holden, Marlene Dietrich, Rock Hudson, Robert Mitchum, Lee Marvin, Richard Widmark, dentre outros, em seus 50 anos de cinema.

Se casou três vezes. A primeira em 1932 com Josephine Saenz que lhe deu quatro filhos. Em 1946 o segundo casamento com a atriz mexicana Esperanza Baur, de quem se divorciou sete anos depois para se casar com Pilar Palette com quem teve mais dois filhos.

Dirigiu os filme "The Alamo" e "Os boina verdes". Este último, de 1968, lhe causou grandes problemas. Tinha um roteiro pró-Guerra do Vietnã, o que causou a fúria dos opositores a essa intervenção militar estadunidense, que realizaram vários protestos contra a exibição do filme.

Ele morreu de câncer, doença que o atormentava desde o final da década de 1960, quando perdeu o pulmão esquerdo, em 1979.
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Isadora Duncan



Angela Isadora Duncan (São Francisco, 27 de maio de 1877 – Nice, 14 de setembro de 1927) foi uma bailarina dos Estados Unidos.

Isadora foi a segunda filha das quatro tidas pelo casal Dora Gray Duncan, pianista e professora de música e Joseph Charles, poeta.

Considerada a pioneira da dança moderna, causou polêmica ao ignorar todas as técnicas do balé clássico. Sua dança foi inspirada pelas figuras das dançarinas nos vasos gregos encontrados, segundo algumas fontes, no Museu do Louvre; já outras fontes informam que tais vasos foram vistos pela bailarina no museu britânico.

Sua proposta de dança era algo completamente diferente do usual, com movimentos improvisados, inspirados, também, nos movimentos da natureza: vento, plantas, entre outros. Os cabelos meio soltos e os pés descalços também faziam parte da personalidade profissional da dançarina. Sua vestimenta era leve, eram túnicas, assim como as das figuras dos vasos gregos. O cenário simples, era composto apenas por uma cortina azul. Outro ponto forte na dança de Isadora é que ela utilizava músicas até então tidas apenas como para apreciação auditiva. Ela dançava ao som de Chopin e Wagner e a expressividade pessoal e improvisação estavam sempre presentes no seu estilo.

Isadora tinha personalidade forte e não se curvava à tradições. Não era afeita ao casamento, tendo casado três vezes e só o fazendo porque tinha a possibilidade de separar-se, caso necessário. Seu primeiro marido foi o designer teatral Gordon Graig, do qual se separou, assim como separou-se do milionário parisiense Eugene Singer (responsável pelas máquinas Singer conhecidas no mundo). Isadora teve um filho de cada relacionamento.

Em 1898 Isadora foi para Londres em busca de reconhecimento profissional. Lá consolidou sua fama, fazendo sua primeira apresentação em Paris no ano de 1902. Em 1908 escreve The Dance. Em 1913, um incidente tira a vida de seus dois filhos, Deirdre e Patrik e de sua governata, que morrem afogados no rio Sena. Devido ao fato, Isadora passa alguns anos sem se apresentar. No ano de 1916 ela vai ao Brasil e se apresenta no Teatro Municipal, no Rio de Janeiro, nesta época ela estava com 38 anos de idade. Em 1920 vai para Moscou. Casa-se com o poeta soviético Serguei Iessienin, de quem se separa dois anos depois. Serguei se mata em 1925, é quando Isadora vai para a França e passa seus últimos anos, em Nice. Em 1927 escreve uma auto-biografia intitulada My Life e morre no mesmo ano, em 14 de Setembro. Em 1928 são editados seus artigos póstumos em The Art of the Dance. Seu fim é pobre e anônimo, ela já não fazia mais sucesso.

