Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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domingo, 11 de julho de 2010

Coisas de avó - por Socorro Moreira

temos a testa em comum
a mania de comer o que não pode
a gula de chupar duas bolas de sorvete

o pique de viver cantando e dançando,
eu perdi...
-ela só está começando!

ainda aproveito, pouco , o tempo
deixo  a oportunidade escapar
perdendo pela terceira vez
a leveza da infância:
a minha, a dele, a dela !

Quero o sorriso das meninas
antes que o meu se perca na terra
e o pó se espalhe na trsiteza
da falta de chuva.

nem demais, nem de menos...
tenho nenhum tempo
e estico o que fazer
pra ganhar sinergia
nas  possíveis alegrias.

Alegria certeira
é olhar Bianca e Sofia,
brincando com as bonecas ...

O dia em que vi o Marechal Lott e não estav ano Crato - José do Vale Pinheiro Feitosa

Este Cratinho de açúcar, com sabor de buriti, digestão de piqui, sempre foi e ainda continua sendo udenista. Um dos grandes líderes udenistas da cidade foi Ossian Araripe pai do atual prefeito que é do PSDB, que dizem é a revisita da UDN.

A família Alencar, tomando por tradição Dona Bárbara, José Martiniano e Tristão, do qual Ossian é descendente, acho que estaria melhor representada, em Ideologia, pela gestão de um Alexandre Arraes. Que, aliás, era Alencar, getulista e, portanto, muito mais progressista: o sobrinho se tornou uma referência popular no nordeste – Miguel Arraes.

Acontece que a matriz do poder da UDN no Crato estava noutras famílias antigas na cidade, entre as quais: Teles de Quental e Pinheiro. A considerar Dr. Décio e Filemon Teles. Por isso mesmo é que a primeira eleição do PSD na cidade, apenas aconteceu quando nem PSD mais existia: foi com a eleição de Pedro Felício e decorreu da ruptura dentro da família central na UDN.

O primeiro episódio de ruptura, narrado nos blogs daqui por Carlos Esmeraldo, foi quando José Esmeraldo rompeu com a UDN e se tornou uma força política essencial para derrotar eleitoralmente o Dr. Derval Peixoto. O outro episódio, não tão estratégico foi o papel de Expedito Pinheiro na denúncia da manipulação de cédulas eleitorais.

Uma das surras clássicas do PSD para a UDN, aqui na cidade, foi na campanha presidencial quando se elegeu Jânio Quadros. Isso foi maior, pois foi a primeira e única vez em que a UDN chegou, pelo voto, perto do palácio presidencial. Das outras vezes ela tentou, mas, por golpes políticos.

O derrotado foi o Marechal Henrique Dufles Baptista Teixeira Lott grande vulto das Forças Armadas brasileiras. Independente, nacionalista, não se subordinava a Washington como boa parte dos seus colegas e tampouco tinha aversão ao processo democrático. Ao contrário. Impediu em 11 de novembro de 1955 um golpe dos “patriotas” contra a legalidade.

Nas eleições dois símbolos marcaram a campanha: a vassoura (para varrer a corrupção em Brasília) e a espada (da legalidade). Uma vez o Marechal estava em campanha no interior de Minas, num automóvel do aeroporto para o centro da cidade quando um eleitor de Jânio enfiou uma vassoura dentro do carro, pela janela e tentou atingi-lo. Lott mandou o carro parar e saiu no meio das facções em disputa, foi até o sujeito, tomou-lhe a vassoura, jogou-a no chão e disse com o dedo em riste: –“O senhor pode votar em quem quiser, é um direito que eu assegurei quando garanti a posse do presidente Juscelino. Mas o senhor respeite a mim e a democracia. Proceda como homem de caráter”. Voltou ao automóvel sob aplausos dos seus e silêncio dos udenistas. Jânio perdeu as eleições nessa cidade.

Logo que vim morar no Rio de Janeiro, vinha andando pela Rua Constante Ramos em Copacabana, quando na esquina da Nossa Senhora de Copacabana, cruzei com o Marechal Lott, já velhinho, ele e a esposa, andando no anonimato, vindo de uma igreja perto. Era um dia de domingo. E imediatamente não me lembrei daquela campanha que vivera menino ainda no Crato.

