Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

domingo, 2 de janeiro de 2011

CÉU DE SANTO AMARO - POR FLÁVIO VENTURINI E CAETANO VELOSO

Para quem não assiste às novelas como eu, não há porque não gostar de uma música como esta...

Uma letra sobre um clássico...

Uma interpretação envolvente de Caetano e Venturini.


POEMA MUSICADO - por Ulisses Germano

Um dia foi visitar a casa de uma amiga que escreve poesia. Aliás ninguém havia combinado nada de se encontrar. Tudo expontâneo, sem veleidade .Chegando em sua casa ela me mostrou vários de seus poemas. Pilhas de papel! Uma pequena biblioteca poética pessoal,  intransferível. O nome dessa amiga é Socorro Moreira. Musiquei algumas poesias quase que instintivamente, instantaneamente. Tudo gravado.  Eis um belo poema transformado em chorinho!

POEMA MUSICADO
(Crônica de um Sentimento)
(Letra: Socorro Moreira; Música: Ulisses Germano)

Existem pessoas que parecem pregos
Nos colam em telas ou no céu da vida
Existem coisas já inatingíveis
Que se escondem sempre
Sem nenhuma pista

Perdi o desejo
De achar no outro
O olhar de encanto
Que me enternecia

Se já não suspiro
Ainda respiro
A paixão que um dia
Me deixou perdida


P.S. estou chegando no Crato, grato!

Esperança de dias melhores- Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

A passagem do ano gera nas pessoas uma alegria, uma vontade de mudar do velho para o novo. A virada do ano é comemorada com festas reunindo familiares e amigos. As cidades ficam coloridas com a explosão de fogos de artifícios. Há sempre uma esperança que dias melhores virão com muita saúde, emprego e felicidade. Também é um momento para refletirmos sobre a nossa mudança interior. Assim como é tempo de arrumarmos a casa, os guarda-roupas nos desfazendo do supérfluo, roupas de que nem precisamos e lotam os armários e poderiam ser aproveitadas por pessoas necessitadas. Participando de uma missa há alguns anos, nunca me esqueci das palavras do padre: “quando esvaziamos os nossos armários para doar roupas que não precisamos mais aos pobres, eles é que estão nos fazendo a caridade, pois queremos desocupar os armários”. O padre queria nos mostrar que em vez de acumular devemos partilhar o que temos de melhor. Assim é também com nosso espírito. Este é um momento para mudar nossa vida e iniciar o ano praticando mais o amor. Como conseqüência teremos um ano melhor para nós e para os outros. O primeiro passo para sermos melhores e nos doar mais é nos livrarmos do egoísmo, da falta de amor e da indiferença. É muito importante abrirmos o nosso coração a vivência do amor e da solidariedade.

O Evangelista João diz em suas cartas, que devemos amar uns aos outros, “pois o amor vem de Deus e quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. O amor aos irmãos nos leva a praticar o bem fazendo os outros felizes e promovendo a nossa própria felicidade. A felicidade está nas pequenas coisas: na união da família, na alegria de ter amigos, na doação aos outros. Saindo da indiferença e fazendo a nossa pequena parte, quem sabe ajudaremos um pouco mais na construção de um mundo sem violência, com mais paz e justiça. Não podemos perder as esperanças.
Desejo a todos os leitores e colaboradores desse blog um Ano Novo cheio de paz, amor e felicidade.

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

UM POUCO DA CANÇÃO FRANCESA ...

Dedico a Hubert e Janine Bloc (in memoriam)

Duas versões de "Sous le ciel de Paris".

A primeira com Juliete Greco e a segunda com Mireille Mathieu.



AFAC - Convida

A AFAC-ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS E AMIGOS DO CRATO CONVIDA:
 
CONVITE
 

O Instituto Cultural do Cariri e a AFAC – Associação dos Filhos e Amigos do Crato, convidam para o lançamento do livro "Sobre as Ondas", de autoria da contista cratense Rita Maria Lopes Guedes Santos

DATA: 28 de janeiro de 2011 às 19:30 h.

LOCAL: INSTITUTO CULTURAL DO CARIRI ENDEREÇO: 
 
Rua Cel. Filemon Teles Nº 01 (em frente à Expocrato)
 
OBS: Ao comprar o livro você estará ajudando o Instituto "Toca do Assis." do Crato.
 
Sinta-se desde já convidado.
 
Um forte abraço.

