Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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terça-feira, 14 de junho de 2011

Quando digo que te amo... Roberto Carlos

Passou o dia dos namorados, passou o dia de Santo Antonio (casamenteiro), mas o amor continua no ar. O amor de todos nós, aquele que anda guardadinho às vezes dormindo, às vezes esperto...

Que me perdoem os que não gostam de Roberto Carlos, mas minha sintonia com esta música sempre foi forte, sabe-se lá os porquês... apenas gosto!

O ritmo convida a dançar, as palavras convidam a sonhar...

Divido esse sabor com vocês...



A "Lista de Schindler" - José Nilton Mariano Saraiva

Pobre, porém carismático, desenvolto, audacioso, envolvente e, essencialmente “bicão”, o empresário alemão Oskar Schindler tinha uma verdadeira obsessão (ou objetivo maior de vida): “juntar dinheiro, muito dinheiro”, a fim de usufruir os prazeres da vida. E a oportunidade perfeita para isso se lhe apresentou com a deflagração da Segunda Grande Guerra Mundial, quando, antevendo benefícios futuros, radicou-se na Polonia e, na base de “muita conversa e gentilezas mil”, ardilosamente aproximou-se dos principais líderes regionais do exército alemão e, traficando influência, conseguiu financiamento pra abrir uma “fábrica de panelas”, com mercado garantido pelos “novos amigos”, usando para tanto a mão de obra barata dos miseráveis judeus moradores do Gueto de Cracóvia.
Com o acirramento do confronto, o alto comando alemão em Berlim exacerbou em termos de violência, ordenando a execução sumária de todos os judeus que, a critério de cada ocupante de chefia, fossem considerados “não produtivos” (especialmente idosos, crianças e doentes de qualquer idade); na Polonia, muitos foram encaminhandos para uma espécie de “ante-sala da morte”, o campo de concentração de Plaszow (inclusive os empregados da fábrica de Schindler).
Valendo-se das amizades com os integrantes da cúpula alemã, Schindler mostrou-lhes a dificuldade que enfrentaria pra manter o negócio, do prejuízo que teria por falta de mão-de-obra “especializada”, e, especialmente, do iminente “fechamento da torneira” (cessação das propinas destinadas aos graduados alemães) em razão do “stop” no faturamento, findando por convencê-los a liberar os presos durante o dia; à noite, voltavam pra dormir no campo de concentração (uma espécie de regime semi-aberto, como o vigente hoje no Brasil pra certos “privilegiados”).
No entanto, as coisas ficaram ainda mais negras para os alemães quando os russos, tal qual um incontrolável rolo compressor, avançaram através dos territórios dominados pelos germânicos. A ordem de Berlim, então, foi desativar às pressas alguns dos campos de concentração (Plaszow estava na agenda), via eliminação incontinente dos seus moradores, livrando, como sempre, tão somente os fortes, que pudessem empreender uma longa travessia na neve, rumo a outras unidades mais afastadas, onde mais cedo ou mais tarde também seriam descartados.
E aí aflorou a “sensibilidade” do alemão Schindler. Testemunha ocular dos abusos e barbaridades perpetradas por seus conterrâneos contra aquela gente humilde e sofrida, à qual findara por se afeiçoar no convívio diário, “escancarou o cofre”, pegou até o último centavo da imensa fortuna que houvera amealhado (pra “usufruir os prazeres da ida”, lembremo-nos), corrompeu o “novo chefe alemão” de plantão e “comprou” a liberdade de cerca de mil e duzentas pessoas, devidamente relacionadas em diversas laudas de papel, naquela que posteriormente ficou mundialmente conhecida como a “lista de Schindler”.
Transportou-os para a sua cidade natal - Brinnlitz – onde “inventou” uma fábrica de “projéteis pra armas militares” (na realidade, apenas para mante-los ocupados, já que sem nenhum “know-how” na atividade); tanto que, em off, dizia claramente que se sentiria “terrivelmente frustrado se algum daqueles projéteis servisse pra matar alguém”.
Com o fim da Guerra e a vitória dos aliados, teve que fugir e acabou se livrando de ser preso em razão de portar um documento subscrito por aqueles 1.200 judeus que salvara, onde atestavam a grandiosidade do que ele havia feito.
Anos depois, após sua morte na Alemanha, o corpo do “alemão” Schindler foi transladado e enterrado em Jerusalem, onde ainda hoje é cultuado como um herói “israelense”.
Uma particularidade: certamente que visando estabelecer uma espécie de “simbiose” com a “negritude” que foi o aterrorizante período nazista, o filme de aproximadamente 3 horas de duração foi rodado em “preto-e-branco” e, só nos últimos 5/10 minutos, nas cenas em que alguns dos antigos componentes da “Lista de Schindler” (ainda vivos em Israel), prestam-lhe uma comovida homenagem, ao depositar um pequena pedaço de pedra sobre o seu mausoléu, na tela repentinamente afloram as cores, o colorido, a vida, enfim, como a anunciar que os tempos são outros.
Sem dúvida, um filme tocante, sensível, de balançar e mexer com a estrutura de qualquer ser humano.

Mario Quintana






Uma noite de Gala no Crato - Abertura da I Mostra Crato de Cinema e Vídeo - Por: Dihelson Mendonça


HOJE TEM MAIS! - COMPAREÇAM AO TEATRO SALVIANO SARAIVA !


Foi aberta na noite de ontem ( 13 ) com muito brilhantismo, no Teatro Municipal Salviano Saraiva, a I Mostra Crato de Cinema e Vídeo, evento idealizado pelo Jornalista Huberto Cabral, e realizado pelo Governo do Crato com o apoio da URCA e Cineastas do Cariri. O evento, que vai de 13 a 18 deste mês, contou na sua abertura, com a presença de cineastas cratenses renomados, como Jefferson Albuquerque, e Jackson Bantim, dentre outros, que vieram ao Crato especialmente para o evento.