Lembrei-me do avô ferido em seus brios. De saber que o neto havia sido preso ilegalmente pelos cães da ditadura no período mais cruel dela, entre 1969 e 1970. Que o neto tinha sido torturado num quartel do seu exército até os limites da vida. Ele vestiu seu uniforme, armou-se, foi até o comandante e, consta, que disparou sua dignidade sobre o autor das torturas.

Tarcisio Pinheiro - José do Vale PInheiro Feitosa

Das coisas que não gosto de fazer, apenas dizem de mim. Nada tem com quem goste. Pois o que eu gosto não tem escala de valor alguma. Apenas uma referência pessoal que se construiu por muitos motivos.

Por isso vou fazer uma coisa que não gosto. Falar de alguém só por que tenha parentesco comigo. Mas o faço por um motivo secundário: quando ele saiu do Crato para fazer faculdade eu era muito novo para lembrar-me dele. Quando retornou, era minha vez de sair.

Mas ele o tinha por uma curiosidade, mesmo naqueles tempos idos, uma singularidade: minha mãe e o pai dele eram primos carnais. O que vem a ser isso? O pai da minha mãe era irmão do pai dele e assim como as respectivas esposas eram igualmente irmãs. Joaquim e Hermógenes por um lado e Amélia e Raimunda pelo outro.

Gisélia Pinheiro, minha mãe e Expedito Pinheiro, pai de Tarcísio Pinheiro eram primos carnais. E vi Tarcísio sempre de passagem em raras visitas. Era muito presente na memória da casa do meu Pai e da Maria do Carmo Feitosa, minha madrasta e mãe dos irmãos caçulas que me dão uma sensação de juventude prolongada.

O motivo principal para falar de Tarcísio Pinheiro é que Maria do Carmo estava procurando algo transcendental para agradecer a Tarcísio pelo que ele foi, em carisma, tolerância e, sobretudo, adivinhação para ela. Tarcísio Pinheiro tinha uma coisa essencial em ser médico ou profissional de saúde de um modo em geral.

Este essencial é gostar de gente. Se preocupar com a pessoa e está sempre ao seu lado quando uma das maiores angústia peal qua se pode passar acontece que é a doença. Por isso este é o dom essencial ao médico, gostar de gente, saber falar com o corpo dela e seu psiquismo individual. Antecipar-se, ou mesmo, atalhar forças que podem piorar a situação de qualquer pessoa.

Sabe quando alguém se encontra perdido? A palavra diz tudo: não encontra seu destino e nem a si. E quando no meio daquele ermo, aparecia Tarcísio Pinheiro, com seu gesto humilde, sua voz doce, mas de comando, convicta, contundente, dirigia alguém ao rumo delas mesmas.

Tarcísio Pinheiro deve ter tido desafetos, um colega que sentiu algo com a prática dele. Uma paciente que não avaliou a verdadeira dimensão do seu empenho. Mas isso eu só especulo por que reconheço Tarcísio na espécie humana e todos os humanos têm seus contraditórios.

A rigor nos raros momentos em que estive com Tarcísio, pude sentir aquele espelho suave da lâmina de água de um açude após as três horas da tarde. Querendo defini-lo com mais precisão vou direto ao que conheço: era o reverso da personalidade exuberante e barulhenta de Expedito Pinheiro.

Tarcísio Pinheiro nem precisa de averiguação para ultrapassar o umbral das pessoas queridas. Ele já nasceu com seu ingresso no umbigo.