Isadora morreu em um acidente de carro conversível, quando a sua echarpe ficou presa a uma das rodas, enforcando-a. Durante anos uma amiga disse que as últimas palavras proferidas antes de entrar no carro conduzido por um jovem, foram: "Adeus, amigos! Vou para a glória.", tendo anos depois rectificado que eram "Adeus amigos. Vou para o amor". A sua intenção era que Isadora fosse recordada com uma frase mais elegante que aquela que realmente proferiu.
wikipédia

O Fusca do Caio Marcelo- por Socorro Moreira


Meu filho mais velho completará esse ano 40 anos. Acho que se presenteou, antecipadamente, com um fusquinha.
Aos 10 anos começou a me aperriar por uma mobilete. Pra ficar livre, negociei : moto, mobilete é perigoso... Quando você completar 18 anos , ganha um carro. Ele apostou na minha palavra e se aquietou.
8 anos depois voltou o lenga-lenga : " eu quero o carro que você me prometeu !"
Entreguei-lhe um fusca novinho !
Ele trocou por um fusca mais velho ( bem mais velho!) e com a grana do trôco, começou a bancar suas pequenas farras. Um dia virou o carro , na madrugada. De tão velho que era se transformou em sucata. Vendeu por uns poucos trocados. Um pouco mais de um mês não existia nem carro, nem dinheiro.
22 anos depois ele liga contando a novidade: "comprei um fusca dos anos 80 por 1.000,00. Vou investir e deixá-lo zerado.' Gastou uma boa grana , e eis que, nesta manhã , me aparece com um fusca novinho , para uns raros passeios , no final de semana.
Estava quites com o desperdício do passado!
Os filhos não crescem, quando ainda continuam a gostar dos mesmos brinquedos. A diferença é que podem bancar , e cuidam bem melhor do que lhes custa suor !
Confesso que fiquei feliz e aliviadíssima , desta feita ...CAIU A FICHA : Meu filho cresceu !

"Prece à Lua" e a visita de Gerson Moreira

O reencontro foi sábado passado , por ocasião dos 60 anos do Ténis Clube . Fomos até lá motivados pela musicalidade de Hugo Linard e Peixoto :Joaquim Pinheiro , José Ximenes e Celina , e mais algumas amigas. O Tênis parecia ter voltado no tempo.Paredes e arcos bem pintados ,e um cerimonial de aniversário. Entre os presentes , a figura de Gerson , que pra mim, acabara de chegar do passado. Lembramos os tempos de política estudantil, da vida efervescente de acontecimentos sociais e culturais. E eu sempre indago aos céus : por que esse povo todo deixou o Crato tão solitário ?
Os casais dançaram no salão central, como antigamente ( quase de rostos colados), e a gente escutou com entusiasmo, respondendo com aplausos, o repertório das músicas de serestas: Nelson, Altemar, boleros, guarânias , rumbas, etc , romantismo no ar !
Hoje Gerson Moreira esteve na minha casa para uma visita de parente e amigo. Trouxe-me um CD independente , intitulado "Prece à Lua" , gravado pela Verdinha AM - 810(Clube da Insônia).
Botei pra rodar , e revivi músicas com Núbia Lafayette, Carlos Galhardo, Carlos José, Nelson Gonçalves, Orlando Dias, Carlos Nobre,Sílvio Caldas, entre outros. Todas as faixas falavam da lua...E hoje ela se mostrou majestosa , com a cara vaidosa de tantas homenagens.
As noites do Crato são vazias, na periferia. A gente corre até a calçada pra cumprimentar a lua, quando ela está cheia de poesia !
Mandei torpedos em pensamento para os cratenses distantes, nesse meu isolamento ! Fiz minha prece à lua !

Pérola do bastidores - por José do Vale Feitosa

Chegar junto a Socorro na sua palavra coletiva denunciando a situação dos aposentandos e a penúria das instituições especialmente no que se refere à saúde, transporte, lazer e cultura é de obrigação e o mais correto para uma consciência ética. Igualmente é a questão do emprego, da renda e da superação da pobreza tão crônica e dramática em nosso país.

Nasci e fiquei até sair da região na zona rural. Lembro do horror que até hoje me deixa tão incapaz por não ter feito o que uma criança não era capaz, mas sempre acho que algo diferente poderia. Falo da seca de 58, com as levas de famílias sem emprego, sem reda, fruto do sistema produtivo rural, dependente de ciclos precários de inverno. Lembro daquelas frentes de trabalho, das crianças inchadas e desproteinadas, comemdo apenas farinha e rapadura. Recordo o horror das redes com os anjinhos em busca de uma cova rasa. Muitas delas enterradas ali mesmo no meio das matas.

Não temos e nunca tivemos uma sociedade inclusiva e nem solidária. A própria classe média vive num pêndulo entre a violência social e a queda da renda. Os próprios impostos que poderiam suprir o bem comum, apenas dão raiva por não se sentir em paz consigo e nem com o mundo que a envolve.

