Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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claude_bloc@hotmail.com

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

(Em) Tudo
- Claude Bloc -




Em tudo o que sou
estás.
Estás comigo
sem o teres sentido.
Em tudo
o que poderia ter sido.

Em mim,
és tudo ( à minha volta.)
unindo versos
rasgando prosa.

Claude Bloc

Um filme para ser visto - Emerson Monteiro

Trata-se de A língua das mariposas, produção espanhola de 1999, do diretor José Luis Cuerda, um drama bem elaborado que retrata a vida pacata do interior da Espanha às vésperas da Guerra Civil, idos de 1936. O roteiro reúne o desenrolar de três contos de Manuel Rivas, exímio escritor que revive histórias populares através de reconstituições da tradição oral recente da Península Ibérica. Em 2007, Rivas esteve no Cariri, juntamente com outro escritor, o contista moçambicano Mia Couto, ambos a proferir palestra conjunta no Salão de Atos da Universidade Regional do Cariri, em Crato.
O filme retrata a história de um garoto de sete anos que inicia seus estudos com um mestre-escola, Don Gregório, de ideias libertárias, vinculado ao Partido Comunista numa fase política contraditória que desaguaria nos traumas profundos e nas grandes tragédias das movimentações revolucionárias posteriores.
A Espanha serviria de campos de testa para as armas sofisticadas alemãs, logo em seguida utilizadas por Hitler na Segunda Grande Guerra. O confronto de pensamentos políticos diversos, socialismo, anarquismo, comunismo, fascismo e nazismo, terminaria ocasionando chagas profundas a centenas de milhares de espanhóis mortos, desaparecidos e refugiados, vincando de dor a paz daquela gente.
O despertar da criança para a vida tem, pois, como pano de fundo essa fase social, do ponto de vista da pequena comunidade e seus personagens, numa película elaborada com fotografia de rara qualidade e ritmo envolvente.
Numa graduação de interesses, o aluno desperta para a realidade sob os olhos atentos e cuidados do mestre, identificando-o com as novidades da natureza que revela nos primores da ciência e encontram na infância território fértil e alegre. No entanto, diante da serenidade aparente daquele universo em fermentação, crepitam temores da insegurança futura e os acontecimentos destruidores da paz, causando mágoas ainda hoje a persistir na alma da pátria.
O belo capítulo de um passado próximo que o tempo destruiu vem no filme e termina quando se iniciam outras situações com o furor que manifestaria rosto nostálgico de ódio e revolta dos seres humanos e seus caminhos desencontrados, afeitos aos valores apenas materiais.
Cenas finais assinalariam fortes emoções no espectador, reflexo e desfecho da amizade que se formara entre aluno e mestre, clímax digno das melhores quadras cinematográficas, quanto vista na sinceridade e no respeito pelas justas crenças.

Adivinhem quem esteve na minha varanda ?!- Por Socorro KMoreira




Fez um avarandado de versos,
na oralidade...
Depois ficou tenso, calado ...
Corre no pensamento,
em busca de esmeralda rima
(ou é intriga verdadeira
com esta estranha cidade ?)

Cadê o Crato de 18 anos atrás ?
Ah... Existem  cantos reconhecíveis
Existem outros botecos
e a cerveja continua  no gelo
Viram tristeza em meu olhar
Dei na troca ,uma alegria ...
Bem maior é encontrar!

COMPOSITORES DO BRASIL


A MPB no Cinema Brasileiro

Por Zé Nilton

Outro dia estive revendo Amarcord, de Federico Felini. Uma ou duas vezes por ano revisito as obras primas do insubstituível mestre. Vivo num tempo em que o bom é voltar pra trás, como diz o mineiro. O passado parece que me revigora. Mas, não seria o novo? Aliás, tenho uma mania feia de não correr para olhar novidades. Deixo o tempo passar, ouço tudo sobre a coisa da hora, aí, bem na frente, depois de muito tempo, eu vou lá, atrás do novo que já passou.

Há coisas novas que vejo, leio ou escuto uma vez só, quando me interessam. Já outras eu firmo uma espécie de compromisso de um eterno retorno. Tipo assim uma dívida divina, é como se aquilo se tivesse um “pedaço de mim”, “metade afastada de mim”, que me crava uma saudade imensa. Por isso eu volto levado pela saudade e ausência, e me refaço porque equilibro todos os meus sentidos.

Voltei a Amarcord também pela bela e penetrante trilha sonora. O talentoso Nino Rota fez demais. E fez para o filme de Felini. Filme de recordação. E quando ouço a trilha “no toca fita de meu carro” bate uma saudade... Mas de que ? De quem ? Não sei explicar. Só pode ser da “metade desgarrada de mim” e de sua inquietante ausência. Aliás, me lembrei do filósofo Rubem Alves; ele fala desses mistérios.