As portas do abismo - Emerson Monteiro

O ser humano vive para responder a desafios, sendo esses ainda mais variados nos dias atuais, desde doenças transmitidas nas relações íntimas até as desigualdades sociais expressas nos da violência urbana que predomina, sobretudo nas cidades maiores, sem no entanto isentar dos crimes bárbaros as menores comunidades, em sua grande parte originados da falta de formação moral, do índice de agressividade crescente dos tempos ditos modernos e da utilização indiscriminada de substâncias bloqueadoras das funções da racionalidade.
Neste ponto histórico da nossa espécie, os exageros se apresentam com tamanha dominação que muitos se deixam abandonar sob o impacto desses desafios, quais meros escravos das avassaladoras ondas de uma destruição perversa.
O senso crítico bem que pode prevenir a vacilação comprometedora. Já partir da infância, os jovens devem dispor de estrutura para superar o sugadouro em que se transformou a cultura de massa, tendo ao comando a televisão, espécie de tóxico permissivo, de poderes inimagináveis, máquina do desequilíbrio, outro tipo de droga, quase sempre usada de modo equivocado para vender sensacionalismo, tolerada acima de qualquer avaliação prévia.
Assim, dizíamos, os jovens têm de descobrir desde cedo como criar firmeza para atravessar a longa jornada no planeta, independente da opinião de terceiros, pois a vida é, na verdade, uma missão individual, fora do juízo dos outros, considerando-se a saúde mental como a peça chave do equilíbrio naquilo que iremos cumprir no rumo da felicidade perene.
Quando detêm consciência do que fazem, os moços procuram agir com superioridade em relação a todos esses fatores adversos. Põem-se a par do valor das coisas simples, dentre elas a lucidez, construindo em si um sonho novo no coração, dentro da realização futura, a esperança dos tempos.
O jovem de hoje nem sempre possui condições de vencer o mar tormentoso da droga, porém deve fazê-lo, custe o que custar de sacrifício das vaidades e afoiteza, em nome de sua própria sobrevivência, porque traz consigo a semente do amor e da paz, respostas plenas de renovação de nossa espécie.
Avalie com carinho essa perspectiva: mantenha sua sobriedade no decorre da vida e verá como as reservas serão suficientes para vencer a todos os desafios. Só então perceberá o quanto há de sapiência nos mistérios da Natureza.

Mensagem enviada por Nívia Uchôa

  1. Grandes atrações da Expocrato estarão no Palco Sonoro URCA/BNB

Começa nesta segunda-feira e prossegue até sábado o Palco dos Artistas do Cariri na Expocrato. Alguns artistas chamam de Palco da Resistência por ser um dos poucos espaços que eles tem para se apresentarem.

O Palco Sonoro da Universidade Regional do Cariri – URCA e do Banco do Nordeste trarão mais de 20 atrações musicais e teatrais. O Palco é um dos poucos espaços destinados aos artistas regionais numa das mais antigas e maiores festas do interior do Estado.

Esse ano a reitoria da Universidade teve que recorrer a Comissão Gestora da Expocrato para pedir autorização na realização do palco. Tendo em vista que a Comissão tinha proibido o uso de aparelhos sonoros em algumas partes do Parque de Exposição.

A intenção do Palco é garantir não só a participação dos artistas regionais, mas a diversidade e a pluralidade musical do Cariri. Com o tema “A tradução contemporânea de nossas tradições” será apresentado no Palco Sonoro: música instrumental, forró pé-de-serra, hip-hop, jazz, reggae, pop-rock, maracatu e outras sonoridades e misturas musicais.

O Palco é uma realização da Universidade Regional do Cariri, através da Pró-Reitoria de Extensão – PROEX, Instituto Ecológico Cultural Martins Filho – IEC e conta com a parceria do Centro Cultural do Banco do Nordeste. A produção é da Oca-Officinas de Cultura Artes & produtos derivados e o Coletivo Camaradas.


--
Prof. Alexandre Lucas
(88)9248-5255
(88) 88476946
(88) 99772082

Ampliada a programação festiva do Cariricaturas !

Colaboradores, leitores e amigos , Cariricaturas, convida!

Dia 22.07 - Lançamento do livro " Poeiras na Réstia" de Everardo Norões- às 19 h, no Teatro Raquel de Queiroz (local a ser confirmado).

20h.- Recital do músico Dihelson Mendonça. Entrada franca.

Dia 23.07- almoço literário no 4 Estações- a partir das 12 h
(12,00 por pessoa).


Dia 24.07 - festa de lançamento do livro "Cariricaturas em verso e prosa", no Crato Tênis Clube - a partir das 20 h.
(40,00 a mesa)

Ingressos individuais : 10,00

Contamos com a presença de todos!

é preciso





















é preciso esperar
que as palmeiras sequem
que os outros se levantem
da escada
e os prédios
se cansem de envelhecer

é preciso que
os que passeiam
levantem os olhos
e em pensamento
pelo menos
ergam a mão
até que o façam
de fato

e a tragédia
não triunfe todo dia
como tem feito
diante das portas
da casa de orações


Foto: Chagas. Homem sentado na porta da Catedral da Sé em São Paulo. Jan. 2010.

