Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
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claude_bloc@hotmail.com

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Nota de falecimento...


Homenagem a Seu Dedé Brilhante

- falecido hoje em Assaré -

(06/06/2010).


O tempo se avolumava e se consumia em tons tristes. Aos poucos a vida foi se apagando naqueles olhos sábios, como uma chama que se consome ao sopro derradeiro da brisa.

Foram 92 anos de uma vida honrada e profícua em que primava o amor familiar, o carinho entre os entes queridos e a luta árdua de cada dia. Ele era um homem simples, de gestos contidos e de semblante suave e brando. Educou sua prole com a autoridade austera de um pai nordestino, ao mesmo tempo, com a alma mansa e gentil perante os percalços e sucessos de sua gente. Conseguiu vencer com a força de seu empenho e com um amor acentuado pela terra, pela vida no campo, na paz do interior.

Viveu aqui e ali pelas terras quentes do Ceará onde edificou seus sonhos de homem digno e integro. Viveu e conviveu com o antigo e com a modernidade, conseguindo sempre fazer-se querido e respeitado.

Venceu com galhardia os reveses, a doença no seu termo de vida, sempre acompanhado e fortalecido por uma mulher corajosa, tenaz e zelosa, cuja brandura e força se espelham em seus gestos decididos.
Chegaram juntos, depois de mais de 60 anos de vida em comum, até este degrau da vida que é a maturidade e hoje ele se foi, suave e tranqüilo como um anjo, levando com ele a serenidade e deixando entre os que o amam a saudade infinita.

Meu abraço pesaroso à família,

Claude

Por Domingos Barroso

rumo perdido

Não há muito por que enlouquecer.
Os dias toscos.
As noites vazias.
Em pleno equilíbrio.

O teto desaba.
As paredes racham.
Não há mesmo por que enlouquecer.

A eternidade passa pela orelha.
O zumbido da mosca.

Toda mosca aprisionada
dentro do copinho de vidro
tem olhos de borboleta.

Fugiu-me a essência do pensamento.
Estava a falar sobre qual fantasma?

Enforco sombras
para escrever versos.

Mesmo que a plenitude
tenha sido alcançada

no marasmo do dia
na libido da noite.

Tenho que abrir a boca
às minhas botas
e xícara.

Alguém tem que fazer
o trabalho sujo.

Destrinchar o invisível.
Sentir os dentes trincarem.

por Domingos Barroso

Por Ana Cecília S.Bastos



Final de semestre

Imagem que se veda,
palavras contidas e condensadas,
emoção abundante.

A invisível lágrima, intacta e ininterrupta.

Sim, também eu quero as palavras que nascem do chão,
me mordem no ar,
pelas canções que tocam no rádio
e viram esquinas.

Era um segredo: às vezes perdemos o locus da emoção.

"Morning yearning”: esse desejo de vida.



Descortinar. Foto de MVítor.

Sônia Braga



Sônia Maria Campos Braga (Maringá, 8 de junho de 1950) é uma atriz brasileira.
Filha de Hélio Fernando Ferraz Braga e Maria Braga Jaci Campos, figurinista natural de Tupã, é irmã de Júlio, Ana e Hélio e tia de Alice Braga, também atriz.
Sônia Braga estreou na carreira artística aos 18 anos, na peça teatral Hair, da qual foi a grande estrela.
No cinema protagonizou importantes filmes, como Dona Flor e Seus Dois Maridos, Eu Te Amo e A Dama do Lotação. Na televisão, um de seus primeiros trabalhos foi na versão brasileira do programa educativo infantil Vila Sésamo (Sesame Street), em que interpretava a professora Ana Maria, mas seus maiores sucessos foram as telenovelas Gabriela e Dancin' Days.
A partir de 1985 foi viver nos Estados Unidos da América onde atuou em filmes e programas de televisão, tendo participado da famosa série norte-americana Sex and the City.
Após vinte anos vivendo no exterior, em 2006, Sônia regressou ao Brasil para participar de uma telenovela inteira, Páginas da Vida, de Manoel Carlos, onde interpretou uma escultora internacionalmente reconhecida. Sua última participação completa fora em 1980, em Chega Mais. Depois disso, ela participou dos primeiros quinze capítulos da telenovela de época Força de um Desejo, em 1999.
Caetano Veloso compôs duas canções inspiradas em Sônia Braga, que são Tigresa, sucesso na voz de Gal Costa, e Trem das Cores.
Posou para a revista Playboy em setembro de 1984 e julho de 1986.
Em 2007 interpretou a personagem Alice Monteiro em Donas de Casa Desesperadas, versão brasileira de Desperate Housewives.
wikipédia

PARA SOCORRO MOREIRA - Por Edilma Rocha

Azul,
Nem céu ou perturbado,
Firmamento e assustado.
Na origem,
Uma linda pedra chamada,
Lápis-Lazuli.
Nem isso,
É que as nódoas da roupa,
Se vão com o anil.
E esta tosse obstrutiva,
Cianose por batom,
Cianamida com força germicida.
Adversário,
Nas lutas amazónicas,
Desfilados bois rubros de sucesso.
Meus sonhos são azuis,
Um japonês hibridou uma rosa azul,
O eleve azul,
E este azul é só meu,
E critico entre o verde e o violeta,
Fui eu quem descobriu esse azul.
Feito Colombo,
As Américas,
O gringo no samba,
Um brasileiro no Louvre,
Um papa na África.
Este azul é só meu,
Esteta de galhos da ibiraci,
Deste cinza no lombo do boi.