A democracia representativa continua sendo uma prática muito superior ao mandonismo do passado. Acho que de fato é preciso eleger um projeto que contemple os brasileiros e a realidade da crise econômica que o envolve. Hoje mesmo na bem aventurada Europa o mundo cai, os salários são cortados, o desemprego se amplia e as aposentadorias além de não terem reajustes de inflação, são cortadas em parcelas substanciais.

A realidade nos compromete com o futuro. Ele nos parece bem crítico. Por isso é necessário falar, escutar e repetir os argumentos. Não se pode ficar calado. Aliás ninguém, a questão é de todas as faixas etárias, de todo o modo de produção e consumo. A consciência política é necessária e especialmente a racionalidade como uma força transformadora e luta pelo futuro. Um futuro que contemple os limites, mas que que supere os atuais limites.

A única coisa que não devemos, acho, é cair na redução, apenas tentar por tentar, não se deixando ir por correntes de arrasto que se prestam apenas para arrastar-nos por caminhos piores ou inconsequentes.

Não é fácil o momento, mas ate hoje procuro um momento que não tivemos de fazer grande esforço de análise e compreensão. As crises são importantes para superação de status e estamos diante de uma delas. Sempre penso que tudo pode degenerar em violência e em formas de governo desastrosas, mas considero que elas serão superadas. Melhor que nem aconteçam.



por José do Vale Pinheiro Feitosa no blog Cariricaturas em 25 de maio de 2010 19:03

Seicho No Ie

Digam-me que culpa carrega a multidão
de minúsculas formiguinhas pretas
sobre a mesa

se o próprio algoz em seu desleixo
deixa farelos de pão e bolacha?

Escandaliza-me a ira
de quem não limpa os sobejos

e esbraveja contra a multidão de inocentes
minúsculas formiguinhas pretas.

Ora, verdugo idiota
se tu comes e não limpas a toalha

as benditas minúsculas formiguinhas pretas
hão de zombar da tua negligência
hão de fazer a festa dos imperadores
beber, comer e cantar.

Pena que não ouves
as gargalhadas
e as pilhérias
das meninas minúsculas
formiguinhas pretas.

Trata de fazer teu desjejum com polidez.
Não te banqueteies feito porco.

Prometo que as endiabradas minúsculas formiguinhas pretas
não haverão de te perturbar a paciência
morder teus braços
adentrar em teu largo jeans.

Agradece aos céus
por serem apenas crianças
as minúsculas formiguinhas pretas.

Caso estivesses sentado sobre colônias
de carnívoras africanas
não terias mais saco.
Adeus ovinhos murchos.

Os verdes revolucionando segundo Michel Lowy - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Esta postagem é uma homenagem ao Luis Carlos Salatiel que não responde e-mail e comenta com parcimônia no Cariricult. Mas o motivo de homenageá-lo não se deve a tais características, mas a outra bem mais relevante que é o seu papel no Movimento Verde do Cariri. Movimento que em termos mundiais já viveu de tudo, desde uma tendência ao centro do espectro político, procurando “lustrar” o capitalismo, até a militância transformadora de alguns grupos, participando de alianças em francas lutas nas ruas das grandes cidades do mundo. Lutas com bandeiras claras, contra os núcleos que tentam articular o capitalismo moderno como o G8, as reuniões do FMI, Banco Mundial, OMC entre outras estruturas de manutenção do status quo.

A visão política mais avançada do movimento verde começa a ter as cores das lutas dos trabalhadores e se assentam sobre as bandeiras revolucionárias dos socialistas. Começam a ter consciência da impossibilidade do atual modelo de produção e consumo que em crescimento exponencial levará à ruptura do equilíbrio ecológico, ameaçando a sobrevivência da própria espécie humana. Nesta visão o movimento exige mudanças radicais na própria civilização, e, portanto, é puramente revolucionário.

