Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
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claude_bloc@hotmail.com

sábado, 26 de junho de 2010

Mireille Mathieu - Dernière Valse


Uma das minhas... (hoje e sempre)
Só pra recordar...

Para dançar - De volta aos 17 anos...

Bee Gees - How Can You Mend a Broken Heart (1971)




Esta música já foi postada aqui, mas é tão evocativa que voltou hoje.
Para uma noite de lua-cheia.

Um momento com eles - por Daniel Hubert Boris (Jacques)

Este poema escrito pelo mano Jacques, me foi dedicado e nada como o dia de hoje para apreciar a doçura de um homem sensível.
LEIA E SINTA


Clique para ler melhor...
Vale a pena !
***
Daniel Hubert Boris (Jacques)

Flávia Wenceslau

Love My Way

(com participação especial de Margareth Menezes), é uma das canções que integram o mais recente cd de Flávia Wenceslau: Saia de Retalhos (2010).

Mais informações sobre seu trabalho musical podem ser encontradas nos sites;





"Nascida no Estado da Paraíba, região Nordeste do país, Flávia Wenceslau recebeu diversas influências artísticas ao longo de sua carreira, tendo a sorte de ser estimulada a explorar seu dom natural desde cedo. Ainda criança se envolveu com a música, que fazia parte da rotina familiar. Na adolescência foi crooner de bandas “show-baile”, se apresentou em bares e restaurantes ao estilo “barzinho e violão”, participou de festivais, e construiu ao longo de quase duas décadas uma sólida experiência de palco, tendo percorrido como artista diversas cidades do país, convivendo com o universo multicultural brasileiro, construindo assim sua própria identidade. Pode-se dizer que Flávia transita com grande facilidade entre os vários estilos da música popular brasileira. Em seus discos, os arranjos simples favorecem o brilho de uma voz marcante, que impressiona pelo timbre singular. A técnica vocal refinada, aliada a uma interpretação permeada de sentimento deixa a impressão de que ela é mesmo o que canta. A estréia em estúdio veio em um momento de maturidade, refletida nas composições que assina. O primeiro CD da cantora, intitulado “Agora”, reúne 12 músicas, sendo 11 de sua autoria. Um CD que traz, além do forró, outros ritmos que revelam a versatilidade da artista. Uma das músicas do CD chegou a ser tema de novela em 2006. Executada nas rádios e na TV, a faixa “Imensidão” deu mais expressividade a cantora no concorrido cenário musical brasileiro. Foi o passo inicial da fase profissional, que se consolidou com o lançamento de “Quase Primavera”, o segundo disco dela, onde também assina a autoria de quase todas as músicas que interpreta. O CD “Quase primavera” reúne 12 composições, mesclando arranjos de violão, violoncelo, flauta e percussão. De uma poesia singular, as canções falam sobretudo de sentimentos como amor e esperança. Entretanto o destaque da obra, mais uma vez, fica por conta da interpretação da cantora. Livre dos “rótulos”, como ela mesma se define, sua obra é o reflexo de uma personalidade forte, marcante, fruto de um grande potencial artístico. Com uma das vozes femininas mais elogiadas da nova safra de artistas brasileiros, Flávia Wenceslau consegue ser suave e ao mesmo tempo firme em suas interpretações. O que a define como artista, segundo ela, não é só a técnica vocal, mas principalmente a capacidade de expressar através de seu canto o que está em sua alma. Desde que iniciou a carreira solo ela tem colecionado elogios por onde passa. Em shows cada vez mais prestigiados pela crítica, vem conquistando um público fiel. Atualmente se divide entre o trabalho de divulgação do novo disco e a agenda de apresentações em várias cidades brasileiras. Aclamada por levar o troféu Caymmi, com o CD "Agora", que teve fortes influências da música nordestina, a paraibana se superou no novo disco. No CD "Quase primavera", ela traz toda a experiência artística acumulada ao longo de sua carreira."

Colaboração de Fátima Figueiredo

Por que as pessoas falam tanto?
Por Eliane Brum


Uma vez passei dez dias num retiro de meditação vipássana, no interior do Rio de Janeiro, para fazer uma reportagem para ÉPOCA. Havia muitas regras. Uma delas era o silêncio. Por dez dias era proibido falar. Também devíamos evitar olhar para as outras pessoas. O objetivo era silenciar a mente até que não houvesse nenhum ruído também dentro de nós. Foi uma experiência fantástica, que me mudou para sempre. Nunca antes estive tão em mim. E nunca depois voltei a estar.