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE AZUL
José do Vale Feitosa

Luz e Sombra - por Socorro Moreira


Luz e Sombra

O chôro esgota a tristeza
Brota na lembrança
das águas passadas !

O outro
colhe a poesia na boca ;
Os outros , a colhem ,
na tecla da nossa alma.
Ela nasce tímida , desamparada ...
Por simbiose , encontra fertilidade !

O tom de voz é inesquecível
Doce , rouco ou irritado

E o riso ?
É a nódoa da saudade ...
Cantinela que se gasta
pelas vezes já tocada !

Toada - Cacaso e Edu Lobo

Toada
Cacaso
Composição: Edu Lobo / Cacaso



Fiz um verso tão bonito


Que carrego na lembrança


Nunca mais eu vi o mundo


Com meus olhos de criança


Quis prender a quem amava


A corrente se quebrou


A esperança que eu guardava


Era pouca e se acabou


Não conheço mar bravio


Que me faça retornar


Não conheço nenhum rio


Que não corra para o mar


Rio abaixo, rio acima


Meu destino dá no mar


Eu que não sou marinheiro


Eu que nem sei navegar





Surrealismo - por Socorro Moreira







Depois daquela dor
Não brotou nova dor
Parece brincadeira de mau gosto
Toda mágoa de amor

O amor quando descobre a nossa fortaleza, mendiga atenção, vira pedinte de Igreja , toca viola , faz repente, carrega um fardo na mão.

Às vezes me pego contabilizando tristezas e alegrias... Uma conta sem precisão matemática. Teria que me apoderar da física, da química, e de todas as artes e ciências, incluindo as esotéricas.
Alegria sincera, não tem explicação.
É sorvete na mão da menina; é bola no pé do guri; é cajá no Rio de Janeiro;
É pequi, no meu norte brasileiro;
É chuva no pé de mandacaru, e uma florzinha de lá, brotando fagueira.

O clima parou de brigar de chuva e sol.
Ficou no tempo nublado, das calçadas molhadas, e ensombradas pelas acácias.

Estou indo ao Rio
Estou chegando em Fortaleza.
estou de passagem pelo Granjeiro,
e ainda espio as Guaribas.

Estou em paus,
E com todos os outros naipes...
Procuro a sorte,
e guardo na manga um ás, e uns ais...
As malas soltas das poeiras pedem-me um pó de um lugar qualquer...
Nem que seja do passado... Friburgo ou Macaé.

Dora morreu... Sofreu uma paulada de sonhos,, e fugiu com o aviador da saudade. Telefonaram do Amazonas... Estão iludidos com as garças e encantados com as vitórias-régias... Estão aquáticos!

Iara ficou muda e cega...
Nem gelada, nem quente... Um chá constante!
Um anti-gripante!
Desistiu de gente...

Lua ,
com a chuva ficou tênue
Não ofusca a visão
Não embaça nossas lentes
É latente
É pra depois do futuro

Lírica lis
Flor-de-lis...
Diz-me?
Cadê Zé, Maria e João?

Nuances- por Socorro Moreira



O sol despontou, um tanto zarolho. Parece um pirata, cheio de asas. As ruas escondem suas sombras, e clareiam os movimentos de quem passa.Atravessei a praça, adiantando e retardando compromissos diários. Enfrentei filas. Comprei frutas nas calçadas. Olhei vitrines, experimentei vestidos floridos. Aspirei meu próprio cheiro, no vento dos meus cachos. Ideias enroladas ... Dispenso os babados. Amigos encontro ao acaso. Sorriem perguntas formais. Sem casos. Problemas escondidos, no banco de trás. Arrasto tempo e sandálias . Compro um brinco , na lojinha da esquina ... Balançam meu juízo , mas emprestam-me charme. Café com bolo não posso ... Mas traço ! E saio requebrando , na minha saia estampada. Pés descobertos , evitam as águas paradas. Vestígios das chuvas , alocados nos buracos ... Eu passo ! Pulo feito gata ...Quando fui gata ? Era uma tonta mulherzinha trepidando saltos no asfalto. Hoje as sandálias me carregam, me levam pra onde os olhos não podem , nem querem.Tarde de malemolência. Sessão de cinema que adormece. Amores na tela , me acordam ... São quatro horas. Olho o espelho e vejo uma cara, traquinamente feliz ...Mentira de Abril. É quase cínico ou triste , o olhar que pisca , nuances de mim.

I'm In Heaven - por José do Vale Pinheiro Feitosa


Ao velho Fred Astaire, no Cheek to Cheek de Irving Berlin, flutuando com Ginger Roger pelos salões dois-a-dois que não mais existem:

Estou no céu,contigo pela mão,
lufadas sobre nós,paraíso verdecido.
Flash de flores em cores,
silvos do "bico-de-prata",
universo migrando desejos,
à nossa frente, livre a prometer.
No céu para sempre.

