Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Para Vocês - Daniel Hubert Bloc Boris Boris (Jacques)



Retiro o meu chapéu, os óculos e descanso as mãos
Olho para parede vazia em frente, atrás de algo que não esta lá
Volto-me para mim mesmo,só encontro o velho coração batendo lentamente.
Procura na mente algo esquecido, perdido para não ter que pedir perdão.
Mas o corpo pede preguiça, descanso pelo dia fatigante.
No silêncio do final do expediente, eu e apenas eu e meus botões
Vejo no palco dos meus olhos a cortina cair
Aparecem os personagens da minha vida
Meus filhos,neta,irmãos,família, amigos, e que amigos!
E vejo que meu cansaço de tanto trabalhar valeu apena.
Obrigado Senhor por mais um dia,por minha família e amigos.


Dedico este poema aos meus filhos,neta,irmãos,família e em especial ao meus amigos que aceitaram minha amizade sem me cobrar nada.


Foto do amigo irmão Dihelson Mendonça

Quarta feira de cinzas - T. S. Eliot

I

Porque não mais espero retornar
Porque não espero
Porque não espero retornar
A este invejando-lhe o dom e àquele o seu projeto
Não mais me empenho no .empenho de tais coisas
(Por que abriria a velha águia suas asas?)
Por que lamentaria eu, afinal,
O esvaído poder do reino trivial?

Porque não mais espero conhecer
A vacilante glória da hora positiva
Porque não penso mais
Porque sei que nada saberei
Do único poder fugaz e verdadeiro
Porque não posso beber
Lá, onde as árvores florescem e as fontes rumorejam,
Pois lá nada retorna à sua forma

Porque sei que o tempo é sempre o tempo
E que o espaço é sempre o espaço apenas
E que o real somente o é dentro de um tempo
E apenas para o espaço que o contém
Alegro-me de serem as coisas o que são
E renuncio à face abençoada
E renuncio à voz
Porque esperar não posso mais
E assim me alegro, por ter de alguma coisa edificar
De que me possa depois rejubilar

E rogo a Deus que de nós se compadeça
E rogo a Deus porque esquecer desejo
Estas coisas que comigo por demais discuto
Por demais explico
Porque não mais espero retornar
Que estas palavras afinal respondam
Por tudo o que foi feito e que refeito não será
E que a sentença por demais não pese sobre nós

Porque estas asas de voar já se esqueceram
E no ar apenas são andrajos que se arqueiam
No ar agora cabalmente exíguo e seco
Mais exíguo e mais seco que o desejo
Ensinai-nos o desvelo e o menosprezo
Ensinai-nos a estar postos em sossego.

Rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte
Rogai por nós agora e na hora de nossa morte.

II

Senhora, três leopardos brancos sob um zimbro
Ao frescor do dia repousavam, saciados
De meus braços meu coração meu fígado e do que havia
Na esfera oca do meu crânio. E disse Deus:
Viverão tais ossos? Tais ossos
Viverão? E o que pulsara outrora
Nos ossos (secos agora) disse num cicio:
~raças à bondade desta Dama
E à sua beleza, e porque ela
A meditar venera a Virgem,
É que em fulgor resplandecemos. E eu que estou aqui
dissimulado
Meus feitos ofereço ao esquecimento, e consagro meu amor
Aos herdeiros do deserto e aos frutos ressequidos.
Isto é o que preserva
Minhas vísceras a fonte de meus olhos e as partes indigestas
Que os leopardos rejeitaram. A Dama retirou-se
De branco vestida, orando, de branco vestida.
Que a brancura dos ossos resgate o esquecimento.
A vida os excluiu. Como esquecido fui
E preferi que o fosse, também quero esquecer
Assim contrito, absorto em devoção. E disse Deus:
Profetiza ao vento e ao vento apenas, pois somente
O vento escutará. E os ossos cantaram em uníssono
Com o estribilho dos grilos, sussurrando:

Senhora dos silêncios
Serena e aflita
Lacerada e indivisa
Rosa da memória
Rosa do oblívio
Exânime e instigante
Atormentada tranqüila
A única Rosa em que
Consiste agora o jardim
Onde todo amor termina
Extinto o tormento
Do amor insatisfeito
Da aflição maior ainda
Do amor já satisfeito
Fim da infinita
jornada sem termo
Conclusão de tudo
O que não finda
Fala sem palavra
E palavra sem fala
Louvemos a Mãe
Pelo Jardim
Onde todo amor termina.

