Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 9 de abril de 2011

cinco poemas sem penas




              
POEMA DE AMOR

Tomei o coração na mão como uma maçã
e cravei os dentes vermelhos. Estava em êxtase,
transverberado, com toda a poesia do mundo
escorrendo dos beiços, cantando na língua.

Eu a beijei com sofreguidão, como uma bicicleta.
Ela floresceu dentro de mim, com tanto perfume
quanto um jasmineiro à noite. Mas era apenas
a poesia como um cavalo domado sob os lençóis.


HERMAN MELVILLE

Os ceifeiros são baleias no campo de trigo.


O POEMA SEM PENAS

Um poema sem penas
como uma açucena ao luar.


                      Veja meus poemas urbanos em: http://gregoriovaz.blogspot.com/


Nem isso nem aquilo...

- Claude Bloc -


Se disserem
Que sou isso
Ou aquilo
Esquece...

Na verdade
Sou apenas uma mistura
Dessas reticências que nego
Dessas interrogações que (p)rego
No canteiro de minha existência.


Serei flor enquanto quiseres
Imune ao perfume
Das exclamações
Que a saudade me permite ter
Afinal,
Nunca serei o ponto final
Nem isso, nem aquilo
Só um pouco
Do muito
Que vou deixando
Pelas estradas...


Claude Bloc