Pela primeira vez faz críticas igualmente à lógica do mercado e do lucro e aquela do autoritarismo burocrático, o “socialismo real”. Em outras palavras pretendem a ruptura da “ideologia produtivista do progresso” denominador comum ao capitalismo e a burocracia da revolução russa. E com um passo conseqüente compreendem que a acumulação ilimitada, o desperdício de recursos e o consumo desenfreado, junto das limitações ambientais, só aprofundarão as diferenças entre os povos e acumulará ódios e guerras. O progresso capitalista e a expansão da civilização da economia de mercado trarão conseqüências físicas para o meio ambiente com mudanças climáticas catastróficas para o habitat humano.

O capitalismo demonstrou uma racionalidade limitada pelo seu cálculo imediatista das perdas e dos lucros se opondo ao tempo mais longo dos ciclos da natureza. Portanto o seu problema é imamente e mesmo aquelas manobras de um capitalismo verde são insuficientes para superar esta racionalidade limitada e comumente apenas redundam em táticas de propaganda deste tipo de produtor que pretende mudar a embalagem para tudo ficar como se encontra.

Os verdes mais conscientes entendem muito bem o papel do fetichismo da mercadoria e da tentativa de dar personalidade ao abstrato mercado tão ao gosto dos neoliberais. Os verdes chegam ao pensamento socialista quando pretendem por em prática uma política econômica fundada em critérios não monetários e extra-econômicos. Consideram que é preciso trocar a racionalidade limitada do lucro pela racionalidade social e ecológica, mudando a civilização. Pregam a reorientação tecnológica, substituindo as fontes de energia por outras não poluentes e renováveis, como a eólica.

Portanto, não diferente dos movimentos socialistas dos séculos XIX e XX, entendem a necessidade do controle sobre os meios de produção e das decisões de investimento e transformação tecnológica. Para isso é necessário que tais meios e decisões sejam arrancadas dos bancos e empresas capitalistas para tornarem-se um bem comum da sociedade. Só deste modo o consumo exibicionista, desperdiçado, mercantil e de acumulação obsessiva será posto em questão.

A questão verde funcionaria como a “consciência” que supera no trabalhador a sua própria situação de parte do desenvolvimento capitalista. E esta consciência não se encontra numa porção do céu, mas bem sobre a terra, através da organização das pessoas, trabalhadores, desempregados, mulheres, jovens para uma experiência coletiva, combatente que revele a falência real do sistema capitalista e a necessidade de mudança de civilização.

A outra novidade no movimento verde é o retorno à luta internacionalista, supranacional e multicultural das bandeiras da revolução comunista, especialmente antes da União Soviética. A palavra de ordem deste movimento cabe nas grandes questões atuais ao dizer que “o mundo não é uma mercadoria”. Este momento da história dos partidos verdes já tem marcas profundas com três momentos contundentes nas lutas mundiais: protestos radicais contra a ordem existente e suas instituições: o FMI, o Banco Mundial, a OMC, o G8; luta pela taxação dos capitais financeiros, a supressão da dívida do Terceiro Mundo, o fim das guerras imperialistas; e, finalmente, a afirmação de valores comuns como liberdade, democracia participativa, justiça social e defesa do meio ambiente.

Este texto é um resumo de “Crise ecológica, capitalismo, altermundialismo:um ponto de vista ecossocialista” de Michel Löwy, publicado na revista Margem Esquerda.

Zé Lourenço e Antônio Conselheiro se Encontram no Cariri Cangaço 2010.


O Sítio Histórico do Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, em Crato; palco da vida e obra do Beato José Lourenço, acolhe os convidados do Cariri Cangaço 2010, na manhã do segundo dia do evento.

O Caldeirão foi um dos movimentos messiânicos mais significativos da história do Nordeste; acontecido em terras cearenses, a comunidade formada por cerca de mil pessoas era liderada pelo paraibano de Pilões de Dentro, José Lourenço Gomes da Silva, mais conhecido por Beato Zé Lourenço. No Caldeirão, os romeiros e imigrantes trabalhavam todos em favor da comunidade e recebiam uma quota da produção. A comunidade era pautada no trabalho, na igualdade e na religiosidade, sob as benções do Padre Cícero Romão Batista. Após a morte do sacerdote de Juazeiro, os seguidores de Zé Lourenço foram obrigados a sair do Caldeirão, até que foram vítimas de chacina ainda no ano de 1937, na Mata dos Cavalos, Serra do Araripe.