Cantavam os ossos sob um zimbro, dispersos e alvadios,
Alegramo-nos de estar aqui dispersos,
Pois uns aos outros bem nenhum fazíamos,
Sob uma árvore ao frescor do ~a, com a bênção das areias,
Esquecendo uns aos outros e a nós próprios, reunidos
Na quietude do deserto. Eis a terra
Que dividireis conforme a sorte. E partilha ou comunhão
Não importam. Eis a terra. Nossa herança.

III

Na primeira volta da segunda escada
Voltei-me e vi lá embaixo
O mesmo vulto enrodilhado ao corrimão
Sob os miasmas que no fétido ar boiavam
Combatendo o demônio das escadas, oculto
Em dúbia face de esperança e desespero.

Na segunda volta da segunda escada
Deixei-os entrançados, rodopiando lá embaixo;
Nenhuma face mais na escada em trevas,
Carcomida e úmida, como a boca
Imprestável e babugenta de um ancião,
Ou a goela serrilhada de um velho tubarão.

Na primeira volta da terceira escada
Uma túmida ventana se rompia como um figo
E além do espinheiro em flor e da cena pastoril
A silhueta espadaúda de verde e azul vestida
Encantava maio com uma flauta antiga.
Doce é o cabelo em desalinho, os fios castanhos
Tangidos por um sopro sobre os lábios,
Cabelos castanhos e lilases;
Frêmito, música de flauta, pausas e passos
Do espírito a subir pela terceira escada,
Esmorecendo, esmorecendo; esforço
Para além da esperança e do desespero
Galgando a terça escala.

Senhor, eu não sou digno
Senhor, eu não sou digno

mas dizei somente uma palavra.



Tradução de Ivan Junqueira, do original:
Collected Poems 1909-1962, para a
Editora Nova Fronteira em 1981

Quarta feira de cinzas - Partes IV a VI . T. S. Eliot

IV

Quem caminhou entre o violeta e o violeta
Quem caminhou por entre
Os vários renques de verdes diferentes
De azul e branco, as cores de Maria,
Falando sobre coisas triviais
Na ignorância e no saber da dor eterna
Quem se moveu por entre os outros e como eles caminhou
Quem pois revigorou as fontes e as nascentes tornou puras

Tornou fresca a rocha seca e solidez deu às areias
De azul das esporinhas, a azul cor de Maria,
Sovegna vos

Eis os anos que permeiam, arrebatando
Flautas e violinos, restituindo
Aquela que no tempo flui entre o sono e a vigília, oculta

Nas brancas dobras de luz que em torno dela se embainham.
Os novos anos se avizinham, revivendo
Através de uma faiscante nuvem de lágrimas, os anos,
resgatando
Com um verso novo antigas rimas. Redimem
O tempo, redimem
A indecifrada visão do sonho mais sublime
Enquanto ajaezados unicórnios a essa de ouro conduzem.

A irmã silenciosa em véus brancos e azuis
Por entre os teixos, atrás do deus do jardim,
Cuja flauta emudeceu, inclina a fronte e persigna-se
Mas sem dizer palavra alguma

Mas a fonte jorrou e rente ao solo o pássaro cantou
Redimem o tempo, redimem o sonho
O indício da palavra inaudita, inexpressa

Até que o vento, sacudindo o teixo,
Acorde um coro de murmúrios
E depois disto nosso exílio

V

Se a palavra perdida se perdeu, se a palavra usada se gastou
Se a palavra inaudita e inexpressa
Inexpressa e inaudita permanece, então
Inexpressa a palavra ainda perdura, o inaudito Verbo,
O Verbo sem palavra, o Verbo
Nas entranhas do mundo e ao mundo oferto;
E a luz nas trevas fulgurou
E contra o Verbo o mundo inquieto ainda arremete
Rodopiando em torno do silente Verbo.

Ó meu povo, que te fiz eu.

Onde encontrar a palavra, onde a palavra
Ressoará? Não aqui, onde o silêncio foi-lhe escasso
Não sobre o mar ou sobre as ilhas,
Ou sobre o continente, não no deserto ou na úmida planície.
Para aqueles que nas trevas caminham noite e dia
Tempo justo e justo espaço aqui não existem
Nenhum sítio abençoado para os que a face evitam
Nenhum tempo de júbilo para os que caminham
A renegar a voz em meio aos uivos do alarido

Rezará a irmã velada por aqueles
Que nas trevas caminham, que escolhem e depois te desafiam,
Dilacerados entre estação e estação, entre tempo e tempo, entre
Hora e hora, palavra e palavra, poder e poder, por aqueles
Que esperam na escuridão? Rezará a irmã velada
Pelas crianças no portão
Por aqueles que se querem imóveis e orar não podem:
Orai por aqueles que escolhem e desafiam

Ó meu povo, que te fiz eu.