Bom, quem não se emocionou com a música acompanhando as cenas daquele filme? Quantas lágrimas não foram derramadas no escurinho do cinema quando a música criava o clímax? Quem não se lembra de “Al di la”... Com a palavra a poeta Socorro Moreira, o escritor José do Vale, o folclorista Antonio Morais, o maestro Dihelson e você aí que curte tudo isto.

O cinema brasileiro tem um passado de inserção de boas trilhas sonoras e muitas músicas principalmente nos tempos das chanchadas. Mas também nos belos filmes com temáticas urbanas e rurais.

Nesta quinta-feira, no COMPOSITORES DO BRASIL, vamos iniciar uma série de programas com a temática da MPB no cinema. Claro que aceitamos colaborações, porque não é fácil encontrar aquela música daquele filme.

Para o primeiro programa iniciaremos com:

ESTRELA DO MAR, de Marino Pinto e Paulo Soledade com Dalva de Oliveira e a Escola de Samba Império Serrano, do Filme TUDO AZUL, 1952
SODADE, MEU BEM, SODADE, de Zé do Norte com Pena Branca e Xavantinho, do Filme O CAGACEIRO, 1953
VIDA DE BAILARINA, de Américo Seixas e Chocolate com ângela Maria, do filme RUA SEM SOL, de 1953.
ESCUTA, de i Ivon Cury com Emilio Santiago e Ângela Maria, do Filme O REI DO MOVIMENTO, 1954
OBSESSÃO, de Mirabeau e Milton de Oliveira com Carmem Costa, do Filme. DEPOIS EU CONTO - 1956
ANDORINHA PRETA, de Breno Ferreira com Hebe Camargo, do Filme RIO FANTASIA , 1956
TRABALHA MANÉ, de José Luiz e João da Silva com Os 3 do Nordeste, do Filme FUZILEIROS DO AMOR.1956
MADUREIRA CHOROU, de Carvalhinho e Júlio Monteiro, com Joel de Almeida, do Filme É DE CHUÁ, 1957
CISNE BRANCO, de Antônio M.E.Santo e Benedito X.de Macedo, com Dilermando Reis, do filme O PAGADOR DE PROMESSA, 1962
VAI TRABALHAR VAGABUNDO, de Chico Buarque com Chico Buarque, do Filme VAI TRABALHAR VAGABUNDO, 1973
PECADO ORIGINAL, de Caetano Veloso com Caetano Veloso, do Filme A DAMA DO LOTAÇÃO, de 1978.

Quem ouvir verá!

Programa: Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri (www.radioeducaroradocariri.com)
Todas as quintas de 14 as 15 horas
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Operador high tech: Iderval Dias
Direção Geral: Dr. Geraldo Correia Braga


II Festival de Flores de Holambra no Cariri

Será aberto nesta quinta-feira, às 9h, em Juazeiro do Norte, o II Festival de Flores de Holambra, que ano passado foi sucesso de público. Mais de 30 mil pessoas passaram pelo local da feira, na praça padre Cícero, nos dez dias de realização do evento. A feira este ano acontece de 25 de novembro a 5 de dezembro. Um momento de encanto com as flores, que faz chegar o final do ano de forma diferente na região.
São mais de 200 variedades de flores e plantas ornamentais que estarão disponíveis para contemplação e comercialização, a preços acessíveis. A abertura será marcada com a presença de autoridades e da população regional. Nos próximos dias, o caminho das flores de Holambra passa a ser o Cariri, fomentando o turismo e negócios, inclusive causando impacto positivo no setor. A feira de flores acontece nas principais capitais do Brasil, e também nas grandes cidades nordestinas. Fortaleza é uma delas, além de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Belo Horizonte, Recife, João Pessoa, Natal e Maceió.
Para se ter idéia do nível desse festival, Holambra, em São Paulo, é responsável pela maior produção de flores do Brasil, também exportadas para vários países. A produtividade corresponde a 30% das flores e plantas ornamentais cultivadas em todo o País. Uma estrutura será montada na praça, no intuito de melhor atender a população, que passará pelo corredor das flores.
A realização do evento é da Cooperativa de Flores de Holambra e do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal. Várias empresas são parceiras desse importante projeto, que movimenta a cidade, proporcionando mais vida e a vinda de mais turistas, em uma atração de grande porte. E o melhor de tudo são os preços de grande acessibilidade para todos os tipos de públicos. Rosas, gérberas, bonsais, cactos, orquídeas, violetas e muito mais variedades podem ser encontradas no local de realização do festival a preços que variam de R$ 1,00 a R$ 50,00.
Uma equipe de consultores de Holambra estará na praça Padre Cícero para passar informações importantes a respeito do cultivo dessas plantas e adequação à realidade climática. A idéia é orientar o cultivo em apartamentos, jardins, residências e hotéis das cidades da região. Containeres refrigerados com as flores aportam no Cariri durante esses dias de realização do II Festival. Uma equipe estará disponível para atender o público, famílias do Cariri, num momento especial que abre as festividades natalinas com a magia das flores.