Já Antônio Conselheiro, cearense de Quixeramobim, seguidor de Padre Ibiapina, construiu no final do século XIX a espetacular comunidade no arraial de Canudos, no sertão baiano. Também perseguido pelas forças governamentais foi vítima junto com sua comunidade em outubro de 1897 de uma das maiores tragédias do nordeste, quando foram mortas cerca de vinte e cinco mil pessoas e arrasadas e queimadas mais de cinco mil casas.

Depois de todos esses anos, Zé Lourenço e Antônio Conselheiro se encontram no Cariri Cangaço. Na abertura de seu segundo dia, na Capela de Santo Inácio de Loyola, no Sítio Caldeirão do Deserto, a partir das 9:30 H, teremos as Conferências: Religiosidades, Memórias e Movimentos Sociais, com o professor doutor, Lemuel Rodrigues, e a Conferência: Antônio Conselheiro – O Perfil, com o pesquisador e professor Múcio Procópio.

O Moderador do Debate será o Curador do Cariri Cangaço, Manoel Severo; teremos ainda como Debatedores dos Temas Apresentados; o professor Domingos Sávio Cordeiro e o professor Sandro Leonel, bisneto de Severino Tavares.

Cariri Cangaço, a história contada como você nunca viu!

SERVIÇO: Dia 18 de agosto de 2010 – 9:30 H Manhã do segundo dia do Cariri Cangaço – Sítio Caldeirão do Deserto – Crato – Ceará.

Tudo isso e muito mais novidades sobre o Cariri Cangaço, você encontra acessando:

www.cariricangaco.blogspot.com

Manoel Severo

Caríssimos amigos.


A imagem convida para a nossa "CELEBRAÇÃO DO ENCANTAMENTO" ao seleto - entretanto vasto- grupo de amigos que tenham afinidade com arte, cultura e diversão.
O link para ver a relação dos homenageados é:

http://cariri-encantado.blogspot.com/

Qualquer sugestão, faça-na no campo comentários da postagem do blogger.

Um abraço fraterno,

Luiz Carlos Salatiel

ASSIM SE ALGUÉM TE PERGUNTAR QUEM EU SOU



Quem Eu Sou
- Diga que Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida.

Qual é o Meu Propósito
- Diga que o meu propósito é a Evolução do Puro Amor.

Qual é a Minha Luz
- Diga que a Minha Luz é o universo da Minha Criação.

Qual é a minha Verdade
- Diga que a Minha Verdade é a Ciência e/ou Religação da Consciência Cósmica em Si Mesmo.

O que Faço
- Diga que Eu Crio a vida, os pássaros, os homens, os animais, as plantas, o canto do rouxinol e o perfume da flor.

De Onde Eu Vim
- Diga que Vim da Eternidade de Mim Mesmo: Eu não tenho início e nem fim.

Porque Existo
- Diga que a razão da Minha Existência é a própria transcendência e ascensão de tudo em todos.

Qual é a Minha Face.
- Diga que a Minha Face é a Beleza Eterna da Luz Imortal.

Aonde Moro
- Diga que Moro na mansão dos justos, dos simples, dos fraternos, dos caridosos, dos sinceros, e das virtudes humanas.

Qual é a Minha Vontade
- Diga que a Minha Vontade é o Bem, a Paz, o Equilíbrio, a Verdade, a Bondade e a Felicidade.

Como chegar ao Meu Misterioso Reino
- Diga que os marcos do Caminho são Meus Mandamentos Éticos: Não matarás, não enganarás e não cobiçarás a deus-Mamon.

Como Fazer para Me Amar
- Diga para buscar o Encantamento existencial na Empatia e Sintonia primeiro com o Outro - interiormente - em si mesmo.

Como Fazer para Me Servir
- Diga que a cooperação pura desinteressada é a primeira disciplina e o primeiro passo para o Sacro-Ofício Sagrado.

Como Fazer para Me Ver
- Diga que Eu Sou o Verbo Luminoso e portanto para Me Ver e Me ouvir faz-se necessário uma sensibilidade própria muito especial..

Como Fazer para Me Entender
- Diga que a Minha Verdade está entre os Homens de Sensibilidade e Sabedoria: os Verdadeiros Mestres ou Mensageiros.

Como Fazer para distinguir os Meus Mensageiros Sagrados
- Diga para usar a prudência e sensibilidade e ver neles a conduta de seus mandamentos: "separando o joio do trigo".