O silêncio e um progressivo mergulho interno, em vez de me alienar do mundo, me conectaram a ele de um modo até então inédito para mim. Eu sentia cada segundo, por que eles demoravam a passar.

Percebia o vento e as nuances das cores do céu e das folhas das árvores em detalhes. Olhava, cheirava, ouvia e tocava o mundo como se tudo fosse novo. Cada centímetro de terra era capaz de me ocupar por minutos. Sem palavras, a realidade me alcançava com mais força. Finalmente eu não apenas compreendia, mas vivia a poesia de Alberto Caeiro: “Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade do mundo”.


Antes que alguém tenha ideias, experimentei tudo isso sem nenhuma droga. Nenhuma mesmo. Não podíamos tomar álcool, fumar ou ingerir qualquer medicamento, nem mesmo aspirina. Minha droga era a lucidez. Naqueles dez dias, ouvi com mais clareza a mim mesma. E passei a escutar melhor o mundo em que vivia. Senti que finalmente estava no mundo. Eu era.

No décimo dia, voltamos a falar. O retiro acabaria no dia seguinte e precisávamos nos preparar para retornar a uma realidade cotidiana de ruídos e demandas excessivas. Lembro que eu não queria falar. Fiquei assustada quando todo mundo começou a falar ao mesmo tempo. Percebi que a maioria do que se dizia nunca deveria ter sido dito. Sobrava.

Uma parte eram fofocas que haviam sido guardadas por dias. E que poderiam ter ficado impronunciadas para sempre. Percebi, principalmente, que depois de dez dias de silêncio muitas de nós não queriam ouvir. Só falar. Poucas eram aquelas que realmente desejavam escutar a experiência da outra, a voz da outra. A maioria só queria contar da sua. Não tinham sentido falta de outras vozes, apenas do som da sua. Dez dias de silêncio não tinham sido suficientes para acabar com nossa surdez à voz alheia.

A reportagem foi publicada, com o título de “O inimigo sou eu”. Eu segui, guardando em parte o que aprendi lá. E tenho sentido falta daqueles dez dias de silêncio, agora que aumenta em níveis quase insuportáveis a poluição sonora dentro e fora de mim.


Acho que nunca escutamos tão pouco. E talvez por isso nunca fomos tão solitários.

Quando faço palestras sobre reportagem, os estudantes de jornalismo costumam perguntar o que devem fazer para se tornarem bons repórteres. Minha resposta é sempre a mesma: escutem. Acredito que mais importante do que saber perguntar é saber escutar a resposta. Não apenas para ser um bom jornalista, mas para ser uma boa pessoa.

Escutar é mais do que ouvir. Como repórter e como gente esforço-me para ser uma boa “escutadeira”.

É a escuta que nos leva ao mundo. E é a escuta que nos leva ao outro. Quando não escutamos, nos tornamos solitários, mesmo que estejamos no meio de uma festa, falando sem parar para um monte de gente. Condenamo-nos não à solidão necessária para elaborar a vida, mas à solidão que massacra, por que não faz conexão com nada. Não escutamos nem somos escutados. Somos planetas fechados em si mesmos. Suspeito que essa é uma época de tantos solitários em grande parte pela dificuldade de escutar.

Basta observar. As pessoas não querem escutar, só querem falar. Depois de muita observação, classifiquei cinco tipos básicos de surdos. Há aqueles que só falam e pronto.

Emendam um assunto no outro. Fico prestando atenção para detectar quando respiram e não consigo. Acho que inventaram um jeito de falar sem respirar. E ganhariam mais dinheiro se entrassem em algum concurso de tempo sem oxigênio embaixo d’água. Aí, pelo menos, ficariam quietos por um momento.

Existem aqueles que falam e falam e, de repente, percebem que deveriam perguntar alguma coisa a você, por educação. Perguntam. Mas quando você está abrindo a boca para responder, já enveredaram para mais algum aspecto sobre o único tema fascinante que conhecem: eles mesmos.

Há aqueles que fingem ouvir o que você está dizendo. Você consegue responder. Mas, quando coloca o primeiro ponto final, percebe que não escutaram uma palavra. De imediato, eles retomam do ponto em que haviam parado. E não há nenhuma conexão entre o que você acabou de dizer e o que eles começaram a falar.

Existem aqueles que ouvem o que você diz, mas apenas para mostrar em seguida que já haviam pensado nisso ou que sabem mais do que você, o que é só mais um jeito de não escutar.