Rezará a irmã velada, entre os esguios
Teixos, por aqueles que a ofendem
E sem poder arrepender-se ao pânico se rendem
E o mundo afrontam e entre as rochas negam?
No derradeiro deserto entre as últimas rochas azuis
O deserto no jardim o jardim no deserto
Da secura, cuspindo a murcha semente da maçã.

Ó meu povo.

VI

Conquanto não espere mais voltar
Conquanto não espere
Conquanto não espere voltar

Flutuando entre o lucro e o prejuízo
Neste breve trânsito em que os sonhos se entrecruzam
No crepúsculo encruzilhado de sonhos entre o nascimento e a
morte
( Abençoai-me pai) conquanto agora
Já não deseje mais tais coisas desejar
Da janela debruçada sobre a margem de granito
Brancas velas voam para o mar, voando rumo ao largo
Invioladas asas

E o perdido coração enrija e rejubila-se
No lilás perdido e nas perdidas vozes do mar
E o quebradiço espírito se anima em rebeldia
Ante a arqueada virga-áurea e a perdida maresia
Anima-se a reconquistar
O grito da codorniz e o corrupio da pildra
E o olho cego então concebe
Formas vazias entre as partas de marfim
E a maresia reaviva o odor salgado das areias

Eis o tempo da tensão entre nascimento e morte
O lugar de solidão em que três sonhos se cruzam
Entre rochas azuis
Mas quando as vozes do instigado teixo emudecerem
Que outro teixo sacudido seja e possa responder.

Irmã bendita, santa mãe, espírito da fonte e do jardim,
Não permiti que entre calúnias a nós próprios enganemos
Ensinai-nos o desvelo e o menosprezo
Ensinai-nos a estar postos em sossego
Mesmo entre estas rochas,
Nossa paz em Sua vontade
E mesmo entre estas rochas
Mãe, irmã
E espírito do rio, espírito do mar,
Não permiti que separado eu seja
E que meu grito chegue a Ti.

Tradução de Ivan Junqueira, do original:
Collected Poems 1909-1962, para a
Editora Nova Fronteira em 1981

Profecias



"Se não creio na violência armada,

também não chego à ingenuidade de pensar que

bastam conselhos fraternos, apelos líricos,

para que tombem estruturas sócio-econômicas,

como ruíram os muros de Jericó"
D. Hélder




De todos os líderes espirituais que conheci foi D. Hélder Câmara , certamente, aquele que mais sacudiu as estruturas do meu agnosticismo. Difícil se postar diante dele, sem ter a plena certeza de que tamanha força fluindo de uma criatura fisicamente tão frágil, não se podia explicar sem se recorrer ao transcendental. Unia o ímpeto à doçura. Compreendia, perfeitamente, que a caridade não tinha nenhum sentido se se transformasse numa profissão. As continuadas vozes penosas: Ah os pobrezinhos, os coitadinhos, os carentes, precisamos ajudá-los... traziam junto, um perigoso imobilismo. No fundo, as igrejas nada têm de libertador, necessitam dos desafortunados para que justifiquem seu apostolado.Se os pobres não mais existirem, meu Deus, que será de nós ? D. Hélder, do alto do seu pacifismo, percebia perfeitamente que a pobreza não é um acidente, uma fatalidade, mas um monstro projetado e criado pelo Capital. No fundo, os ricos se apossam das riquezas deste mundo, oferecendo as benesses dos céus aos descamisados, com a ajuda imprescindível de muitos sacerdotes que dividem com os burgueses o produto do butim. Institucionalmente o Cristianismo nada tem de religioso, ele é uma multinacional como outra qualquer. D. Hélder visionariamente sabia que apenas conselhos, discursos, negociações não teriam o poder de destruir uma máquina tão azeitada.Como seu Mestre ele avisara: “Não vim trazer a paz, mas a espada!”
Em 1978, em plena Ditadura Militar, no Recife, vi-o proferindo uma conferência num Congresso de Residentes. Era um orador vibrante e incendiário. Contou-nos que há poucos meses , na simplicíssima igrejinha das Fronteiras, onde o Arcebispo montara sua residência, fugindo das pompas dos palácios, teve a casa invadida por um Coronel e seu destacamento. O militar informou-o que iria fazer uma devassa ali pois recebera denúncias de que o Arcebispo estava acoitando terroristas e subversivos. D. Hélder, calmamente, o repreendeu. Ali era um templo e, como tal, merecia o devido respeito. E, com sua verve profética, desarmou-o sem disparar um tiro sequer:
--- Meu filho, aqui, historicamente, sempre foi lar dos perseguidos. É aqui que os órfãos de estado, de políticas públicas, de justiça, vêm procurar pouso. Você é novinho, meu filho, e ainda não percebeu. A vida é uma roda. Neste exato momento, você se encontra no topo. Mas a roda : roda, roda, roda... Daqui um pouquinho, sem que ao menos você perceba, você vai estar lá embaixo, igualzinho aos que você hoje chama de subversivos. Quem sabe, meu filho, então, o perseguido não será você? Coronel, quando chegar a sua hora, pode vir bater à nossa porta que ela estará aberta !
O coronel carrancudo deu meia volta e se foi, sem uma palavra sequer.
No primeiro de janeiro, na posse da Dilma, ex terrorista, ex perseguida e torturada, eleita de forma consagradora, assumindo o maior cargo público do país, lembrei-me de D. Hélder e da sua profecia. Em pouco mais de trinta anos, a roda da vida tinha completado um ciclo. Onde andará o coronelzinho com seu destacamento? Onde estarão escritas agora aquelas verdades aparentemente inatacáveis cuspidas nas ordens do dia? Afundaram as ideologias, as palavras, o rancor; sobrenadou a profecia.