Contatos:
Informações: (88) 8812 5525/9915.3450
Assessoria de Comunicação
I Festival de Flores de Holambra, no Cariri

A eficiência do Correio – Por Carlos Eduardo Esmeraldo

De uma América a outra, eu consigo passar num segundo.”, diz um dos versos de Vinicius de Moraes na extraordinária canção “Aquarela”, cuja música tem uma interpretação primorosa do cantor Toquinho. Hoje vivemos essa realidade, com o mundo em nossas casas, falando e vendo entes queridos em algum lugar distante. As comunicações se propagam na mesma velocidade de nossos pensamentos. Longe vão os tempos em que um telegrama demorava de três a quatro dias, algumas vezes até mais tempo. Quando uma simples carta era recebida com atraso de mais de uma semana.

Mas o nosso Correio às vezes nos surpreende com algumas coisas interessantes. Recentemente, vi no “Jornal Hoje” da Rede Globo a notícia de que um cidadão de Brasília residente na Super Quadra Norte, cujo endereço os brasilienses simplificam para SQN, ao fazer o registro por telefone do seu aparelho celular, a funcionária da operadora teve dificuldade de entender a sigla do endereço que ele lhe fornecia. Então pausadamente ele explicou S de Sapo, Q de queijo e N de nada. Não é que ao receber a conta mensal do seu telefone o endereço que constava era “Sapo Queijo Nada 1315?” Naturalmente o pessoal do correio teve os mesmos pensamentos do destinatário.

Outro dia, eu recebi uma correspondência da Mútua, uma entidade de previdência privada, para um endereço totalmente diferente do meu. E não sei como tal correspondência me foi entregue, apesar do endereço indicado no sobrescrito vir totalmente trocado. Em vez de Avenida Rui Barbosa onde resido, vinha Avenida Raul Barbosa e o bairro Joaquim Távora foi substituído por Meireles, pelo qual não passa a essa tal Avenida Raul Barbosa. Até o CEP veio trocado. Não sei como recebi tal correspondia, que tinha de correto apenas o meu nome e a cidade de destino. Entretanto, diante dos recursos atuais, em que através da internet descobrimos o endereço de qualquer pessoa, isso não nos causa nenhuma admiração.

Admirável mesmo foi quando eu recebi em Salvador uma carta do meu irmão Pedrinho, apenas com o meu nome no envelope e o nome da cidade de destino. Isso há mais de quarenta anos, sem existência da internet e suas inúmeras listas on line. Era para essa carta ter voltado ao remetente com muita justiça. Mas eu a recebi, como que prenúncio de um verdadeiro milagre.

No dia seguinte, eu quis saber do carteiro, como aquela carta havia chegado às minhas mãos. E ele me respondeu que ao retirar as correspondências da sua área, ouviu o seu chefe perguntando aos carteiros se alguém conhecia Carlos Eduardo Esmeraldo. Então ele gritou: “Essa é minha!”. O carteiro trazia cartas que Magali me enviava com freqüência e por isso eu me tornei um velho conhecido dele.

Porém não foi assim recentemente com uma encomenda que eu enviei a um amigo do Crato. Com o nome do destinatário e o da rua corretamente preenchidos, apenas me equivoquei com o número da casa. E a carta voltou, possivelmente por uma incrível má vontade do carteiro, pois o destinatário é uma personalidade bastante conhecida no Crato: o artista plástico Jacques Bloc Boris, que todos os cratenses sabem onde fica a sua casa. Tive de reenviá-la corretamente e acredito que finalmente chegou ao destino. Quem poderá entender nosso Correio?

Por Carlos Eduardo Esmeraldo

Curtas. Liduina Belchior.

Tristão -Por Everardo Norões




E na garupa / do cavalo, a sentença das esporas.
Foto: Hugo Macedo: www.fotohugo.blogspot.com


TRISTÃO

Em pé, ao sol e ao vento do sertão,
ele não se decompôs.
Pedro Nava (Baú de Ossos)

As palavras no alforje. E o rosário,
a escorrer das penas e dos dias.
O azul da barba lembra uma paisagem
onde campeiam cabras. E ramagens
desatam-se em sombras nas janelas.
A morrinha dos bichos. O mormaço,
trazendo o desespero, em vez de março:
um luto atravancando as taramelas.
A sela desapeada. E na garupa
do cavalo, a sentença das esporas.
Pendentes dos estribos, estão as horas,
relampejos de facas. E o sono da jurema.
O braço descarnado, o giz dos dentes,
e o olho além do corpo do poema.
No chão do meu degredo, sempre chão,
sete frases do ofício e um bordão.