Há ainda os que só ouvem o que você está dizendo para rapidamente reagir. Enquanto você fala, eles estão vasculhando o cérebro em busca de argumentos para demolir os seus e vencer a discussão. Gostam de ganhar. Para eles, qualquer conversa é um jogo em que devem sempre sair vitoriosos. E o outro, de preferência, massacrado. Só conhecem uma verdade, a sua. E não aprendem nada, por acreditarem que ninguém está à altura de lhes ensinar algo.

É claro que há um mix das várias espécies de surdos. E devem existir outras modalidades que você deve ter detectado, e eu não. O fato é que vivemos num mundo de surdos sem deficiência auditiva. E uma boa parte deles se queixa de solidão.

É um mundo de faladores compulsivos o nosso. Compulsivos e auto-referentes. Não conheço estatísticas sobre isso, mas eu chutaria, por baixo, que mais da metade das pessoas só falam sobre si mesmas. Seu mundo torna-se, portanto, muito restrito. E muito chato. Por mais fascinantes que possamos ser, não é o suficiente para preencher o assunto de uma vida inteira.

Num ótimo artigo, intitulado Escutatória, o escritor Rubem Alves diz: “Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular”.

Quando não escutamos o mundo do outro, não aprendemos nada. Acontece com o chefe que não consegue escutar de verdade o que seu subordinado tem a dizer. A priori ele já sabe – e já sabe mais. Assim como acontece com a mulher que não consegue escutar o companheiro. Ou o amigo que não é capaz de escutar você. E vice-versa.

Tornamo-nos muito sozinhos no gesto de não escutar. Em Revolutionary Road (Sam Mendes, 2008), traduzido para as telas de cinema do Brasil como “Foi apenas um sonho”, a cena final é a síntese dessa relação simbiótica entre surdez e solidão. Não a surdez causada pela deficiência auditiva, mas essa outra de que falamos, esta que é mais triste por ser escolha. Quem viu, não esqueceu. Quem não viu, pode pegar o DVD em qualquer locadora. Essa cena final vale por alguns milhares de palavras.

Sempre pensei muito sobre por que as pessoas falam tanto – e por que têm tanta dificuldade de escutar. Qual é a ameaça contida no silêncio? O que temem tanto ouvir se calarem a sua voz por um momento? Por que precisamos preencher nosso mundo - inclusive o interior - com tantos ruídos?

Acho que cada um de nós poderia parar alguns minutos e fazer a si mesmo estas perguntas.

Percebo também que há uma pressão para que nos tornemos falantes. Ser falante supostamente seria uma vantagem no mundo, especialmente no mundo do trabalho.

Mesmo que você não diga nada de novo, mesmo que você repita o que o chefe disse com outras palavras. Mas falar, qualquer coisa, é marcar presença, é uma tentativa de garantir-se necessário. E ser quieto, calado, é visto como um tipo invisível de deficiência.

Como se lhe faltasse algo, palavras. Mas será que as palavras estão ali, nessa falação desenfreada? Ou melhor, será que quem fala está realmente naquele discurso? Tenho dúvidas.

Por qualquer caminho que se possa pensar, me parece que o silêncio soa ameaçador. Em parte, pelo que ele pode dizer sobre nós. Enchemos nossa vida de barulho, da mesma forma que atulhamos nossos dias de tarefas, com medo do vazio. Tarefas em uma agenda cheia constituem outro tipo de ruído. E o vazio também é uma forma de silêncio.

Em rasgos de intolerância, achava que os falantes compulsivos eram apenas muito chatos e muito egocêntricos. Que as pessoas não escutavam – o silêncio e o outro – por prepotência. Mas acredito que é bem mais complicado que isso.

Há dois livros muito interessantes que pensam sobre a escuta. A Hermenêutica do Sujeito, de Michel Foucault (Martins Fontes), e Como Ouvir (Martins Fontes), um livrinho pequeno e precioso de Plutarco. Eles mostram que escutar é se arriscar ao novo, ao desconhecido. Na audição, mais do que em qualquer outro sentido, a alma encontra-se passiva em relação ao mundo exterior e exposta a todos os acontecimentos que dele lhe advêm e que podem surpreendê-la.


Ao ouvir, nos arriscamos a sermos surpreendidos e abalados pelo que ouvimos, muito mais do que por qualquer objeto que possa nos ser apresentado pela visão e pelo tato.

Faz muito sentido. As pessoas não escutam porque escutar é se arriscar. É se abrir para a possibilidade do espanto. Escancarar-se para o mundo do outro - e também para o outro de si mesmo.

Escutar é talvez a capacidade mais fascinante do humano, por que nos dá a possibilidade de conexão. Não há conhecimento nem aprendizado sem escuta real. Fechar-se à escuta é condenar-se à solidão, é bater a porta ao novo, ao inesperado.