Pensamento para o Dia 02/01/2011


“Apenas um devoto fervoroso pode compreender e experimentar a bem-aventurança da união com Deus. Açúcar tem gosto amargo se uma pessoa sofre de malária. O defeito está na sua língua, não no açúcar. Assim é o caso de uma pessoa imersa em desejos mundanos. Se você está imerso nisso, não pode experimentar a doçura da Divindade. Tenha a firme convicção: "Deus está em mim, comigo, ao meu redor, atrás de mim." Quando você pondera sobre essas idéias, você se torna divino. Nunca acolha o pensamento de que você está separado de Deus. ”
Sathya Sai Baba

Raimundo Fagner - Emerson Monteiro

Há precisos 33 anos, ao seja, na virada do ano de 1977, encontrei o cantor cearense Raimundo Fagner. À época se apresentava na Quadra Bicentenário, em Crato, ainda nos passos iniciais da caminhada de êxitos que trilharia desde então. Dessa aproximação, viria a lhe oferecer hospedagem, a ele e a alguns amigos que com ele viajavam, Amelinha, Francis Vale, Wiron Batista, Afonsinho e mais duas jovens das quais não recordo os nomes. Morava com meus pais, naquela ocasião. Eles se achavam ausentes. A casa permaneceu, alguns dias, ao nosso dispor, enquanto o grupo ficou no Cariri uns dois ou três dias mais, e com eles seguiria para passar o Ano Novo em Orós, na casa dos pais de Fagner. Depois, no mesmo grupo, fomos até Fortaleza.
Nesta oportunidade, conheci alguns dos amigos dele numa comemoração que antecedeu apresentação do cantor, promovida no Teatro José de Alencar, no princípio de janeiro de 1978. Das figuras que se reuniram naquela noite, em um restaurante próximo à residência de Fagner, lembro de Ricardo Bezerra, Fausto Nilo, Stélio Vale, Alano Freitas, Sérgio Pinheiro, Cirino, dentre outros, todos ligados às artes e à música popular cearense, os quais formavam a intelectualidade artística de Fortaleza. Cirino eu conhecera antes, exímio violonista, havia estado com ele em algumas vezes em Crato, quando estabelecêramos amizade, e eu auxiliara no lançamento de um disco seu, no antigo auditório da Faculdade de Filosofia, nas instalações do antigo Patronato Padre Ibiapina.
Depois, passados esses anos todos, agora, no Révellion do Centenário de Juazeiro do Norte, de 2010, volto a encontrar Raimundo Fagner, em sua apresentação do evento. Nesse meio tempo, nosso contato fora só através de um telefonema, quando coordenei o Comitê Contra a Fome, a Miséria, pela Vida, no Banco do Brasil, começos da década de 90, e buscava instrumentos de ampliar os recursos daquela atividade com algumas promoções.
Em 1977, pois, Fagner despontava a nível nacional desde o seu primeiro disco, Manera Fru Fru Manera, gravado em 1973. Dono de uma carreira artística preenchida de sucessos, agora integra o elenco dos nomes imortais da música brasileira, dado seu talento de músico, cantor e compositor, dos mais festejados entre os valores da cultura do Ceará.
Nesta apresentação, em Juazeiro do Norte, o músico cantou algumas das composições que marcam os momentos destacados de seu repertório, para público estimado em 40 mil pessoas, cantando logo após as apresentações de Fábio Carneirinho e Luiz Fidelis, depois sequenciado por Maurício Jorge, na programação que iniciou a pauta das atividades alusivas ao Centenário da Independência de Juazeiro do Norte, neste ano de 2011.

Haja coração - José Nilton Mariano Saraiva

Dentre os muitos momentos marcantes (e foram diversos) da posse da presidente Dilma Rousseff, três merecem especial destaque, no nosso entendimento: a) quando a ex-guerrilheira, agora na condição de “Comandante em Chefe” das Forças Armadas, passou em revista a tropa, representativa formal de seus outrora algozes e torturadores (vocês já pensaram no simbolismo de tal momento e de como ela deve ter se sentido ao beijar a bandeira nacional ???); b) quando o ex-torneiro mecânico e “analfabeto”, Lula da Silva, coroando sua impressionante e brilhante trajetória, passou a faixa presidencial para a primeira mulher eleita presidenta do Brasil (por ele indicada e chancelada pelo “seu povo”); e, c) quando o “analfabeto”, deixando de lado a formalidade e o rígido protocolo que caracterizam tais solenidades, atravessou a rua e correu para os braços e abraço da “galera”, dela recebendo verdadeira ovação (foi chororô que não acaba mais).
E como temos plena consciência de que os jurássicos e ultraconservadores “machões” da vida dizem que um homem não chora e que o choro masculino é sinal de fraqueza, de algum desvio ou coisa parecida, não temos nenhum constrangimento ou receio em afirmar, de público e peremptoriamente, que nessas três oportunidades não deu pra segurar e as lágrimas rolaram espontâneas, fartas e generosas. E que naquele momento sentimos orgulho, um profundo e imenso orgulho de ser brasileiro e puder testemunhar tudo aquilo.
Haja coração.