Qual é a Minha Ciência
- Diga para Orar e Vigiar em Si Mesmo - olhando para Mim - com freqüência, devoção, humildade e perdão.

Como viver nesse Mundo Humano
- Diga para não se iludir com os próprios pensamentos evitando cristalizar o ontem e o amanhã na própria história pessoal.

Onde Estou
- Diga que Estou no princípio de tudo: da energia que te move e na consciência que te esclarece.

Qual é o Meu Verdadeiro Nome
- Diga que o Meu Nome é uma multidimensionalidade de significados, mas podem Me chamar de DEUS-AMOR DE PURA SENSIBILIDADE.

Palavra de aposentada - por Socorro Moreira

Penso muito , no daqui pra frente, embora continue vivendo poeticamente o presente : apaixonada pela vida e pelas pessoas !
Quando eu era muito jovem, diziam-me que meu espírito era antigo, e eu sentia-me orgulhosa ! isso significava maturidade, sabedoria.
Alguns me achavam louca , e eu sabia que desse atributo, gozavam as pessoas felizes !
Agora não quero que me digam que o meu espírito é jovem ...Não gosto que me digam, que estou no formol... Isso não é verdade !
Preocupam-me as aposentadorias miseráveis ,injustas, sistema de saúde público deficitário, velhinhos esperando nas filas dos postos de saúde para serem atendidos..Inexistência de clínicas especializadas, onde os de sem posse possam terminar seu tempo de vida com cuidados, respeito e carinho.
Não seria de nossa responsabilidade votar diferente, exigir, ficar atentos ?
Afinal estamos cuidando da nossa futura velhice.
Pensei em tudo isso, quando li a manchete : "Ministros recomendam o veto para aumento de 7,7% dos aposentados".
A cada ano , perco quase um salário, na minha aposentadoria. Em poucos anos ele se restringirá a um salário mínimo! E eu paguei um percentual , em cima de mais de 20 salários mínimos, no meu tempo de trabalhadora ativa.
Não me aflijo com as marcas do tempo. Não penso em plásticas rejuvenecedoras, nem me aterroriza o espelho. Não gasto com cosméticos, e clínicas de estética...Só quero ter uma cabeça leve !
Um dos últimos textos de José do Vale, vem bem a calhar: especialmente belo e amoroso .
Ele estimula o ser humano a amar e ser amado em todas as idades !
Visão de homem inteligente, sensível, e acima dos preconceitos. Esse texto teve muito, o nosso agrado!

A ENERGIA CRIADORA DO AMOR CÓSMICO


NEBULOSA TRÍFIDA 9000 ANOS-LUZ


Bernardo Melgaço da Silva

Ainda que eu tentasse falar a língua dos sábios.
Ainda que eu tentasse falar a língua dos profetas.
Ainda que eu tentasse falar a língua dos santos.
Ainda que eu tentasse falar a língua dos místicos.
Ainda que eu tentasse falar a língua mais perfeita inventada pela ciência dos homens.
Mesmo assim.
Pobre de mim!
Eu estaria limitado.
Preso.
Amarrado.
Amordaçado.
Impossibilitado.
De falar a gloriosa língua de Deus.

Ainda que eu ganhasse um mundo de dinheiro.
E com ele comprasse o mundo inteiro.
Ainda que eu andasse no meio da nobreza.
E dela me servisse para corromper a alma da humana natureza.
Mesmo assim.
Pobre de mim!
Eu estaria limitado.
Iludido.
Cego.
Impedido.
De conhecer a beleza do imenso poder de Deus.

Ainda que eu viajasse numa nave para lá de cima mapear a terra.
Ainda que eu olhasse pelas lentes de um satélite de precisão.
Ainda que eu conhecesse cada pedaço desse chão.
Ainda que eu juntasse todo conhecimento produzido pela razão.
Mesmo assim.
Pobre de mim!
Eu estaria limitado.
Desinformado.
Perdido.
Sem visão.
Para localizar o maravilhoso Reino de Deus.


Ainda que eu conhecesse o mais sensual beijo da mulher menina.
Ainda que minhas nuas pernas tocassem outras suaves femininas.
Ainda que meu corpo abraçando a bela mulher gemesse carente de paixão.
Ainda que minha alma encontrasse a alma gêmea numa outra encarnação.
Mesmo assim.
Pobre de mim!
Eu estaria limitado.
Carente.
Vazio.
Ignorante.
Na minha pequena visão do Amor de Deus.