Escutar é também um profundo ato de amor. Em todas as suas encarnações. Amor de amigos, de pais e de filhos, de amantes. Nesse mundo em que o sexo está tão banalizado, como me disse um amigo, escutar o homem ou mulher que se ama pode ser um ato muito erótico. Quem sabe a gente não experimenta?

Escutar de verdade implica despir-se de todos os seus preconceitos, de suas verdades de pedra, de suas tantas certezas, para se colocar no lugar do outro. Seja o filho, o pai, o amigo, o amante. E até o chefe ou o subordinado. O que ele realmente está me dizendo?

Observe algumas conversas entre casais, famílias. Cada um está paralisado em suas certezas, convicto de sua visão de mundo. Não entendo por que se espantam que ao final não exista encontro, só mais desencontro. Quem só tem certezas não dialoga. Não precisa. Conversas são para quem duvida de suas certezas, para quem realmente está aberto para ouvir – e não para fingir que ouve. Diálogos honestos têm mais pontos de interrogação que pontos finais. E “não sei” é sempre uma boa resposta.

Escutar de verdade é se entregar. É esvaziar-se para se deixar preencher pelo mundo do outro. E vice-versa. Nesta troca, aprendemos, nos transformamos, exercemos esse ato purificador da reinvenção constante. E, o melhor de tudo, alcançamos o outro. Acredite: não há nada mais extraordinário do que alcançar um outro ser humano. Se conseguirmos essa proeza em uma vida, já terá valido a pena.

Escutar é fazer a intersecção dos mundos. Conectar-se ao mundo do outro com toda a generosidade do mundo que é você. Algo que mesmo deficientes auditivos são capazes de fazer.

Eliane Brum

De hoje

Os escritos?
Estão todos guardados dentro de mim e no ar.
Inspiração e já nasce um.

No entanto,
espero o ego se diluir
no Eu simples e sincero.
Para ser si humilde
ou a canção não valerá a pena.

 
Lua cheia, 26 de junho 2010.

                                                         Ceci 

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Uma homenagem de Mundim do Vale feita no Blog Sanharol

Desperta Claude Boris
Que já vai, bem alto o sol,
O Blog do Sanharol
Quer vê você bem feliz.
Aqui o poeta diz:
- Você é gente da gente
Que inspira esse repente.
Hoje no seu grande dia,
Receba essa poesia
Como se fosse um presente.

Garota do Cariri
Nesse seu aniversário,
Eu vou falar de um cenário
Que você deixou aqui.
O caroço de piquí
Servido na nossa mesa,
O banho lá da represa
E a chuva no telhado,
Tocando bem ritmado
Uma canção sertaneja.

Nosso poema é brejeiro
Mas enxerga a sua serra,
Tem a poeira da terra
E a sombra do oitizeiro.
Tem a prosa no terreiro
Tem a sombra do oitão,
As debulhas de feijão,
A subida da porteira,
Batizado na fogueira
Das noites de São João.

Escrevo de Fortaleza
Em nome do Sanharol,
Esquecendo o futebol
Para falar de grandeza.
Pode ficar na certeza
Que o dia é abençoado
Com os amigos de lado
Lhe abraçando toda hora.
E a Virgem Nossa Senhora
Lhe veste o manto sagrado.

Eu agora vou rimar
De uma forma possessiva,
Sei que você não precisa
Que eu venha lhe bajular.

Mas para finalizar
Eu vou dizer mesmo assim
O verso chegou ao fim,
Mas digo sem embaraço
Receba um forte abraço
Do seu amigo Mundim.


Mundim do Vale

FLORES E FESTA PARA CLAUDE




Claude, receba as flores que te dou. Em cada flor um abraço de amizade e de gratidão pela beleza poética que você traz às nossas vidas. Com o carinho de Stela