Mas se o celífluo cessar,
consumindo desejos feito chama,
procurares-me e nem sombra houver,
não praguejes da eternidade rota.

A ausência que não devia,
vazio no que seria imortal,
não é capaz de finalizar meu grito,
contigo, no céu para sempre.

O céu eterno e infinito,continua intacto,
se estamos ou não permaneceremos
,eterno é somatório de intervalos,
infinito continente dos fragmentos,
de modo que o céu nos contém.

Quanto a nosso amor eterno,
eterno será, se vivos sempre somos,
tal qual eterno, se finitos formos,
pois não haverá saudades ou esperas,
se contudo a morte nos igualar,
e eterno, já que momento exato do desejo,
como o amor, portanto, sempre será.

Nas duas situações:
Eu estou no céu.

José do Vale Pinheiro Feitosa

Pensando na vida - por Socorro Moreira




Tenho pensado mais do que vivido. Ao invés de encontrar o dia, eu apenas o espero com os olhos da paciência, e a impaciência dos sentidos.
Resolvi comprar um tênis, refazer lista de compras, e passar a borracha na metade das lembranças.
Estamos nos fins dos tempos. Uma expectativa de 30 anos de vida significa apenas alguns instantes. Depois será como no início... Uma inconsciência luminosa, dispersa no Universo.
Por que demorei tanto para compreender que morremos todos, todos os dias?
Nesses estágios paralelos, todos estão no caminho do fim definitivo. Pode até ser que tudo seja cíclico. Pode até ser que essa trajetória sofra alterações aleatórias ou propositais. Pode até ser que o sentido do infinito seja uma espiral, sem o extremo final.
No emaranhado de pensamentos, de linhas que se cruzam, ou se acompanham... Pago contas e faço compras. Fico triste com as notícias, e busco a arte como alento...
- Essa coisa estranha que mistura vida prática com imaginação.
- A música toca dentro de mim, mas só tenho acesso às palavras... E com rasuras!

Conversa de astróloga (mas todo mundo entende)

Plutão
I.


Passional
Visceral
Abissal

Deixei marcada em teu corpo
A forma da minha mão
Deixei tua alma marcada
Com as dores da traição.

II

Plutão em Capricórnio
Faz gato e sapato
Da minha Vênus natal
Impõe amores
Alucinantes
Aviltantes
Navalha na face
Fogo nos olhos
Paixão de pedra cortante.

Essa pura ficção
É minha catarse.

Me regenero
Me recomponho
Me reinvento.

“Futebol” – Magia e Excessos ( I ) – Por: José Nilton Mariano Saraiva

Às vésperas de mais uma Copa do Mundo de Futebol o país come, bebe, dorme, sonha, acorda e vive a magia e os excessos do chamado esporte das multidões. A tal ponto de até ignorar solenemente os esperados números de mais uma acirrada pesquisa eleitoral pra Presidente da República; ou, então, ao mostrar descabida preocupação em debater seriamente sobre a “unha encravada” de um dos nossos craques; ou, ainda, de como o nosso artilheiro ou o nosso goleiro conseguirão “domar” a “gorduchinha”, o seu rebelde e novo (???) instrumento de trabalho (a bola), embora esta seja geometricamente igual pra gregos e troianos, e já que com ela convivem a maior parte do tempo, às vezes até intimamente (segundo o folclore popular, exageros à parte, alguns chegam até a dormir com ela, desprezando a própria esposa) .
Portanto, prepare-se: onde você circular, com quem você se fizer acompanhar, quer seja num banal e simplório encontro a dois no escurinho do cinema e/ou num ambiente mais concorrido, sofisticado e eclético, como os shoppings da vida, não poderá fugir, fazer de conta que não tá nem aí, porque a indagação soará inevitável e preocupante: “e aí, você acha que a seleção brasileira vai conseguir mais uma “caneco” ???”
Mas... o que se esconde por trás da magia e dos excessos do futebol ??? Por qual razão, não só no Brasil, mas no planeta Terra como um todo - do tórrido deserto do Saara à glacial região siberiana na Rússia - milhões de pessoas (crianças, adultos, ricos, pobres, mulheres, homens, pretos, brancos, intelectuais e analfabetos) unos se deixam envolver e anestesiar, momentaneamente, a fim de acompanhar vinte e dois marmanjos a correr feito loucos atrás de uma bola, durante 90 minutos ??? Por qual razão nossas dívidas pessoais são esquecidas, nossos compromissos “inadiáveis” postergados, a saúde desprezada e agredida pelo excesso alcoólico, amores estremecidos reatados, afloram e explodem novas paixões, fábricas são paralisadas (com a conseqüente suspensão da atividade produtiva), os indecifráveis números da economia são deixados de lado, esquecemos o que seja inflação, PIB, dívida externa, PAC, superávit primário e por aí vai, durante os 30 dias de duração de um “torneiozinho que não tem nem segundo turno” (conforme o ingênuo e fenomenal jogador Mané Garrincha se referia à Copa do Mundo ???) Por qual razão reis, rainhas, súditos, presidentes, ditadores e tantas outras pessoas influentes e responsáveis pelo destino de milhões de irmãos, repentinamente se irmanam ao povaréu num mesmo objetivo, um só desejo, uma só promessa de fé, uma só torcida, um só coração ??? Por que, num dia e hora pré-estabelecidos, nos pomos todos ali, contritos, inertes, silenciosos, “taquicárdicos” de ocasião, olhos vidrados na “telinha”, à espera do momento de - até que enfim - soltar o grito de gol de há muito preso e entalado na garganta ???
Seria muita ousadia “tentar” encontrar respostas, mas, em duas ou três postagens, vamos tentar burilar algo pelo menos parecido sobre a magia e os excessos do futebol.
Enquanto isso, como diria o indeglutível narrador global, “prepare seu coração”, porque a bola vai começar a rolar em gramados africanos.
Boa sorte, Brasil.