Ainda que eu sonhasse o sonho dos poetas.
Ainda que eu intuísse a visão dos profetas.
Ainda que eu imaginasse a imaginação dos gênios.
Ainda que eu sobrevivesse junto com a história durante milênios.
Mesmo assim.
Pobre de mim!
Eu estaria limitado.
Desatualizado.
Incapacitado.
Desqualificado.
Para transcender na eternidade do Paraíso de Deus

Pois, onde vive Deus o Amor é Único.
É um estado da Consciência sem comparação.
É o Poder Criador em puro Estado de Amor e encantamento de SUA Criação.

O que é o amor? – por Paulo de Tarso

O Que é o amor?

Ainda que eu falasse línguas,
As dos homens e dos anjos,
Se eu não tivesse o amor,
Seria como um sino ruidoso
Ou címbalo estridente.

Ainda que eu tivesse o dom da profecia,
O conhecimento de todos os mistérios
E de toda a ciência;
Ainda que eu tivesse toda a fé,
A ponto de transportar montanhas,
Se não tivesse o amor,
Eu não seria nada.

Ainda que eu distribuísse
Todos os meus bens aos famintos,
Ainda que eu entregasse meu corpo às chamas,
Se não tivesse o amor,
Nada disso me adiantaria.

O amor é paciente;
O amor é prestativo;
Não é invejoso, não se ostenta,
Não se enche de orgulho.

Nada diz de inconveniente,
Não procura seu próprio interesse,
Não se irrita, não guarda rancor.

Não se alegra com a injustiça,
Mas se regozija com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera,
Tudo suporta.

O amor jamais acabará.
As profecias desaparecerão,
As línguas cessarão,

A ciência também desaparecerá.
Pois o nosso conhecimento é limitado.
Limitada é também a nossa profecia.
Mas quando vier a perfeição;
Desaparecerá o que é limitado.

Quando eu era criança, falava como criança.
Pensava como criança, raciocinava como criança.
Depois que me tornei adulto,
Deixei o que era próprio de criança.

Agora vemos como em espelho
E de maneira confusa;
Mas depois veremos face a face.

Agora o meu conhecimento é limitado.
Mas depois conhecerei como sou conhecido.

Agora, portanto, permanecem essas três coisas:
A fé, a esperança e o amor.
A maior delas é o amor.

(1 Coríntios 13, 1-13)