A secretária de Cultura, Esporte e Juventude do município, Danielle Esmeraldo abriu a noite com um discurso ressaltando a importância do evento para a revitalização do cinema na cidade. Em seguida, o prefeito Samuel Araripe, lembrou das salas de cinema que já existiram no Crato, e ao final disse que é seu desejo que esse evento sirva para selar a volta do cinema, com a parceria do poder público. Em seguida foi feita uma leitura dramática sobre “Os Primórdios do Cinema no Crato”, por Luiz Carlos Salatiel e Kelvya Maia , e a entrega do Selo Cultural do Araripe – Troféu Vittorio di Maio ao cineasta Jackson Bantim, que é bisneto de Gonzaguinha, um dos precursores do cinema no Cariri; Logo após, houve a apresentaçao do filme D. Ciça do Barro Cru e a Avant-Premiére do tele-conto O Cinematografo Herege, de Jefferson de Albuquerque Jr, adaptado pelo médico e escritor José Flávio Vieira, que será apresentado pela TVC. O evento contou ainda com uma galeria de fotos de cartazes da época áurea do cinema, fotos de making off, e um coquetel aos presentes.

COBERTURA FOTOGRÁFICA

O Dia começou cedo, com a limpeza e preparação das máquinas, que seriam usadas para a decoração do ambiente. Na foto, o cineasta Jackson Bantim ( O Bola ).

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Em seguida, a preparação das fotos para uma galeria. Na foto, Jackson e Carlos Rafael.

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Que à noite ficou maravilhosa...

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Na foto abaixo, o prefeito Samuel Araripe em seu discurso de abertura

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Na foto abaixo, o idealizador do evento, o memorialista Huberto Cabral

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Na foto abaixo, o cineasta Jefferson Albuquerque

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O público presente no cine-teatro:

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Aí está o jornalista Antonio Vicelmo, e a Secretária de Cultura Danielle Esmeraldo

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Leitura dramática do texto: “Os Primórdios do Cinema no Crato” - L.C Salatiel e Kelvya Maia

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A turma que fez, faz e pode fazer muito mais...

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Texto e Fotos: Dihelson Mendonça
O.B.S - Hoje, terça, tem mais! Compareçam ao teatro à partir de 19:00

Mostra comemora cinema no interior

Diário do Nordeste


Jackson Bantim exibe um projetor antigo, que já compôs os equipamentos dos velhos cinemas do interior . FOTO: ANTÔNIO VICELMO

Crato - Aberta ontem, neste Município, a I Mostra de Cinema e Vídeo, em comemoração aos 100 anos de implantação do primeiro cinema do interior do Ceará, o "Cinema Paraíso", que foi inaugurado no dia 3 de maio de 1911 pelo italiano Vittorio di Mayo. O evento é promovido pela Secretaria de Cultura do Município, em parceria com a Universidade Regional do Cariri (Urca), cineastas cratenses, e reúne mais de 30 trabalhos, dentre curtas e longas-metragens produzidos exclusivamente por cineastas do Crato ou que possuem ligações com a cidade.

A Mostra está sendo realizado no Teatro Municipal Salviano Saraiva. A entrada do Teatro foi decorada com dois projetores de filmes que pertenceram ao Cine Moderno, de propriedade do empresário Macário Monteiro, que será homenageado no evento. Na primeira noite, foi feita uma leitura dramática sobre "Os Primórdios do Cinema no Crato", entrega do Selo Cultural do Araripe - Troféu Vittorio di Maio; Avant-Premiére do tele-conto "O Cinematógrafo Herege", de Jefferson de Albuquerque Jr., ancorado num conto do médico José Flávio Vieira.

A partir de hoje serão apresentados os trabalhos de cineastas cratenses como "As Sete Almas Santas Vaqueiras", de Jackson Bantim; "Corisco e Dadá", de Rosemberg Cariry; "Sargento Getúlio," de Hermano Penna; que estarão lado a lado com o cinema produzido pela nova geração, como "Caldeirão do Beato Zé Lourenço", de Catulo Teles e Franciolli Luciano; "Também sou teu Povo," de Franklin Lacerda e Orlando Pereira, e "Cerca", do cineasta Glauco Vieira, além de vários outros.

O médico José Flávio Vieira espera que o evento contribua para revitalizar os velhos cinemas que foram desativados. Ele acrescenta que o próprio Teatro do Crato pode ser adaptado para as exibições de filmes.

O músico e fotógrafo Dihelson Mendonça recorda que, quando inauguração do primeiro cinema do Cariri, já circulavam pelas suas ruas alguns exibidores ambulantes, utilizando-se de um aparelho conhecido como Bioscópio e da Lanterna Mágica, com discos e placas de vidro com gravações de imagens. Esses equipamentos garantiam a atração no interior.

Antônio Vicelmo
Repórter

Programação da 1ª Mostra Crato de Cinema e Vídeo - Dia 14/06, Terça-feira

19h - Exibição do curta “As Sete Almas Santas Vaqueiras”, de Jackson Bantim - 30’

Exibição do Longa “Ave Poesia”, de Rosemberg Cariry” - 82’

Local: Cine-Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva – Calçadão, Centro, Crato

ENTRADA FRANCA

Promoção: Governo Municipal do Crato – Secretaria de Cultura, Esporte e Juventude

Apoio: Universidade Regional do Cariri - URCA, Instituto Cultural do Cariri - ICC, Officinas de Cultura e Artes & Produtos Derivados (OCA) e Jackson Bantim Produções Artísticas