O mel da lembrança - por Socorro Moreira




ALFREDO MOREIRA MAIA - meu avô paterno.

Filho do Caboclo Moreira e esposo de Donana - O mais terno avô do mundo !
Morreu de aneurisma , desgostado , quando teve que sacrificar seu cachorro "Tupã". Eu contava 6 anos.
Cuidou das minhas mamadeiras , adoçou minha boca com balinhas de umburana , carregava-me nos braços , quando eu adormecia , no colo de Donana. Aperriava aquele homem , o dia todo ... Vô , quero dois mil réis pra comprar pirulito. A sua caixinha de moedas , ficava sempre vazia .
Era dotado de uma inteligência privilegiada. Nada existia que , nas suas mãos não tivesse conserto , nem se transformasse em arte. Era um artesão de primeira. Consertava o relógio da Sé , da Pça da Estação , fazia bolas de bilhar para o "Bar Ideal " , joias ; fundia qualquer metal , e transformava numa peça útil ou ornamental.
Elegante e belo , vestia-se no cáqui ou no linho branco , chapéu combinando , relógio de algibeira , suspensórios e alfinetes na gravata.
Que sorte teve a minha avó , de ser amada por aquele homem !
Ficou na minha memória o seu assobio : Delicado ...Um chôro lindo - Sua canção preferida !

Balas de Umburana - atendendo ao pedido do Emerson Monteiro.

Ingredientes
2 litros de leite integral --
800 gramas de açúcar;
1 colher (de sopa) de manteiga sem sal;
1 colher (de sopa) de raspas de umburana
1 pitada de bicarbonato de sódio;
1 copo (tipo americano) de mel.


Preparo
Pôr os ingredientes num tacho e levar ao fogo.
Quando levantar a primeira fervura, mexer bem e diminuir a chama, para a mistura não derramar.
Deixar ferver, até engrossar bem e ficar com aspecto semelhante ao de melado.
Mexer sem parar até obter o ponto. Para conferi-lo, pôr água numa vasilha e pingar um pouco do doce. Depois de um minuto retirar com a mão e verificar se a massa ficou consistente. Se não estiver, deixe ferver mais um pouco.
Untar um tabuleiro com manteiga e despejar a massa ainda quente, para não açucarar.
Deixar esfriar em local arejado.
Cortar tiras na grossura de um dedo, com 2 cm, e enrolar em papel impermeável.

Aviso importante !

Cariricaturas em prosa e verso - o nosso livro !

Emerson Monteiro, responsável pela edição , acabou de anunciar-me que , entre os dias 2 e 3 de Julho , o livro já estará em nossas mãos.

A DESPESA TOTAL FICOU EM 6.500,00.
ARRECADAMOS EM DEPÓSITOS 5.900,00
O valor a ser compensado corresponde aos depósitos que ainda serão feitos, ou seja , 600,00

Número de escritores participantes : 33
Número de livros a serem distribuídos entre os escritores : 660
Saldo em livros : 340( será vendido a 20,00)

Festa de lançamento/Despesas previstas :
Data : 23 de Julho de 2010
Banda : 1.200,00
Aluguel do Crato Tênis Clube : 700,00
Gráfica ( ingressos e cartazes de propaganda ) :?
Decoração : ?

Disponibilizamos 100 mesas , 40,00 cada ( com direito a 4 lugares), para os nossos escritores, colaboradores e leitores do Cariricaturas.
Façam a sua reserva !
E-mail: sauska-8@hotmail.com ou ayloan@gmail.com
Maiores informações, prestaremos na sequência.
Deixem o seu comentário e/ou sugestões.




A VIRTUOSA E DIFÍCIL TRAVESSIA ENTRE A REALIZAÇÃO E A AUTOREALIZAÇÃO


Todos querem se realizar e ser feliz de uma forma ou de outra: no casamento, no trabalho, na vida social, no plano político, no meio acadêmico etc. Mas, o que poucos sabem é que a realização simplesmente é o ponto de partida para algo maior essencial e invisível. Nesse contexto, o caminho é estreito e a porta pequena (é semelhante à trajetória dos espermatozóides): poucos alcançam a realização almejada e desejada – plenamente! A maioria fica no meio do caminho. É porque nos desviamos com as propostas, avisos, convites e sugestões utilitárias subliminares.