Nosso amigo, Dr. Tarcíso Pinheiro.

Agradeço a Deus por todos os dias da minha vida, principalmente pelos mais difíceis. É minha a vida. Ele deu-ma.São uma benção os sentidos. O mínimo que devemos fazer é dar sentido também ao coração, maestro da alma, e bater no peito, dizer que esta bomba de sangue sempre identificou você, Tarciso, como a um bom amigo, colega exemplar, esposo apaixonado e pai bondoso. Filho e irmão querido, homem reto, urbano, amigo disputado por todos. Somos gratos por você em nossas vidas tal e qual um sol, uma lua, as estações e as mais lindas canções já concebidas. Creia, meu caro, que Deus se ocupa agora somente de você. Afinal, é no sofrimento que atingimos a excelência e vencemos o medo. Obrigado. Vamos procurar um rio ainda sem nome e batizá-lo com o seu, e iremos identificar seus olhos nas estrelas.

Nota de falecimento

Com pesar,  notificamos o falecimento de Dr. Tarciso Pinheiro.

Abraços  solidários aos seus familiares e amigos.

Outros Tambores

Amor dos meus sonhos
quero dançar esta música
contigo

os olhos fechados
ouvindo o rádio.

Rodopio,
invento passos
e dá certo.

Tu tens vergonha
e ficas filmando
meu jeito malandro
e místico

de flertar aquela música
da mocidade.

Amor dos meus delírios
vem logo dançar comigo
todo este meu arroubo

enquanto o mundo é quimera
e os meus pulmões não ardem.

Vê que agora pulo
sobre o vento

e o meu jeans estica
e a minha camisa branca se agita.

Vem, amor dos meus espasmos
aproveitar este milagre

pois tudo que toca no rádio
é a nossa canção.