J. Flávio Vieira

O dia de amanhã - Emerson Monteiro

O que virá depois de tudo que o hoje mostra na face do presente a ninguém é dado saber, nas palavras bíblicas, pois o futuro só pertence a Deus. No entanto, quantos gostariam de saber um pouco mais dos dias que virão...
Abrir a porta do amanhã e deglutir, com antecipação, o verde da fruta ainda no pé, pisar os momentos seguintes e planejar com segurança o curso das ações e dos acontecimentos...
Porém não é assim que funciona. Há que trabalhar de outra forma. Estudar sob a luz da experiência que ilumina para trás, enquanto o carro segue para a frente.
Um dos métodos válidos será pôr em prática o conhecimento adquirido e ganhar visão realista na utilização do que a vida toda hora transfere. Os valores servem de base nessa empreitada. Chegam de dentro da necessidade. .
Enquanto a barba do vizinho queimar, a gente põe a nossa de molho.
Alguns conceitos oferecidos pela história guardam relação com isso de ganhar na experiência alheia. Daí o objetivo de estudar História, disciplina classificada de mãe e mestra. Ouvir no tempo o que outros aprenderam na própria pele.
Isso, quando jovem, deve orientar, para ver os que chegaram à idade adulta e souberam o jeito de fazer. Se os jovens examinassem de verdade, inúmeras vezes agiriam de modo diferente na época das facilidades, que bem representa a rica juventude. Nos tempos das vacas magras, o mundo vira padrasto, apresenta pesados tributos a quem esqueceu ou não soube plantar com vistas ao segundo turno da viagem.
Na mocidade, tudo floresce e sorrir. Na terceira idade, segundo a história de muitos, a porca torce o rabo. Braços dos outros, olhos amáveis, educação, gratidão, aposentos, quando comparecem aos gramados, vivam os pais e avós nas mãos abençoadas dos filhos. Caso contrário, tome peia no lombo.
Esperar, sem haver plantado, significa pouca probabilidade, no acontecer do inverno. Saber juntar nas épocas da facilidade impõe sabedoria, exige coerência e princípios, senso de temperança. Contar por certo o que prometeram dependerá dos mais variados fatores. Pensou que não, os bichos entram no jogo e a incerteza sujeita levar à baila o doloroso sofrimento.
Ninguém, portanto, de consciência boa, queira garantir certeza de que o amanhã vem seguro só porque reúne o mínimo necessário de viver e, com isso, os demais respeitarem as previsões. Tal vida, tal morte, fala o povo. Com a medida com que medirdes medir-vos-ão também a voz, fala Jesus.
Assim, nas roças que botarmos, o agora representa apenas rascunho daquilo que colheremos, eis a grande resposta do direito natural. A cada um conforme o seu merecimento.