Uma multidão inconsciente segue na escuridão em busca de uma luz que a oriente para o destino certo e correto. E nesse processo de busca inconsciente de uma realização plena nos contentamos com a realização parcial e pequena. O grande pedaço da realização fica intocável a espera da energia adequada e concentrada para o sucesso real. E assim nos distraímos psicologicamente com um mundo de prazeres e afazeres de segundo plano, de segunda importância e de pequeno mérito. Perdemos desse modo a noção de prioridade e identidade na busca da realização que de fato nos preencha e nos encante de vez. E por isso mesmo, passamos acreditar que o consumo de bens e qualidades externas é o parâmetro principal a ser perseguido, como referência, a qualquer custo.

Nos entregamos de corpo e alma para alcançar esse objetivo menor.

Uma vida inteira se passa na busca da realização que antecede e é interrompida quase sempre na morte certa sem ser alcançada de fato. Nesse sentido, a maioria persegue a realização visível e possível dentro dos padrões normais e culturais entre o nascimento e a morte física do ser. As tentativas de mudanças de percurso são variadas e sofridas de acordo com a sociedade e a cultura herdada dos antepassados. Nos tornamos cativos, portanto, da beleza, do sucesso, do poder, do sonho, da novidade e da esperança de uma realização calcada em bases materiais, sociais e culturais moldadas pelo tempo e lugar. Inevitavelmente acabamos por definir os objetos do desejo, no lugar da felicidade plena, como metas a serem alcançadas e que reflitam o esforço de chegada e conquista. E raros são aqueles que se aventuram buscar por outra avenida diferente na louca corrida de prazeres, compensações e competições desenfreadas.

A medida que o tempo passa nossas energias vão se acabando junto com os cabelos brancos acumulados. Os bens e as qualidades conquistadas vão ficando para trás nas lutas entre classes, religiões, ideologias, filosofias, crenças, culturas e organizações corporativas. Acreditamos que sairemos vencedores nos conflitos projetados inconscientemente. Aprendemos acumular no futuro o que no passado desejamos conquistar como realização: carros, motos, sitios fazendas, poupanças, viagens, emoções, momentos “felizes” etc.

Quanto mais acumulamos mais vazios nos tornamos daquilo que é essencial para as nossas vidas. E esse vazio aumenta quando a realização não se torna de fato presente no aqui e agora. E por isso nos esquecemos de qual realização devemos apostar nossas energias e consciências. Ela já nos foi apresentada pelos costumes e hábitos da nossa época. Romper com esse paradigma cultural e existencial é o desafio que não estamos de todo consciente. Isto porque a verdadeira realização é ao mesmo tempo um caminho, uma verdade e uma vida de conquista e mérito pessoal: a autorealização sem perder de vista a nossa necessidade pessoal e a dos nossos semelhantes preservando a natureza e amando a beleza da criação humana.

Um desafio incalculável, poderoso e paradoxal!

Perguntaram ao Dalai Lama...
O que mais te surpreende na humanidade?

E ele respondeu:

“Os homens...Porque perdem a saúde para juntar dinheiro,
Depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro,
Esquecem do presente de tal forma que acabam
Por não viver nem o presente nem o futuro.
E vivem como nunca fossem morrer....
....e morrem como se nunca tivessem vivido”.

Bernardo Melgaço da Silva
Prof. e Pesquisador do Núcleo de Estudos Sobre Ciência, Espiritualidade e Filosofia – NECEF/URCA (Universidade Regional do Cariri)
HTTP://bernardomelgaco.blogspot.com

A PEDIDO DE CLAUDE - Por Edilma Rocha

Claude, este era o vestido azul com as bolinhas que me penicavam.
Antes dos buracos queimados, claro !
Foto com o meu irmão Edilsinho,
ficou uma grande saudade !

Na garganta da noite



POR TAIS MOMENTOS DESTAS MULHERES POETAS - por José do Vale Pinheiro Feitosa


E dos espaços brotaram tristezas,
Pingos das manhãs orvalhadas,
Fugas de iluminação efêmera,
Escape dos momentos fugazes.

Meninas que há de tanto?
Esgotamento de estoque,
Fatura de vencimento,
Badaladas de partida.

E os sertões?
No limite,
Solitário,
Silencioso,
E depois renasce.

Não poderia algo assim,
Sem certezas de sustentação,
Muito do que se retira,
Como regra da aridez?

O éden fica ao norte do nada,
A alegria nesta roda de bambas,
O canto nos contrafortes da alma,
E a poesia nos átomos da respiração.

Meninas,
Não segures a cauda do amanhã,
Basta a cela desta jornada,
Por destino o sonho da pausa,
E se levante houver,
Nascerá qual primeira das manhãs.


José do Vale Pinheiro Feitosa


Socorro Moreira , disse :

Fora do espaço, afloram alegrias
Sereno da noite, orvalhando a flor
Encontros iluminados,no espelho da casa.

Meninos , o pouco é tanto ...!
Reposição de estoque
Duplicata de emoção
Recibos da devoção.

E os mares ?
Guardando sereias
Alojando a caixa-preta
Ou o báu de Pandora ?

Incertezas sustentam sonhos
Nesta adição de sementes
A regra é a floração.

O inferno é o limbo
A tristeza é a inconsciência
O pranto nos cofres da alma
E a arte nos átimos da noite.

Meninos,
Prendam a calda do porvir
O mel desse pêssego
Está na madrugada
É preciso retê-lo !