CAVALGADA - Por Edilma Rocha



Na fazenda Serra Verde meu programa preferido era cavalgar pelas manhãs. Mas naquele dia o passeio seria longo até São Paulo. Calma, não São Paulo capital, e sim um pequeno vilarejo na região. E para isso os preparativos teriam que ser diferentes, animais descansados e bem alimentados para resistir ao longo caminho.
Roque era o tratador dos cavalos da fazenda e estava sempre à nossa disposição. Nesse dia, acordei cedinho e saí para ajudar a preparar os animais que eram levados um a um para receber a manta, a sela prendendo a cilha, o peitoral, estribos e arreios. Puxo pela memória e vou me encontrar na lembrança subindo e descendo a ladeira num compasso ou galope montando um belo animal.
Os cavalos eram todos marcados a ferro com o símbolo Bloc Boris representado por dois bs grandes de costas um para o outro. Claude sempre ficava com o cavalo do pai, Sr. Hubert, animal que cumpria muito bem as ordens das rédeas, tinha o pisar elegante, a cabeça sempre baixa marchando e chamando a atenção por onde passava pelo porte, o brilho do pêlo fino e do bom trato. Dominique montava o cavalo da mãe, Sra. Janine, de pêlo branco, um pouco mais dócil, e que também cumpria orientações das rédeas e seguia o compasso dos outros. Iza estava por perto num burro selado que acompanhava muito bem a cavalgada.
O cavalo que eu montava era arisco sempre pisando nos cascos esperando ansioso a hora de soltar-lhe as rédeas para seguir em disparada. Quando eu subia na sela tinha logo que dar algumas voltas depressa numa marcha bonita para poder dominá-lo. Era um animal que se o seu montador fosse medroso não subia no seu lombo e os outros só o alcançariam à galopes. Um marchador veloz numa figura imponente de cor marrom com manchas brancas, sacudia a crina bem cuidada e mexia os beiços mostrando os dentes. Queria sair em disparada e soltava ar pelas ventas. Um animal que eu considerava uma obra de arte mas que metia medo em alguns iniciantes e precisava de uma artista para fazê-lo marchar elegante, mas eu o conhecia muito bem pois comecei a monta-lo menina com o auxilio de um tamborete.
A casa grande ficava no alto e a estribaria ao lado nos fundos. Na frente da casa a ladeira enorme que descíamos devagar para depois seguir a galope passando pelo açude, o engenho, as plantações, as pastagens e o gado que ficavam para trás cobertos pela nuvem de poeira vermelha. Seguimos na estrada e deixamos os caboclos de boca aberta pelo caminho pois eram só mulheres na montaria. Quando chegamos a São Paulo o barulho do trote dos cascos dos cavalos no calçamento chamava á atenção de todos que corriam para ver as visitantes. Hora de apear, de esticar as pernas dormentes e encantar a caboclada na figura de Claude, moça bonita e estrangeira. Parada obrigatória na bodega do lugar para saborear uma cajuína fria servida em canecos de alumínio que matava nossa sede. Num instante a bodega estava cheia de gente e muitos puxavam conversa. Entravam, meninos, mulheres e até cachorros vira-latas por uma desculpa qualquer, queriam era aproveitar a novidade. Conversa vai conversa vem, animais com a sede saciada, era chegada a hora de voltar para casa.
Saímos primeiro em marcha baixa e sob os olhares de todos e nos afastamos desaparecendo na continuação da estrada para depois seguir a galope conversando pelo caminho. Sentia o sacudir do meu corpo na marcha bonita e macia do meu cavalo que mais parecia desfilar em dia de gala. O vento batendo no rosto suado pelo calor do sol forte, e já eram quase meio-dia quando avistamos a casa grande. E num último galope subimos a ladeira em disparada que mal se via as pernas dos animais em meio a poeira. La dentro da casa Grande nos aguardava um almoço delicioso preparado no capricho e que certamente todas as lembranças das férias levaríamos na memória para sempre .

Edilma Rocha
Obs - Na foto ainda estava sem sela

Por Norma Hauer

...E O DESTINO DESFOLHOU
UM grande letrista de nossa música popular,talvez comparável a Oretes Barbosa, MÁRIO ROSSI, nasceu em Petrópolis no dia 23 de maio de 1911.
Após exercer algumas profissões que nada tinham a ver com sua verdadeira carreira,como sua função na Escola de Aprendiz de Marinheiros ou seu trabalho na Polícia Civil, veio para o Rio de janeiro, onde conheceu o compositor Gastão Lamounier e junto compuseram uma das primeiras valsas gravadas por Carlos Galhardo"...E O DESTINO DESFOLHOU"; na outra face do disco de 78 rotações, gravado na antiga Odeon,"outra composição de ambos:"Assim Acaba um Grande Amor"

.Já,então conhecido, fez dupla com Roberto Martins (outro bamba) quando conheceu um grande sucesso em seu tempo (e que se repete hoje):o samba "Beija-me",gravado em 1943 por Ciro Monteiro e agora circulando por aí na voz de Zeca Pagodinho.
A dupla compôs o primeiro sucesso de Nelson Gonçalves "Renúncia"; com Gilberto Alves gravaram "Tra-lá-lá" e mais uma vez com Nelson Gonçalves,"Dorme, que eu Velo Por Ti".
Homenageando os 25 anos de casamento (algo,provavelmente impossível daqui para a frente) gravaram, com Carlos Galhardo,"Bodas de Prata".
Mas Mário Rossi compôs ainda com Joubert de Carvalho ( o autor de "Maringá", que se transformou em nome de cidade) a canção "Desde Sempre" e com Felisberto Martins "Sublime Herança"(em homenagem ao Dia das Mães),ambas gravadas por Carlos Galhardo.
Impossível citar tudo que Mário Rossi compôs, mas quero deixar aqui marcada a importância de Mário na nossa música popular.
Mário Rossi faleceu no dia 12 de outubro de 1981, aos 70 anos.