árvores bailarinas nas nuvens

Não acredites no meu inferno nem quando digo
que a vida é bacana e meu anjo da guarda legal.

Não penses que uso as palavras com lealdade.
Cada verso eu passo horas tramando
como enganar a mim mesmo.

Poemas que escrevo hoje
amanhã eu apago
(envergonhado
e triste) .

Então não busques minha alma nos meus versos.
O lugar certo para encontrares minha alma
é antes da escrita naquele momento
inexplicável.

Depois da segunda palavra
há um arranjo obscuro
entre o que é fogo
e o que já é cinza.

O Brasil e a educação - Por José de Arimatéa dos Santos

Observei o discurso de posse da Presidenta Dilma Rousseff e fiquei impressionado quando ela comparou o professor a uma autoridade. É necessário e urgente um outro olhar dos governos para os professores e a educação em geral. Defendo que a autoridade do professor seja no estilo de respeito que o aluno e a comunidade devem ter com o mestre. Porque sabemos o quanto o trabalhador em educação está sem o devido respeito e o professor é o que mais sofre devido principalmente a carga de trabalho imposta nas costas do mesmo além da grande responsabilidade que muitos pais passam para o mestre. Muitas das vezes alguns pais acham que o professor é que deve educar seu filho no aspecto da boa educação no respeito aos mais velhos, autoridades e símbolos nacionais. Acredito que quando o aluno chega a escola com a educação da família(berço) nossos filhos aprenderão os conhecimentos tão necessários para a formação deles e para o desenvolvimento do Brasil. A escola desenvolverá seus projetos educacionais de forma consistente e com poucos conflitos que sem sombra de dúvidas atrapalham o bom andamento do trabalho educacional.
Mais do que necessário reforçar que o professor é uma autoridade. Sempre foi. Hoje a autoridade do mestre está um pouco arranhada devido ao descaso dos governos para esse vital setor do país. Sempre falo que o magistério é a profissão do futuro porque só pela educação o Brasil terá condições de crescer economicamente e almejar ficar entre as cinco maiores potências do mundo. É só o país crescer um pouco mais e várias oportunidades de trabalho não são preenchidas por falta de mão de obra qualificada. Investir no ensino fundamental, médio e universitário, além do ensino técnico, mas de uma forma planejada e observando onde se falta mais profissionais de determinada área.
Então foi muito auspicioso o discurso da Presidenta Dilma em relação a educação quando falou que o respeito ao professor é necessário e apartir daí é possível um outro olhar para o ensino brasileiro. Defendo melhor remuneração, treinamento e condições de trabalho para o mestre. E que as escolas passem a ser o local em que o aluno vá com prazer e mais interessado na aprendizagem e com perspectivas de um futuro brilhante. Uma educação em que a comunidade escolar possa ter vez, voto e autonomia. Assim já será um bom começo para a Presidenta Dilma, governadores e prefeitos. A meu ver ela começou bem. Agora é esperar que o discurso saia do papel e as realizações cheguem a escola.