CLIQUE - Por Edilma Rocha




O Instituto Focus está colocando à disposição de estudantes de ensino superior de instituições públicas e privadas, 15 vagas no Curso Básico de Elaboração de Projetos Sociais que acontecerá no próximo mês de agosto, na cidade do Crato, com o preço especial de R$ 140,00.

Os interessados deverão enviar seu pedido de inscrição especial para o e-mail cursos@institutofocus.com, até o dia 10 de julho de 2010, com os seguintes dados: nome completo, CPF e cidade, anexando declaração da Instituição de Ensino Superior dando conta de que o interessado está regularmente matriculado e frequentando um de seus cursos (indicar o curso).


Após o recebimento do pedido de inscrição o Instituto Focus enviará um e-mail ao interessado com as orientações para efetuar o pagamento da Inscrição Especial.

Não perca tempo. Serão validadas as 15 primeiras inscrições.

Nara Leão



Nara Lofego Leão (Vitória, 19 de janeiro de 1942 — Rio de Janeiro, 7 de junho de 1989) foi uma cantora brasileira.

Filha caçula do casal capixaba Jairo Leão e Altina Lofego Leão, Nara nasceu em Vitória e mudou-se para a Cidade do Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão. Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo "Os Oito Batutas" de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Mais tarde, Nara tornou-se professora da academia.

A Bossa Nova nasceu em reuniões no apartamento dos pais da cantora, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Sérgio Mendes e seu então namorado, Ronaldo Bôscoli. No fim dos anos 1950, Nara foi repórter do jornal "Última Hora", onde Bôscoli também trabalhava, e que pertencia a Samuel Wainer, casado com a irmã de Nara, Danuza Leão. O namoro com Bôscoli terminou quando ele a traiu e iniciou um caso com a cantora Maysa, durante uma turnê em Buenos Aires, em 1961. Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompera com Bôscoli em 1960, e de idéias mais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra e passa a se interessar pelo samba de morro.

A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorre após o movimento militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. Maria Bethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, interpretando Carcará, pois Nara precisara se afastar por estar afônica. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960. De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Embora os CPC's já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.

Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O barquinho, A Banda e Com Açúcar e com Afeto -- feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homônimo, lançado em 1980.
Nara também aderiu ao movimento tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento - Tropicália ou Panis et Circensis, lançado pela Philips em 1968 e disponível hoje em CD.

Já separada alguns anos de Ruy, ela casa-se com o cineasta Cacá Diegues, com quem teve dois filhos: Isabel e Francisco. No fim dos anos 1960, se muda para a Europa com o marido, permanecendo lá por três anos. Ela morou na França, na cidade de Paris, onde nasceu Isabel.

No começo dos anos 1970, ela volta para o Brasil, tem o segundo filho, Francisco, e decide estudar psicologia na PUC-RJ. De fato, Nara planejava abandonar a música mas não chegou a deixar a profissão de cantora, apenas diminuindo o ritmo de trabalho e modificando o estilo dos espetáculos, pois era muito cansativa a vida de uma cantora.

Morreu na manhã de 7 de junho de 1989 vítima de um tumor cerebral inoperável aos 47 anos de idade. Ela já sabia do tumor, e sofria com esse problema havia 10 anos. O tumor estava numa área muito delicada do cérebro, sendo inoperável. O último disco foi My foolish heart, lançado naquele mesmo ano, interpretando versões de clássicos americanos.

wikipédia

Uma música de Dolores Duran pra você tocar ,agora, no violão !

Olha o tempo passando
(Dolores Duran e Edson Borges)

Tom: F
Int.: (F7+ Bb/C) 2x
F7+ F#º Gm7
Olha, você vai embora
Am7 F/Eb
Não me quer agora
D4/7 D7
Promete voltar
Am7 D7 Gm7 C7
Hoje você faz pirraça
Am7 Dm7 Gm7
Até acha graça se me vê chorar
C7 F/C
A vida acaba um pouco todo dia
C7 Bb6/7 Am7 Gm7 F7+
Eu sei e você finge não saber
Am7 D7 Bm7 Em7
E pode ser que quando você volte
Am7 F/Eb D7 C7
Já seja um pouco tarde pra viver
F7+ F#º Gm7 G#º
Olha o tempo passando
Am7 F/Eb D4/7 D7
Você me perdendo com medo de amar
Am7 D7 Gm7 C7
Olha, se fico sozinha
Am7 Abm7 Gm7 C7 F7+
Acabo cansando de tanto esperar

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Dolores Duran



Dolores Duran, nome artístico de Adileia Silva da Rocha (Rio de Janeiro, 7 de junho de 1930 — Rio de Janeiro, 24 de outubro de 1959) foi uma cantora e compositora brasileira.

Filha de um sargento da Marinha, começou a cantar muito cedo e, aos dez anos de idade, conquistou o primeiro prêmio no programa Calouros em Desfile, de Ary Barroso. As apresentações no programa tornaram-se frequentes, fixando-a na carreira artística. Quando Adiléia tinha 12 anos o pai faleceu e, a partir de então, teve que sustentar a família, cantando em programas de calouros e trabalhando no rádio como atriz.