De leve... pra desopilar - José Nilton Mariano Saraiva

01 - Sempre que possível, converse com um saco de cimento; nessa vida só devemos acreditar no que é concreto.
02 - Não beba dirigindo; você pode derrubar a cerveja.
03 – Se um dia sentir um enorme vazio dentro de si... vá comer, que é fome.
04 – Se homossexualismo fosse normal, Deus teria criado Adão e... Ivo.
05 – Alguns homens amam tanto suas mulheres, que para não gasta-las preferem usar aos dos outros.
06 – Homem é que nem caixa de isopor; é só encher de cerveja, que você leva pra cima e pra baixo.
07 – A vida é pra quem topa qualquer parada: e não pra quem pára em qualquer topada.
08 – Se não puder ajudar, atrapalhe; afinal, o importante é participar.
09 – Se for dirigir, não beba; se for beber, me chame.
10 – Se dentista é especialista em dente, paulista é especialista em quê ???
11 – Mulher feia é que nem muro alto: primeiro, dá um medo danado; depois, a gente acaba trepando.
12 – Marido é igual a mestruação: quando chega, incomoda; quando atrasa, preocupa.
13 – Homem é que nem vassoura: sem o pau não serve pra nada.
14 – Se o horário oficial é o de Brasília, por que a gente tem que trabalhar na segunda e na sexta ???
15 – As nuvens são como chefes... quando desaparecem o dia fica lindo.
16 – Por maior que seja o buraco em que você se encontra, sorria; porque, por enquanto, ainda não há terra em cima.
17 – Se você está se achando sozinho e abandonado, achando que ninguém pensa ou liga pra você... atrase um pagamento.
18 – Cabelo ruim é que nem assaltante: ou tá armado ou tá preso.
19 – Carioca é assim mesmo: já nem liga pra bala perdida; entre num ouvido e sai pelo outro.
20 – Bebo porque sou egocêntrico; gosto quando o mundo gira ao meu redor.

Autoria: desconhecida

EDILMA ROCHA RECEBE MEDALHA DE OURO

EDILMA ROCHA, artista plástica de Crato, inscreveu-se através do Grupo Artes 100 Fonteiras, no final de 2010 no VI Salão Especial de Artes Plásticas - ABD, promovido pelo Museu Militar Conde de Linhares no Rio de Janeiro e conseguiu classificar-se como Medalha de Ouro com um trabalho em vidro líquido, cujo título é "Pavor em Chamas".
Leia o que foi anunciado no Artes 100 fronteiras



domingo, 9 de janeiro de 2011

MEDALHA DE OURO



Nossos agradecimentos e cumprimentos a artista plástica Edilma Rocha - Fortaleza - Ceará pela participação e premiação “medalha de ouro no VI salão especial de Artes plásticas que aconteceu no Museu Militar Conde de Linhares no Rio de Janeiro em dezembro de 2010.

http://artessemfronteiras.blogspot.com/


Estendemos nossas felicitações e agradecimentos também a artista plástica Nicole Gulin – Curitiba - PR, “medalha de ouro no III salão de Artes plásticas” que aconteceu no mês de novembro de 2010 na casa Histórica do Marechal Deodoro da Fonseca no Rio de Janeiro


Postado por Artes sem fronteiras às 23:38  

O que é o MMCL - Museu Militar Conde de Linhares?

O Museu Militar foi criado em homenagem a Dom Rodrigo de Souza Coutinho, o Conde de Linhares, que nasceu em Chaves, Portugal, em 1745.
Em 1808, o Conde de Linhares acompanhou a transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, onde exerceu as funções de Ministro da Guerra e dos Negócios Estrangeiros. Criou a Academia Real Militar, construiu a Casa da Pólvora e remodelou o Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro. Faleceu nesta cidade no ano de 1812.
Construído de agosto de 1920 a outubro de 1921, em estilo eclético, o prédio do Museu abrigou até 1996 o CPOR/RJ e o Comando da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada. O Museu Militar Conde de Linhares foi inaugurado em 12 de outubro de 1998."

O Museu Militar Conde de Linhares (MMCL) localiza-se no bairro de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.

É um Museu Temático sobre história militar, a instituição recebeu o seu nome em homenagem a D. Rodrigo de Sousa Coutinho, conde de Linhares, nobre que acompanhou a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821). Na qualidade de Ministro da Guerra e dos Negócios Estrangeiros, aqui fundou a Academia Real Militar, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Arquivo Militar, a Biblioteca Nacional e a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.

(artigos colhidos através do Google)

Diante disto, percebe-se a importância do evento que proporcionou a Edilma Rocha uma Medalha de Ouro, sobretudo porque concorria com artistas nacionais e internacionais.

Segundo afirma Bruno Pedrosa, o Grupo sem Fronteiras, através do qual Edilma fez sua inscrição, é um grupo sério que se destaca por seu projeto arrojado, envolvendo a participação de vários países na promoção e divulgação da arte,

Portanto só temos a parabenizar nossa Artista Plástica Edilma Rocha pelo sucesso e que este seja apenas o primeiro dentre muitos.