Dia 30 de Julho, Show Musical

De “ídolo” a “monstro” - Por: José Nilton Mariano Saraiva

Não deveria constituir-se nenhuma surpresa para o mortal-comum o desabafo, por parte de um dos seus protagonistas, da existência no promíscuo meio futebolístico de verdadeiras orgias em ambientes privados, onde rola à vontade e em profusão o álcool, a droga, o sexo e, enfim, a devassidão.
Desprovidos de educação formal, analfabetos de pai e mãe a ponto da maioria apenas “ferrar” o nome com dificuldade, normalmente pra lá de complexados em razão da origem humilde e vida paupérrima que vivenciaram num passado que teima em se fazer sempre presente e incomodar, a maioria dos nossos jogadores de futebol (especialmente dos grandes times) não tem a estrutura psicológica para a abrupta metamorfose comportamental e do padrão de vida.
Com uma rechonchuda conta bancária abastecida preferencialmente de dólares ou euros, cercados das mil facilidades propiciadas por neo-amigos que lhes prometem irrestrita e canina fidelidade e – aqui é onde mora o perigo - implacavelmente cercados, assediados e perseguidos pelas plantonistas “marias-chuteiras” da vida (normalmente garotas de programa bem nutridas, interesseiras e... bandoleiras), os “heróis” de uma mídia corrupta (que lhes insuflam o ego) findam por sucumbir ao cerco. E aí, haja excessos.
Quem não lembra que o jogador Ronaldo Nazário “ficou” apenas uma única e solitária noite com a enjoada (e então conhecida como “rainha das embaixadinhas”), Milene Domingues que, esperta e providencialmente, tratou de “se garantir” ao engravidar, botar a boca no trombone e exigir seus “direitos” ??? Hoje, a ex-suburbana “senhora Nazário” se dá ao luxo de escolher os parceiros de programas (inclusive internacionais) e não tem nenhuma preocupação com o futuro, em razão da polpuda pensão alimentícia que recebe, legalmente autorizada pela justiça.
Quem há de esquecer que uma das nossas principais promessas para a Copa do Mundo, Ronaldo Gaúcho, paulatinamente ofuscado pelas luzes do sucesso, entrou em letal e corrosivo processo de decadência técnica e física ao patrocinar e participar de diuturnas e monumentais orgias em terras italianas, literalmente jogando fora a própria carreira (sem que antes, numa de suas estadas no Brasil, tenha experimentado também das agruras do “conto da gravidez”, resultando na obrigação de destinar uma gorda mesada mensal para uma daquelas vistosas dançarinas do Faustão, presumivelmente mãe de um seu filho).
Quem não recorda que o jogador Adriano (assim como no passado o fora o ídolo argentino Diego Maradona) foi literalmente “escorraçado” da Itália, em razão da sua incursão no sempre perigoso mundo das drogas pesadas e que, em chegando ao Brasil pra “viver a vida”, foi paparicado e convencido por dirigentes do Flamengo a “retomar a carreira” no clube, onde pintou e bordou, fez e desfez, casou e batizou (impunemente), já que continuou com a mesma vida desregrada e mafiosa, agora com contemporâneos de infância da favela onde nasceu, sem que os seus “padrinhos” tivessem moral pra tomar qualquer atitude.
A bola da vez, no momento, coincidentemente também ídolo da torcida do Flamengo, é o jogador Bruno Fernandes de Souza que, enrascado até a medula no “desaparecimento” da ex-amante Eliza Samudio, recusa-se a admitir ter participado ou se achar envolvido no seu seqüestro, prisão e morte, embora todas as evidências apontem nessa direção (e como são fortes e contundentes tais suposições).
O diferencial, aqui, é que o crime deixou evidentes pistas e acusações formais (inclusive um vídeo gravado pela própria), e foi executado com requintes de tremenda crueldade e hediondez, tudo levando a crer ter sido planejado e perpetrado por experientes e reconhecidos marginais (contratados e pagos pelo jogador), em razão, principalmente, do assédio para assumir uma indesejada paternidade extraconjugal (com o conseqüente pagamento da pensão respectiva).
Democrático por natureza e praticando onde haja um terreno baldio qualquer, acessível às pessoas de diferenciados segmentos sociais, o futebol constitui-se no sonhado passaporte condutor da fama, prestígio e independência financeira, especialmente para aqueles que, por falta de oportunidade ou por não quererem mesmo nada com a vida, em termos de estudo, educação e conhecimento, mas que possuidores do dom ou “talento” no trato da bola, nele desembarcam.
Uns, mais expeditos, souberam aproveitar o cavalo selado à sua porta, o montaram e seguem em frente, firmes e fortes, já que sem maiores preocupações futuras em relação ao vil metal; outros, atabalhoadamente, meteram os pés pelas mãos, se deixaram possuir pela soberba e arrogância, se danaram a praticar as mais estapafúrdias tolices e tendem a voltar ao limbo, à sarjeta, às origens marginais.
No caso do relativamente jovem e arrogante Bruno (26 anos), que em pleno clímax do imbróglio (aparentemente sem se dá conta da dimensão da monstruosidade em que se meteu) revelou seu sonho de envergar a jaqueta da seleção nacional bem como transferir-se para um grande clube do exterior (e até que tinha certo potencial), as perspectivas são as mais sombrias e apavorantes possíveis: 40 anos de reclusão e uma troca inusitada e não lá muito honrosa do gol do Flamengo pelo do esquadrão Bangu II, nos subúrbios cariocas.
Como, entretanto, há males que vêm para o bem, pode ser que num ambiente recluso, propício à reflexão e meditação, amazonicamente distante das massas que o ovacionavam a plenos pulmões nos mais diversos estádios do Brasil, o “evangélico” Bruno (e como tem “evangélico” no meio futebolístico) tenha bastante tempo para refletir sobre a apocalíptica reviravolta em sua vida, quando de “ídolo” transmutou-se à condição de “monstro”, num abrir e fechar d’olhos.
Estará preparado para isso ??? Difícil acreditar.

CLIQUE - Por Edilma Rocha


Tito Madi


Chauki Maddi, de nome artístico Tito Madi (Pirajuí, 12 de julho de 1929) foi um cantor e compositor brasileiro descendente de libaneses, seu pai e irmãos eram músicos e tocavam violão, alaúde e bandolim. Essa influência fez com que aos dez anos Tito já cantasse em festas da escola.

Nascido em Pirajuí, região Noroeste do Estado de São Paulo, é o filho mais ilustre do município, do qual recebe constantes homenagens e ainda é colunista no semanário local, O Alfinete.

Sua fase de compositor começou no final da década de 40. Dedicava-se, também, a organizar shows e eventos. Em 1952 mudou-se para São Paulo, indo trabalhar em rádio e televisão, onde permaneceu até 1954, quando veio para o Rio de Janeiro.