A partir dos 16 anos adotou o nome artístico Dolores Duran. Autodidata, cantava em inglês, francês, italiano, espanhol e até em esperanto. Ella Fitzgerald durante sua passagem pelo Rio de Janeiro, nos anos 1950, foi à boate Baccarat especialmente para ouvir Dolores e entusiasmou-se com a interpretação de Dolores para My Funny Valentine - a melhor que já ouvira, declarou Fitzgerald.

No final da década de 1940, Dolores estreou na Rádio Nacional, tendo sido contratada para se apresentar ao lado de nomes como Chico Anysio e Ângela Maria.

Em 1951, teve um relacionamento amoroso com João Donato, mas que não perdurou devido à oposição da família do rapaz, então com 17 anos, enquanto Dolores tinha 21. O namoro chegou ao fim, quando Donato foi morar no México.

A estreia de Dolores em disco foi em 1952, gravando dois sambas para o Carnaval do ano seguinte: Que bom será (Alice Chaves, Salvador Miceli e Paulo Márquez) e Já não interessa (Domício Costa e Roberto Faissal). Em 1953, gravou Outono (Billy Blanco), e Lama (Paulo Marquez e Alice Chaves). Dois anos depois, vieram as músicas Canção da volta (Antônio Maria e Ismael Neto), Bom querer bem (Fernando Lobo), Praça Mauá (Billy Blanco) e Carioca (Antônio Maria e Ismael Neto).

Em 1955, casou-se com o radioator e músico Macedo Neto. No mesmo ano, foi vítima de um infarto, tendo passado trinta dias internada em um hospital. Dolores resolveu não seguir as restrições que os médicos lhe determinaram, agravando os problemas cardíacos que trazia desde a infância, problemas que só se agravaram com o tempo, pois abusava do cigarro (fumava mais de três carteiras por dia) e da bebida, principalmente a vodca e o uísque. Com isso, a depressão passou a marcar sua vida.

Em 1956, fez sucesso com a música Filha de Chico Brito, composta por Chico Anysio. No ano seguinte, um jovem compositor apresentou a Dolores uma composição dele e de Vinícius de Moraes. Tratava-se de Antônio Carlos Jobim em início da carreira. Em três minutos, Dolores pegou um lápis e compôs a letra da música "Por Causa de Você". Vinícius ficou encantado com a letra e gentilmente cedeu o espaço a Dolores. Foi revelado, a partir daí, o talento de Dolores para a composição e grandes sucessos se sucederam, como Estrada do Sol, Ideias Erradas, Minha Toada e A Noite do Meu Bem, entre outros.

Dolores passou por uma gravidez tubária (gravidez de alto risco que acarreta esterilidade materna e perda do feto), interrompendo o sonho de ser mãe. Em 1958, desquitou-se de Macedo Neto e passou meses na Europa com o conjunto musical. De volta ao Brasil adotou uma menina negra, Maria Fernanda Virgínia da Rocha Macedo, que foi registrada por Macedo Neto, mesmo estando ele separado de Dolores e a menina não ter com ele qualquer parentesco. A mãe biológica de Maria Fernanda Virgínia havia falecido após o parto. O pai, por sua vez, foi uma das vítimas da pior tragédia em trens suburbanos do Rio de Janeiro.

A partir daí, durante os dois últimos anos de vida, compôs algumas das mais marcantes músicas da MPB, como Castigo, A Noite do Meu Bem, Olha o Tempo Passando e Estrada do Sol, entre tantas outras.

Na madrugada de 23 de outubro de 1959, depois de um show na boate Little Club, a cantora saiu com amigos para uma festa no Clube da Aeronáutica. Ao sair da festa, resolveram 'esticar' no Kit Club. A cantora chegou em casa às sete da manhã do dia 24. Brincou e beijou muito a filha, já com 3 anos, na banheira. Em seguida, passou os últimos cuidados à empregada Rita: "Não me acorde. Estou cansada. Vou dormir até morrer", disse brincando. No quarto, sofreu um infarto fulminante - que, à época, foi associado a uma dose excessiva de barbitúricos e álcool.

A morte prematura de Dolores Duran, aos 29 anos, interrompeu uma trajetória vivida intensamente. A amiga Marisa Gata Mansa levou os últimos versos de Dolores para Ribamar musicá-los. Carlos Lyra fez o mesmo sobre os versos inéditos.

wikipédia

Dean Martin




Dean Martin no filme "Rio Bravo" de 1959


Dean Martin (Steubenville, Ohio, 7 de junho de 1917 — Beverly Hills, Califórnia, 25 de Dezembro de 1995) foi um dos mais influentes artistas do século 20, tanto na música, televisão, bem como no cinema. Seu nome de batismo é Dino Paul Crocetti.

Era integrante da "Rat Pack", um grupo de amigos formado por Frank Sinatra, Sammy Davis, Jr., Peter Lawford e Joey Bishop que realizaram algumas atividades artísticas em conjunto na década de 1960. É bastante reconhecido por sua parceria de enorme êxito com Jerry Lewis. Morreu em decorrência de câncer no pulmão.

Possui três estrelas na "calçada da fama", uma (6519 Hollywood Boulevard) por seu trabalho no cinema, a segunda (1817 Vine) por suas gravações, e a terceira (6651 Hollywood Boulevard) por seu trabalho na televisão.