Urinar ??? Defecar ??? Só se pagar, otário !!! - José Nilton Mariano Saraiva

Você, aí do outro lado da telinha, observe só algumas das “benesses” do “maravilhoso” processo de privatização patrocinado pela “tucanalhada”: no pequeno, desconfortável e hoje desestatizado Terminal Rodoviário Engenheiro João Tomé (vulgarmente conhecido por Estação Rodoviária de Fortaleza), estacionar não sai por menos de R$ 2,30 (tanto faz se a demora é cinco minutos e até uma hora; se passar de uma hora, acréscimo de R$ 0,50 por cada hora excedente); a “taxa de embarque”, sem que se saiba qual a lógica ou mágica fórmula “econométrica-matemático-financeira” embutida em tal procedimento, varia de acordo com a distância do destino de origem; assim, se você vai para uma das cidades da região metropolitana (a 10/12 quilômetros), o preço é de R$ 0,64... mas que pode chegar a quase R$ 4,00 se o destino é o sul do país. E aí vem a imoralidade: o que tem a ver “taxa de embarque” com “distância a ser percorrida” ??? O certo é que, como tem linha de ônibus contemplando tudo que é canto desse imenso país, o movimento diário é incessante, mesmo na chamada “baixa estação”.
Agora, por exemplo, período de férias ou “alta estação”, a coisa chega à beira do caos, tanto são os ônibus demandando para outras plagas. Por via de conseqüência, os sortudos concessionários estão rindo à toa com o suave e mavioso tilintar das moedas em seus bornais sem fundo. Imaginem a fortuna que arrecadam diuturnamente.
O que mais chama a atenção, entretanto, é que, se você vai viajar ou simplesmente deixar alguém para embarcar na Rodoviária de Fortaleza, antes, terá de certificar-se de que sua “bexiga” se acha totalmente esvaziada e, também, evite depositar algo sólido no estômago, às vésperas. Sim, porque se você tiver o azar de ter que exercitar alguma necessidade fisiológica (mesmo que emergencialmente), terá que submeter-se, sem choro nem vela, quer chova ou faça sol, à seguinte “TABELA DE PREÇOS”: pra “urinar” – R$ 0,75; se quiser também “defecar”, acrescente mais – R$ 0,25 por um assento descartável; e se você se “brear/melar/sujar” e precisar tomar um banhozinho básico, mais R$ 2,00 terá que desembolsado. Portanto, nem sonhe de esquecer sua carteira de cédulas, sob pena de ter que urinar e defecar nas calças, à frente de todos (e os carrancudos funcionários plantonistas são insensíveis a qualquer apelo, mesmo que de um indigente).
De outra parte, e com o calorão que está fazendo em Fortaleza, se você sentir sede e pretender “melar o bico”, mesmo que com um frugal refrigerante ou uma água mineral (natural), terá que submeter-se à imposição e preços extorsivos de ambulantes não muito simpáticos e abusados, que por lá circulam (que, evidentemente, para tanto, se sujeitam ao pagamento de uma salgada “taxa” aos concessionários). E tudo isso porque o antigo “restaurante”, que durante muito tempo serviu de apoio àqueles que apreciam uma “geladinha” com tira-gostos, antes do embarque, simplesmente fechou as portas, já há vários anos, por conta do aluguel “exorbitante” cobrado pelos concessionários. E como perdura uma certa inflexibilidade em relação ao preço do tal aluguel cobrado, não tem empresário do ramo que se disponha a pagar o que é exigido, deixando aquele valioso espaço ocioso já há bastante tempo.
Enfim, a Rodoviária de Fortaleza é o exemplo pequeno, mas vivo e pulsante das “benesses” propiciadas pela privatização. Só não vê quem não quer.
Observação: um nosso amigo, de Sousa/PB, de passagem por Fortaleza, ficou tão revoltado com tudo aquilo que, simplesmente, deixou pra urinar no meio da rua, em frente à Rodoviária, sob os olhares dos transeuntes (e correndo o risco de ser preso).

"Escrevo para dar felicidade. " [Rubem Alves]

Às vezes damos valor a coisas tão voláteis. Às vezes ficamos restritos a querer  possuir objetos, coisas meramente materiais. Vejam, através de Rubem Alves, o que realmente nos traz a alegria verdadeira. Nossos melhores presentes.
Claude Bloc

"No dia do meu aniversário os números vão mudar, como mudam no rodômetro, aquele aparelhinho no painel do carro que marca a quilometragem. Está lá "67" e aí, de repente, o "7" dá um pulo e o "8" aparece no seu lugar. Esse é um jeito de marcar o tempo, contando os números.

Jeito bobo. Os números não dizem nada. Há um verso sagrado que diz: "Ensina-me a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios." Muita gente envelhece sem ficar sábio. O que é um sábio? Sábio não é quem sabe muito. Sábio é quem come a vida como se ela fosse um fruto saboroso. O sábio presta atenção nos prazeres e alegrias de cada momento. E o que dá prazer e alegria não são coisas grandes, festas com bolo, bexigas e presentes. O que dá alegria são coisas pequenas. Por exemplo: brincar com um cachorrinho. Balançar num balanço. Andar na água fria de um riachinho. Ver um ipê florido. Ler um livro. Armar um quebra-cabeças. Ver fotografias antigas.

Não quero presentes comprados. Não preciso de nada. Um presente que vocês, minhas netas, e os meus filhos, me poderiam dar é simples: ler as coisas que eu escrevo. Cada coisa que eu escrevo - quero que cada uma delas seja gostosa como um morango vermelho... Escrevo para dar felicidade. " [Rubem Alves]