No Rio continuou compondo e cantando em boates e rádios. Em 1957 teve, finalmente, seu trabalho reconhecido: "Chove lá fora" seu grande sucesso, foi gravado em 1957 e lhe rendeu vários prêmios de composição. A música teve uma versão em inglês, com o nome "It's Raining Outside", gravada por Della Reese e The Platters. O conjunto vocal norte-americano gravou outras versões de músicas de Madi. O cantor e compositor passou por diversas gravadoras, lançou discos seus e fez participações especiais, apresentando-se em shows no Brasil e no exterior, principalmente Estados Unidos. Foi um compositor da geração pré-bossa nova, que teve influência sobre o movimento, com sambas-canções de harmonização moderna como "Cansei de Ilusões", "Sonho e Saudade", "Carinho e Amor" e "Não Diga Não". Outros sucessos, "Fracassos de Amor", "Gauchinha Bem Querer", "Balanço Zona Sul".

Vendeu mais de 100 mil cópias e foi destaque na programação das rádios de todo o país. Ganhou os prêmios mais importantes da época, como os troféus Guarani e Chico Viola. Teve músicas gravadas por grandes nomes da MPB. Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, há uma rua batizada com o seu nome.

wikipédia

A poesia de Pablo Neruda

Pablo Neruda

Para meu coração teu peito basta,
para que sejas livre, minhas asas.
De minha boca chegará até o céu
o que era adormecido na tua alma.
Mora em ti a ilusão de cada dia
e chegas como o aljôfar às corolas.
Escavas o horizonte com tua ausência,
eternamente em fuga como as ondas.
Eu disse que cantavas entre vento
como os pinheiros cantam, e os mastros
Tu és como eles alta e taciturna.
Tens a pronta tristeza de uma viagem.
Acolhedora como um caminho antigo,
povoam-te ecos e vozes nostálgicas.
Despertei e por vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam em tua alma.

Pablo Neruda


Pablo Neruda (Parral, 12 de Julho de 1904 — Santiago, 23 de Setembro de 1973) foi um poeta chileno, bem como um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX e cônsul do Chile na Espanha (1934 — 1938) e no México.

Tela de Modigliani


Sua relação com a pintura era de inspiração, criava pinturas com estilo único, uma linguagem plástica metafórica onde transfigurava figuras que pareciam saídas do passado, as transformando em pinturas do repertório moderno. Modigliani raramente aceitava trabalhos encomendados, a contra gosto de seu marchand. Possui uma rivalidade com Pablo Picasso em meio à boemia, por conta de uma inveja mútua e pelas diferenças de estilo, rivalidade aumentada pela arrogância e talento de ambos.

Em vida não vende muitas obras, faz uma exposição individual, porém não é muito aceito pela repercussão negativa que causa por seus nus expostos na vitrine da galeria, permanecendo somente um dia.

Cria a partir de várias influências em estilo único, teve como musa Jeanne, sua esposa, católica, que conhece em uma aula de desenho e com quem tem uma filha. A família de Jeanne não aceitava sua relação com o pintor por causa da religião de Modigliani e também de sua condição financeira e hábitos, culminando até em um dia seu pai colocar sua filha em um orfanato longínquo.

A partir desse fato, Modigliani, alcoolizado, se inscreve no Salão anual, ato que comete contra a vontade já que é orgulhoso e não aceita que tenha que participar de uma competição como qualquer pintor medíocre, porém, necessitava do prêmio em dinheiro para trazer de volta sua filha. Sua inscrição no salão inspira seu rival Picasso a se inscrever.

A vida de Modigliani foi de muito sofrimento, perturbações, tragédias, várias dificuldades, e quando ganha o prêmio no Salão Anual, morre. E, sua amante e mulher Jeanne, não consegue seguir com seu sofrimento e tira a própria vida, grávida de nove meses.

luviegas.wordpress.com/2008/07/

Modigliani

Amedeo Clemente Modigliani (Livorno, 12 de Julho de 1884 — Paris, 24 de Janeiro de 1920) foi um artista plástico e escultor italiano que viveu em Paris. Um artista principalmente figurativo, ele se tornou conhecido por pinturas e esculturas em estilo moderno caracterizado por faces mascara e alongamento da forma. Ele morreu de meningite tuberculosa, agravada pela pobreza, excesso de trabalho, alcool e drogas (haxixe).
wikipédia

Cariricaturas,agradece !