Era pai do também cantor e ator Dean Paul Martin, cuja morte prematura fez o pai encerrar a carreira.
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Paul Guaguin



Eugène-Henri-Paul Gauguin (Paris, 7 de Junho de 1848 - Ilhas Marquesas, 8 de Maio de 1903) foi um pintor francês do pós-impressionismo.

Auto-retrato com halo, 1889.Apesar de nascido em Paris, Gauguin viveu os primeiros sete anos de sua vida em Lima, no Peru, para onde seus pais se mudaram após a chegada de Napoleão III ao poder. Seu pai pretendia trabalhar em um jornal da capital peruana e foi o idealizador da viagem. Porém, durante a longa e terrível viagem de navio acabou por ter complicações de saúde e faleceu. Assim, o futuro pintor desembarcou em Lima apenas com sua a mãe e irmã.

Quando voltou para sua cidade natal, França, em 1855, Gauguin estudou em Orléans e, aos 17 anos, ingressou na marinha mercante e correu o mundo. Trabalhou em seguida numa corretora de valores parisiense e, em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette Sophie Gad, com quem teve cinco filhos.

Aos 35 anos, após a quebra da Bolsa de Paris, tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boémia, que resultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX. Ao contrário de muitos pintores, não se incorporou ao movimento impressionista da época. Expôs pela primeira vez em 1876. Mas não seria uma vida fácil, tendo atravessado dificuldades econômicas, problemas conjugais, privações e doenças.

Foi então para Copenhagen, onde acabou ocorrendo o rompimento de seu casamento.

Sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como as de Van Gogh ou Paul Cézanne. Apesar disso, é verdade que teve seguidores e que pode ser considerado o fundador do grupo Les Nabis, que, mais do que um conceito artístico, representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida.

Suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele consegue com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo. As cores se estendem planas e puras sobre a superfície, quase decorativamente.

O pintor parte para o Taiti, em busca de novos temas, para se libertar dos condicionamentos da Europa. Suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural, fruto, segundo conhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas.

Morou durante algum tempo em Pont-Aven, na Bretanha, onde sua arte amadureceu. Posteriormente, morou no sul da França, onde conviveu com Vincent Van Gogh. Numa viagem à Martinica, em 1887, Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o "retorno ao princípio", ou seja, à arte primitivista.

Tinha idéia de voltar ao Taiti, porém não dispunha de recursos financeiros. Com o auxílio de amigos, também artistas, organizou um grande leilão de suas obras.

Colocou à venda cerca de 40 peças. A maioria foi comprada pelos próprios amigos de Gauguin, como por exemplo Theo Van Gogh, irmão de Vincent van Gogh, que trabalhava para a Casa Goupil (importante estabelecimento que trabalhava com obras de arte).


O Cristo Amarelo, 1889.Mesmo conseguindo menos de 3 mil francos, em meados de 1891 regressou ao Taiti, onde pintou cerca de uma centena de quadros sobre tipos indígenas, como "Vahiné no te tiare" ("A moça com a flor") e "Mulheres de Taiti", além de executar inúmeras esculturas e escrever um livro, Noa noa.

Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel, voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha Dominique. Nessa fase, criou algumas de suas obras mais importantes, como "De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?", uma tela enorme que sintetiza toda sua pintura, realizada antes de uma frustrada tentativa de suicídio utilizando arsênio.


Duas taitianas com flores de manga, 1899.Em setembro de 1901, transferiu-se para a ilha Hiva Oa, uma das Ilhas Marquesas, onde veio a falecer de sífilis.

Wikipédia

Convite Exposição


Os cortes saram ...
- Claude Bloc -

*** Para Jacques, meu mano, uma historinha que parece verdadeira...

Chegaste animado. A sala estava recém encerada e eu te falei para teres cuidado pra não escorregares. Querias me contar. Era urgente falar, dizer tudo, contar os pormenores: os beijos escondidos que davas nas meninas da cidade. Só porque elas olhavam para a tua boca, com a força perfeita, necessária...

Depois houve aquela menina que tinha estrelas nos olhos e sardas no rosto. "Ela é diferente, mana, não sei explicar; é diferente”. Era a menina que balançou teu coração quando deixou a cidade. Mas... te faltou a força pra chorar.

Ela tinha cor de cal na pele e unhas bem redondas pintadas a toda a hora. Partiu de olhos ausentes sem aviso de regresso. E tu te mantiveste numa janela que embaciavas todas as tardes, porque tinhas a impressão de que ela havia lá digitado o sol, antes de vocês se conhecerem.

Fico aqui imaginando todos esses teus eventos de cada dia e hoje, depois de tanto tempo parei pra pensar no primeiro corte que fizeste no rosto só por insistires e jurares de pés juntos, que tinhas barba, que já eras um adulto, afinal. Lembro-me que foi mamãe que te mimou as cicatrizes, enquanto dizias : "Os cortes saram, a saudade, não".

Hoje nós vivemos longe um do outro. Em nosso destino foram escritas histórias e trajetórias bem diferentes. No decorrer desse tempo, nós dois recebemos muitos cortes da vida, mas só hoje eu repetiria tua frase tão sábia nos lábios de um menino que já se sentia um homem: "Os cortes saram, a saudade, não".

Abraços, mano

Claude