(everardo norões)

A poesia de Lupeu Lacerda


E nem vem dizer
Que o tempo é fechadura sem chave
Porque chove
E quando chove tudo fica triste, ou então
alegre.
E quando alegre, tudo o mais vira traste, porque chove, porque molha
E quando molha é sempre mais difícil
engolir
Um discurso fleuma, flácido, porque triste
E nem vem dizer
Que o imortal amor morre de parto
Porque parto
E quando parto, ou partem, fica tudo em pedacinhos
Como docinhos, azedinhos, porque amores, porque partidos
E quando partidos, tudo fica indivisível, porque chove
E a chave
Perdeu-se entre os trastes, das fechaduras tristes

lupeu lacerda

Ainda é Tempo- Por Rosa Guerrera



Encontrei hoje casualmente um velho companheiro dos meus tempos de radialista .
Sempre foi o cara mais brincalhão e maluco do pedaço.Nunca ninguém até hoje ousou dizer que ele seja um sujeito chato e que as suas tiradas irônicas e as constantes piadas tivessem causado qualquer tipo de constrangimento a quem quer que fosse.
Depois de um longo abraço começamos a jogar conversa fora , e qual não foi a minha surpresa quando ele me falou de companheiros que tinham morrido. No começo pensei que fosse brincadeira , mas logo entendi que era a mais pura realidade.
Poxa ! Em menos de um ano, nada mais , nada menos que cinco velhos companheiros partiram. Fiquei meio triste com a noticia , mas ele observando meu olhar , falou bem sério : “ A coisa tá feia, baixinha!Afinal a nossa turminha tá partindo sem nem dizer adeus ...” Não contive uma gargalhada .. E assim mudamos o assunto .
Tão logo nos despedimos , comecei a pensar nas palavras do meu amigo . Pavor de morrer , sinceramente , não tenho . O que eu tenho é um grande receio de sair dessa vida , deixando tanta coisa incompleta , por desleixo , falta de tempo ou até mesmo por burrice .

Joguei fora tantos poemas inacabados , vivi tão rapidamente momentos que poderiam ser eternos , falei tanta bobagem na hora errada , e calei em tantos outros em que tive a oportunidade de falar ...cheguei ao absurdo de me importar até com opiniões alheias simplesmente porque temia olhares de censuras .,....

E o que lucrei ? Praticamente pouca coisa .Hoje realmente pouco estou me lixando em ser chamada de “tia “ ou avó . A impressão que tenho é que os cabelos brancos me deixaram mais livre .. Atualmente , não cumpro nenhum ritual por obrigação ou exigência da sociedade. E só lamento não ter agido assim , quando não tinha por companhia uma artrose e uma neuropatia que me limita bastante ... isso sem falar das hérnias de disco, e uma labirintite que me faz as vezes ver o mundo de cabeça pra baixo. Mas ...não pretendo parar no tempo e sim me convencer de que ainda tenho tempo .
Que se danem as lordoses e as mialgias , que venham as crises de labirinto e as claudicações , que eu vou tirar de letra . Tenho certeza absoluta que ainda vou terminar aquele poema inacabado , e vou viver mais intensamente tudo que deixei até hoje de fazer , dizer e sentir . .


rosa guerrera

A poesia de Geraldo Urano


azul cobalto
do céu de teerã do meu terraço
nada que faço é muito
mas não é nada fácil apagar
a natureza
que dá força ao jatobá
e faz em pleno canto
o pássaro voar

Para Joaquim e Do Vale

Uma relíquia Musical.




*
Agustin Lara é um dos gênios da música latinoamericana. Fez Granada sem nunca ter ido à Espanha. Só depois é que a visitou. Esta música é uma homenagem a uma das mulheres mais bonitas do cinema: Maria Félix. Uma mexicana que nunca aceitou trabalhar no cinema americano. Que fez filmes no México, na França e até da Argentina. Conta a história que na última reportagem de televisão com ela, já muito idosa, sentada solitária em sua cadeira de balanço, o cinegrafista percebeu que ela estava cantando baixinho. Ela cantava esta Música. E foi sua cena de adeus.
(José do Vale)

*Acrescente-se que a música foi composta e dada a Maria Félix no dia do seu aniversário, em Acapulco. Como era da esposa, Agustin Lara não queria que fosse gravada para não dividir o presente. Tempos depois, Pedro Vargas ouviu a canção e "cismou" de gravar. Dizem que postou-se na casa onde o compositor morava e de lá só saiu com a autorização. Abraços
( Joaquim Pinheiro)