Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O(s) Cachorro (s) Louco(s) em Ação de Morte - José do Vale Pinheiro Feitosa


Este vídeo foi considerado ofensivo pelo grupo do Youtube. De fato o vídeo é chocante e não aconselhável para quem é sensível. No entanto estou postando para completar aquele texto sobre cachorros loucos que publiquei ontem. Peço desculpas ao leitores do blog que consideram a insistência neste assunto como algo desagradável.

Tudo que é sólido continua se desmanchando no ar - José do Vale Pinheiro Feitosa

Se o universo é um movimento de transformação contínua (embora os profetas do princípio e do fim sejam fortes até na física das partículas) a vida humana, do ponto de vista dela que é o trabalho, é um processo neste movimento. Existe um amplo campo de transformações, seja ela dialógica ou dialética, seja ela ao acaso ou por necessidade, qual uma modernidade consumista ou uma pós-modernidade que a deseja sem mais história, a transformação continua no horizonte dos projetos prontos.

A tônica do movimento, até que alguém prove ao contrário, é aquele em que tudo que é sólido se desmancha no ar. Isso vem a respeito das hegemonias. A natureza intrínseca do movimento do capitalismo é a concentração de poder primeiro em classes e depois em corporações. Quando em classes havia uma correspondência social, antropológica e cultural mais palpável, com a corporação isso se perde, pois introduz a tecnoburocracia e os fundos sociais a maior parte formado entre trabalhadores.

De qualquer modo o processo capitalista necessita essencialmente do Estado como moderador da guerra de todos contra todos e ao necessitar deste, passa a ser ampliado pelo processo mais geral de quem não tem fundo social e nem por vezes emprego (veja não falo em trabalho este continua a ser a essência da vida, mas do emprego que é a capacidade de alguém pagar pelo seu trabalho de modo regular). O Estado nas sociedades urbanas mesmo privilegiando classes e corporações, continua a ser a instituição onde a política interfere.

Por isso mesmo o Estado que é a necessidade moderadora, é para a tecnoburocracia e para os grandes detentores de capitais das corporações ao mesmo tempo uma solução e um enorme problema. Isso especialmente após a segunda guerra mundial com os Estados Socialistas e a Social Democracia. O Estado de algum modo ao redistribuir riquezas, reduz a ferocidade do animal acumulativo das corporações.

O que aconteceu nos últimos 30 a 40 anos? Junto com a emergência dos direitos sociais e humanos, as corporações sem possibilidades de continuar no ritmo acumulativo de suas naturezas passaram a fazer um trabalho ideológico sistemático em relação ao poder redistributivo do próprio Estado. O autoritarismo foi uma das mais bem urdidas campanhas a tomar espaço político na sociedade de modo em geral. Assistindo à corrupção dos agentes, ao observar a violência policial, a perda de empregos, os desmandos de autoridades do Estado, ficou fácil para a sociedade ser levada ao conceito do Estado Mínimo do neoliberalismo a partir dos anos 80.

O Estado Mínimo passou a ser a “flexibilização” desejada pelas corporações e com excelentes estratégias da tecnoburocracia a acumulação disparou até o limite em que levou à fragilidade não apenas alguma corporação, mas a todo o sistema capitalista. Recente estudo do Instituto Federal de Tecnologia de Lausanne, usando modelos matemáticos fez um painel do quem é quem nas corporações atuais em todo o mundo.

O mundo possui hoje 43.060 corporações transnacionais, mas apenas 1.318 destas corporações formam o núcleo central desta rede transnacional. Estas empresas possuem em média 20 conexões com outras corporações. Aí o estudo revelou algo mais surpreendente, embora este núcleo represente apenas 20% das receitas, ele controla as principais ações do tipo “blue chips” nos mercados de ações do mundo todo. Então a realidade nua e crua: este núcleo controla 60% de todas as vendas realizadas no mundo.

Prosseguindo o estudo chegou-se ao supremo da concentração: 147 transnacionais controlam 40% daquele núcleo central. Ora isso é politicamente muito pior do que apenas dizer que 1% das pessoas controla mais riquezas do que 50% das demais pessoas. Isso significa que com a inteligência da tecnoburocracia as riquezas do mundo são controladas por alguns agendes que combinam ações entre si. Então adeus democracia, estamos diante da pior das ditaduras. E o pior uma ditadura levando a humanidade ao desastre como já se verifica.

As empresas controlando o poder político é que nos apresenta este quadro. Mas sigamos que isso seja uma hipótese, é difícil imaginar uma direção política única quando existem 147 transnacionais disputando posições. Mas aí teremos que considerar duas evidências: um sistema desses tende à instabilidade, pois a acumulação de riquezas não é infinita e os recursos naturais são o seu limite e em segundo lugar, este núcleo efetivamente mantém o interesse comum de não mudar a própria rede.

Como as riquezas reais do mundo são aquelas que fazem o modelo atual de civilização consumista é aí que se entendem todas as “primaveras” do norte da África e todas rebeliões nas ruas de cidades em diversos continentes. Mesmo a evidente ação política de Estados nacionais com interesse no Petróleo como no Iraque e na Líbia, fica claro que o “custo” Iraque e Líbia irá aumentar pelo desejo de maior consumo daquele povo. Aí residirá a segunda onda de contradições no território destes países.

Mas afinal serão ondas nacionais e continentais, pois o centro mesmo da contradição é modelo “concentracionista” a que chegou o capitalismo global.




O "Cachorro Louco" Morreu. Terminou uma Tirania de 40 anos e Bilhões de Dólares no Exterior - Por: Dihelson Mendonça



Finalmente morreu o ditador Muammar Kadafi, 40 anos no poder, responsável por milhares de assassinatos na Líbia. Quem se atrevesse a ir contra o seu poderio, era sumariamente fuzilado. Possuía em contas pessoais em bancos estrangeiros, BILHÕES DE DÓLARES, assim como os seus filhos, enquanto o povo vivia numa pobreza terrível, afinal de contas como ele dizia, "EU SOU A LÍBIA", a mesma demência dos grandes ditadores, a exemplo de Hitler, que do alto do seu delírio, se identificava com a própria nação.

Morreu o Sanguinário, apelidado carinhosamente de "Cachorro Louco" ( Que maldade, comparar Kadafi a um cachorro louco, uma desfeita ao mundo animal ), mas, se assim for, há muitos outros cachorros loucos que ainda precisam morrer. O Diabo recebe mais um dos seus a essa altura...

BRAVO! Aos rebeldes da Líbia, que COM OU SEM OTAN, tiraram esse sanguinário ditador ( como todos os ditadores ) do poder. Não existe ditadura boa. E falando nisso, como vão o Irã e Cuba ? Que sejam os próximos da lista!

Dihelson Mendonça
( Editada )