Dados sobre o evento:

VI Salão Especial de Artes Plásticas - ABD
Museu Militar Conde de Linhares
Exposição de 07 a 17/12/2010
Avenida Pedro II, 383 - São Cristovão, RJ

Edilma Rocha concorreu com artistas nacionais e internacionais sendo premiada em 1º lugar com medalha de ouro.
Trabalho apresentado - Titulo "Pavor em Chamas"
Arte Moderna Comtemporãnea
Trabalho em vidro líquido


Pavor em Chamas - Tela premiada

Postado por Claude Bloc

FALANDO DE FLORES - Por Edilma Rocha


AMOR-PERFEITO - Viola tricolor - Uma expressão perfeita da natureza. É apaixonante ver um jardim repleto de amor-perfeito, com suas cores extasiantes e cheias de vida. Mas as lindas flores do amor-perfeito têm seu tempo de exuberância e beleza. Depois, fenecem, permanecendo a essência. Assim é a paixão. No início toma conta de todos os nossos sentidos, depois se arrefece. Se for um amor verdadeiro, permanece.


Herbácea perene, híbrida, da família das violáceas, atinge 25cm de altura, originada da Europa e Ásia Central. As flores com cores vivas são particularmente atraentes. Apresentam sempre três cores em combinações variadas de branco ,roxo, amarelo, róseo, marrom, vermelho e preto. Por isso é também conhecida como a flor da  "Divina Trindade".

Cultivada em canteiros a meia sombra, protegida de sol forte, com terra  fertilizada, rica em húmus, mantida permanentemente húmida. Normalmente é usada em jardins como forração ou bordaduras. Florescem no inverno e na primavera. Aprecia regiões mais frias e multiplica-se por sementes. Planta anual, precisa ser replantada. Tem propriedades diuréticas e suas flores, comestíveis, podem ser usadas em saladas ou sobremesas.  A flor que nos ensina que nada é para sempre. Os bons momentos vêm e vão, mas as vezes são únicos.

Fonte - Jardim Interior - Denise Cordeiro

Pérola nos Bastidores - Claude Bloc

Nem tudo está perdido
Nem tudo se defez, enfim
Nem tudo que faz sentido
Está perdido para mim.

Claude Bloc

ONU: deslizamento no RJ está entre 10 piores do mundo


Número de vítimas do desastre ultrapassou o de uma tragédia na China

Texto retirado da Internet: (http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/onu+deslizamento+no+rj+esta+entre+10+piores+do+mundo/n1237949681139.html)

O drama que assola a região serrana do Rio de Janeiro já está entre os dez piores deslizamentos do mundo nos últimos 111 anos. O número de vítimas do desastre ultrapassou o de uma tragédia na China que até então ocupava a décima posição no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU) - ainda não atualizado. Além disso, o deslizamento desta semana já é o segundo maior do mundo no último ano e o terceiro maior da década.
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• Especialista: mudança climática não é desculpa
Os dados fazem parte do banco de estatísticas do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres. A entidade com sede na Bélgica fornece os números oficiais da ONU para avaliar respostas a desastres naturais pelo mundo. Para especialistas, problemas semelhantes ao do Rio já vêm sendo registrados no Brasil há anos e as explicações estão na falta de vontade política e de investimentos.

O maior desastre relacionado a um deslizamento de terra aconteceu em 1949, na União Soviética, com 12 mil mortos. O segundo maior foi no Peru, em dezembro de 1941, e deixou 5 mil vítimas. Apesar da grande quantidade de água que desceu morro abaixo no Rio, especialistas brasileiros e a própria ONU classificam o fenômeno natural como deslizamento, e não enchente - que tecnicamente ocorre quando o nível de água de um rio sobe além do normal e destrói casas construídas nas margens. Isso também ocorreu, mas grande parte da destruição e das mortes foi causada pelos deslizamentos.

A tragédia no Rio também é o pior deslizamento de toda a história do Brasil. Ele superou em número de vítimas o registrado em 1967, em Caraguatatuba, quando 436 pessoas morreram. A tragédia desta semana é a segunda pior catástrofe climática do País - também em 1967, uma enchente no Rio matou 785 pessoas. No topo da lista está uma epidemia de meningite de 1974 em São Paulo, ainda contabilizada pela ONU como o maior desastre natural do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Irmã Maria Célia Esmeraldo - por Joaquim Pinheiro














Em recente viagem ao Crato tive a satisfação de rever a minha prima Maria Célia Esmeraldo Pinheiro, freira da congregação missionárias de Jesus Crucificado, irmã da Madre Esmeraldo, falecida em 2007 e filha do meu Tio e Padrinho José Pinheiro Gonçalves (Zé Pinheiro do Belmonte). Fazia alguns anos que não a encontrava e a satisfação foi enorme ao vê-la alegre como sempre, vendendo saúde e com aparência de 60 anos apesar dos 80 bem vividos. Os 55 anos a serviços dos menos favorecido certamente rendeu-lhe a tranqüilidade típica dos que cumpriram sua missão e colhem os frutos das sementes plantadas. No descontraído papo no terraço da casa de minha mãe, ela relatou episódios que a minha memória havia perdido. Segundo ela, no dia em que foi para o convento, meu padrinho ficou muito triste, chegando às lágrimas. Do alto da descontração dos meus quatro anos, me ofereci para dormir como padrinho para ele não chorar de saudade. O gesto sensibilizou meu padrinho e certamente contribuiu para que me presenteasse com o mais incrementado velocípede da época. Era grande, vermelho, importado e passou vários dias exposto e chamando a atenção da criançada logo na entrada da loja FC Pierre, na Santos Dumont. Era meu sonho de consumo. Pouco antes havia pedido para meu pai comprar. Pedido recusado com o argumento do preço alto, “mais caro que um boi”.