FIDELIDADE ACIMA DE TUDO

Pedro Esmeraldo

Muitas vezes, nós nos enganamos, pois sempre procuramos dar guaridas aos distritos com prioridades e com “STAFF” para que viessem se agrupar ao quadro de comportamento digno de progresso urbano, coisas que reúnem em si os caracteres que distinguem uma classe social de nossos tempos.
Maldita a hora em celebrar esses fatos de desenvolvimento, pois sempre não nos compreendem e nem sempre em suas reivindicações, não retribuindo com gratidão e solicitude de nobreza de uma sociedade justa e digna já que não fomos reparados com modos, pelo menos até agora, todos os benefícios recebidos. Ainda não nos compreendem e praticam a insubordinação. É irrelevante e não nos reconhecem como verdadeiro pai de uma classificação distinta. Contaminados por conversas amaldiçoadas, e por falsos líderes políticos, onde predominam a corrupção; dizem que é bom para o Crato e a cidade não tem nada a perder: o povo por sua vez é ingênuo acredita em conversas lisonjeantes de políticos, permanece fustigado e dilacera a cidade do Crato, já que desejam arrebatar o que temos de bom.
Não gostamos de ser repelidos pela ingratidão de um povo que só obteve grandes melhoramentos, dignos de uma sociedade merecida e trabalhadora. Ao mesmo tempo, não possui a compreensão expressiva.
Avisamos que temos desgosto desses filhos ingratos, visto que não procuram integrar-se ao meio e vivenciar de voz vibrante apregoando tolices contra a cidade mãe, cometendo disparates aleatoriamente, ouvindo burrices de “alguns deputados malditos”, deixando de lado a contemplação de pessoas qualificadas da terra e evoluídos que trazem a paz, a união e o progresso.
Temos medo desses filhos ingratos porque são silenciosos, “vivem tramando” baixo desempenho, trazendo toda a sorte de gaiatice zombeteira e se possível, praticam até atos embusteiros como foi arrecadado ultimamente, arrebatando um quinhão de terra do distrito de Santa Fé, tudo isso causado com o conhecimento das autoridades, já que isto é, sem mais nem menos, fazem vista grossa ao favoritismo desse povo que está sendo apoiado pelas autoridades legislativas, pois até agora, não tomam nenhuma providência séria a esse respeito.
Quiséramos que toda a população gritasse contra essas mazelas que ora estão acontecendo aqui no Crato, mas não; preferem ficar quietos e não praticam nenhum movimento contrário.
Não aceitaremos de bom grado essas atividades desfavoráveis para nós, visto que não poderemos permanecer mutilados e aqui parada uma cidade distorcida pelas artimanhas desses políticos maldosos, corruptos e que afirmam: para melhor compreensão deveríamos transformar esses distritos em alguns aglomerados urbanos acoplados a essa cidade, visto ser aproximado da zona urbana e por certeza sairíamos contemplados em futuro próximo de um recanto elegante e de prosperidade e que por sua vez melhoraria a sua situação urbanista e seria protegido pelas águas abençoadas das zonas metropolitanas do Cariri.
Não teríamos uma distribuição de pobreza e avançaríamos com fé e coragem da magnitude urbana.
Cratenses: tomem cuidado com os abutres inimigos que estão ao nosso lado, buscando votos. Não se deixem enganar, não dêem atenção às suas conversas ardilosas que vem aqui buscar benesses e nada mais. Trazem esses políticos cratenses que são verdadeiros entreguistas e facilmente prejudicam o Crato com conversas ocas, dando tapinhas nas costas dizendo: somos amigos dos pobres. Não tenham medo deles, pois são o ópio dessa cidade.
Quando lhe oferecer tratamento médico recusem, porque aqui no Crato tem o tratamento médico do SUS que é para servir a toda população do Crato.

Crato-CE, 20.06.2010

Hoje é o dia D(ela)


Claude é
Orquestrada
Música e poesia .
É estrela , sol
às vezes lua.
Cascata e água de açude
Verde e flor
Semeadora de alegria
Instrumento do amor.
Claude é patrimônio humano
cultural do Cariri.
Bela na ruga do riso e do olhar.
Beleza expandida ,
captada , quando de todos se aproxima.

O cárcere de Bárbara de Alencar




O cárcere de Bárbara de Alencar

Eu vi o cárcere de Bárbara de Alencar.
No subsolo, a pequena cela de tortura:
Atrás das grades, pedras, paredes de pedras,
A cela onde um homem não cabe em pé.

Bárbara recebia uma só refeição por dia,
Mas era muito: alimentava-se de pedras
E de orgulho ferido e erguido como bandeira.
As pedras eram cabras mansas para Bárbara

Ordenhar: Bárbara tirava leite das pedras.
“Quem me pedirá contas de meus atos?
Meu marido, meus filhos, o meu Ceará?

Quem combate o bom combate não sucumbe.
Eu colho na derrota toda a minha vitória.”
Ouvi a voz de Bárbara, viva, nas pedras.

_________

Os versos que me escondes - (Claude Bloc)


Estas frases são minhas
E as escrevo enquanto te espero
Enquanto chega a noite
Enquanto baila o dia.

Beijo teu sorriso
Que entra pela porta
Brisa sutil insuflando
A alegria mais pura

Canto devagar pela janela
Os versos que me escondes
E a poesia que vem aos poucos
Se instalando, com teu sorriso.
Claude Bloc