Recebemos de Elmano Rodrigues Pinheiro 25 exemplares de livros diversos (da mais alta qualidade) para serem sorteados , na festa do dia 24 de Julho do Cariricaturas !

Nosso agradecimento, Elmano ! 

Agradecemos também, antecipadamente , à Sônia Rodrigues Jamacaru ( irmã de Elmano) , que gentilmente se propôs a dar uma força, na decoração do Crato Tênis Clube, no dia da nossa festa. 

Nosso abraço, Sônia !

Sara !




A avó de Sara teve uma infância e adolescência muito ligada à minha .Somos netas de Donana !
Quando Lorena nasceu ( mãe de Sara) , Ivone comentou :
"Não é porque seja minha filha , mas Lorena parece uma princesinha !E parecia mesmo !
Agora o trono é de Sara !
Sara é filha de Lorena ,neta de Haroldo   e Ivone Maria,bisneta de Ivone Moreira e tataraneta de Ana Amélia de Menezes Moreira (Donana).

Recebi por e-mail, através de Fátima Figueiredo :

Não tem como não ser coruja,tem?
A Sara é a lembrança pura de Lorena nessa idade. Claro que tem as pequenas diferenças!
Mãe, , é tudo isso: coruja, babona, enxerga pouco e tantas outras coisas. Só sabe quem
também passa por essa prazerosa experiência.
Abraços,
Ivone Maria

NÃO QUERO IR PARA PASARGADA - Por Xico Bizerra

Não. Não quero ser amigo do rei e, apenas por sê-lo, me empanturrar de suas benesses, receber seus lauréus. Prefiro não tê-lo no rol de amigos e poder dormir tranqüilo, sabendo que os frutos do meu pomar são reconhecidamente saborosos na opinião de gente honesta e boa e não uma farsa mal montada. A mulher que quero já tenho e ela dorme comigo na cama que escolhemos, eu e ela, sem qualquer palpite do rei. Seus asseclas, submissos e subservientes, talvez deitem na mesma cama em que o rei eventualmente também se deita.
Não nomeio impostores, eu mesmo cuido do plantar, do regar e do colher. Não uso da influência real para corromper os provadores, degustadores, alguns pobres inocentes úteis ao rei e inúteis a si próprios. E o ‘soberano’, imponente, acima do bem e do mal, se deixa afagar, ego imenso, em banquetes fenomenais. Não me importa o julgamento se quem julga é imoral. Não pelo simples fato de ser amigo do rei, mas por ter os amigos do rei também como amigos seus. Dizer que não gosta do fruto e recomendá-lo por gostar de quem o plantou, apenas por isso, é tão imoral quanto posar de isento, justo e correto, sem sê-lo. Acho que o Rei sequer come os seus frutos, apenas recomenda-os.
Estaria estragada a erva provada por esse juiz? E quem o colocou ali para julgar os sabores que lhe são mostrados? Não, não quero ser amigo do rei e acho que ele não merece ter-me como amigo. Que Deus me dê saúde e boca para falar, gritar, denunciar a orgia do rei e de seus amigos. Adeus, Pasárgada, adeus, Bandeira, não quero e não vou ser amigo do rei. Meu sangue plebeu não me permitirá uma vaga na Corte que não seja a de Bobo. E para isso não tenho qualquer vocação. Vou-me embora pra outro lugar que não Pasárgada.

Xico Bizerra

O Poeta Insone

Os poetas são tolos.
Os poetas são imensamente tolos.

Entram em suntuosos,
intrigantes, arriscados
momentos de transe
escrevem seus versos

e aguardam o julgamento
das cruéis hienas
que sequer adivinham
o caminho.

Mas cheiram carne.
Mas farejam sangue.

Então os poetas
a cada momento
mais tolos

vigiam-se ansiosos
o veredito dos monstros.

Os leitores de poemas
se não escrevem
odeiam quem o faz.

E mentem, vibram,
mas dentro do peito
queima um troço ruim.

Os poetas felizes
pela amena sentença
abraçam-se a si mesmos

em risinhos lúdicos
feito crianças.

Que triste o meu fim
por ser eu um tolo.
Simplesmente um tolo.