O veículo fez o maior sucesso com os primos e colegas da vizinhança. E eu fiquei tão vaidoso que “Seu” Diomedes foi chamado para registrar a pose.

Apesar do sucesso, nos primeiros dias provocou mal estar. Sentindo-me o legítimo dono, não permitia que ninguém andasse no veículo, situação essa contornada pela habilidade de minha mãe. Ela organizou fila com as oito crianças do meu tope e estabeleceu a regra do uso. Cada coleguinha daria uma volta completa no terraço, e eu, como era o dono, tinha direito a dose dupla. Convenceu-me que era vantajoso para mim.
Na semana seguinte, meu padrinho foi na nossa casa e fui convidado a demonstrar minha habilidade ao “volante”. Para me exibir, pedalei em alta velocidade esquecido que o terraço tinha fim e que no final havia dois batentes. Passei “voando”, me estatelando no chão, parando quase na calçada da rua. A visita terminou na emergência do hospital S. Francisco, com passagem posterior na clínica do Dr. Dalmir Peixoto, para raio X em um dos braços. Lembro que chorei muito, menos pelas escoriações e dores generalizadas, mas pelo temor de ter quebrado o estimado velocípede.

Pensamento para o Dia 14/01/2011


“Eu realmente fico cheio de alegria quando vejo pessoas que fortemente se envolvem em trabalho árduo e sacrificam seus confortos pessoais para fazer os outros felizes. O que o mundo precisa é de trabalho feito com esse espírito. Cada um de vocês tem a divindade incorporada em si, assim como verdade e doçura. Apenas vocês não sabem como manifestar tal Divindade, como perceber tal Verdade, como saborear tal Doçura. Coragem é a tônica para conseguir saúde e força física e mental. Abandone a hesitação, a dúvida e o medo. Não dê nenhuma chance para esses sentimentos criarem raiz em sua mente. Por meio da força divina interior com a qual você está equipado, você pode conseguir qualquer coisa, pode até se tornar Deus (Maadhava).”
Sathya Sai Baba
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“Todos necessitam de concentração unifocada. Para desenvolver a capacidade de concentração, esportes e jogos são muito importantes. Eles servem para promover o condicionamento físico e saúde mental. Jogos e esportes devem ser praticados, principalmente para manter o corpo em bom estado. Juntamente com a manutenção do corpo em forma, é igualmente essencial promover a pureza da mente e desenvolver a generosidade. A verdadeira natureza humana desabrocha somente quando o corpo, a mente e o espírito são desenvolvidos de forma harmoniosa. O entusiasmo e o esforço que as pessoas mostram no esporte também devem ser manifestados na esfera da moralidade e da espiritualidade. Você deve esforçar-se para experimentar a divindade que permeia a cultura sagrada da Índia Antiga (Bhaarath). Que todas as pessoas sejam felizes ("Samastha Bhavanthu Sukhino Lokaah!") é o lema abençoador de Bhaarath.”
Sathya Sai Baba

O "exército do Papa" (ou a "máfia santa") - José Nilton Mariano Saraiva

Mesmo não sendo um masoquista, faça um pouquinho de esforço e imagine sua mente sendo monitorada 24 horas por dia; ou você viver em algum lugar onde não lhe seja permitido ver televisão ou ir ao cinema; um lugar onde o jornal já chega editado às suas mãos; ou onde ninguém pode ter amigos do lado de fora e até o contato com a família é restrito. De quebra, pelo menos duas horas por dia, você ter de amarrar um cilício na coxa – espécie de instrumento de tortura com pontas metálicas que machucam a pele. E quanto maior for o seu desconforto, melhor; isso significa que a instituição está exercendo mais controle sobre você. Se doer demais, tudo bem, você tem a opção de trocar de coxa na próxima vez; o importante é que a experiência não passe em branco; tem de apertar com força, machucar bastante, deixar marcas. Caso contrário, não “faz efeito”.
Se tudo isso já parece um pesadelo, ou filme de terror, saiba que ainda não acabou. Uma vez por semana, você terá também de golpear suas nádegas ou suas costas com um chicote. E ainda passará pelo que é chamado de “sinceridade selvagem”: contar aos seus superiores cada pensamento que passa pela sua cabeça, principalmente aqueles segredos mais íntimos, sobre os quais não se comenta nem no banheiro, de porta fechada e luz apagada. Se você não revelar tudo, estará mantendo um “segredo com Satanás”.
Ao contrário do que você possa imaginar as situações descritas acima não ocorrem nos porões de uma ditadura sinistra ou no ritual de alguma seita satânica; de maneira alguma. Elas são rotinas nas residências do Opus Dei, onde vivem os chamados numerários – membros dessa organização religiosa que fazem voto de castidade e estão ali por opção, para “santificar” o mundo. A maioria tem profissão e trabalha normalmente, como outra pessoa qualquer. Mas seus salários vão direto para o Opus. Muitos foram recrutados ainda bem jovens. Mas há também os “super-numerários’. Esses podem casar, ter filhos e viver em suas próprias casas, embora também recorram à penitência física – ou mortificação corporal – como uma forma de controlar instintos pecadores.
Uma das funções secretas desses membros, de acordo com os críticos da organização, seria ocupar posições de liderança na sociedade – um cargo político, de direção de uma grande empresa, na presidência de um banco, na reitoria de uma universidade ou na chefia de um veículo de comunicação. Do alto desses postos de comando, a capacidade de expansão e o poder de influência do Opus Dei estariam assegurados.
O movimento Opus Dei – expressão que em latim que significa “Obra de Deus” – foi fundado pelo sacerdote espanhol Josemaría Escrivá em 1928. Trata-se de uma prelazia pessoal, figura jurídica da Igreja Católica que está prevista no Código de Direito Canônico (a constituição da Igreja). Seu lema: “Seja santo. Santifique-se em seu trabalho. E santifique os outros com seu trabalho”. Ela dá aos seus membros o direito de seguir ordens do prelado (o líder máximo do Opus, que fica em Roma), em vez de obedecer à autoridade católica regional. Simplificando grosseiramente, é como se o grupo fosse um braço independente da Igreja – ultraconservador, totalitário e conspirador - que não deve explicações a mais ninguém, além do papa. Chegou ao Brasil na década de 1950, instalando-se em Marília-SP de onde lançou seus tentáculos para São Paulo, Campinas (SP), São José dos Campos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Londrina (PR) e Porto Alegre (RS). Hoje se espraia pelo país todo, inclusive cidades interioranas. Também conhecida por “máfia santa” ou de “uma Igreja dentro da Igreja”, a Opus Dei conta com poderes excepcionais e muito dinheiro sendo colocado a serviço de um conservadorismo atroz. Em parte, essa fama se deve às estreitas relações que a organização cultivou com o regime fascista do ditador espanhol Francisco Franco, de 1939 a 1975. Seu fundador, Josemaría Escrivá, ouvia as confissões do “generalíssimo”, como Franco era conhecido, e muitos integrantes ou colaboradores do Opus Dei foram nomeados ministros de Estado enquanto durou a ditadura franquista.
Duas situações que mostram a influência que a “Opus Dei” exerce sobre o Vaticano: 1) o processo incrivelmente rápido de canonização de Escrivá – o 2º mais breve na história da Igreja Romana, atrás apenas do de madre Teresa de Calcutá; 2) a proteção, impulsão e eleição de João Paulo II. Com a morte deste e a assunção do ex-integrante da juventude nazista, ex-cardeal Ratzinger e atual papa Bento 16, a Opus Dei continua a manter a preeminência do passado, na condição de um poderoso exército do papa. Aos interessados, mais detalhes poderão ser obtidos no livro e no filme “O Código da Vinci”.

Fonte: Internet

O outro deserto








O OUTRO DESERTO

Na areia sob a água
a memória do deserto.


O PÁSSARO AZUL


Eu vi um pássaro azul.
A paisagem está perfeita.
Nada mais é preciso.


A ROSA

As pétalas como lábios
da beleza viva.


IMAGEM

Sou uma imagem
na água turva do tempo.


INFINITO

Infinito como a areia
o bronze do mar.


O SOL DA GALINHA

A galinha e a sombra
uma minhoca medrosa
o mundo do sol.


LÁZARO

Por que Lázaro volta à vida
com a memória das estrelas
e da areia do deserto?
Bastava-lhe um infinito.


CAVERNA

Nas paredes da caverna
dormem figuras estranhas
e uma sombra, talvez a minha.


A ÁRVORE SECA

A árvore seca
as águas do rio correm
sob o céu azul.


AS GALINHAS

As galinhas marcham
no galinheiro apertado
exercício ao sol.